• Nenhum resultado encontrado

As exportações brasileiras de barita em 2011, mantendo uma queda que se iniciou em 2007, totalizaram 386 t, incluindo bens primários, e compostos químicos de bário, o que gerou uma receita de US$ 275.000,00 (decréscimo de 27% em relação a 2009). Os principais itens exportados foram os sulfato de bário natural -baritina (participação de 78%) e carbonato de bário natural - witherita (participação de 16%). Os principais destinos dos produtos primários de bário foram o Uruguai (53%), México (25%) e Angola (14%), enquanto que os compostos químicos foram exportados principalmente para Argentina (28%), Portugal (25%) e Bélgica (17%).

5 CONSUMO INTERNO

A barita é insumo básico em três setores industriais: 1) fluido de perfuração de petróleo e gás; 2) sais químicos de bário; 3) preparação de tintas, pigmentos, vernizes, vidros, papel, plásticos, dentre outros. A estrutura brasileira de consumo de barita apresenta a seguinte distribuição média: a) produtos brutos: dispositivos eletrônicos (38,4%), extração e beneficiamento de minerais (22,7%), tintas esmaltes e vernizes (15,4%), fabricação de peças para freios (11,6%), extração de petróleo (11,5%) e ferro-ligas (0,4%); b) produtos beneficiados: produtos químicos (41%), fabricação de peças para freio (19%), dispositivos eletrônicos (10,7%), extração de petróleo/gás (8%), tintas, esmaltes e vernizes (8%); e não informados (13,2%). O consumo aparente de barita beneficiada em 2011 ficou em torno de 45 mil toneladas, representando um decrescimo de 5% em relação ao registrado em 2010.

Tabela 2 - Principais estatísticas – Brasil

Discriminação Unidade 2009(r) 2010(r) 2011(p)

Produção

Barita bruta (minério contido -

BaSO4) (t) 196.860 198.161 216.478

Barita beneficiada* (1) (t) 49.847 41.385 19.081

Importação

Sulfato de Bário Natural (Baritina) (2)

(t) 35.524 72.263 38.676

(103US$-FOB) 4.717 7.915 6.345

Carbonato de Bário Natural (Witherita) (3)

(t) 0 192 216

(103US$-FOB) 0 111 161

Hidróxido de Bário (t) 291 533 379

(103US$-FOB) 445 851 767

Sulfato de Bário (teor em peso =

97)

(t) 3.195 5.714 9.703

(103US$-FOB) 2.514 4.061 7.817

Outros Sulfatos de Bário (t) 172 165 82

(103US$-FOB) 127 102 56

Carbonato de Bário (t) 101 2.406 6.707

(103us$-FOB) 30 1.197 3.702

Exportação

Sulfato de Bário Natural (Baritina) (4)

(t) 64 219 303

(103US$-FOB) 42 98 179

Carbonato de Bário Natural (Witherita) (5)

(t) 32 70 60

(103US$-FOB) 30 54 47

Sulfato de Bário (teor em peso=

97)

(t) 253 185 16

(103US$-FOB) 187 171 10

Carbonato de Bário (t) 649 69 6

(103US$-FOB) 262 52 13

Consumo Aparente(**) Barita beneficiada (1+2+3) – (4+5)

= (t) 90.043 113.551 45.565

Preço Médio

Baritina / Witherita (Base

importação) (10

3

US$-FOB) 132,00/000,00 107,00/578,00 164,00/745,00 Baritina / Witherita (Base

exportação) (10

3

US$-FOB) 656,00/938,00 447,00/771,00 590,00/783,00 Fonte: DNPM/DIPLAM; MDIC/SECEX.

(*) Produção beneficiada de minério; (**) consumo aparente = produção + importação - exportação; (p) preliminar; (r) revisado. 6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

Thiago Henrique Cardoso da Silva - DNPM/Sede, Tel.: (61) 3312-6809, E-mail: thiago.cardoso@dnpm.gov.br 1 OFERTA MUNDIAL - 2011

Bentonita é o nome genérico de argilominerais do grupo das esmectitas e origina-se mais frequentemente das alterações de cinzas vulcânicas. Sua classificação é baseada na capacidade de expansão do mineral pela absorção de água. Bentonitas sódicas (ou bentonitas wyoming) se expandem mais e apresentam um aspecto de gel, enquanto as bentonitas cálcicas (ou bentonitas brancas) se expandem menos ou simplesmente não se expandem. As bentonitas que têm uma capacidade de expansão moderada são tidas como intermediárias ou mistas. As bentonitas sódicas artificiais são produzidas por meio do tratamento de bentonitas cálcicas com barrilha (carbonato de sódio). Visto que não há bentonitas sódicas naturais no Brasil, este processo de beneficiamento é bem comum no país. Com relação a sua utilidade, a bentonita pode ser usada como insumo de vários produtos, apresentando um amplo mercado consumidor que vai da indústria petrolífera a produtos higiênicos para animais domésticos (TOMIO, 1999).

