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Em 2011, as exportações brasileiras de diatomita (manufaturados) tiveram uma recuperação, aumentando em cerca de 20% em volume e valor (1.021 toneladas em 2011 contra 860 em 2010; US$ 437 mil em 2010 para US$ 533 mil em 2011). As exportações de bens primários (farinhas siliciosas fósseis e outras terras siliciosas), por sua vez, sofreram uma redução de 12% (179 toneladas em 2011 contra 204 em 2010), porém, em termos de valor, houve um aumento de 4% (US$ 352 mil em 2011 contra US$ 338 mil em 2010), destinadas para: Paraguai (82%), Argentina (8%), Bolívia (7%), Chile (2%), Japão (1%). Dentre os manufaturados, ocorreram exportações para: Argentina (75%) e Paraguai (25%).

5 CONSUMO INTERNO

O consumo aparente de diatomita e de seus derivados manteve os níveis do ano anterior. Em 2011, o aumento em volume foi inferior a 0,5% em relação ao consumo registrado no ano de 2010. A demanda por manufaturados sofreu aumento inferior a 3% nas importações. As exportações, por sua vez, registraram uma recuperação, aumentando em quase 20% em relação a 2010. O Estado de São Paulo continua sendo o maior centro consumidor de diatomita beneficiada do Brasil, com destaque para as indústrias de bebidas como principais consumidores de agente de filtração, seguido pelo setor de graxas e lubrificantes. As indústrias de tintas, esmaltes e vernizes continuaram como principais consumidores de agente de carga.

Tabela 2 Principais estatísticas - Brasil

Discriminação Unidade 2009(r) 2010(r) 2011(p)

Produção Diatomita Bruta (t) 7.534 9.264 4.415

Diatomita Beneficiada (t) 4.350 4.082 4.224

Importação Diatomita(2) (t) 14.083 20.011 19.949

(103 US$-FOB) 7.966 10.802 10.761

Exportação Diatomita(2) (t) 150 204 179

(103 US$-FOB) 269 338 352

Consumo Aparente (1) Diatomita(2) (t) 18.283 23.889 23.994

Preços (médios) Diatomita

(2) /(3)

(US$/t FOB) 566,65 539,80 539,43

Diatomita Beneficiada (US$/t FOB-BA) 956,3 1.185,88 1.321,14

Fonte: DNPM/DIPLAM; MDIC/SECEX.

(1) produção + importação - exportação; (2) farinhas siliciosas fósseis (kieselguhr, tripolita, diatomita) e outras terras siliciosas; (3) preços médios FOB importação; (p) dado preliminar; (r) revisado.

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS Sem informações.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) da Diatomita, embora não sejam grande relevância em termos absolutos, tem apresentado crescimento constante nos últimos anos.

Os valores apurados foram da ordem de R$ 40.000 em 2010, passando a cerca de R$ 50.000,00 em 2011, com uma projeção de atingir R$ 70.000,00 em 2012 (conforme dados compilados do DNPM/DIPAR).

ENXOFRE

David Siqueira Fonseca – DNPM/Sede, Tel.: (61) 3312-6839, E-mail: david.fonseca@dnpm.gov.br

1 OFERTA MUNDIAL- 2011

Segundo o USGS, a produção de enxofre em 2011 foi ligeiramente maior que em 2010 e a revisão dos dados de 2010 destacou a China como o maior produtor mundial, pela primeira vez a frente dos grandes produtores históricos, Estados Unidos da América (EUA) e Canadá. Outro país que tem crescido a produção ao longo do tempo é a Rússia e juntos esses quatro países foram responsáveis em 2011 por produzirem, aproximadamente, 47% do enxofre mundial.

A China, além de maior produtor é também o maior consumidor e o maior importador de enxofre do mundo. O crescimento de sua produção ao longo do tempo se deve principalmente ao incremento do enxofre recuperado do refino do petróleo e gás natural e também do enxofre obtido com subproduto da metalurgia. No entanto, o país ainda obtém grandes quantidades de enxofre através do aproveitamento de piritas.

