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O consumo aparente de cromita está diretamente ligado ao consumo de aço inoxidável, que responde pela quase totalidade da aplicação final desta commodity. Em relação a 2010, registrou-se um incremento no consumo aparente de cromita (bens primários) da ordem de 8,4%. Em termos de compostos químicos, houve um aumento nas exportações de 23% embora não exista produção nacional de compostos químicos de cromo. Em 2011, foram importadas 53 mil toneladas.

Tabela 2 Principais estatísticas – Brasil

Discriminação Unidade 2009(r) 2010(r) 2011(r)

Produção Cromita

(1)

(t) 365.210 520.129 542.512

Ferro liga de Cromo (2) (t) 131.048 277.114 145.122

Importação Cromita (1) (t) 11.437 23.238 23.733 (103 US$-FOB) 4.126 9.075 11.530 Semimanufaturados + Manufaturados (2) (t) 6.030 11.390 16.901 (103 US$-FOB) 12.900 23.053 31.296 Compostos Químicos (t) 42.581 59.223 53.239 (103 US$-FOB) 54.275 82.655 85.241 Exportação Cromita (1) (t) 75.334 77.131 60.818 (103 US$-FOB) 7.275 9.033 10.766 Semimanufaturados + Manufaturados (2) (t) 5.064 9.568 11.972 (103 US$-FOB) 63.378 14.607 22.293 Compostos Químicos (t) 117 269 331 (103 US$-FOB) 617 1.115 1.540

Consumo Aparente (3) Bens Primários (Cromita) (1) (t) 301.313 466.236 505.427 Semimanuf. + Manufaturados (2) (t) 132.014 278.936 150.051 Preços Cromita (4) (US$/t-FOB) 85,16 63,58 172,05 Cromita (5) (US$/t-FOB) 380 487,92 330 Fe-Cr-AC (5) (US$/t-FOB) 917 228,52 572,76 Fe-Cr-BC/MC (5) (US$/t-FOB) 1.161,00 395,49 778,24

Fonte: DNPM/DIPLAM, MME/SMM; MDIC/SECEX.

(1) Inclui minério lump + concentrado + outros minérios de cromo e seus conc. + cromo em forma bruta: (2) ligas de ferro cromo (Fe-Cr-AC, Fe-Cr-BC e Fe-Si-Cr) + Cr em pó + obras e outros prod. do cromo; (3) produção + importação – exportação; (4) preço médio FOB do concentrado do Amapá exportado, com teor médio de 45, 17,0% de Cr2O3; (5) preço médio base importação. No mercado internacional, as cotações refletem os preços

ofertados pelos produtores sul africanos, que respondem por cerca de 50% da produção mundial de FeCrAC. Os preços do concentrado variam em função dos preços das ligas de ferro cromo; (r) revisado; (p) preliminar; Teores considerados: produção exportada= 45,17% de Cr2O3;

outros países = 45,0% (base importações).

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

Em 2011, foram realizados investimentos no setor produtivo da ordem de R$ 28 milhões no município de Campo Formoso, no Estado Bahia. Nesse mesmo estado, projeta-se investimentos da ordem de R$1,1 milhão para os próximos 3 anos no município de Santa Luz. Em 2011, foram realizados investimentos na ordem de R$331,3 mil na Usina de Beneficiamento localizada no mesmo município. No estado do Amapá foi investido em 2011 o total de R$ 144.550 em melhorias e serão investidos em torno de R$252.000 para os próximos 03 anos.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

Em termos de Compensação Financeira pela Exploração Mineral, CFEM, foram recolhidos em torno de R$ 2,6 milhões referente à substância cromo no país. O preço de energia elétrica tem impactado os custos de produção do setor.