As reservas mundiais de bentonita são abundantes As reservas medidas nacionais foram estimadas em 32.095 x 10³ toneladas (t), com as seguintes participações: Paraná concentra 49,7% do total, o estado de São Paulo com 27,7%, Paraíba (11,6%), Bahia (9,3%) e o Rio Grande do Sul (2,2%).

Como a maior parte dos minerais industriais, que normalmente não são bens finais na cadeia produtiva, mas sim insumos essenciais para a produção de bens finais, o desempenho produtivo do setor de mineração de bentonita sofre grande influência dos setores produtivos que a utilizam como insumo (TOMIO, 1999). A produção mundial de bentonita em 2011 aumentou 6,5% em relação a 2010. Esse aumento foi influenciado, especialmente, pelo aumento de produção dos EUA e da Turquia, principais produtores mundiais de bentonita.

Tabela 1 Reserva e produção mundial

Discriminação Reservas (10³ t) Produção (t)

Países 2011(p) 2010(r) 2011(p) 2011 (%)

Brasil(1) 32.095 326.428 329.168 2,89

Estados Unidos da América(2)

As reservas mundiais de Bentonita são abundantes. 4.630.000 4.950.000 43,44 Grécia(3) 850.000 890.000 7,81 Turquia 1.200.000 1.500.000 13,16 Itália 111.000 115.000 1,01 Alemanha(2) 350.000 360.000 3,16 Outros países 3.229.000 3.250.000 28,52 TOTAL nd 10.696.428 11.394.168 100

Fonte: DNPM/DIPLAM e USGS-Mineral Commodity Summaries 2012

(1) Reservas incluem somente a reserva medida e o dado para produção compreende apenas a bentonita beneficiada (bentonita moída seca + bentonita ativada); (2) produção substituída pelas vendas apuradas do produto; (3) produção abarca apenas a bentonita bruta; (t) toneladas; (p) preliminar; (r) revisado; nd: dados não disponíveis.

2 PRODUÇÃO INTERNA

A produção de bentonita bruta no Brasil em 2011 teve um aumento de 6,5%em relação a 2010, alcançando um nível de produção de 566.267 t. A produção bruta teve a seguinte distribuição geográfica: Paraíba (80,21%), a Bahia (15,37%), São Paulo (4,17%) e Paraná (0,25%).

Na produção beneficiada, a bentonita moída seca correspondeu a 34.386 t, mostrando uma pequena redução na produção de 1,2% em relação a 2010. Já a bentonita ativada teve uma produção de 294.782 t, com um pequeno crescimento de 1,08% em relação ao ano de 2010. A distribuição geográfica da produção de bentonita moída seca e ativada ocorreu de forma semelhante ao ano de 2010: São Paulo com 95,9% e Paraná com 4,1% da produção de moída seca e Paraíba com 75% e Bahia, 25% da produção ativada.

3 IMPORTAÇÃO

As importações de bentonita foram de US$-FOB 39.930.000 e 201.855 t em 2011. Comparando com o ano de 2010, houve um aumento de 22,6% no valor importado, porém uma pequena diminuição na quantidade importada de 3,01%. Esse comportamento é resultado do aumento do preço médio das importações de bentonita. As principais classes de produtos importados derivados da bentonita foram: bens primários (197.303 t e US$-FOB 33.159.000), compondo 83,1% do valor importado e os bens manufaturados (matéria mineral natural ativada; 4.552 t US$-FOB 6.771.000), representando 16,9% do valor. Os principais países de origem das importações de bens primários foram: Argentina (57%), Índia (28%), EUA (8%); Grécia (5%) e Espanha (1%); para bens manufaturados: EUA (42%), Indonésia (31%), Argentina (13%), China (10%), Reino Unido (3%).

4 EXPORTAÇÃO

As exportações totais tiveram um pequeno decréscimo em relação ao ano de 2010, com redução de 3,1% na quantidade total exportada, atingindo 16.049 t e US$-FOB 9.575.000.

Dentre os produtos exportados, os bens primários (14.915 t e US$-FOB 9.575.000), diminuíram suas exportações em 4%. Já os bens manufaturados (matéria mineral natural ativada; 1.134 t US$-FOB 254.000), cresceram 9,2%. Os principais países de destino dos bens primários foram: África do Sul (47%), Argentina (13%), Equador (6%); Chile (5%) e El Salvador (5%). Já para manufaturados foram: Venezuela (44%), Panamá (25%), Angola (19%), Uruguai (6%), República Dominicana (4%).

