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10 COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS (CFEM) E TAXA ANUAL POR HECTARE (TAH)

SUMÁRIO EXECUTIVO

10 COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS (CFEM) E TAXA ANUAL POR HECTARE (TAH)

A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM)13, em 2011, alcançou seu maior nível desde o início de sua arrecadação: R$ 1,56 bilhão. Destaque para o segundo semestre de 2011 que teve uma tendência fortemente crescente (fig. 44).

Figura 44: Arrecadação Mensal da CFEM em 2011 (R$) Os estados com maior arrecadação foram Minas Gerais (50,7%), Pará (29,7%), São Paulo (4,0%), Goiás (3,7%), Bahia (2,2%), Mato Grosso do Sul (1,9%) e Amapá (1,1%), ficando os outros estados com 6,7%. Novamente, Minas Gerais e Pará mostram sua vocação para a mineração, já que sua arrecadação conjunta ultrapassa 80% do arrecadado da CFEM. Os maiores municípios arrecadadores foram os seguintes: Parauapebas-PA (24%), Nova Lima-MG (8%), Itabira-MG (8%), Mariana-MG (6%), São Gonçalo do Rio Abaixo-MG (6%), Itabirito-MG (4%), Congonhas-MG (3%) e Brumadinho-MG (3%). Todos os outros municípios brasileiros juntos participaram com 38% da arrecadação da CFEM (Figuras 45 A e B).

Dentre as substâncias que mais arrecadaram em 2011, estão: ferro (70,9%), cobre (4,2%), bauxita (3,2%), granito (3,1%), calcário (2,4%) e ouro (2,4%). Todas as outras

substâncias juntas contribuíram com 13,7% da arrecadação da CFEM (fig. 46).

Figura 46: Arrecadação da CFEM por Substância – 201114

13A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais

(CFEM), estabelecida pela Constituição de 1988, em seu Art. 20, § 1o, é devida aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, e aos órgãos da administração da União, como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios.

14Os dados de arrecadação de CFEM para o Sumário Mineral 2012 foram

coletados da base de dados da DIPAR em junho/2011. Essa base de dados é alimentada diariamente com os pagamentos feitos, inclusive com aqueles referentes ao ano de 2011 feitos em atraso. Logo, pode haver uma pequena diferença entre as percentagens fornecidas pelo Sumário Mineral e por outras publicações do DNPM oriundas da inserção desses pagamentos atrasados em datas posteriores ao acesso para coleta das informações.

15A Taxa Anual por Hectare (TAH),instituída no Código de Mineração

(Decreto-Lei nº 227, de 28/02/1967 - Art 20, inciso II), alterado pela Lei O aumento na arrecadação da CFEM em 2011 teve como principal causa o aumento na produção, especialmente, do minério de ferro, principal substância arrecadadora de CFEM (fig. 47 A). Outras substâncias contribuíram para esse comportamento, também pelo aumento da produção, como bauxita e cobre (fig. 47 C e B). A variação na arrecadação de algumas substâncias entre 2011 e 2010 foi a seguinte: 56,22% para o minério de ferro, 21,07% para o cobre, 18,22% para o ouro e 7,85% para a bauxita. Além da produção, o nível de preços nacional do IPA-OG Extrativa Mineral (base: jan/2011) calculado pela FGV, que contém preços de minério de ferro, minério de cobre e de bauxita, acompanhou o crescimento da CFEM (fig. 47 D), favorecendo o aumento da sua arrecadação. Por fim, as fiscalizações e a cobrança de débitos anteriores por parte do DNPM também refletiram nesse comportamento positivo da arrecadação da CFEM.

