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Conforme programação de produção do PCP e tempo de maturação da cerveja crua, esta última é filtrada para reter as partículas sólidas (proteínas, lúpulo, resíduos e minerais) com envio para tanques pressurizados

Quais são as limitações dos Sistemas de Medição da Produtividade vigentes no sub-

O 14 Conforme programação de produção do PCP e tempo de maturação da cerveja crua, esta última é filtrada para reter as partículas sólidas (proteínas, lúpulo, resíduos e minerais) com envio para tanques pressurizados

Filtração da cerveja 120

3,0

15 Pressurização da cerveja, com incorporação de CO2, para envio ao envasamento: latas,

garrafas ou barris Adega de Pressão 60

ACABAME N T O DO PR OD UT O

16 Despaletização, transporte, lavagem e inspeção da embalagem primária (lata, grf. ou barril) Embalagem

primária 90

12,0

17 Enchimento, sob pressão, da embalagem com cerveja a frio Enchimento 510

18 Arrolhamento de garrafas/Lacre de barris ou Recravação de latas Recravação

19 Banho em água quente para eliminar microorganismos externos a embalagem primária, exceto

em barril Pasteurização

20 Colocação de rótulos nas garrafas; as latas já vem com gravura de fábrica Rotulagem

21 Separação de não-conformidades (rotulagem, volume, vazamentos), identificação e datação no

rótulo (garrafa), lacre (barril) ou funda da lata. Inspeção e datação

22 Embalagem secundária de garrafas em caixas (engradados de 24 un.) e de latas em blocos de

twelve-pack(12 un.). Embalagem Secundária

24 Paletização das cx de grf, que são armazenadas. Forma-se cx de 12 latas (twelve-packs),

recebendo um filme envoltório(terciária) antes de armazenar. Armazenagem de Produto Acabado

25 Montagem de cargas conforme PCP e vendas (distribuição da produção) Carregamento 120 Obs 1.: A linha de envase é puxada pela enchedora. Soma-se o tempo de enchimento a preparação da linha, paradas, set up e finalização. 314 h Obs 2.: O lote padrão no processo é de 1.000 hl por batelada e de 3.000 hl(lote mínimo) no acabamento. 13 dias

Jailson Ribeiro de Oliveira PPGEP

Santos et al (2001, p. 7), ao pesquisar in loco o sistema de PCP numa unidade de produção de cervejas, de uma Companhia de bebidas sediada em São Paulo, detentora de unidades cervejeiras em todo o país, afirmam que as unidades de produção de cervejas do referido grupo seguem orientação da Administração Central, da Logística Corporativa e da Diretoria I ndustrial, para “utilizar o sistema empurrado (produzir conforme capacidade fabril) na produção de cervejas”.

Esta revelação é uma das grandes motivações para o estudo dos SMP’s numa cervejaria, isto porque, em tempos de competitividade global, estão atuando no mercado diversas marcas concorrentes, de pequenas cervejarias, ofertando produtos com variedade, fato relatado tanto pelo COBRACEM (2001) quanto pelo SI NDI CERV (2001, p. 31-32).

Nothaft (1998, p. 10-15) e Kalnin (1999, p. 5-12) complementam inserindo que está começando, no Brasil, o craft brewing ou produção alternativa de cervejas, mix de modalidades de negócios cervejeiros, seguindo normas da I BS.

Modalidade Classificação e definição do segmento na IBS

Cervejaria para gastronomia

Ou tipo "Brewpub" Produz cerveja para atender a demanda de um estabelecimento de gastronomia. Geralmente é uma extensão de um restaurante.

Minicervejaria ou

Microcervejaria

Produz cerveja para comercialização fora do local de produção. Em função da sua capacidade, atende somente uma área bastante restrita.

Cervejaria Regional Produz cerveja para comercialização fora do local de produção, porém em

função de sua capacidade de produção é distribuída para uma área maior.

Produção por Contrato ou

Contract Brewing A empresa desenvolve e comercializa o produto, contudo sua produção é contratada em cervejarias de terceiros. Quadro 02 – Definição do segmento craft brewing

Fonte: Adaptado de Nothaft (1998, p. 10-15).

