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2. CAdm: Atribuições e Responsabilidades 0,58/1,

5.3 CASO 3 PCT 02: TECNOSINOS, SÃO LEOPOLDO, RS

5.3.1 Estrutura Organizacional

O TECNOSINOS tem sua origem no ano de 1996 quando foram iniciados os primeiros estudos de viabilidade com vistas à implantação do Pólo de Informática de São Leopoldo. Visualizando-se os vários atores que à época compuseram esforços para implantar este empreendimento, setor industrial e de serviços, setor universitário e setor governamental, esta mesma matriz embasaria no futuro o que atualmente é visto como um parque tecnológico e suas interfaces com seu entorno.

O Pólo de Informática foi inaugurado em 1999, geograficamente localizado em terreno adjacente à UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, tendo recebido forte fator emulador a partir da promulga- ção de lei de isenção de impostos para as empresas de informática instala- das no município de São Leopoldo (Lei Municipal n. 4.368).

No ano de 2009, “o arranjo tecnológico foi rebatizado para TEC- NOSINOS, o Parque Tecnológico de São Leopoldo” (TECNOSINOS, 2011), abrigando desde então o Pólo de Informática e o Complexo Tec- nológico UNITEC.

Dentro deste contexto, as áreas de atuação envolvendo PD&I fo- ram ampliadas para uma configuração do tipo multisetorial, quais sejam:

• Tecnologia da Informação (TI); • Automação e Engenharias;

• Comunicação e Convergência Digital; • Alimentos Funcionais e Nutracêutica; • Tecnologias Socioambientais e Energia.

As principais características do TECNOSINOS que comportam e conferem sustentabilidade a estas iniciativas podem ser sintetizadas pelas seguintes ações (TECNOSINOS, 2011; FEDERASUL, 2009):

• 65 operações com empresas (SAP, Stefanini, Altus, SKA, entre outros.);

• Área implantada e edificada superior a 34.000 m2; • 2300 empregos diretos;

• Crescimento médio anual de 30%; • 48 registros de Propriedade Intelectual.

A documentação institucional focaliza seu objetivo como relativo à criação de “ambiente necessário para a implantação de empresas de base tecnológica, possibilitando seu surgimento, crescimento e geração de valor agregado e impactando no desenvolvimento socioeconômico e ambiental brasileiro” (TECNOSINOS, 2011), ratificando conceitualmen- te a inserção da proposta como forjada à atuação de um parque tecnoló-

gico.

Em termos organizacionais, sua estrutura, embasada na proposta original de 1996, claramente está identificada com a proposta da Tríplice Hélice (governo-universidade-empresa), assumida organizacionalmente como elemento indutor de seu modelo de governança. Os três vértices es- tão alicerçados na Prefeitura de São Leopoldo, representando o setor pú- blico; na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Leopoldo e no Pólo de Informática de São Leopoldo, representando as empresas; e na UNISINOS, representando a universidade. O referido tripé de apoio à governança e gestão está ilustrado de forma clássica pela Figura 24. A proposta assim constituída apresenta como foco principal um projeto de desenvolvimento de longo prazo, com geração de valor agregado baseado na inovação tecnológica.

Figura 24 - Estrutura de Governança do TECNOSINOS Fonte: TECNOSINOS (2011).

Representando a UNISINOS neste arranjo organizacional está o Complexo UNITEC, atuando na gestão executiva do TECNOSINOS, com atribuições e responsabilidades primordiais voltadas à atração e im- plementação de investimentos. Atualmente o Complexo contempla as ini- ciativas vinculadas à Incubadora de Empresas, com mais de 20 empresas incubadas e um Condomínio Tecnológico com 65 empresas vinculadas.

As instâncias organizacionais visualizadas, implantadas e em ope- ração conferem visão estratégica (controle e monitoramento) e operacio- nal (iniciação de ações e implementação). Estão configuradas a partir de dois níveis principais:

• Conselho Estratégico (Conselho de Administração); • Conselho Executivo (Conselho Gestor).