A Taxa Anual por Hectare (TAH)15 teve um aumento na

sua arrecadação de, aproximadamente, 23% em relação ao ano de 2010, alcançando o valor de R$ 109.778.000 (fig. 48 A). Este valor representou 95,83% do valor previsto de arrecadação. Os estados com maior arrecadação foram Minas Gerais (16,6%), Bahia (16,15%), Pará (13,34%), Mato Grosso (13,07%), Goiás (6,29%) e Maranhão (3,85%) (fig. 48 B). Além dos estados que, tradicionalmente, despertam interesse na pesquisa mineral, como Minas Gerais, Pará e Bahia, pela primeira vez, o Maranhão apareceu dentro da listagem dos estados com maior pagamento de TAH. O pagamento da TAH no Maranhão, juntamente com o Piauí (2,91%), refletem o interesse das empresas na pesquisa mineral de ouro e minério de ferro, respectivamente (tabela 12).

Tabela 12 Ranking anual por estados de arrecadação da TAH

2011 2010 2009 2008 2007 2006

1º MG/16,6% BA/19,33% BA/20,37% PA/20,09% PA/22,06% PA/24,17%

2º BA/16,15% PA/16,01% PA/14,67% BA/17,29% BA/15,98% BA/13,86%

3º PA/13,34% MT/13,14% MT/11,70% MT/10,9% GO/9,83% GO/12,03%

4º MT/13,07% MG/12,77% MG/9,74% GO/8,52% MG/8,60% MG/9,42%

Figura 4716: Comportamento da arrecadação da CFEM (R$), das produções de ferro, cobre, alumínio e do índice de preço da

Indústria Extrativa Mineral em 2011. A) produção de ferro (t); B) produção de cobre (t); C) produção de bauxita (mil t) e D) variação do Índice IPA-OG-Extrativa Mineral (%), base jan/2011.

Figura 48: Arrecadação da Taxa Anual por Hectare (TAH). A) período de 2006 a 2011 e B) participação por estado em 2011.

AÇO

Carlos Antônio Gonçalves de Jesus - DNPM/MG, Tel.: (31) 3227-9960, E-mail: carlos.jesus@dnpm.gov.br 1 OFERTA MUNDIAL - 2011

A produção mundial de aço bruto em 2011 atingiu 1,49 bilhão de toneladas, 4,3% maior que a do ano anterior. A produção dos países asiáticos (liderados por China, Japão, India e Coréia do Sul) representou 62,5% da produção mundial. A indústria siderúrgica mundial utilizou cerca de 72% de sua capacidade instalada de produção. O Brasil foi o nono maior produtor mundial (2,4% da produção) e o maior da América Latina (51,3%). A produção mundial de ferro-gusa foi 6,9% maior que a registrada em 2010, atingindo 1,08 bilhão de toneladas. O Brasil participou com 3,1% dessa produção. Tabela 1 - Produção mundial

Discriminação Aço Bruto (103 t) Ferro-Gusa (103 t)

Países 2010(r) 2011(p) % 2010(r) 2011(p) % Brasil 32.928 35.162 2,4 30.898 33.243 3,1 China 637.400 683.265 45,9 595.601 629.693 58,2 Japão 109.599 107.595 7,2 82.283 81.028 7,5 Índia 68.321 72.200 4,8 38.685 38.900 3,6 Russia 56.942 68.743 4,6 47.934 48.120 4,4

Estados Unidos da América 80.495 86.247 5,8 26.843 30.233 2,8

Coréia do Sul 58.914 68.471 4,6 35.065 42.218 3,9

Outros países 384.112 368.377 24,7 178.105 179.294 16,6

TOTAL 1.428.711 1.490.060 100,0 1.035.414 1.082.729 100

Fonte: WSA, IABr.

(p) preliminar; (r) revisado; produção de aço bruto = aço em lingotes + produtos de lingotamento contínuo + aço para fundição. 2 PRODUÇÃO INTERNA

O parque siderúrgico brasileiro dispõe de capacidade instalada de produção de 47,8 Mt (milhões de toneladas) de aço bruto/ano e é composto por 29 usinas administradas por 11 grupos empresariais.

