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O Brasil exportou 35.773,39 ct de diamantes em 2011, totalizando US$ 4.785.536,53, o que correspondeu a um aumento de 78,54% na quantidade exportada em relação ao ano de 2010, além disso, o valor das exportações também registrou uma alta de 47,08%.

A quantidade (ct), de diamantes brutos exportados, teve como principais destinos: EUA (51,94%), Bélgica (26,54%), Emirados Árabes (17,24%) e China (3,37%). Quando considerado o valor exportado (US$), destacam-se Bélgica (59,65%), EUA (18,62%), Emirados Árabes (7,46%) China (5,94%) e Suíça (5,92%).

O fluxo de comércio internacional (exportação + importação) ficou na ordem de US$ 5,2 milhões e o Brasil obteve um superávit de US$ 2.870.887 na balança comercial.

5 CONSUMO INTERNO

Os dados apresentados indicam um consumo aparente de 40.632,69 ct de diamantes, entretanto devido ao fato de o Brasil não ter tradição na lapidação de diamantes e dos produtores aguardarem melhores preços para venda, parte da produção provavelmente encontra-se na forma de estoques. Adicionalmente, devido à dificuldade em definir a quantidade lapidada e absorvida pela indústria joalheira local, o consumo efetivode diamantes no Brasil é de complexa determinação.

Tabela 2 Principais estatísticas - Brasil

Discriminação Unidade 2009 2010 2011

Produção Bruta Diamante bruto (ct) 21.358,72 25.394,00 45.526,09

Importação

Diamantes não selecionados, não montados (NCM 71.02.10.00)

(ct) 0 0 0

(US$-FOB) 0 0 0

Diamantes industriais, em bruto ou serrados (NCM 71.02.21.00)

(ct) 13.003,06 21.431,50 28.690,03 (US$-FOB) 54.704,86 135.530,19 144.147,44 Diamantes não industriais, em

bruto/serrados (NCM 71.02.31.00)

(ct) 363,84 315,87 495,08

(US$-FOB) 199.939,25 247.175,60 335.713,68

Exportação

Diamantes não selecionados, não montados (NCM 71.02.10.00)

(ct) 35.743,90 19.079,71 34.949,90 (US$-FOB) 1.508.549,40 1.406.092,96 2.518.594,78 Diamantes industriais, em bruto ou

serrados (NCM 71.02.21.00)

(ct) 4,92 0 0

(US$-FOB) 250,00 0 0

Diamantes não industriais, em bruto/serrados (NCM 71.02.31.00)

(ct) 186,37 957,78 823,49

(US$-FOB) 504.000,00 1.847.500,06 2.266.941,75

Consumo Aparente Diamante bruto (ct) - 1.209,57 27.103,88 38.937,81

Preço Exportação

Diamantes não selecionados, não

montados (NCM 71.02.10.00) (US$/ct) 42,20 73,70 72,06

Diamantes industriais, em bruto ou

serrados (NCM 71.02.21.00) (US$/ct) 50,81 0 0

Diamantes não industriais, em

bruto/serrados (NCM 71.02.31.00) (US$/ct) 2.704,30 1.928,94 2.746,17 Fonte: DNPM – Processo Kimberley.

Consumo aparente = produção bruta + importação - exportação (não foram considerados os estoques), (ct) quilate. 6 PROJETOS EM ANDAMENTO E /OU PREVISTOS

Os dados aqui apresentados indicam a recuperação do mercado de diamantes após a crise financeira de 2009, desta forma, espera-se que muitas das empresas produtoras de diamante que ainda permanecem com suas atividades paralisadas ou ainda estão trabalhando aquém de sua capacidade instalada, reforcem suas atividades nos próximos anos.

Em 2011, o DNPM aprovou 09 relatórios finais de pesquisa para diamante, dos quais 06 encontram-se no estado de Minas Gerais. Para 2012, há grande expectativa do mercado para relevantes projetos de exploração de diamantes no Piauí, que já contam com portarias de concessão de lavra. Além disso, o projeto Braúna, na Bahia, corresponderá a um dos primeiros depósitos de diamante em fonte primária a ser explorado no Brasil.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em 2011 foi de R$18.193,74, tendo um acréscimo em relação ao ano de 2010 de 76,48%. A alíquota aplicada no cálculo da CFEM, no caso do diamante é de

DIATOMITA

Sergio Luiz Klein – DNPM/RN, Tel.: (84) 4006-4700, E-mail: sergio.klein@dnpm.gov.br

