• Nenhum resultado encontrado

I ndicador Descrição Fórmula e vetores de medição

I DTP Í ndice de Desempenho Total em

Produtividade

IDTP = [Otp  Pv]  [  (Cmo + Cmt + Ca + Cm + Cf + Cp + Cs)  (IIP  100) ] Output total produzido

Preço de venda do produto fabricado Custo da mão-de-obra

Custo dos materiais empregados Custo de depreciação

Custo das máquinas e equipamentos Custo das ferramentas de produção Custo da planta operacional Custo dos softwares utilizados Índice de Indução de Produtividade

I DTF Í ndice de Desempenho

Total em Flexibilidade

IDTF = [Otp  Pv]  [  (Cup + Cw + Coc + Ci)  (IIF  100) ]

Output total produzido

Preço de venda do produto fabricado Custo total de setup

Custo total de espera do sistema Custo total de ociosidade do sistema Custo total de estoques

Índice de Indução de Flexibilidade

I DTQ Í ndice de Desempenho Total em Qualidade

IDTQ = [Otp  Pv]  [  (Cpv + Cdf)  (IIQ  100) ] Output total produzido

Preço de venda do produto fabricado Custo das ações de prevenção Custo das ações de falhas Índice de Indução de Qualidade

I DVMA Í ndice de Desempenho Vetorial da Manufatura

Avançada

IDVMA = [Otp  Pv]   [ CP  (IIP  100) + CF  (IIF  100) + CQ  (IIQ  100) ]

Output total produzido

Preço de venda do produto fabricado Custo total de produtividade do sistema Índice de Indução de Produtividade Custo total de flexibilidade do sistema Índice de Indução de Flexibilidade Custo total da qualidade

Índice de Indução de Qualidade

Quadro 16 - Sistema de I ndicadores de Desempenho Econômico do SAPROV Fonte: Adaptado de Severiano Filho (1999, p. 223)

Jailson Ribeiro de Oliveira PPGEP O processo de avaliação é, para ambos os critérios, portanto, dinâmico e flexível, permitindo ajustamentos e adequações em diversos pontos de sua estrutura.

À luz do sistema de indicadores de desempenho econômico do SAPROV, pode-se afirmar que é semelhante ao econômico na estruturação (grade de quatro indicadores de avaliação), na inclusão de novos indicadores (natureza e alinhamento de variáveis de análise dos conceitos) e quanto ao processo de avaliação (dinamismo, abrangência de medição e adequações estruturais).

No que tange aos critérios de valor, Severiano Filho (1999, p. 226-228) salienta que na metodologia do processo de avaliação não se estabelece uma quantidade exata (mínima ou máxima) para os critérios de valor de um sistema produtivo, de modo que o número exato desses critérios será sempre uma função de dois fatores importantes: tipo de tecnologia empregado, que definirá a natureza dos métodos de fabricação; objetivos e metas previstos pela administração, os quais decorrem, quase sempre, das próprias inovações implantadas.

Após rastrear as principais contribuições do marco teórico sobre:

Sistemas de medição de desempenho (item 2.1);

A métrica da produtividade (item 2.2);

As medidas de produtividade (item 2.3);

Os sistemas de medição de produtividade (item 2.4);

Remetem-se os esforços de rastreamento e analise à medição no setor cervejeiro (item 2.5) e às limitações dos SMP’s estudados (item

2.6).

Jailson Ribeiro de Oliveira PPGEP

2.5

MEDI ÇÃO DA PRODUTI VI DADE NO SETOR CERVEJEI RO

Como foi visto no item 1.2 desta pesquisa, a I ndustria Cervejeira nacional e internacional passa por profundas transformações, sendo uma considerável parcela dessas mudanças, decorrente do foco em ser competitiva, sobretudo via melhoria do desempenho.

À esse respeito, a medição da produtividade vem se tornando cada vez mais relevante e freqüente, devido à busca por resultados e a correlação destes na gestão das plantas fabris cervejeiras.