No Brasil, apesar do crescimento constante da produção através da recuperação de enxofre no refino de petróleo e gás, nossa maior fonte continua a ser a metalurgia, na qual, através de sulfetos, há a produção de ácido sulfúrico, devendo esta tendência ser invertida apenas no final da década, com a entrada em produção do petróleo do pré-sal, assim como novas refinarias e remodelamento das atuais.

Tabela 1 Reservas e produção mundial

Discriminação Reservas Produção (103 t)

Países 2011 2010(r) 2011 (p) (%)

Brasil

Não se aplica, tendo em vista o enxofre ser recuperado do refino do óleo e gás natural assim como

subproduto de sulfetos de cobre, zinco, níquel, dentre

outros e associados ao ouro.

455 478 0,7

China 9.600 9.600 13,9

Estados Unidos da América 9.070 8.800 12,8

Rússia 7.070 7.100 10,3 Canadá 7.255 7.100 10,3 Alemanha 3.905 3.700 5,4 Arábia Saudita 3.300 3.300 4,8 Japão 3.292 3.100 4,5 Cazaquistão 2.000 2.700 3,9 Outros países 22.153 23.130 33,5 TOTAL 68.100 69.000 100

Fonte: Petrobrás; Votorantim Metais; Paranapanema; Anglo Gold Ashanti, USGS: Mineral Commodity Summaries 2012. (r) dado revisado; (p) dado preliminar.

2 PRODUÇÃO INTERNA

A produção de enxofre no Brasil é proveniente do processo de recuperação no refino do petróleo e através das metalurgias, onde concentrados metálicos (zinco, chumbo, cobre, níquel) são ustulados para obtenção do metal, onde ocorre o desprendimento de dióxido de enxofre e posterior obtenção do ácido sulfúrico.

Desta forma, a Petrobras é a única produtora nacional de enxofre e o oferta na forma sólida e líquida. Essa recuperação nos combustíveis derivados do petróleo é realizada para atender a cada vez mais restritiva legislação ambiental, e para isso a empresa conta com dez refinarias, sendo destaque a REPLAN, maior produtora em 2011, com 40.609 t, seguida da REVAP, com 31.896 toneladas (t), a REDUC, que produziu 26.526 t e a SIX, com 17.744 t, no entanto esta unidade realiza paradas para manutenção a cada três anos e sua produção nos últimos dois anos ficou acima de 24.000 t.

O ácido sulfúrico obtido pela ustulação de sulfetos metálicos é produzido pelas empresas Caraíba Metais, em Camaçari, na Bahia, que recebe concentrados de cobre nacionais e importados, pela empresa Votorantim Metais, com unidades em Fortaleza de Minas, que recebe concentrado de níquel da jazida na mesma localidade e também parte do concentrado de níquel da Mirabela, na Bahia, assim como unidades em Juiz de Fora e Três Marias, que recebem os concentrados de chumbo e zinco, tanto nacionais quanto importados. Finalmente, a empresa Anglo American, cuja usina denominada Queiroz recebe o concentrado de ouro da Mina Cuiabá, em Sabará. Juntas essas empresas produziram em 2011, aproximadamente, de 946.939 t de ácido sulfúrico, equivalentes a 290.000 t de enxofre.

3 IMPORTAÇÃO

A importação do principal item da pauta, o enxofre a granel (NCM 25030010), teve um ligeiro aumento em termos de quantidade em 2011 (2,1 Mt) em relação a 2010 (1,9 Mt). No entanto, os dispêndios aumentaram de forma vertiginosa, já que enquanto em 2010 foram gastos U$$ 243 milhões, em 2011 foram gastos U$$ 439 milhões, evidenciando o aumento no preço do produto. Os principais países de origem foram Estados Unidos (35%), Rússia (16%), Canadá (9%), Cazaquistão (9%) e Emirados Árabes (8%).

Em relação aos compostos químicos, o Ácido Sulfúrico (NCM 28070010), principal item, teve além do aumento na quantidade (532.685 t em 2010 para 655.294 t em 2011), um aumento no dispêndio, passando de U$$ 20 milhões em 2010 para U$$ 63 milhões em 2011. Os principais países de origem foram Alemanha (18%), Espanha (13%), Coréia do Sul (11%), Bulgária (10%) e Polônia (9%).

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