1 OFERTA MUNDIAL - 2011

A produção mundial de diatomita manteve, praticamente, os mesmos níveis em relação ao que foi produzido em 2010, registrando cerca de 1.800 mil toneladas em 2011. Os Estados Unidos da América (EUA) continuaram sendo o maior produtor e consumidor mundial de diatomita, com uma produção estimada de 600 mil toneladas em 2011, apresentado um aumento pouco significativo (inferior a 1%) em relação ao ano anterior. A produção americana corresponde a 33% da produção mundial. A China manteve a mesma produção do ano anterior, participando com cerca de 22% (Tabela 1) da produção mundial realizada em 2011. O valor da comercialização de diatomita beneficiada nos Estados Unidos atingiu valores estimados da ordem de US$ 180 milhões (FOB), acompanhando o aumento da produção consolidada de 2010. O maior emprego para a diatomita continuasendo a filtração (inclusive purificação de cerveja, vinho, licores, óleos, graxas etc.). O uso final da diatomita consumida nos Estados Unidos ficou assim distribuído: filtração 55%; aditivo para o cimento 23%; absorventes 10%; carga (fillers) 9%, isolantes 2% e outros (principalmente uso farmacêutico ou biomédico) menos de 1%. Em termos de reservas de diatomita, os recursos existentes são suficientes para suprir o mercado mundial. Os Estados Unidos e a China são os maiores detentores das reservas conhecidas de diatomita, cujas reservas lavráveis, somadas, chegam aos 360 milhões de toneladas. No Brasil, estima-se que as reservas lavráveis sejam da ordem de 2,5 milhões de toneladas. As reservas brasileiras estão assim distribuídas: Bahia (45%), nos municípios de Ibicoara, Medeiros Neto, Mucugê e Vitória da Conquista; Rio Grande do Norte (35%), nos municípios de Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Maxaranguape, Rio do Fogo, Nísia Floresta e Touros; Ceará (15%), nos municípios de Aquiraz, Aracati, Camocim, Horizonte, Itapipoca e Maranguape; Rio de Janeiro (1,5%), no município de Campos dos Goitacazes; São Paulo (1%), no município de Porto Ferreira.

Tabela 1 Reserva e produção mundial

Discriminação Reservas (1) (103 t) Produção (103 t)

Países 2011 2010 2011 (p) (%)

Brasil(3) 1.947 9,3 4,4 0,24

Estados Unidos da América 250.000 595 600(2) 33,26

China 110.000 400 400 22,17

Dinamarca nd 225(2) 225(2) 12,47

Japão nd 110 110 6,10

México nd 80 80 4,43

Comunidade dos Estados Independentes nd 80 80 4,43

França nd 75 75 4,16 Argentina nd 50 50 2,77 Espanha nd 50 50 2,77 Turquia nd 30 30 1,66 Outros países nd 125 100 5,54 TOTAL 361.947 1.839 1.804 100

Fonte: DNPM/DIPLAM; USGS-Mineral Commodity Summaries –2012.

(1) reserva lavrável;(2) minério processado; (3) produção bruta (p) dado preliminar; (nd) dado não disponível. 2 PRODUÇÃO INTERNA

A produção oficial bruta (estimada) de diatomita, em 2011, apresentou uma redução significativa, registrando uma queda de mais de 50% em relação ao ano anterior (4.415 toneladas em 2011 contra 9.264 toneladas em 2010).

A produção de diatomita beneficiada e comercializada se manteve nos mesmos níveis do ano anterior, registrando um aumento inferior a 3,5% (Tabela 2). O segmento de agente de filtração continua sendo o maior mercado consumidor (indústrias de bebidas), responsável pelo consumo de quase 45% da produção brasileira. O Estado da Bahia continua participando com a quase totalidade da produção nacional de diatomita, enquanto os demais estados produtores contribuíram com pouco mais de 0,5%.

3 IMPORTAÇÃO

As importações de diatomita (primária e manufaturada) feitas pelo Brasil em 2011, incluindo substituto (argilas e terras ativadas), mantiveram os patamares do ano anterior (2010). A importação de diatomita primária registrou uma redução inferior a 0,4% em volume e valor. A importação de bens manufaturados sofreu um aumento inferior a 3% em volume (22.075 toneladas em 2010 para 22.683 em 2011), porém, em termos de valor, houve uma elevação de quase 20% (US$ 12.934 mil em 2010 para US$ 15.343 mil em 2011), refletindo um cenário de valorização do produto com maior valor agregado mesmo com a desvalorizaçãoda moeda nacional em relação ao dólar americano. Os bens primários foram provenientes do México (75%), Argentina (13%), EUA (7%), Áustria (4%), Espanha (1%). As importações de manufaturados, por sua vez, foram provenientes do México (42%), Chile (38%), EUA (7%), China (6%), Argentina (3%).

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