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Ao final deste trabalho, depois de frequentar diferentes obras de Kierkegaard e de seus pseudônimos, depois de articular as nossas hipóteses e reunir indícios para estabelecê-las, depois de visitar o mundo idiossincrático e especulativo dos comentadores, é preciso nos juntarmos a esses últimos para tecer algumas considerações finais, a propósito de nosso itinerário.

No artigo inédito de O Instante, na parte intitulada Minha Tarefa, Kierkegaard faz uma afirmação importante: “A única analogia que posso invocar é Sócrates. Minha tarefa é socrática. Ela consiste em revisar a noção da condição de cristão: não digo que sou cristão (na salvaguarda do ideal), mas posso mostrar que os outros o são menos do que eu”.258 Kierkegaard deixou claro

257Conforme esclarece Jorge Miranda de Almeida: “a proposta é tornar-se no movimento de concretização de si

mesmo, a própria ética, ao escolher decidir tornar-se, autenticamente um si mesmo ou negar-se a si mesmo. Aqui

estamos diante da máxima relação entre subjetividade e ética” ALMEIDA, 2011, p. 107. 258 KIERKEGAARD, 1972, p. 343.

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no decorrer da sua atividade como escritor que sempre foi um autor religioso, pois se propunha a desenterrar os conceitos cristãos e a pensá-los na fronteira entre filosofia, literatura e teologia.

Para seguir nesta missão, Kierkegaard se alia a Sócrates, o que o permite, não provar que é um cristão no sentido ideal do termo, (pois Kierkegaard não achava que era), mas o permite especialmente retirar muitos de seus contemporâneos da confortável posição de se reivindicarem enquanto genuínos cristãos. Este foi o principal problema que incomodou o dinamarquês e suscitou longas e profundas reflexões ao longo de sua vida. Dessa forma, ao modo de Sócrates, para Kierkegaard era preciso não aceitar respostas prontas e não examinadas, era preciso questionar a ordem estabelecida, porém, mais que isso, era preciso levar os seus interlocutores a se voltar para a interioridade.

Conforme procuramos chamar a atenção ao longo de nossa pesquisa, a categoria do Indivíduo singular se presta a esta tarefa kierkegaardiana. Mas havia também, e procuramos mostrar isto ao longo de todo o primeiro capítulo, uma categoria oposta à do Indivíduo singular, qual seja a da multidão. Nesta última categoria, apresentada despretensiosamente em curtas notas publicadas como um apêndice de seu balanço sobre sua atividade como escritor, podemos constatar uma profunda reflexão filosófica. A categoria da multidão é a mentira e não pode ser tribunal da verdade. Os indivíduos no interior desta categoria agem en masse, visto que não conseguem efetivar a tarefa dada por Deus de tornar-se si mesmo. No interior da multidão prevalece, como destacamos, o anonimato, pois os indivíduos agem como rebanhos massificados. Também chamamos atenção para o fato de que esta categoria tem dois braços: a imprensa e a política. Ambas podem, conforme denuncia Kierkegaard, se prestar a fixar o indivíduo nas instâncias da alienação e da inautenticidade, e circunscrevê-lo nos limites do estádio estético da existência, sem que exerçam a responsabilidade ética.

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O primeiro capítulo teve como propósito, portanto, fazer a junção das esparsas passagens em que Kierkegaard dotava de atributos a categoria da multidão e as pensava a partir de dois textos em que, somado às Notas, encontramos Kierkegaard, de novo, colocando esta temática em evidência: a primeira foi As Obras do Amor, na qual esta categoria da multidão aparece correlacionada às pretensões da política, e é pensada em contraposição a uma autêntica ética cristã. Esta ética, plasmada no amor, não vê as distinções terrenas pela ótica de uma luta de classes ou de abstrações como a inumerável multidão, visto que para Deus “todos estes

inumeráveis estão contados”, são todos indivíduos e todos prestarão contas individualmente a

Deus e não no interior das massas ou de movimentos políticos.

E a segunda obra, a qual dedicamos um tópico inteiro, foi Doença para Morte, cuja a crítica à categoria da multidão aparece sendo proposta por um pseudônimo da segunda fase da autoria kierkegaardiana. Anti-Climacus, o autor personagem desta obra, conforme notamos, denuncia a condição de desespero dos indivíduos que não se tornaram si mesmos e aponta especialmente para um desespero intensificado daqueles presos na dimensão estética da multidão. O eu, que se esquece de si, falha, se desespera e se nivela no interior da massa. No primeiro capítulo importava reunir e comentar as passagens que ajudaram a montar a face desta categoria anticristã. Ao pensar esta categoria, deixamos ali indicado que o indivíduo, no interior da multidão, ocupa uma lugar infraético, na medida em que não acessa o estádio ético da existência.

Com o segundo capítulo procuramos estabelecer o outro extremo do processo de tornar- se si mesmo. Trazendo o texto de Temor e Tremor como base, procuramos mostrar que Kierkegaard já havia pensado longamente sobre a categoria do Indivíduo singular. Esta categoria ocupa o estádio religioso da existência e se confunde com o tornar-se si mesmo. Se em Doença para a Morte tínhamos um cristão denunciando o desespero do eu que não se torna si mesmo, antes, com Temor e Tremor tínhamos um poeta hegeliano que não possui fé, não

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obstante nos conduziu à reflexão sobre o pai da fé, exemplo de um eu que acessa a categoria do Indivíduo singular. Estes pseudônimos falam, portanto, de um lugar que não é o seu, mas que abrem-lhe o caminho. Anti-Climacus está em um extremo e ajuda a pensar o outro. Algo similar pode ser dito de Johannes de Silentio, que não se tornou um cavaleiro da fé, mas consegue reconhecer e elogiar as peculiaridades desta instância.