Pólo de Nutraceutica e o UNITEC encontram-se ilustradas a partir da Figura 25.

Figura 25 - Estrutura de Relacionamento do TECNOSINOS Fonte: TECNOSINOS (2011).

Pela relevância de suas iniciativas, o TECNOSINOS foi conside- rado o melhor parque tecnológico do Brasil em 2010 pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC).

5.3.2 Avaliação dos Campos de Análise

Considerando sua estrutura organizacional atual, conforme descri- to no item anterior, o TECNOSINOS foi submetido à aplicação dos Ins- trumentos 01 e 02 alinhados com esta pesquisa com vistas à avaliação de suas estruturas de governança.

Configurado a partir da pesquisa de campo e da implementação da entrevista semi-estruturada, o Instrumento 01 – Qualitativo – permitiu a consideração de vários quesitos dentro de cada um dos dez Campos de Análise a serem avaliados, conforme descrito anteriormente e registrado nos Apêndices B e D. A partir deste procedimento foi possível contex- tualizar campo a campo a relatividade de sua ocorrência, avaliando-se a partir de uma métrica estabelecida entre 0,0 e 1,0. Para o passo subse- quente, de interpretação e de representação dos resultados, o Instrumento

02 – Quantitativo – foi devidamente customizado para agregar a cada quesito avaliado o seu peso ponderado dentro do campo, obtendo-se um valor final por Campo de Análise.

Para a interpretação desta avaliação, a Tabela 6 adita a representa- ção da mensuração dos Campos de Análise avaliados. Esta Tabela oferece os valores finais de cada campo analisado, relativos à sua ponderação máxima (1,0), registrando em gráfico sua representação.

Tabela 6 - Campos de Análise PCT 02: TECNOSINOS

(Observação: realizada adaptação ao valor dos Campos 4 e 6 para permitir a representação do Campo 5)

Visualizando-se o Gráfico Radar, seu perímetro interno preenchido indica a maior ou menor aderência de cada Campo de Análise de Gover- nança desta organização avaliada – TECNOSINOS – à plenitude de sua ocorrência em uma situação de efetividade de um modelo estrutural de Governança Corporativa, como apresentado e proposto neste estudo.

5.3.3 Posicionamento da Governança

A análise dos dois instrumentos aplicados, secundados pela entre- vista, permite conformar a estratégia organizacional desta instituição, ba- seada na instrumentalização do modelo da Tríplice Hélice como condição para a sustentabilidade de uma ambiência relativa à governança. Apresen- ta igualmente pelo menos duas instâncias organizacionais inerentes a me- canismos de governança corporativa o Conselho Estratégico (figurando como um Conselho de Administração) e o Conselho Executivo (figurando como um Conselho Gestor).

Não foi detectada a formalização, nem tampouco uma maior con- vergência de ações a um modelo organizacional que tenha por objeto a governança corporativa tal como preconizado pela literatura científica. Este fato não prejudicou o cotejamento das estruturas organizacionais atuais com as propostas, relativas aos Campos de Análise da Governan- ça, permitindo analisar o grau de aderência à governança mesmo sem a existência de maior formalização. Com a adoção dos instrumentos ela- borados para este estudo, sugerindo abordagem em espectro mais amplo (‘campo a campo’, ‘quesito a quesito’), foi possível identificar vários as- pectos efetivos que permitem visualizar ações voltadas, primordialmente, à governança e à gestão, de forma sistêmica, mesmo que não em sua integralidade, podendo robustecer e ser incorporadas a modelos com foco em governança corporativa, visando garantir o alcance de seus objetivos estratégicos.

Para o Caso em questão, seus Campos de Análise estão tipificados conforme descrito a seguir, referente ao seu posicionamento em relação à governança:

1. Processo de Tomada de Decisão 1,00/1,00

Apresenta-se como existente, plenamente identificado nas quatro etapas tipificadas, e em operação.