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Caracterização das atribuições do psicólogo no sistema prisional segundo a legislação estadual

8. INSERÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO NO

8.2 Caracterização das atribuições do psicólogo no sistema prisional do Estado de São

8.2.1 Caracterização das atribuições do psicólogo no sistema prisional segundo a legislação estadual

Considerando a legislação apresentada no capítulo anterior e os decretos de instituição e organização das unidades prisionais do Estado de São Paulo, retomamos o item da estrutura da composição das equipes (Tabela 07), especificamente a estrutura que integra a equipe técnica e, portanto, o profissional da área de Psicologia, conforme tabela a seguir:

Tabela 9 - Estabelecimentos Prisionais e Estruturas de Composição da Equipe Técnica

Penitenciária Progressão Centro de Penitenciária Centro de Detenção Provisória Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Centro de Ressocialização Comissão Técnica de Classificação; Comissão Técnica de Classificação; Comissão Técnica de Classificação Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde , com Núcleo de Atendimento à Saúde; Centro de Reabilitação, com: a) Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação; b) Núcleo de Educação; c) Equipe de Atividades Gerais; Núcleo de Atendimento à Saúde; Núcleo de Atendimento Multidisciplinar

Fonte: São Paulo-SP.Decretos nº.s: 46.046 de 23/08/01; 46.277 de 19/11/01; 49.984 de 06/09/05; 50.225 de 09/11/05 e 50.412 de 2712/05, os quais dispõem sobre a instituição e organização das unidades prisionais.

A descrição das atribuições da equipe técnica é indicada no decreto de criação de cada unidade, o qual apresenta a descrição das atribuições das Comissões, Centros, Núcleos e respectivos profissionais, conforme passamos a detalhar.

Comissão Técnica de Classificação: composição conforme a LEP, artigos 6º e 7º, e

decretos estaduais de instituição e organização de estabelecimentos prisionais destinados ao cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado e semi-aberto, tendo como atribuições:

- acompanhar a execução das penas privativas de liberdade;

- efetuar a classificação dos sentenciados, quando de sua inclusão no estabelecimento penal;

- incluir, depois de classificados, os sentenciados em programas individualizadores da execução da pena;

- elaborar, acompanhar e avaliar os programas individualizadores da execução da pena privativa de liberdade adequada ao sentenciado;

- acompanhar o desenvolvimento dos sentenciados inclusos nos programas individualizadores da execução da pena;

- avaliar os sentenciados inclusos nos programas individualizadores da execução da pena, emitindo, ao final, pareceres;

- requisitar, sempre que necessário informações sobre os sentenciados;

- propor, às autoridades competentes, as progressões e regressões dos regimes, bem como as conversões de penas e regimes;

- proceder, quando julgar conveniente, diligências e exames;

Segundo análise dos itens descritos, podemos observar a amplitude da responsabilidade e atribuições da Comissão Técnica de Classificação, a qual classifica, elabora, executa e insere a pessoa presa num programa de individualização da execução da

pena privativa de liberdade178, sendo responsável ainda, pelo acompanhamento e avaliação do citado programa e pela avaliação do desenvolvimento da pessoa presa, podendo propor a progressão, regressão de regime, bem como, a conversão de pena e regime.179

Assim, podemos considerar as atribuições específicas do psicólogo nessa Comissão como perito, o qual tem sob sua responsabilidade os diagnósticos, prognósticos, laudos e pareceres psicológicos realizados por meio de instrumentais técnicos da profissão.

Centro de Reabilitação com Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação e Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde com Núcleo de Atendimento à Saúde, conforme

indicado anteriormente, a alteração do nome de Centro de Reabilitação com Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação para Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde com Núcleo de Atendimento à Saúde, ocorre a partir do ano de 2004, ano posterior ao sancionamento da Lei 10.792/03, e traz em seu escopo a reestruturação da organização dos departamentos nas unidades prisionais, a composição e atribuições das respectivas equipes.

Desde o ano de 2004 até 2007, nas unidades do sistema prisional paulista, especificamente penitenciárias (regime fechado), e centros de progressão penitenciária (regime semi-aberto), funcionam concomitantemente as estruturas dos centros apresentados, sendo que, as unidades prisionais (penitenciárias e centros de progressão penitenciária) que apresentam em sua organização o Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde com Núcleo de Atendimento à Saúde, são identificadas como unidades reestruturadas.

