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CAPÍTULO 4. Condições, processos e organização do trabalho do agente penitenciário no

5. Considerações finais

Essa pesquisa de doutorado constituiu-se em um projeto de grande amplitude. Abarcou todo o estado do Rio Grande do Norte e seus diferentes tipos de unidades prisionais, e nesse sentido, tem um caráter inédito e pioneiro no estado. Teve como desdobramento a geração de um banco de dados que é uma ferramenta importante não somente para futuros estudos sobre o sistema prisional estadual e nacional (servindo de base para comparações com os demais estados do Brasil), como também para orientar o planejamento de ações de saúde voltadas para essa categoria profissional.

Ao longo desse trabalho discutimos a relação entre saúde mental e trabalho dos agentes penitenciários trabalhadores do sistema prisional do Rio Grande do Norte. A etapa 1 da pesquisa trouxe como resultado a incidência de transtornos mentais comuns e consumo abusivo/dependente de substancias psicoativas e sua forte associação com os processos e condições de trabalho dos agentes. Evidenciamos um cotidiano marcado pelo contato constante com situações de violência, agressão e ameaças vividas pelos agentes penitenciários, além da ampla precariedade das condições em que trabalham. Mostramos que algumas unidades prisionais se destacaram com resultados ainda mais preocupantes, com agentes apresentando transtorno mental comum e consumo abusivo de drogas simultaneamente. Essas unidades possuem algumas características em comum, as quais estão relacionadas significativamente ao sofrimento psíquico: precárias condições de trabalho (estrutura física dos presídios, superlotação carcerária, falta treinamento e equipamento, higiene); particularidades do processo e organização do trabalho (falta de participação nas decisões, iminência de atos violência que causam tensões e os efeitos na vida pessoal e familiar) e por fim, uma evidente desvalorização social da profissão.

Na etapa 2 da pesquisa, focada nessas unidades prisionais mais problemáticas, constatamos que os agentes são trabalhadores que se encontram vulneráveis nas seguintes dimensões: subjetiva (efeitos nos modos de ser e existir que levam ao sofrimento), familiar (tem suas relações familiares prejudicadas devido à rotina desgastante e amedrontadora de trabalho), relacionada ao trabalho (sofrem devido à falta de controle, sentido, autonomia, estrutura, criatividade) e programática (possuem baixa visibilidade no âmbito das políticas públicas de saúde, assistência e de segurança).

Nesse segundo momento da investigação discutimos que os índices de transtornos mentais comuns e consumo abusivo/dependente em substâncias psicoativas não constituem um problema em si (como é geralmente apontado por pesquisas da área de saúde e trabalho), mas podem ser vistos como um sintoma ou efeito de uma lógica de trabalho e jurídico-penal despotencializadora, sufocante, adoecedora e mortífera.

A partir das discussões construídas é possível perceber que vivenciamos atualmente o recrudescimento do individualismo e a produção de uma subjetividade massificada vendida como promessa de singularização para milhões de sujeitos (seja de super-homem ou superagente). No entanto, mesmo neste contexto de laminação das subjetividades, queremos apostar na possibilidade de criação de singularizações no cotidiano, ensejando pequenas práticas que sejam focos de criatividade e de experiências de vida enriquecedoras das relações das pessoas com o mundo (Franco & Merhy, 2007).

Os autores acima afirmam que se os modos de produção de subjetividade correspondem a modos de experimentação e de construção de realidade comprometidos com modos de criação de si e criação do mundo, podem funcionar como potencializadores da construção de novos modos de existência. Então, a forma como fomos construindo as discussões em torno do trabalho do agente penitenciário, tomado a partir dessas concepções de coletivo e de

subjetividade, é uma aposta na produção de novas subjetividades nos processos de trabalho abertas ao plano coletivo, não individual.