BENTONITA

5 CONSUMO INTERNO

Do total produzido de bentonita bruta, no ano de 2011, foi informada pelas empresas a destinação de 97,5%. A distribuição foi a seguinte: beneficiamento da bentonita bruta (80,26%), extração de petróleo/gás (17,7%), refratários (1,5%), construção civil, pelotização e cosméticos (0,54% somados). O Estado da Paraíba foi o principal destino do mineral bruto (98,95%), além do Estado de São Paulo (1,05%).

Já do total de bentonita moída seca, foi informado o uso de 71% da produção com as seguintes aplicações: extração de petróleo e gás natural com 41,76%, óleos comestíveis com 31,95%, graxas e lubrificantes com 18,82%, fundição com 1,72% e ração animal com 5,75%. Por localização geográfica, o consumo interno se deu da seguinte forma: São Paulo com 57,27%, Minas Gerais com 27,46%, Paraná com 10,64%, Santa Catarina com 7,73%, Goiás com 2,39% e Bahia com 2,25%.

Também foi informada pelas empresas a destinação de 91% do total da produção de bentonita ativada que se distribuiu da seguinte forma: Espírito Santo com 36,81%, Minas Gerais com 29,44%, São Paulo com 20,93%, Santa Catarina com 9,19%, Rio Grande do Sul com 1,87%, Paraíba com 1,38% e Rio de Janeiro com 0,38%. Os usos industriais da bentonita ativada se distribuíram entre: pelotização de minério de ferro com 56,25%, fundição com 21,22%, extração de petróleo e gás com 8,26%, ração animal com 6,32%, construção civil com 4,69%, outros produtos químicos com 3,0% e fertilizantes com 0,26%.

Tabela 2 Principais estatísticas – Brasil

Discriminação Unidade 2009(r) 2010(r) 2011(p)

Produção

Bruta (R.O.M.) t 264.243 531.693 566.267

Comercializada Bruta t 76.027 101.536 98.725

Moída Seca t 28.821 34.804 34.386

Comercializada Moída Seca t 29.157 23.304 34.254

Ativada t 189.105 291.623 329.169

Comercializada ativada t 203.260 275.901 292.717

Importação

Bentonita Moída Seca NCM’s 25081000 t 124.330 205.333 197.303 103 US$-FOB 15.323 27.713 33.159 Bentonita Ativada NCM 38029020 t 1.865 2.794 4.552 103 US$-FOB 3.286 4.849 6.771 Exportação

Bentonita Moída Seca NCM’s 25081000 t 12.118 15.530 14.915 103 US$-FOB 6.737 9.129 9.575 Bentonita Ativada NCM 38029020 t 1.878 1.038 1.134 103 US$-FOB 375 234 254

Consumo Aparente(1) Bentonita Ativada + Moída Seca t 344.616 490.764 512.777

Preços Médios(2)

In natura R$/t 26,82 17,61 15,17

Moída Seca R$/t 273,44 197,62 262,24

Ativada R$/t 385,18 323,04 363,01

Fonte: DNPM/DIPLAM, SECEX/MDIC.

(1) Produção comercializada + importação – exportação de bentonita ativada + moída seca; (2) preço médio nominal informado pelas empresas; (p) preliminar; (r) revisado; (R.O.M.) run of mine; (NCM) nomenclatura comum do MERCOSUL; (*) mudou-se o valor do consumo aparente para o ano de 2008 devido a uma revisão na fórmula do cálculo. Separou-se a substância de cada fase da produção (bruta, moída seca e ativada) e utilizou-se a produção comercializada de cada uma ao invés da produção bruta (R.O.M.) e produção beneficiada.

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

Os investimentos das empresas na produção de bentonita para o ano de 2011 aumentaram sensivelmente em relação ao ano de 2010, atingindo um valor de R$ 7.657.760. Esse valor foi aproximadamente 200% superior ao valor de 2010. Esses investimentos localizaram-se nas seguintes áreas: geologia e pesquisa mineral 4,77%; em infraestrutura, 31,88%, inovações tecnológicas e de sistemas 1,53%; em aquisição e/ou reforma de equipamentos 56,3%, em saúde e segurança do trabalho 3,07% e em meio ambiente, 1,84% e desenvolvimento da mina, 0,46%. Quanto à distribuição geográfica, os investimentos localizaram-se principalmente nos seguintes estados: Paraíba 87%, São Paulo 8,51% e Bahia 4,57%. Os investimentos previstos para os próximos três anos na mineração e beneficiamento da bentonita no Brasil foram apurados em R$ 5.628.000,00.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

O setor de mineração não é considerado um setor com grandes padrões de inovação. O nível de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na mineração, quando comparado com setores inovadores como a indústria farmacêutica ou de telecomunicações, é baixo. Entretanto, o setor de minerais industriais pode vir a se tornar uma exceção a