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As exportações de enxofre se concentram nos compostos químicos, principalmente as NCMs outros sulfetos (28309019), outros sulfitos (28322000) e outros sulfatos (28332990), destinados a países da América Latina, como Chile, Paraguai e Argentina, no entanto, são inexpressivas quando comparadas a importação.

5 CONSUMO INTERNO

As vendas de ácido sulfúrico no Brasil têm sido realizadas para os setores químico e petroquímico, papel e celulose, fertilizantes, dentre outros. O setor de fertilizantes possui suas próprias plantas de produção de ácido sulfúrico e historicamente tem importado enxofre para atender sua demanda. A produção, apesar de aumentar ano a ano, não tem acompanhado o aumento do consumo aparente, levando a uma dependência de mais de 80% de enxofre importado. Tabela 2 Principais estatísticas - Brasil

Discriminação Unidade 2009( r ) 2010( r ) 2011 ( p )

Produção

Produção Total (t) 444.302 454.825 477.880

A partir do folhelho pirobetuminoso (t) 25.110 24.803 17.744

A partir do petróleo (t) 143.599 143.147 170.136 Outras formas (1) (t) 275.593 286.875 290.000 Importação Enxofre (t) 1.611.403 2.064.090 2.290.345 (US$-FOB) 214.818.126 267.431.000 504.594.000 Exportação Enxofre (t) 15.131 540 244 (US$-FOB) 849.839 440.000 217.000

Consumo Aparente (2) Enxofre (t) 2.040.574 2.518.375 2.767.981

Preços

Enxofre EUA (3) FOB/mina/planta (US$ FOB /t) 1,73 70,48 200,00

Ácido Sulfúrico Brasil (4) (US$/t) 73 167 191

Importação Enxofre a granel (US$/t) 130,30 128,73 210,61

Importação Ácido Sulfúrico (US$/t) 52,58 38,31 95,78

Fonte: Petrobrás; Votorantim Metais; Paranapanema; Anglo Gold Ashanti.

(1) Enxofre contido no H2SO4 produzido pela Votorantim Metais, Paranapanema, Anglo Gold Ashanti; (2) produção + importação – exportação; (3) preço

médio anual do EUA - USGS: Mineral Commodity Summaries 2012; (4) preço médio anual do H2SO4 Copebrás – Cubatão, SP (Fonte: ANDA);

(p) preliminar; (r) revisado.

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

Há vários projetos de fosfato em andamento que demandarão novas plantas de ácido sulfúrico para a produção do ácido fosfórico, produto intermediário na cadeia de fertilizantes. O principal deles situa-se na região de Patrocínio- Serra do Salitre (MG) a ser explorado pelas empresas Vale e Galvani. A Vale anunciou que pretende instalar ali a planta de sulfúrico e de fertilizantes. Já em Arraias (TO) a MBAC pretende começar a extrair, no final de 2013, fosfato para a produção de ácido fosfórico, com plantas também no local. Ambos os projetos devem aumentar a importação de enxofre. 7 OUTROS FATORES RELEVANTES

Um relatório de perspectivas para o setor de fertilizantes publicado pela International Fertilizer Industry Association (IFA) aponta um déficit no balanço de oferta/demanda de enxofre de 4% tanto para 2012 quanto para 2013, com a equiparação entre oferta e demanda ocorrendo apenas em 2014, o que pode elevar os preços do produto nestes anos. Os setores de fertilizantes e de metalurgia são os principais responsáveis pela alta demanda.

No Brasil, o DNPM de Santa Catarina está levantando dados visando estimar o montante de pirita extraída junto com o carvão mineral da região nos últimos 40 anos. Atualmente apenas uma empresa carbonífera continua extraindo pirita do carvão, estando a produção anual em torno de 4 mil toneladas de enxofre. Tendo em vista o histórico de degradação ambiental decorrente da extração do carvão, a retirada da pirita para aproveitamento econômico é considerada uma medida efetiva para a diminuição do impacto ambiental gerado na disposição do rejeito da mineração. Ao longo do levantamento, espera-se quantificar o potencial de produção da substancia, que é muito superior a quantidade extraída nesse momento.

Já em Alto Horizonte, norte de Goiás, a empresa Yamana produz um concentrado de cobre e ouro cujo rejeito contém 2% de pirita. Calcula-se que desde 2007, ano de início da produção, até 2011, já tenha sido acumulados 95 Mt de rejeito, desta forma calcula-se em 1,7 Mt de pirita contida, que poderiam ser aproveitadas na produção de ácido sulfúrico.