É importante reconhecer as dificuldades que acompanham a prática do cuidado ao sujeito em sofrimento mental, especialmente no âmbito do trabalho. O cuidado em saúde suscita múltiplos desafios, de ordem biológica e médica, psicológica, social, jurídica e ética. Nos locais de trabalho acrescentam-se a isso o estigma e preconceitos devido às conotações negativas relacionadas à dependência de drogas ou demais formas de sofrimentos, diminuindo a procura por tratamento, bem como dificultando a continuidade do cuidado.

Para a construção de uma crítica nesse sentido, Bravo (2012) faz referência as possibilidades de cuidado a pessoas privadas de liberdade (mas que pode ser pensado aqui em direção ao profissional do sistema prisional), afirmando que para que uma intervenção direcionada ao cuidado em saúde no âmbito prisional é necessário focar nos efeitos prejudiciais e patologizantes da situação de prisionalização.

Para o autor, os profissionais de saúde mental devem considerar uma questão de caráter ético e político: partindo dos seus efeitos nocivos, é preciso investir na eliminação das instituições e práticas da prisão e criar outro modelo. Para isso, é necessário envolver a sociedade, a partir da perspectiva de que é um problema que diz respeito a todos, que atinge certas representações sociais que fazem uma distinção categórica entre bons e maus indivíduos, sendo a cadeia o destino natural para os que transgridem as regras. Para Bravo (2012) retirar o problema da prisão e seus efeitos de qualquer discussão técnica e busca de possíveis soluções é reafirmar o modelo social que sustenta tais instituições, baseadas na violência estrutural e simbólica.

A questão da relação saúde mental-trabalho do agente penitenciário é de ampla complexidade e de difícil abordagem em função de todos os condicionantes antes indicados. A tônica da reflexão aqui proposta parte da ideia de que as prisões são um instrumento social, que

ajuda a manter a desigualdade que sustentamos em nossa sociedade, ainda que sejam instituições que estejam travestidas de propósitos de defesa social.

Esta função política institucional traz sérias consequências aos que ali cumprem pena, que não foram o foco deste trabalho e tem seu sofrimento mais amplamente conhecido, mas traz também desdobramentos negativos para os profissionais que estão todos os dias, garantindo o seu funcionamento. Concordamos com Bravo (2012) quando afirma que não existe mudança que possa ser construída no cotidiano laboral pelos agentes que torne possível a diminuição das consequências subjetivas degradantes. Tentar compreender o que sustenta a estrutura das prisões é compreender os mecanismos de exclusão social, ou melhor, da inclusão perversa (Sawaia, 2002) e como todos estão incluídos neste processo.

Após o percurso final da pesquisa ficou claro o que já se anunciou nos primeiros contatos com profissionais desta área: eles exercem um trabalho que é fonte de sofrimento e adoecimento, em um ambiente desumano, que muitas vezes nos leva a desumanizar os que ali estão, todos que ali estão. Observou-se entre os agentes mudanças subjetivas, com repercussões no âmbito do trabalho, mudanças no seu padrão de sociabilidade, nas relações familiares, ou adoecimentos com repercussões na saúde física e mental (TMC e uso abusivo de substâncias), demonstrando que estamos diante um sistema que deixa viver ou faz morrer tanto aqueles que são apenados quanto os próprios agentes penitenciários. E quando deixa viver, é somente a partir de determinados condicionantes: assujeitado, despontencializado e/ou adoecido, no caso daqueles que ficam; ou como trabalhadores que têm prazo de validade curto, no caso dos concurseiros do setor. E assim a maquinaria do sistema segue em sua função de produzir valor moral, econômico, jurídico e subjetivo, que alimenta desde o crime organizado, facções criminosas em conflito, até a burocracia, poder e corrupção Estatal, bem como a boa receita das empresas prestadores de serviço e de insumos.

Abordando a saúde mental do trabalhador do sistema prisional considerando as condições macroestruturais (a partir das lógicas do sistema prisional), gerenciais (analisando condições e processos de trabalho) e da micropolítica do cotidiano das prisões e seus efeitos na vida do agente, reafirmamos nessa Tese a vulnerabilização desses trabalhadores em diversos níveis, gerando adoecimento nesse sistema violador, excludente e mortal.

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