Também conforme demonstrado na tabela 07 desta pesquisa, o processo cervejeiro transcorre em cinco fases, estas, por sua vez, são divididas em duas etapas distintas:

Etapa 1 – Processo de Fabricação de Cervejas: Compreende as fases: pré- fabricação; fabricação de mosto; fermentação e maturação; e pré-acabamento; e

Etapa 2 – Processo de Envasamento ou Packaging, que por sua vez,

compreende a etapa de acabamento do produto.

De acordo com Schuch (1998), a planta padrão de uma cervejaria inicia com o recebimento de matérias-primas e a fabricação de mosto na linha de produção

(Brassagem)

, que é conectada à tanques onde acontecem os processos de fermentação e maturação. A produção do mosto é feita por bateladas, que são armazenadas em tanques onde o mosto permanece em torno de 8 à 24 dias para fermentar e maturar, transformando-se em cerveja. Após a cerveja estar maturada, ela segue de forma contínua passando pelo processo de filtração e seguindo para as linhas de envasamento (

packaging) , quer seja em garrafas ou latas.

Jailson Ribeiro de Oliveira PPGEP Esta afirmação de Schuch, analisada sob o prisma da Engenharia de Produção, encontra sustentação nos trabalhos de Pires (1995), Kalnin (1998) e Santos et al (2001), visto que as literaturas citadas caracterizam a etapa 1 como sistema de produção por batelada e a etapa 2, como sistema de produção contínuo.

Ainda de acordo com Schuch (1998), a cadeia de valor do produto

cerveja compreende a seguinte divisão, pela ordem:

a) produtores de cevada, milho, arroz, lúpulo e fermento;

b) maltarias para beneficiamento da cevada e obtenção do malte, e produtores de xaropes de açúcares concentrados - high-maltose - através do beneficiamento do milho e do arroz;

c) fábricas para produção e envasamento da cerveja;

d) distribuição (revendas) própria e de terceiros, tendo uma rede de distribuição exclusiva para cada marca fabricada, como por exemplo no caso da AmBev, proprietária das marcas Brahma®, Skol® e

Antarctica®;

e) pontos de venda, em geral divididos em: bares (51% ), supermercados (29% ) e restaurantes (20% ), dependendo da localização, que neste dado se refere ao Estado de Santa Catarina;

f) consumidor final.

Como já sinalizado neste documento (item 1.2), tanto o malte quanto o

lúpulo são importados, e acrescente-se a informação de o fermento ser comprado

periodicamente em cepas selecionadas de laboratórios de Universidades Européias, e reproduzidos, em escala industrial, nos laboratórios centrais das cervejarias brasileiras. Tem-se, na água, o equilíbrio da composição dos custos de fabricação numa cervejaria brasileira, uma vez que estas são as quatro principais matérias- primas (malte, lúpulo, fermento e água) do processo de fabricação de cerveja e, portanto, grandes agregados de custos.

Aliás, a medição dos custos é o termômetro gerencial na gestão de produção de uma cervejaria, já que o processo consiste num lead time de no mínimo treze dias

Jailson Ribeiro de Oliveira PPGEP (visto na tabela 07), incluindo diversos componentes de custos, como descrito a seguir:

 Água

: representa até 87% da composição química de uma cerveja pilsen (tabela 06). É utilizada em larga escala em toda fase de fabricação e no envasamento; por essa razão as cervejarias procuram instalar suas unidades produtivas em locais com grandes mananciais de água de boa qualidade, visando reduzir seus custos fundamentalmente;

 Energia

: usada para geração de força (iluminação) em todo o sistema, máquinas e equipamentos industriais; para os sistemas de refrigeração (refrigera o mosto quente de aprox. 100º c à 10º c, para dosar fermento e envia-lo à fermentação, e o frio para manter os tanques de cerveja à zero grau durante o período de fermentação, maturação e pré-acabamento na adega de pressão, de 8 a 24 dias, conforme o PCP); para o aquecimento de água e geração de vapor, usados em larga escala na sala de fabricação de mosto; para os sistemas hidráulicos, elétricos e pneumáticos da fábrica, conforme ilustra o gráfico 02.

Gráfico 02 - Consumo de energia elétrica numa cervejaria