ESTANHO

Eduardo Pontes e Pontes – DNPM/AM, Tel.: (92) 3611-1112, Email: eduardo.pontes@dnpm.gov.br

1 OFERTA MUNDIAL – 2011

As reservas mundiais de estanho em 2011 são de aproximadamente 4,9 milhões de toneladas de Sn-contido, associadas à cassiterita. A Ásia é o continente que possui as maiores reservas do mundo com 55% do total. A América vem em seguida com 28%, a Europa tem 8%, a Austrália possui 3,6% e o restante 3,6% (USGS, 2012).

A China detém as maiores reservas de estanho sendo o principal produtor do minério. Em 2011 foi responsável por mais de 41% da produção mundial. A Indonésia vem em seguida com 19%. Na América, o destaque fica por conta do Peru, principal produtor do continente e terceiro maior do mundo tendo como principal mercado de destino os Estados Unidos da América (EUA). No período 2007-2010, 55% das importações de estanho feitas pelos EUA foram provenientes do Peru.

O Brasil possui aproximadamente 14% das reservas mundiais de estanho contido, sendo a terceira maior do mundo. É também o sexto maior produtor mundial com 10.725 toneladas produzidas em 2011 (4% do total). As reservas brasileiras estão localizadas em sua maior parte na região amazônica: província mineral do Mapuera, no Amazonas (mina do Pitinga) e na província estanífera de Rondônia (Bom Futuro, Santa Bárbara, Massangana e Cachoeirinha).

Tabela 1 Reservas e produção mundial

Discriminação Reservas (t) Produção (t)

Países 2010(p) 2010(r) 2011(p) (%) Brasil 701.733 10.400 10.725 4,07 China 1.500.000 115.000 110.000 41,76 Indonésia 800.000 60.000 51.000 19,36 Peru 310.000 38.000 34.600 13,13 Bolívia 400.000 16.000 20.700 7,86 Austrália 180.000 9.000 19.500 7,40 Vietnam - 3.500 6.000 2,28 Congo (Kinshasa) - 2.000 5.700 2,16 Malásia 250.000 2.000 2.000 0,76 Rússia 350.000 1.000 1.000 0,38 Portugal 70.000 100 100 0,04 Tailândia 170.000 100 100 0,04 Outros países 180.000 2.000 2.000 0,76 TOTAL 4.911.733 259.100 263.425 100

Fonte: DNPM/DIPLAM; USGS: Mineral Commodity Summaries-2012. (p) Preliminar; (e) estimada; (r) revisado.

2 PRODUÇÃO INTERNA

A produção nacional de estanho contido em 2011 foi de 10.725 t, com alta de 3% em relação a 2010. O aumento moderado da produção de estanho em 2011 foi reflexo dos acontecimentos na economia mundial. A crise na Europa e seus impactos em grandes consumidores de minérios brasileiros estabilizaram a produção de algumas commodities minerais no país, entre elas o estanho.

Outros fatores que também contribuíram para o tímido aumento da produção de estanho foram: má condição do tempo, quebra de equipamentos, falta de energia, dificuldade de acesso a investimentos, exploração irregular, dentre outros.

3 IMPORTAÇÃO

O valor em US$ das importações de estanho no Brasil subiu 228% em 2011. Os principais produtos importados foram os semimanufaturados, seguidos dos compostos químicos. O país que mais exportou para o Brasil no período foi a Bolívia, com 52% do total, os EUA ficou logo em seguida com 19,6%.

4 EXPORTAÇÃO

Em 2011, o valor em US$ das exportações de estanho no Brasil subiu em torno de 220%. Os destaques positivos foram os bens primários e semimanufaturados com forte crescimento em comparação a 2010. Os semimanufaturados continuam sendo os produtos mais exportados, seguido pelos bens primários e manufaturados. Os compostos químicos apresentaram uma queda de 4% em relação ao ano passado.

Os Países Baixos foram o principal destino das exportações brasileiras de estanho. Em 2011, as remessas àquele país responderam por cerca de 17% do total e por 22% dos semimanufaturados. Os EUA ganharam destaque em 2011 com 21% das exportações brasileiras de produtos semimanufaturados e a Malásia foi o principal destino dos bens primários, com 51%.

ESTANHO