Ao se acrescentar a informação de que o setor cervejeiro da I B registra média histórica de crescimento de 4% ao ano (COBRACEM, 2001), considera-se, a priori, relevante a tendência de aumento de consumo e, por conseqüência, o

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expressivo potencial de expansão do setor, quando se compara à uma economia, cuja média histórica de crescimento não chega a 2,0% nos últimos 10 anos. O indicador em questão aponta para investimentos múltiplos em instalações, tecnologias e pessoas, buscando-se eficientizar os processos e a gestão fabril.

Nessa ótica, Oliveira (2001, p. 84-103) relatou, ao pesquisar em loco o sistema de medição da produtividade numa unidade de produção de cervejas, de uma Companhia de bebidas, com sede em São Paulo, detentora de unidades cervejeiras em todo o país, que a orientação da matriz é “focar na utilização da capacidade plena das linhas, de modo a reduzir a ociosidade e sobrecapacidade e aumentar a eficiência e a produtividade, por conseqüência”.

Ainda segundo Oliveira (2001, p. 104-107):

O segmento cervejeiro envolve um misto entre manufatura tradicional dos sistemas produtivos e novas dimensões tecnológicas, combinados sob a ótica de uma filosofia de gestão focada em resultados e qualidade.

Esta reflexão do autor sugere buscar as lacunas e limitações existentes num sistema misto, sobretudo quando se está falando de medição do desempenho (produtividade), o que corresponde à tangibilidade dos inputs utilizados no processo.

Tubino (1999, p. 32), ao classificar os sistemas de produção, insere algumas variáveis de preocupação que se reflete neste estudo. Verifica-se as variáveis determinantes para o PCP, com amplo impacto na produtividade, as quais são: volume, variedade, flexibilidade, qualificação do trabalhador, layout, capacidade ociosa, lead times, fluxo de informações e produtos.

Jailson Ribeiro de Oliveira PPGEP Tabela 08 - Características dos sistemas de produção

CARACTERÍSTICAS Contínuo Repetição SISTEMAS DE PRODUÇÃO em

massa Repetição em lotes Projetos

Volume de Produção Alto Alto Médio Baixo

Variedade de Produtos Pequena Média Grande Pequena

Flexibilidade Baixa Média Alta Alta

Qualificação da MOD Baixa Média Alta Alta

Layout Por produto Por produto Por processo Por processo

Capacidade Ociosa Baixa Baixa Média Alta

Lead times Baixo Baixo Médio Alto

Fluxo de informações Baixo Médio Alto Alto

Produtos Contínuos Em lotes Em lotes Unitários Fonte: Tubino (1999, p. 32)

De posse das informações já citadas, pode-se afirmar que, o processo cervejeiro é caracterizado por repetição em lote na fabricação de cervejas e misto no envasamento (acabamento), onde permeiam algumas características de processo contínuo e outras de repetição em massa.

Sob estas condições, se consolida um ambiente de amplas configurações produtivas, projetos, modelos, com inserção de tecnologia, bem como os elementos de alto valor agregado entre os fatores produtivos, destacando-se a capacidade empresarial, mão-de-obra, capital e matérias-primas.

Face à riqueza de cenários, a complexidade e diversidade deste ambiente, bem como as características peculiares de sua manufatura, fomenta-se a otimização dos indicadores de eficácia e eficiência, como elementos motivadores desta pesquisa, no sentido de se elevar o marco teórico de pesquisa em Engenharia de Produção voltado para o segmento cervejeiro da I ndústria de Bebidas.

Portanto, as razões que movem esta abordagem são contribuir para o aperfeiçoamento dos sistemas de medição da produtividade, para melhoria da eficiência, na utilização dos recursos físicos, e do desempenho, na gestão da

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produção de uma unidade produtiva do sub-setor cervejeiro, bem como correlacionar as contribuições da gestão estratégica da produção e da produtividade.

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1.3

OBJETI VOS DA PESQUI SA

Neste item estão apresentados os objetivos da investigação proposta. O objetivo geral foi desdobrado em três objetivos específicos, contendo cada um deles uma parcela dos resultados esperados desta pesquisa.

1.3.1

OBJETI VO GERAL

I dentificar as limitações dos Sistemas de Medição de