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Inferior a 0,30 SUSTENTABILIDADE CRÍTICA

Entre 0,30 e 0,50 BAIXA SUSTENTABILIDADE Entre 0,50 e 0,70 MÉDIA SUSTENTABILIDADE Entre 0,70 e 0,90 BOA SUSTENTABILIDADE

Superior a 0,90 SUSTENTABILIDADE IDEAL

FONTE: Adaptado de LERÍPIO [2001, p.41]

5.9.

5.10. Avaliação do Processo de Beneficiamento

As Organizações madeireiras adquirem os recursos de suas fontes de suprimento, tratam-nos em seus processamentos e os disponibilizam no mercado. A melhoria do setor, direcionada para a sustentabilidade, deverá passar pelo envolvimento de tais Organizações. Seu comprometimento com o Desenvolvimento Sustentável é fator estratégico. Recursos obtidos de fontes sustentáveis só chegarão até o cliente final se houver um engajamento das Organizações madeireiras.

A Organização e seus procedimentos, desta forma, necessitam ser avaliados por instrumento que possa mensurar sua percepção e envolvimento com ideais do Desenvolvimento Sustentável. Os procedimentos desenvolvidos na pesquisa devem estar sintonizados com a sustentabilidade e seus critérios norteadores.

Lerípio (2001, p.69) menciona;

[...] o tema Sustentabilidade evoluiu de um enfoque centrado quase que exclusivamente em questões como a interação da empresa com o meio ambiente, para uma abordagem mais abrangente e pragmática. Constata- se que iniciativas concretas de aplicação da Sustentabilidade indicam que o conceito começa a transcender as fronteiras acadêmicas e das ONGs, deixando de significar uma abordagem apenas conceitual – quase utópica/idealista – para se configurar em um dos principais norteadores das decisões de investimentos governamentais e privados. (grifos do autor)

5.10.1.

Técnica da Lista de Verificação

A Análise de Valor seleciona algumas técnicas de geração de solução, a partir de idéias planejadas para uso individual ou em grupo, se constituem em instrumentos de grande utilidade para pesquisas. Essas técnicas para estimular idéias normalmente são relacionadas como ponto de partida para o processo criativo.

Algumas técnicas da EAV se constituem numa associação forçada e outras de associação livre. As técnicas de listagens consistem em relacionar um bom número de idéias, usualmente associadas a um assunto geral, buscando informações que levem a solução do problema.

A técnica da Lista de Verificação gera idéias ao comparar os itens de uma lista previamente relacionada com o problema, ou certos aspectos do problema. Pode ser usada como uma lista de delineamento do problema, e como uma lista de possíveis soluções. Dessa forma a avaliação será feita contra critérios cuidadosamente enumerados previamente (CSILLAG, 1995,p. 155).

A técnica se constituirá na base e suporte para a avaliação das Organizações que abastecem o mercado regional de madeiras. Assim, a Lista de Verificação fará parte do instrumento de análise geral de conformidades, ou não, do recurso processado, das Organizações e de suas práticas, que devem estar sintonizadas com políticas e estratégias dentro do foco da pesquisa. Fazem parte das perguntas quesitos sobre atributos, informações e evidências que levem a dar um embasamento, constituindo-se em instrumento de avaliação das conclusões pesquisadas.

A Lista de Verificação para avaliação das Organizações que processam os recursos florestais, fornecendo madeiras para a confecção de estruturas pela Construção Civil, estará atrelada às espécies e suas especificidades.

As organizações que pensam já estar alinhadas com o enfoque ambiental, e comercializam espécies exóticas, quando analisadas sob o enfoque do Desenvolvimento Sustentável, poderão estar mais próximas ou mais afastadas da sustentabilidade. O atendimento às características econômicas e tecnológicas irão avaliar a oportunidade do uso do recurso, para o objetivo pesquisado, ou indicar um simples atendimento às solicitações do mercado sem que hajam maiores preocupações com sua sustentabilidade. O fator de entrada na Lista de Verificação deverá estar dentro do foco das especificidades das espécies vegetais que a Organização, no presente momento, está disponibilizando para o mercado. Assim a Organização pode estar comercializando várias espécies vegetais com maior ou menor grau de sustentabilidade, sendo que essa avaliação já foi verificada na Classificação Sustentável de Madeiras. O próximo desafio será avaliar a percepção e grau de comprometimento da Organização para com a sustentabilidade do setor.