A produção brasileira de aço em 2011 atingiu 35.162 mt (mil toneladas), o que representa um aumento de 6,8% em relação a 2010. As previsões de que a produção chegaria a 38 Mt não se confirmaram, devido à competição com os produtos importados e à redução da demanda, principalmente por aços planos, causada pela desaceleração econômica. Minas Gerais (33,2%), Rio de Janeiro (28,3%), Espírito Santo (16,7%) e São Paulo (15,9%) foram os principais estados produtores. Por grupo empresarial, a produção ficou assim distribuída: Aperam South America - 738,4 mt (-4,2% em comparação a 2010), ArcelorMittal - 8.931,1 mt (-4,5%), Companhia Siderúrgica Nacional-CSN - 4.887,5 mt (-0,3%), Gerdau - 8.755,3 mt (+7,1%), Siderúrgica Norte Brasil-Sinobras - 246,1 mt (+3%), Thyssenkrupp CSA Siderúrgica do Atlântico - 3.129,4 mt (entrou em operação em junho/2010), Usiminas - 6.680,8 mt (-8,5%), V & M do Brasil -527,4 mt (-8,0%), Valourec & Sumitomo Tubos do Brasil-VSB - 35,2 mt (entrou em operação em 2011) - Villares Metals -140,6 mt (+18,2%) e Votorantim - 1.090 mt (+4,7%). Com a entrada da empresa argentina Ternium, braço siderúrgico do grupo Techint, a Usiminas passou a ter a seguinte composição acionária: Nippon Steel (46,1%), Ternium e coligadas (43,3%) e Caixa dos Empregados (10,6%).

A produção brasileira de ferro-gusa aumentou 7,6% em relação a 2010, totalizando 33.243 mt (Usinas integradas com 82,8%eprodutores independentes com 17,2%). Minas Gerais, com cerca de 60% da produção, é o principal estado produtor. Quanto aos produtos siderúrgicos, a produção foi de 34.462,3 mt (+4,8% em relação a 2010) e se dividiu em: produtos planos (placas, chapas e bobinas revestidas e não revestidas) - 22.198,6 mt (+4,1%), produtos longos (lingotes, blocos, tarugos, barras, vergalhões, fio-máquina, perfis e tubos) - 12.263,7 mt (+6,2%).

3 IMPORTAÇÃO

As importações brasileiras de produtos siderúrgicos em 2011 somaram 3.783,3 mt, com um valor de US$-FOB 4,5 bilhões. Em relação ao ano anterior houve uma diminuição de 35,9% na quantidade e de 16,8% no valor das importações. Quanto ao tipo de produto as importações ficaram assim distribuídas: semi-acabados (placas, lingotes, blocos e tarugos) - 24,7 mt (-53,5% em comparação com 2010), produtos planos (chapas e bobinas revestidas e não revestidas) - 2.270 mt (-43,8%), produtos longos (barras, vergalhões, perfis, fio-máquina, trilhos e tubos sem costura) - 985,1 mt (-26,9%) e outros produtos (tubos com costura, tiras, fitas e trefilados) - 503,5 mt (+9,3%). Os principais fornecedores foram: China (29%), Coréia do Sul (9%), Rússia (7%), Turquia (6%) e Japão (5%). As principais regiões de origem foram: Ásia - exclusive Oriente Médio (33%), União Européia (24%) e Europa Oriental (13%). A Turquia, cuja siderurgia está crescendo a taxas expressivas (17% em 2011), chegou à décima colocação entre os produtores mundiais, com 34,1 Mt, e vem se tornando um grande exportador de aço para o Brasil, principalmente de produtos longos.

Apesar da queda nas importações os produtos importados foram responsáveis por 18% do consumo interno. As importações indiretas (aço contido em bens) totalizaram 4,8 Mt e se concentraram principalmente nos setores automotivo e de máquinas e equipamentos.

AÇO