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A) – Características da procedência

Os recursos (madeiras obtidas de espécies vegetais ‘in natura’ provêem de fontes de abastecimentos – florestas, florestamentos e reflorestamentos – onde são extraídas espécies NATIVAS ou EXÓTICAS.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - Sustentar o crescimento econômico - Maximizar ganhos privados

- Ampliar Mercados - Externalizar custos

As espécies NATIVAS, segundo procedências verificadas junto ao Mercado, têm as seguintes origens citadas:

n FLORESTAS DE ESPÉCIES NATIVAS localizadas na Região Norte, Centro-Oeste ou Nordeste (Bahia), e que são as fontes tradicionais das empresas da região. Caracterizam-se como ecossistemas de boa biodiversidade, com bom estoque de subprodutos, quando extraídas com manejo sustentável. A obtenção do recurso, entretanto, está se processando em fazendas com corte raso autorizado para mudança de atividade – geralmente a agropastoril.

n MATAS DE ESPÉCIES NATIVAS isoladas em propriedades. São remanescentes da mata nativa original, geralmente em propriedades de regiões mais próximas – Estados do Mato Grosso ou Santa Catarina. Essas fontes de suprimento recebem autorização para o corte raso, em parcela da área, para alteração de sua destinação.

n FLORESTAMENTOS DE ESPÉCIES NATIVAS, onde são plantadas uma ou mais espécies, compondo uma certa diversidade, e se destinam a suprir o mercado com oferta de recursos com boas características tecnológicas. As espécies plantadas são aquelas que apresentam um maior desenvolvimento de lenho (parte útil do vegetal). Estes florestamentos seguem os conceitos da certificação, embora sua extração se processe por corte raso. Seu diferencial ambiental decorre de ser o plantio destinado para servir de recurso às madeireiras, aliviando a pressão sobre os recursos naturais.

n FLORESTAS DE ESPÉCIES NATIVAS com manejo sustentável e certificação, são localizadas nos Estados do Pará, Acre, Rondônia e Amazonas e atualmente fornecem produtos para grupos de Empresários paulistas, principalmente na área moveleira. Este tipo de projeto deverá ser incrementado nos próximos anos, face aos evidentes ganhos ambientais que representam.

n FLORESTAMENTOS ISOLADOS DE ESPÉCIES NATIVAS em pequenas áreas, ou médias propriedades rurais, geralmente bosques com poucas unidades e espécies plantadas para produzir renda com seu corte. Esta oferta deve crescer com o tempo devido ao apoio institucional que vem recebendo dos órgãos públicos (Programa Florestal Catarinense) e visam a manutenção de populações na zona rural. Seu grande diferencial reside no fato de se constituir em fator de distribuição de renda, objetivo do projeto. A extração do recurso, por outro lado, se processa através do corte raso e, se não houver replantio

permanente, se constituirá num benefício efêmero.

As espécies EXÓTICAS, segundo verificações junto ao Mercado, foram identificadas como sendo das seguintes procedências:

n MATAS ISOLADAS DE ESPÉCIES EXÓTICAS, geralmente pequenos bosques de monocultura, e que se constituem em plantios mais antigos realizados em médias ou grandes propriedades, e que são extraídos mediante corte raso, com autorização. O recurso se destina ao abastecimento de pequenas ou médias madeireiras da região. As propriedades ficam à distâncias inferiores a 500 km do ponto de consumo. São espécies quase sempre inadequadas ao setor de Construção Civil, por razões tecnológicas. Esses recursos se destinam a funções menos nobres e servem para aliviar a pressão sobre os recursos naturais.

n FLORESTAMENTOS DE ESPÉCIES EXÓTICAS, em monocultura e destinadas ao abastecimento de outras finalidades. Seu plantio visa a atender, geralmente, o mercado de celulose e são abatidas por corte raso. As operações são autorizadas e o manejo se faz através do replantio das espécies. Alguns projetos são certificados pois atendem ao mercado de exportação. A indústria moveleira estuda o seu aproveitamento através do corte tardio (vegetais com mais de 25 anos), quando o lenho oferece melhores características. A Construção Civil se abastece de tais recursos, por existir grande oferta momentânea, para o emprego em obras de caráter provisório, tais como, escoras, tapumes, formas de caixarias, andaimes e etc.

n REFLORESTAMENTOS DE ESPÉCIES EXÓTICAS com o plantio de espécies melhores adaptadas aos empregos requeridos pela Construção Civil. As espécies são desenvolvidas, algumas, através do melhoramento genético Essas espécies vegetais são plantadas em monoculturas, onde a extração se processa por corte raso. Esses projetos por agregarem tecnologias e pesquisas, geralmente são certificados, agregando um melhor rendimento econômico ao recurso.

n REFLORESTAMENTOS DE ESPÉCIES EXÖTICAS E NATIVAS. As espécies nativas geralmente ocupam de 25% a 40% das áreas, e tais projetos visam atender às pressões de ambientalistas. Essa prática tem por objetivo o

n estabelecimento de sistemas com boa biodiversidade, em contraposição com áreas de plantio em monocultura. Esses projetos geralmente se destinam ao abastecimento do setor de celulose, e, em alguns casos, tais recursos chegam a Construção Civil.

n FLORESTAMENTOS ISOLADOS DE ESPÉCIES EXÓTICAS. Eles se constituem em pequenos bosques, localizados em pequenas e médias propriedades rurais. As espécies plantadas são as que produzem as maiores taxas de lenho, por vegetal ao ano de crescimento. Geralmente são variedades de pinus e eucaliptos e não se destinam necessariamente ao mercado da Construção Civil. A extração se processa por corte raso autorizado, sendo que o replantio constante agrega melhores condições ambientais nas áreas dos projetos.

As origens mencionadas irão se constituir em dados de entrada para a avaliação do recurso de forma a possibilitar a análise partindo das tabelas desenvolvidas para a obtenção da classificação pretendida. As FIGURAS, inseridas a seguir, foram divididas segundo os ‘macro-critérios delineadores’: ambiental (TABELA DA FIGURA 5.2); social (TABELA DA FIGURA 5.3); econômico (TABELA DA FIGURA 5.4); e tecnológico (TABELA DA FIGURA 5.5).

A Avaliação Sustentável das Madeiras partindo-se dos macro-critérios propostos, possibilita a análise dos recursos em dois momentos. Na parte ‘A’ através da vinculação de características com a sua procedência. Para tanto, o dado de entrada se constitui na origem identificada – ecossistema fornecedor. A análise aliando a origem com aspectos a serem verificados e que possibilitam os escores ‘S’ ou ‘N’, de acordo com o atendimento ou não a condição solicitada. Na Segunda parte (item ‘B’), a análise se processa através da verificação do atendimento às Características Específicas das Espécies. As respostas respectivamente suscitadas e grafadas com ‘S’ ou ‘N’ se constituirão na segunda parte do escore pretendido, em cada enfoque.