178 Segundo a Constituição Federal, artigo 5º, inciso XLVI, princípios da igualdade e individualização. 179 Observamos que os decretos de instituição e organização de estabelecimentos prisionais analisados datam dos anos 2001 e 2005, anos anteriores e posteriores à Lei 10.792/03, a qual altera a Lei de Execução Penal e a atribuição da Comissão Técnica de Classificação. No entanto, destacamos que, as alterações propostas pela referida lei não figuram nos referidos decretos, pois os mesmos determinam que a Comissão Técnica de Classificação deva propor, às autoridades competentes, as progressões e regressões dos regimes, bem como as conversões de penas e regimes.

Na tabela a seguir, apresentamos a composição e atribuições dos referidos Centros, a saber:

Tabela 10 - Atribuições do Centro de Reabilitação com Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação e do Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde

Centro de Reabilitação com

Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação Saúde com Núcleo de Atendimento à SaúdeCentro de Reintegração e Atendimento à Os Núcleos Interdisciplinares de Reabilitação

serão compostos de pessoal com formação universitária, em especial de Médico Psiquiatra, Assistente Social, Terapeuta Ocupacional,

Psicólogo e Pedagogo, de preferência com

especialização ou experiência nas áreas penitenciária e criminológica.

Os Centros de Reintegração e Atendimento à

Saúde serão compostos de: pessoal com formação

universitária, em especial de médico psiquiatra, assistente social, terapeuta ocupacional, psicólogo e pedagogo, de preferência com especialização ou experiência nas áreas penitenciária e criminológica; pessoal multidisciplinar, para exercício no Núcleo

de Atendimento à Saúde, em especial com

formação de médico, cirurgião-dentista, enfermeiro, farmacêutico e auxiliar de enfermagem.

Os Centros de Reabilitação têm por atribuição proporcionar o desenvolvimento social e humano dos presos, visando a reintegração na sociedade em liberdade.

Os Centros de Reintegração e Atendimento à Saúde têm por atribuição proporcionar assistência à saúde e psicossocial ao preso, têm as seguintes atribuições proporcionar o desenvolvimento social e humano dos presos, visando à reinserção na sociedade quando colocados em liberdade;

Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação

Centro de Reintegração

elaborar diagnósticos dos aspectos sócio-econômicos dos presos;

avaliar, psicologicamente, os presos nas áreas de desenvolvimento geral, intelectual e emocional; proceder ao diagnóstico dos presos e recomendar indicações psicológicas, psicofísicas e

psicossociais, a partir da avaliação inicial;

opinar sobre a designação ou o remanejamento dos presos nos pavilhões e nas unidades do Estabelecimento;

registrar informações relacionadas com os presos, de forma a compor o seu prontuário criminológico;

executar programas de preparação para a liberdade;

propiciar aos presos conhecimentos e habilidades necessárias à sua integração na comunidade; organizar cursos regulares ou intensivos de comportamento social;

proporcionar meios de integração entre os presos e a comunidade em geral; desenvolver programas de valorização humana;

estudar e propor soluções para problemas da terapêutica penitenciária;

planejar e organizar projetos de trabalho para presos com problemas especiais, supervisionando ou ensinando-lhes, diretamente se for o caso, atividades prescritas para seu tratamento;

prestar orientação religiosa aos presos;

colaborar, se for o caso, na elaboração das perícias criminológicas; colaborar na seleção de livros e filmes destinados aos presos;

manter intercâmbio de informações e experiências com a unidade de Reabilitação Social Penitenciário, propondo as medidas necessárias à aproximação entre os presos e suas famílias;

participar da programação das atividades de atendimento aos presos;

verificar a “inadequabilidade” de comportamento dos servidores que tratam diretamente com os presos, propondo as medidas que julgar necessárias;

identificar as necessidades de treinamento para os servidores do Estabelecimento que tratam diretamente com os presos;

em relação a casos específicos ou a problemas de caráter geral;

acompanhar, permanentemente, o comportamento e as atividades dos presos, prestando-lhes assistência na solução de seus problemas;

opinar sobre promoções ao terceiro estágio da pena

organizar e manter atualizados os prontuários criminológicos dos presos, de maneira a

permitir o acompanhamento da evolução do tratamento;

juntar aos prontuários documentos que lhes forem encaminhados para esse fim;

providenciar a preparação de carteiras de identidade e de trabalho, bem como de outros documentos necessários aos presos, por ocasião da

liberdade.

