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Como é a escola onde realizei o estágio?

3 Enquadramento da prática profissional

3.2 Enquadramento Institucional do EP

3.2.4 Como é a escola onde realizei o estágio?

A escola onde realizei o EP está desde o ano letivo passado (2012/2013) inserida num agrupamento de Escolas. Encontra-se localizada na freguesia de S. Lázaro da cidade de Braga.

A história da escola está ligada à história dos últimos cinquenta anos do sistema educativo português, contemplando três etapas: a primeira, marcada pelo Estado Novo, onde a referência era o “Liceu”; a segunda, acompanhando toda a evolução da transformação democrática aberta em abril de 1974, abrindo-se a novos públicos e a novas ofertas; a terceira, que coincide com a entrada em funcionamento das novas instalações, em consequência da profunda requalificação levada a cabo pelo parque escolar e a recente integração no mega agrupamento.

A escola é a sede do mega agrupamento no qual está inserido. Este mega agrupamento e constituído por 10 escolas, desde a pré-primária até ao ensino secundário.

Atualmente a escola é frequentada por mais de 1000 alunos e a sua oferta formativa abrange o ensino diurno e o ensino noturno. A oferta é bastante basta, contemplando o 3º ciclo do ensino básico, o ensino profissional e secundário, sendo que a maioria dos nossos alunos estão inscritos em cursos científico-humanísticos. Relativamente ao 3º Ciclo a escola possui 258 alunos distribuídos por 8 turmas, sendo que uma turma corresponde ao 7º ano, três turmas ao 8º ano e quatro turmas ao 9ºano. No ensino secundário a escola conta com 644 alunos, existe 14 turmas relativas ao 10º ano de escolaridade, 8 turmas do 11º ano e 9 turmas do 12º ano. No que diz respeito aos cursos profissionais contabiliza-se 215 alunos distribuídos por 12 turmas. No total são 1117 alunos distribuídos por 43 turmas.

O pessoal docente da escola é constituído por 137 professores dos quais 96 são do sexo feminino e 41 são do sexo masculino. Em relação ao pessoal não docente das 41 pessoas a trabalharem na Escola, 32 são mulheres e 9 são homens.

A Escola prima por uma educação e um ensino de qualidade. Desta forma surgiu a construção do PEE que teve início em 1998, tendo sido possível, desde então, ir consolidando algumas linhas de atuação estratégica que são a referência da nossa ação educativa. Em 2004, a escola decidiu apostar na modernização e requalificação das instalações, tendo como lema a “promoção de um serviço público de educação e ensino de qualidade, preparando os jovens, de forma inclusiva e pela via do sucesso escolar, quer para o ingresso na vida ativa, quer para o prosseguimento de estudos”. O grande objetivo passava por dotar a escola de mais salas de aula, de novos laboratórios, de novos espaços de educação física, de artes, de salas TIC, e de áreas sociais para alunos e professores. Em 2010 o objetivo foi cumprido com a conclusão das obras de requalificação da escola.

A “nova escola” nasceu a partir de três premissas fundamentais: em primeiro lugar, ganhar dimensão sem perder a identidade; em segundo lugar, garantir uma nova organização pedagógica; por último, garantir melhores condições de trabalho para todos. Os novos espaços educativos, as infraestruturas tecnológicas, o acesso universal à internet, os videoprojectores, os quadros interativos, o livro de ponto digital, a gestão pedagógica, o controle da assiduidade e da pontualidade, a avaliação interna, entre outros, são instrumentos de ação que permitem um avanço qualitativo da relação pedagógica.

A melhoria da qualidade da educação e ensino é a grande prioridade da escola, sendo conseguida através da criação de um ambiente adequado à realização de aprendizagens significativas, com ênfase no trabalho, no rigor, na abertura à comunidade, na construção da autonomia, na valorização da participação de todos os atores educativos e na promoção de uma cultura de avaliação sistemática dos resultados da ação educativa. Para dar resposta ao principal objetivo de melhoria da qualidade da ação educativa, o concelho pedagógico desempenha um papel bastante importante, acompanhando e

pedagógica: departamentos curriculares, ensino profissional, conselho de diretores de turma, biblioteca escolar/centro de recursos, projetos, avaliação interna, projeto de educação para a saúde, desporto escolar, clubes, entre outros. O órgão completa-se com os alunos e os pais representando o ensino regular de prosseguimento de estudos e profissional e o pessoal não docente, respetivamente.