5.10.2.

As Avaliações Adotadas

alternativas de produtos. O princípio que fundamenta a análise multicriterial é o desenvolvimento de um conjunto de fatores de ponderações através da investigação de preferências. A investigação de problemas dentro do critério ambiental, ou outros, por ordem de importância, fornece um par de alternativas para suas escolhas (CHEHEBE, 1998, p.83). Segundo o autor, “numa abordagem qualitativa as pontuações aplicadas poderiam ser do tipo (---) (--) (-) a (+) (++) (+++)” (op.cit.).

Entretanto, em abordagens qualitativas, para De Backer

[...]as perguntas teriam como respostas SIM ou NÃO. Entretanto, poderiam, ainda, provocar como respostas os conceitos EXCELENTE ou BOM, e RUIM ou PÉSSIMO, acentuando o caráter de importância destes. Da mesma forma que uma desconformidade pode ser acentuada ou minimizada, de acordo com o valor atribuído (DE BACKER, 1995, p.32).

Foram feitos ensaios preliminares, dentro da proposta de De Backer, resultando na aplicação de conceitos numéricos atribuídos na escala (+2) (+1) 0 (-1) (-2), e que possibilitassem avaliações positivas, neutras ou negativas, dentro do conceito de escores numerais. Assim, uma resposta BOA ou EXCELENTE para uma pergunta do tipo ‘Qual a imagem da Organização na comunidade’, receberiam como escores (+1) e (+2), respectivamente.

Ao organizar a lista de perguntas foram necessárias algumas simulações, e até entrevistas preliminares, percebendo-se uma dificuldade em captar a real percepção da Organização, através dos respondentes. A Lista de Verificação, assim, foi ajustada para perguntas com respostas SIM ou NÃO, obtendo-se um melhor resultado. A depuração de eventuais defeitos técnicos, entretanto, só foi possível na fase de campo, quando da aplicação do instrumento em campo.

Fachin (2002, p.145) propõe,” para evitar perguntas onde o entrevistado tenha receio de externar uma idéia, ou por conveniência responda ‘não sei’, é necessário aplicar-se um teste piloto para o instrumento, em sua versão preliminar, ocasião em que seriam detectadas [e depuradas] tais falhas”.

5.10.3.

Os Critérios Adotados

foram desenvolvidas adaptações, para o presente caso, dos critérios mencionados nas obras Gestão Ambiental de Empresas de Denis Donaire (1995, p.59-65), Empresa

foram desenvolvidas adaptações, para o presente caso, dos critérios mencionados nas obras Gestão Ambiental de Empresas de Denis Donaire (1995, p.59-65), Empresa Competitiva & Ecológica de Dennis Kinlaw (1998, p.91) e Gestão Ambiental – Administração Verde de Paul de Backer (1995, p.31), estabelecendo-se a seguinte divisão, para a abordagem, que se constituirão em seus critérios:

Ø RECURSO / FORNECEDOR

Ø PROCESSAMENTO DO PRODUTO Ø ESTRATÉGIAS DE GESTÃO Ø ESTRATÉGIAS DE MERCADO Ø ATIVIDADES COMPLEMENTARES

As respostas da Lista de Verificação da Sustentabilidade das Organizações madeireiras serão AFIRMATIVAS, se representam melhorias ou uma boa prática desenvolvida pela empresa. As respostas NEGATIVAS serão classificadas como problemas, oportunidades de melhorias em direção à sustentabilidade. Quando a pergunta não se aplicar à realidade ou ao recurso processado, pela organização, a resposta será classificada como Não se Aplica – NA – sendo desconsiderada da análise.