Fonte: São Paulo – SP. Decretos nº.s 46.046 de 23/08/01; 46.277 de 19/11/01; 49.984 de 06/09/05; 50.225 de 09/11/05 e 50.412 de 2712/05, que dispõem sobre a instituição e organização das unidades prisionais.

Núcleo de Atendimento à Saúde, composição descrita na tabela anterior, tendo as seguintes atribuições:

- prestar assistência ambulatorial aos presos;

- elaborar diagnósticos e efetuar exames clínicos, prescrevendo e acompanhando o tratamento;

- realizar consulta médica, odontológica, psicossocial e de enfermagem para o preso, quando de sua inclusão no estabelecimento penal;

- elaborar diagnósticos clínicos, de enfermagem e odontológicos, dos presos; - encaminhar para complementação diagnóstica todos os casos que necessitarem; - acompanhar o tratamento indicado de acordo com os protocolos de atendimento

elaborados pela Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário;

- promover a notificação compulsória de doença, de acordo com fluxo estabelecido pela Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário;

- notificar surtos e outros eventos, tanto dos presos como dos servidores da unidade; - informar os óbitos para a Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário, bem

- executar programas de atenção à saúde do preso e dos servidores;

- registrar as ocorrências e intercorrências no prontuário único de saúde, procedendo, conforme exigência do Sistema Único de Saúde - SUS/SP, à alimentação do banco de dados;

- controlar, solicitar e dispensar os medicamentos entregues, da lista padronizada, pela Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário e pelas demais instâncias do Sistema Único de Saúde - SUS/SP;

- implementar programas de prevenção e realizar atividades de saúde mental propostos pela Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário;

- prescrever a vacinação dos servidores e dos presos;

- planejar e executar programas de apoio social aos presos e seus familiares;

- encaminhar os presos e seus familiares à rede de assistência, de acordo com as necessidades diagnosticadas;

- prestar atendimento psicológico aos presos com patologias;

- documentar no prontuário único de saúde do preso todo o atendimento realizado.

Conforme análise das Tabelas 9 e 10 e decretos estaduais de instituição e organização de unidades prisionais, observamos que a reestruturação dos Centros de Reabilitação para Centros de Reintegração e Atendimento à Saúde, propõe mudanças significativas na reestruturação da organização dos departamentos nas unidades prisionais, alterando o organograma funcional bem como as atribuições dos referidos Centros, e ampliando as atribuições das respectivas equipes.

Com relação às alterações e ampliação das atribuições das equipes que compõem os referidos Centros observamos:

- No Centro de Reabilitação, a exclusão de duas atribuições – 1) opinar sobre a designação ou o remanejamento dos presos nos pavilhões e nas unidades do Estabelecimento; 2) opinar sobre promoções ao terceiro estágio da pena.

- No Centro de Reintegração, a inclusão de mais três atribuições – 1) organizar e manter atualizados os prontuários criminológicos dos presos, de maneira a permitir o acompanhamento da evolução do tratamento; 2) juntar aos prontuários documentos que lhes forem encaminhados para esse fim; 3) providenciar a preparação de carteiras de identidade e de trabalho, bem como de outros documentos necessários aos presos, por ocasião da liberdade.

- No Núcleo de Atendimento à Saúde, observa-se a ampliação das atribuições da equipe e a especificação da atribuição do psicólogo na área de saúde mental. Reorientação significativa das atribuições do psicólogo, posterior a Lei 10.792/03.

Quanto às atribuições do psicólogo, enquanto membro integrante dos respectivos Centros, podemos inferir que suas atribuições se dividem entre duas categorias: 1) as que são privativas e específicas da profissão do Psicólogo e 2) as atribuições que não são exclusivas da área da Psicologia e pressupõem uma equipe multiprofissional e intervenção interdisciplinar.

Nas mencionadas categorias procedemos ao agrupamento das atribuições em quatro

áreas afins, as quais identificamos como: área de perícia, área de atendimento à saúde mental,

área social e área institucional.

