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As indústrias de cerâmica e vidro são os principais consumidores de feldspato no Brasil. Na indústria cerâmica o feldspato atua como fundente (diminuindo a temperatura de fusão), além de fornecer SiO2 (sílica). Na fabricação de

vidros o feldspato é utilizado também como fundente e fonte de alumina (Al2O3), álcalis (Na2O e K2O) e sílica (SiO2). O

feldspato é também usado como carga mineral nas indústrias de tintas, plásticos, borrachas, abrasivos leves e como insumo na indústria de eletrodos para soldas. O consumo de feldspato na indústria de vidro vem diminuindo devido ao uso de produtos substitutos como a alumina e ao aumento da reciclagem. Eles podem ser substituídos em várias de suas aplicações por agalmatolito, areia feldspática, argila, escória de alto-forno, filito, nefelina sienito, pirofilita e talco. Tabela 2 - Principais Estatísticas - Brasil

Discriminação Unidade 2009 (r) 2010(r) 2011(p)

Produção(1) Produção Bruta (t) 160.760 363.251 416.008

Produção Beneficiada (t) 115.264 276.448 333.352

Importação Feldspato (t) 59 68 63

NCM 25291000 (US$-FOB) 72.000 287.000 177.000

Exportação Feldspato (t) 2.416 5.281 5.709

NCM 25291000 (US$-FOB) 703.000 1.470.000 1.693.000

Consumo Aparente(2) Beneficiada (t) 112.907 271.235 327.706

Preços

Produção Bruta(3) (R$/t-FOB) 65,34 92,33 70,34

Produção Beneficiada(3) (R$/t-FOB) 141,72 125,46 108,83

Exportação(4) (US$/t-FOB) 290,98 278,36 296,55

Fonte: DNPM/DIPLAM, MDIC/SECEX.

(1) Produção de empresas detentoras de concessão de lavra; (2) produção + importação – exportação; (3) preço médio-FOB, mercado interno; (4) preço médio do feldspato exportado; (p) dados preliminares; (r) dados revisados.

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E OU PREVISTOS

De acordo com informações divulgadas pelo Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico (CEDE) do Estado do Ceará, a empresa Roca Brasil Ltda, líder nacional no segmento de louças sanitárias e detentora das marcas Incepa, Celite e Logasa, pretende implantar empreendimento neste Estado. Em abril de 2011 representantes da Roca estiveram em Fortaleza, onde visitaram o CEDE e apresentaram os seus planos de expansão no Nordeste. Caso a empresa se enquadrar nos requisitos exigidos para a concessão de benefícios pelo Governo do Estado, tais como valor total do investimento, localização e a existência de programas de responsabilidade social, a obra terá início em breve e deverá ficar pronta no segundo semestre de 2012. Estima-se que a fábrica gerará 500 empregos diretos.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de São Paulo inaugurou em setembro de 2011, no município de Rio Claro, o Núcleo de Tecnologia Cerâmica da Escola Senai Manoel José Ferreira. Criado para apoiar a competitividade do segmento, o núcleo oferecerá programas de capacitação, qualificação profissional e prestação de serviços técnicos e tecnológicos para as indústrias do segmento. A região de Rio Claro e seu entorno abriga 38 indústrias cerâmicas e grande número de empresas fornecedoras de equipamentos e serviços para o setor, além de fabricantes de insumos, principalmente esmaltes e vidrados. Conhecido como polo de Santa Gertrudes, esse conglomerado é o maior da América Latina, respondendo por 50% de toda a produção de placas cerâmicas no Brasil.

7- OUTROS FATORES RELEVANTES

A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) referente ao feldspato foi de R$ 85 mil em 2005; R$ 334 mil em 2006; R$ 322 mil em 2007; R$ 258 mil em 2008, R$ 459 mil em 2009, R$ 592 mil em 2010, R$ 773 mil em 2011, conforme dados da Diretoria de Procedimentos Arrecadatórios (DIPAR) do DNPM.

Em 2011 foram registrados pelo DNPM 165 pedidos de autorização de pesquisa e 27 requerimentos de lavra garimpeira para a substância feldspato. Do total de pedidos, 47,9% foi para o Estado de Minas Gerais, seguido pelos Estados da Bahia (22,9%), Rio Grande do Norte (11,4%), Paraíba (10,9%), Ceará (2,6%), São Paulo (1%), Tocantins (1%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Santa Catarina (0,5%).