DIAMANTE

Karina Andrade Medeiros – DNPM/Sede, Tel.: (61) 3312-6602, E-mail: karina.medeiros@dnpm.gov.br

Marina Marques Dalla Costa – DNPM/Sede, Tel.: (61) 3312-6602, E-mail: marina.costa@dnpm.gov.br

1 OFERTA MUNDIAL – 2011

O diamante é um mineral composto por átomos do elemento carbono, arranjados em uma estrutura cúbica cristalina densa, e é originado em condições de alta pressão, encontradas no manto da Terra. É o mineral com maior dureza encontrado na natureza e, devido suas propriedades cristalinas únicas, tem alto valor comercial como gema. Há dois tipos principais de depósitos diamantíferos: depósitos primários, representados principalmente por kimberlitos mineralizados, e depósitos secundários, que são originados a partir do retrabalhamento dos depósitos primários. Até a descoberta dos primeiros corpos de kimberlitos mineralizados na África do Sul, em meados de 1870, os depósitos secundários eram a única fonte de diamantes, sendo o Brasil o principal produtor. Atualmente, a produção mundial de diamantes em depósitos primários é maior do que em depósitos secundários, no entanto, a qualidade das pedras encontradas nesse último tipo de depósito costuma ser melhor.

Dados do KPCS – Annual Global Summary – 2011 (USGS) indicam que, no ano de 2011, a produção mundial de diamante foi da ordem de 124 Mct (milhões de quilates) (Tabela 01). Neste período, os maiores países produtores foram a Rússia, Botsuana, República Democrática do Congo, Canadá, África do Sul e Austrália, que juntos contribuíram com aproximadamente 85% da produção mundial. O Brasil possui participação insignificante de apenas 0,04% do montante total.

Em 2011, A reserva mundial de diamante foi estimada em 600 Mct, de acordo com os dados do Mineral Commodity Summaries – 2012 (USGS). A República Democrática do Congo é o país que detém a maior reserva de diamante, seguido de Botswana e Austrália. O Brasil detém 1,6% da reserva mundial, considerando a reserva lavrável declarada pelos detentores de concessões de lavra.

Tabela 1 Reserva e produção mundial

Discriminação Reserva (106 ct) Produção (ct)

Países 2011(1) 2010(3) 2011(3) (%)

Brasil 9,5 (2) 25.394,00(4) 45.526,09(4) 0,04

Rússia 40 34.856.600,00 35.139.800,00 28,34

Botsuana 130 22.018.000,00 22.904.553,99 18,47

República Democrática do Congo 150 20.166.220,14 19.249.057,46 15,52

Canadá nd 11.804.095,00 10.795.259,0 8,71

África do Sul 70 8.862.912,00 8.205.399,24 6,62

Austrália 110 9.976.154,50 7.829.805,25 6,31

Outros países 85 20.608,96 19.820.207,85 15,99

TOTAL 600 128.317.461,60 123.989.608,88 100

Fonte: (1)USGS: Mineral Commodity Summaries – 2012, Diamond Industrial, (ct) quilate; (2) dados DNPM: relatório anual de lavra (RAL) 2011 e Relatório de Transações Comerciais (RTC); (3) KPCS – Annual Global Summary; (4) Dados DNPM – CNCD.

2 PRODUÇÃO INTERNA

Em 2011, o Brasil produziu 45.526,09 ct de diamantes, o que representa um acréscimo de 80% em relação ao ano de 2010, cuja produção foi de 25.394,00 ct. O estado de Mato Grosso foi o maior produtor de diamante em quantidade, com 78,1% do total da produção brasileira, seguido de Minas Gerais (11,1%), Bahia (8,6%) e Paraná (2,2%).

A maior parcela da produção brasileira em 2011 foi derivada de áreas de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG), responsável por 66,8%. As áreas do segmento empresarial somaram 33,4%. Grande parte das empresas ou áreas de (PLG), ainda estão trabalhando muito abaixo da sua capacidade nominal ou permanecem paralisadas aguardando a estabilidade do mercado diamantífero.

3 IMPORTAÇÃO

Foram importados 29.185,11 ct de diamantes brutos em 2011, o que correspondeu a um valor de US$479.861,12. Apesar do aumento da produção interna de diamantes, registrou-se um aumento de 34,20% nas importações de 2011 para 2010.

Assim como no ano de 2010, cerca de 95% das importações de diamantes foram do tipo industrial (NCM 71.02.21.00 – Diamantes industriais, em bruto ou serrados) e provenientes dos Estados Unidos da América (EUA), representando 30,04% do valor total importado. Diamantes tipo gema (NCM 71.02.31.00 – Diamantes não industriais, em bruto/serrados) foram importados da Bélgica e de Israel, e perfazem cerca de 1,7% da quantidade importada e 70% do valor total importado.

DIAMANTE