Para efeito didático e ilustrativo, na tabela a seguir, apresentamos a análise exposta, a saber:

Tabela 11 - Atribuições do Psicólogo no Centro de Reabilitação e Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação e no Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde

com Núcleo de Atendimento à Saúde

Atribuições exclusivas da área de Psicologia

Atribuições que pressupõem a equipe multiprofissional e a interdisciplinaridade

Áreas Afins

avaliar,

psicologicamente, os presos nas áreas de desenvolvimento geral, intelectual e emocional;

opinar sobre promoções ao terceiro estágio da pena e opinar sobre a designação ou o remanejamento dos presos nos pavilhões e nas unidades do Estabelecimento;*

proceder ao diagnóstico dos presos e recomendar indicações psicológicas,

psicofísicas e

psicossociais, a partir da avaliação inicial;

colaborar, se for o caso, na elaboração das perícias criminológicas;

registrar informações relacionadas com os presos, de forma a compor o seu prontuário criminológico;

organizar e manter atualizados os prontuários criminológicos dos presos, de maneira a permitir o acompanhamento da evolução do tratamento;**

Área de Perícia

realizar consulta psicossocial para o preso, quando de sua inclusão no estabelecimento penal;

participar da programação das atividades de atendimento aos presos;

prestar atendimento psicológico aos presos com patologias;

acompanhar, permanentemente, o comportamento e as atividades dos presos, prestando-lhes assistência na solução de seus problemas

documentar no

prontuário único de saúde do preso todo o atendimento realizado.

implementar programas de prevenção e realizar atividades de saúde mental propostos pela Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário;

planejar e organizar projetos de trabalho para presos com problemas especiais, supervisionando ou ensinando-lhes, diretamente se for o caso, atividades prescritas para seu tratamento;

Área de Atendimento

e Saúde Mental

executar programas de preparação para a liberdade;

organizar cursos regulares ou intensivos de comportamento social;

desenvolver programas de valorização humana;

propiciar aos presos conhecimentos e habilidades necessárias à sua integração na comunidade;

proporcionar meios de integração entre os presos e a comunidade em geral;

manter intercâmbio de informações e experiências com a unidade de Reabilitação Social Penitenciário, propondo as medidas necessárias à aproximação entre os presos e suas famílias;

planejar e executar programas de apoio social aos presos e seus familiares;

encaminhar os presos e seus familiares à rede de assistência, de acordo com as necessidades diagnosticadas;

Área Social

estudar e propor soluções para problemas da terapêutica penitenciária;

apresentar recomendações a respeito da atuação das demais unidades de atendimento aos presos, em relação a casos específicos ou a problemas de caráter geral;

Área Institucional

verificar a inadequabilidade de comportamento dos servidores que tratam diretamente com os presos, propondo as medidas que julgar necessárias;

identificar as necessidades de treinamento para os servidores do Estabelecimento que tratam diretamente com os presos;

elaborar diagnósticos dos aspectos socioeconômicos dos presos; colaborar na seleção de livros e filmes destinados aos presos; juntar aos prontuários documentos que lhes forem encaminhados para esse fim;**

providenciar a preparação de carteiras de identidade e de trabalho, bem como de outros documentos necessários aos presos, por ocasião da liberdade.**

*Atribuições que figuram somente no Centro de Reabilitação; **Atribuições que figuram somente no Centro de Reintegração.

Em relação ao Núcleo de Atendimento Multidisciplinar, na análise dos citados decretos estaduais, não encontramos referência aos profissionais que compõem a equipe do Núcleo de Atendimento Multidisciplinar nos Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, destinados ao atendimento de internos/pacientes inimputáveis ou semi-imputáveis. A seguir, destacamos as atribuições do referido Núcleo:

- avaliar a evolução de cada paciente/preso, desenvolvendo ações para a melhoria de seu processo de evolução, visando à sua desinternação;

- observar e registrar a reação dos pacientes/presos aos programas em execução; - atuar em parceria com as outras áreas do estabelecimento, visando o tratamento

integrado aos pacientes/presos;

- anotar nos prontuários de evolução dos pacientes/presos, observações que contribuam para uma melhor compreensão de cada caso;

- participar na aplicação de programas de medicina preventiva e educação sanitária; - registrar dados e manter arquivo sobre suas atividades;

- prestar orientação e acompanhamento aos pacientes/presos, seus familiares e servidores envolvidos com o tratamento;

- recepcionar o paciente/preso e situá-lo na instituição através de entrevista de inclusão;