Neste segundo capítulo nosso intuito foi fazer uma leitura atenta do texto de Temor e Tremor, discutir os pontos internos à obra, notadamente aqueles que diziam respeito aos movimentos do cavaleiro da fé, já que sua motivação estava alicerçada em um nível supraético. O cavaleiro da fé precisa suspender a ética para se tornar Indivíduo singular, todavia primeiro tem que fazer o movimento de resignação infinita para depois recuperar o finito. Como argumentamos, o movimento de Abraão é duplo, porquanto não desconsidera o do herói trágico, contudo o supera. Assim, deixamos ali indicado que o Indivíduo singular ocupa um lugar supraético, pois ultrapassa a esfera ética.

Estes pseudônimos empregados nestes dois primeiros capítulos ajudam a cumprir a tarefa socrática da qual Kierkegaard se referiu, pois falam como observadores e ocupam ângulos que não são propriamente os seus. Ora, é justamente por isso que podem dar boas contribuições para pensar os problemas, pois assim como Sócrates, eles não se apresentam como tendo a expertise necessária, o que faz com que os leitores se aproximem desarmados dos textos, evidenciando os ganhos analíticos da comunicação indireta. Assim, nestes dois primeiros capítulos lançamos as bases para um tema crucial no pensamento de Kierkegaard, qual seja, o da categoria da multidão aquém da ética, por um lado, e a do Indivíduo singular, além da ética, por outro. Estabelecido este cenário, restava ainda a pergunta central da nossa investigação: a pergunta pelo lugar da ética e sua função de liame.

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No terceiro capítulo procuramos lidar com esta questão discutindo com a tradição interpretativa. Apresentamos duas perspectivas nas quais procuramos enfrentar. A ideia neste capítulo foi desenvolver cada uma delas para refutá-las. Fizemos oposição tanto à interpretação antinomista quanto à conciliatória, pois ambas, segundo argumentamos, falham em responder a pergunta pelo lugar da ética para Kierkegaard. Finalmente, mas não por último, uma terceira possibilidade de leitura foi proposta. No que diz respeito à primeira ética, segundo nossa perspectiva, sustentamos que ela é necessária mas não suficiente para que o indivíduo faça a transição da categoria da multidão para o categoria do Indivíduo singular. Argumentamos assim, como havíamos sugerido na introdução, que a primeira ética ocupa um lugar de passagem no que diz respeito ao processo de tornar-se si mesmo.

Ademais, chamamos a atenção para a segunda ética no pensamento de Kierkegaard. Essa segunda ética não opera sobre as bases da primeira, pois requer interioridade. A segunda ética, pensada a partir do livro O Conceito de Angústia e, mais uma vez, do texto As Obras do Amor, não pretende ser como a primeira, porquanto excessivamente ideal, desconsidera a condição humana, a condição de pecado. Neste sentido, chamamos atenção para o fato de que a segunda ética opera na subjetividade e tem suas bases ancoradas no amor. Temos aqui uma ética da alteridade que vê no outro o próximo e tem como pressuposto de relação interpessoal o dever de amar o outro exatamente como se pode vê-lo. É com esta segunda ética que Kierkegaard pode lidar com a segunda pergunta kantiana pelo que devemos fazer. Para além disso, tornar-se si mesmo é tornar-se ético, no sentido da segunda ética. Então, toda esta discussão kierkegaardiana para a qual montamos o cenário nesta pesquisa é, no fim das contas, uma grande reflexão sobre ética. Sobre uma ética cristã, é verdade. Mas não poderia deixar de sê-lo, para Kierkegaard. Trata-se de uma ética sugerida sem um tratado, proposta sem recorrer à autoridade filosófica, e o mais interessante, sem dizer que está discutindo-a.

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Desse modo, ao término de nosso trabalho, esta pesquisa cumpriu seu objetivo de traçar o fio condutor entre a categoria da multidão e a do Indivíduo singular. Depois de mostrar o lugar de cada uma delas dentro das esferas da existência, focamos no problema da ética e mostramos, como este tema não estava devidamente bem resolvido na literatura secundária. A perspectiva da nossa leitura, no entanto, não é e nem poderia ser definitiva. Ao final deste trabalho muitas questões filosóficas permanecem, mas agora podem ser, como queria o Sócrates de Copenhague, reduplicadas e devolvidas com labor reflexivo. Se Kierkegaard pôde escrever um Pós-escrito Conclusivo não Científico, de nossa parte, no entanto, só podemos fazer um trabalho sobre o pensador dinamarquês com um teor não kierkegaardiano, na medida em que estas considerações finais são científicas (ou acadêmicas), mas não conclusivas.

Então, finalmente encerramos este trabalho chamando para a conversa Guimarães Rosa. Se o escritor mineiro estava certo, e o que importa em qualquer percurso não é tanto o final, mas sim a travessia, podemos então terminar aplicando ao estudo de Kierkegaard, após esta jornada, o que disse um dos personagens do Grande Sertão Veredas. Depois de todo este percurso não chegamos a conclusões definitivas, ainda que seja necessário aqui concluir alguma coisa. De fato, após toda esta travessia no pensamento do dinamarquês saímos com a mesma impressão de Riobaldo: “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”.

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