Atualmente, as condições físicas que apresenta são uma das suas principais caraterísticas. Em relação às instalações desportivas, esta dispõe de um boa variedade de locais para a prática de educação física. Ao todo a escola dispõe de 4 espaços desportivos, o ginásio (local onde se situam de preferência as aulas de ginástica), dois polidesportivos, sendo que um é coberto (PD2) e outro semicoberto (PD1) e um polidesportivo exterior (PE1/2 – Este polidesportivo é divido para dois professores). No PD1 as aulas lecionadas são preferencialmente de andebol, futsal e basquetebol sendo que se pode lecionar qualquer outra modalidade. No que diz respeito ao PD2 efetuam-se aulas de basquetebol, voleibol, badminton e ginástica. No PE1/2 as modalidades que se pode lecionar são voleibol, badminton e basquetebol. Apesar da escola possuir boas instalações, o número de espaços disponíveis para lecionar as aulas é menor que o número de turmas a ter aulas simultaneamente, ou seja, existem quatro espaços desportivos disponíveis para 5 turmas. Este fator condiciona sempre duas turmas, visto que são obrigados a dividir um espaço, mas quando as condições climatéricas não o permitem a situação torna-se mais complicada em relação à utilização do espaço exterior. Durante o inverno alguns espaços destinados à prática de EF não são praticáveis.

Relativamente ao Polidesportivo exterior (PE1/2), espaço dividido por dois professores, em dias de chuva, um dos professores tem que lecionar uma aula teórica e o outro terá de se deslocar para o polidesportivo semicoberto (PD1) onde divide espaço com a turma que estava destinada a ter aula naquele local. O professor que leciona a aula no polidesportivo semicoberto (PD1) também fica condicionado, uma vez que terá que a adaptar em função do espaço, afetando assim a organização da sua aula. Outra limitação deste espaço (PD1) é o facto de não ser possível lecionar

aulas quando há vento e chuva forte, uma vez que o piso do campo fica húmido e escorregadio, tornando-se demasiado perigoso e propício a lesões.

Com este inverno rigoroso, o frio sentiu-se bastante durante as aulas nestes espaços (PE1/2 e PD1), o que poderia ser prejudicial para os alunos, nomeadamente para constipações, gripes ou até mesmo lesões musculares. Quando lecionava aulas nestes espaços, em dias de muito frio, os tempos de transição entre exercícios tinham que ser bastante reduzidos para que os alunos não arrefecessem, minimizando o risco de lesão.

Devido às más condições climatéricas que surgiram durante este ano letivo apenas foi possível lecionar uma aula da unidade temática de badminton, uma vez que estava planeada para esse local (PE1/2). Estes problemas afetaram a aprendizagem dos alunos, porque não tiveram uma evolução sustentada e contínua no segundo período.

O roulement de instalações é o instrumento pelo qual os professores da escola se guiam para planear as aulas que vão lecionar ao longo de todo o ano. Este é efetuado pelo grupo de EF e ser respeitado é uma regra específica do grupo, não havendo flexibilidade para troca de locais de aula, excepto se dois professores quiserem efetuar a troca. Este instrumento tem a vantagem de permitir que os professores conheçam os locais de aula que estão destinados a cada um ao longo do ano letivo, facilitando assim o planeamento anual das aulas. No entanto, o roulement também possui desvantagens, visto que cada professor passa por um determinado espaço duas vezes por mês, ou seja, o professor leciona as duas aulas seguidas e apenas dali a um mês é que irá voltar àquele espaço novamente. Este é um fator penalizador para os alunos, uma vez que não poderão efetuar todas as modalidades em todos os espaços, por exemplo o andebol é uma modalidade que só pode ser lecionada no PD1. Desta forma, após a realização das duas aulas neste local só irão ter esta modalidade novamente após um mês, o que provoca um distanciamento exagerado entre aulas de uma determinada modalidade.

Quanto à pergunta inicial: “A escola onde estou a realizar o estágio profissional possui um ambiente acolhedor e favorável ao meu desenvolvimento enquanto docente?”. Senti-me acolhido, principalmente pelo

os funcionários responsáveis pelos espaços desportivos e em particular pelo núcleo de estágio.

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