- participar das reuniões técnicas multidisciplinares para discussão de casos, avaliação da dinâmica institucional e elaboração das normas de funcionamento internas;

- acompanhar, semanalmente, o grupo de pacientes/presos que lhe for designado, avaliando-os para as saídas da instituição e para a desinternação progressiva domiciliar;

- supervisionar as atividades desenvolvidas por aprimorados e estagiários em Psicologia, Assistência Social, Terapia Ocupacional e Educação Física;

- efetuar avaliação psicológica dos pacientes/presos para compor os pareceres de verificação da cessação de periculosidade;

- planejar e executar programas de intervenção psicológica aos pacientes/presos e seus familiares, visando a desinternação;

- elaborar relatório social dos pacientes/presos para compor os pareceres de verificação da cessação de periculosidade;

- planejar e executar programas de intervenção social aos pacientes/presos e seus familiares, efetuando as visitas domiciliares necessárias, visando a desinternação; - orientar os pacientes/presos e seus familiares sobre os procedimentos de

desinternação definitiva, alvará de soltura, continuação do tratamento de saúde e seguridade social, segundo a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei Federal nº. 8.742, de 7 de dezembro de 1993);

- pesquisar elementos para subsidiar o diagnóstico;

- orientar e subsidiar os pacientes/presos para providenciar seus documentos pessoais;

- manter contatos com instituições congêneres e de saúde;

- incentivar a realização de parcerias com a sociedade civil organizada com o intuito de colocar os pacientes trabalhando;

- elaborar relatório ocupacional dos pacientes para compor o parecer de verificação da cessação da periculosidade;

- prestar orientação e acompanhamento ocupacional aos pacientes/presos, seus familiares e servidores envolvidos no tratamento;

- planejar e executar programa de terapia ocupacional aos pacientes/presos, visando a sua desinternação;

- elaborar relatório de atividades dos pacientes/presos para compor o parecer de verificação da cessação da periculosidade;

- elaborar e executar programas esportivos e de recreação para a recuperação e o desenvolvimento das condições físicas dos pacientes, visando a sua desinternação; - planejar e executar programas de festividades comemorativas de caráter cívico e

cultural, de competições esportivas, visitas, passeios, excursões e apresentações artísticas, esportivas, culturais e educacionais;

- articular, junto às instituições de ensino público e particular da região, a inclusão dos pacientes/presos em seus programas de ensino fundamental, médio, supletivo e profissionalizante.

Para análise das atribuições do psicólogo do Núcleo acima descrito, procederemos conforme os critérios de análise efetuada anteriormente, onde selecionamos as possíveis atribuições desempenhadas pelos psicólogos e as dividimos em duas categorias, que subdividimos em áreas afins, conforme tabela a seguir:

Tabela 12 - Atribuições do Psicólogo no Núcleo de Atendimento Multidisciplinar Atribuições exclusivas da área

de Psicologia multiprofissional e a interdisciplinaridadeAtribuições que pressupõem a equipe Áreas Afins

efetuar avaliação psicológica dos pacientes/presos para compor os pareceres de verificação da cessação de periculosidade;

recepcionar o paciente/preso e situá-lo na

instituição através de entrevista de inclusão; Área de

Perícia

planejar e executar programas de intervenção psicológica aos pacientes/presos e seus familiares, visando a desinternação;

Avaliar a evolução de cada paciente/preso, desenvolvendo ações para a melhoria de seu processo de evolução, visando a sua desinternação;

pesquisar elementos para subsidiar o diagnóstico;

acompanhar, semanalmente, o grupo de pacientes/presos que lhe for designado, avaliando-os para as saídas da instituição e para a desinternação progressiva domiciliar; observar e registrar a reação dos pacientes/presos aos programas em execução;

atuar em parceria com as outras áreas do estabelecimento, visando o tratamento integrado aos pacientes/presos;

prestar orientação e acompanhamento aos pacientes/presos, seus familiares e servidores envolvidos com o tratamento; participar das reuniões técnicas multidisciplinares para discussão de casos, avaliação da dinâmica institucional e elaboração das normas de funcionamento internas;

manter contatos com instituições congêneres e de saúde;

Área de Atendimento

e Saúde Mental

incentivar a realização de parcerias com a sociedade civil organizada com o intuito de colocar os pacientes trabalhando;

planejar e executar programas de festividades comemorativas de caráter cívico e cultural, de competições esportivas,