FERRO

Carlos Antônio Gonçalves de Jesus - DNPM/MG, Tel: (31) 3227-9960, E-mail: carlos.jesus@dnpm.gov.br 1 OFERTA MUNDIAL - 2011

As reservas mundiais de minério de ferro são da ordem de 170 bilhões de toneladas. As reservas brasileiras totalizam 29,6 bilhões de toneladas (com um teor médio de 52,95% de ferro) e estão localizadas, em sua quase totalidade, nos estados de Minas Gerais (79,7% das reservas e teor médio de 51,4% de Fe), Mato Grosso do Sul (9,9% e teor médio de 55%) e Pará (9,1% e teor médio de 67%). A produção mundial de minério de ferro em 2011 foi de cerca de 2,8 bilhões de toneladas (+8,1% em comparação com 2010). A produção brasileira representou 14,2% da produção mundial, sendo Minas Gerais (69,1%) e Pará (27,7%) os principais estados produtores.

Tabela 1 - Reserva e produção mundial

Discriminação Reservas(106 t) Produção(103 t)

Países 2011(e) 2010 (e) 2011(e) (%)

Brasil(1) 29.604 372.120 398.131 14,2 China 23.000 1.070.000 1.200.000 42,9 Austrália 35.000 433.000 480.000 17,1 Índia 7.000 230.000 240.000 8,6 Rússia 25.000 101.000 100.000 3,6 Ucrânia 6.000 78.000 80.000 2,9 Outros países 44.396 305.880 301.869 10,8 TOTAL 170.000 2.590.000 2.800.000 100

Fonte: DNPM/DIPLAM; USGS - Mineral Commodity Summaries - 2012. (1) Reserva lavrável; (e) dados estimados, exceto Brasil.

2 PRODUÇÃO INTERNA

Apesar das dificuldades causadas pelas chuvas na região sudeste no primeiro trimestre do ano, a produção brasileira de minério de ferro em 2011 aumentou 7% em relação a 2010, totalizando 398,1Mt (milhões de toneladas), com um teor médio de 64,69% de ferro. O valor da produção somou R$ 64,7 bilhões. A VALE S/A, que lavra minério de ferro nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará, e as empresas nas quais a VALE tem participação (Minerações Brasileiras Reunidas S/A-MBR e Samarco Mineração S/A, ambas em Minas Gerais) foram responsáveis por 81% da produção. O restante está distribuído entre 34 empresas, com destaque para Companhia Siderúrgica Nacional- CSN, USIMINAS, Nacional de Minérios S/A-NAMISA e Companhia de Mineração Serra da Farofa no estado de Minas Gerais e Anglo Ferrous Amapá Mineração no estado do Amapá. Quanto ao tipo de produto a produção se dividiu em: granulados

(12%) e finos (88%), estes distribuídos em sinterfeed (61,4%) e pelletfeed (26,6%). Da produção de pelletfeed 63,5% foram destinados à produção de pelotas. A produção brasileira de pelotas em 2011 totalizou 62,4Mt (mesmo patamar do ano anterior), sendo a VALE e a Samarco as empresas produtoras. A VALE opera o complexo de usinas de pelotização instalado no Porto de Tubarão/ES, além das usinas de Fábrica (Ouro Preto/MG), Vargem Grande (Nova Lima/MG) e São Luiz/MA. A Samarco opera três usinas instaladas em Ponta de Ubu/ES.

3 IMPORTAÇÃO

Não foram registradas importações de minério de ferro em 2011. 4 EXPORTAÇÃO

As exportações brasileiras de minério de ferro e pelotas em 2011 totalizaram 330,8Mt, com um valor de US$-FOB 41,8 bilhões, mostrando, em relação a 2010, um aumento de 6,4% na quantidade e 44,6% no valor. Foram exportadas 274,8Mt de minério (+6,2%) com um valor de US$-FOB 31,9 bilhões (+49,2%). As exportações de pelotas atingiram 56Mt

(+7,5%) com um valor de US$-FOB 10 bilhões (+31,9%). Os principais países de destino foram: China (51,0%), Japão (11,0%), Alemanha (5,0%), Coréia do Sul (4,0%) e Paises Baixos (3,0%). Os preços médios de exportação de minério (115,91US$-FOB/t) e pelotas (177,85US$-FOB/t) aumentaram 40,5% e 22,6%, respectivamente, em comparação a 2010. Os altos investimentos na construção de moradias populares, urbanização e infraestrutura indicam que a demanda chinesa por minério de ferro continuará crescendo nos próximos anos, mantendo o país como o principal destino das exportações brasileiras.

5 CONSUMO INTERNO

O consumo aparente de minério de ferro (produção + importação - exportação) em 2011 foi de 123,3Mt (+8,9% em relação ao ano anterior). O consumo efetivo (consumo na indústria siderúrgica somado ao consumo nas usinas de pelotização) está estimado em 119,3Mt (+3,3% em comparação com 2010). O consumo efetivo foi estimado com base nos dados de produção de gusa e pelotas (33,2Mt e 62,4Mt, respectivamente) e nos índices médios de consumo pesquisados junto às empresas produtoras (1,56 t de minério/tonelada de gusa e 1,08 t de minério/tonelada de pelotas). O consumo interno de minério de ferro está concentrado nesses dois setores (gusa e pelotas).

FERRO