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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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A presente pesquisa teve por objetivo descrever e analisar o perfil sócio demográfico de crianças e adolescentes vítimas de violência na região do Grande ABCD-SP, no período de janeiro/1993 a dezembro/2017, relacionando o com o desenvolvimento das Políticas Públicas que compõem o Sistema de Garantia de Direitos.

Os dados apresentados pela pesquisa corroboram com estudos já realizados, que registram inúmeras crianças e adolescentes que sofrem violência no contexto familiar, por parte de pessoas significativas, ou seja, que integram seus vínculos familiares e sociais, a quem amam e de quem, na verdade, esperam cuidados e proteção.

A presente pesquisa apontou o perfil das crianças e adolescentes vítimas de violência na região do Grande ABC, em que a violência física predominou entre as crianças e adolescentes pesquisadas, seguida da negligência/abandono. Identificou-se um equilíbrio referente ao sexo das vítimas, com uma prevalência de sexo feminino (52,8%) sobre o masculino (47,2). Associando o sexo da vítima com a natureza da violência, nas ocorrências de violência sexual é onde foi identificada a maior diferença percentual, com 77,9% das crianças e adolescentes sendo do sexo feminino. Os resultados encontrados referente à faixa etária apontaram uma distribuição quase homogênea dos casos ao longo das idades, com 39,1% das notificações concentradas na primeira infância (0 a 6 anos de idade), seguido pela faixa dos 8 anos aos 11 de idade (34,0%) e adolescência (26,9%).

O predomínio das notificações de violência física e negligência pode estar relacionado aos indicadores serem mais facilmente identificados, tais como presença de lesões e hematomas, evasão escolar, criança sozinha sem cuidados de um adulto, entre outros. A violência psicológica e sexual são mais difíceis de serem identificadas.

Os resultados também apontaram similaridade referente ao sexo dos autores da violência, com uma prevalência do sexo feminino (50,6%). Houve uma maior concentração de agressores na faixa de 21 a 30 anos e 31 a 40 anos

de idade (68,3% nessas faixas somadas). Crianças e adolescentes aparecem como agressores apenas na violência sexual, correspondendo a 5,1% dos abusadores sexuais. A mãe foi identificada como a principal agente agressora nas violências física (41,6%) e psicológica (32%), seguida pelo pai (29,3% e 29,4% respectivamente). O pai predominou como agente agressor nos casos de violência sexual (25,9%), seguido pelo padrasto (20,1%). Nas ocorrências de negligência, a mãe predominou como a maior agente violadora, seja considerando quando agiu sozinha (66,6%) ou com o pai da criança ou adolescente (21,9%).

Partindo do pressuposto de que durante toda a infância e a adolescência, o crescimento e desenvolvimento adequados dependem da articulação de diferentes fatores relacionados aos cuidados básicos especialmente de responsabilidade da família, a violência doméstica e familiar representa um importante fator de risco para o adequado desenvolvimento e integração social, embora seja frequentemente justificada pelos agressores como formas de educar e corrigir comportamentos indesejáveis.

A análise do material pesquisado aponta a necessidade de avançar na utilização e problematização dos dados epidemiológicos, visto que os dados discutidos confirmam a existência de um padrão que se mantém durante anos em relação às vítimas, autores da violência e a residência como um dos principais locais de ocorrência. Esta perpetuação da violência pode estar relacionada à naturalização da mesma pela sociedade e até mesmo pela rede profissional, que legitimam o uso de castigos físicos e psicológicos por parte dos pais na educação dos seus filhos, justificando como sendo constituintes de vivências próprias da infância, relatando terem sido educados pelos pais desta forma sem qualquer prejuízo em suas vidas.

Nossa atuação profissional dedicada as crianças e adolescentes vítimas de violência, nos permite um destaque pertinente a realidade analisada, pois em reuniões entre profissionais da rede (psicólogos, assistentes sociais, médicos, educadores, conselheiros tutelares, advogados, juízes) para traçar encaminhamentos e estratégias sobre atendimento familiar, frequentemente surgem relatos dos profissionais semelhantes aos dos autores da violência.

Embora não seja objeto direto desta pesquisa, este recorte sugere a necessidade de se pensar o sentido da formação do profissional e a realidade de nosso país, ou seja, profissional para quê e para quem.

Embora ainda seja observada uma naturalização da violência na educação de crianças e adolescentes, principalmente no que concerne aos castigos físicos e nas práticas de violência psicológica, são notórios os avanços legislativos importantes na última década, tais como a Lei Nº 13.010, de Junho de 2014 (conhecida como “Lei Menino Bernardo”), que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente e reconhece o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis enquanto forma de disciplina e educação, pelos pais, família ampliada ou qualquer outra pessoa encarregada de cuidar deles.

De modo geral, o perfil das crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica na região do Grande ABCD não difere do encontrado em demais estudos realizados no Brasil, sendo que a porcentagem expressiva da amostra estar localizada nos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema (96,8%), locais nos quais a instituição pesquisada possui núcleos de atendimento, indica a importância da existência de serviços direcionados ao atendimento a situações de violência contra crianças e adolescentes. Este dado pode representar que quando é oferecido o serviço de proteção e cuidados, a demanda se torna explícita.

A falta de serviços que ofereçam atendimento aos envolvidos na situação da violência, seja direta ou indiretamente, pode ser considerada como mais uma forma de violência, comprometendo o desenvolvimento das crianças e adolescentes vítimas, o processo de significação e ressignificação da violência vivenciada, podendo ser um fator que favorece a exclusão social. Considerando que crianças e adolescentes são sujeitos em condição peculiar de desenvolvimento e que, portanto, necessitam de uma figura adulta que provenha cuidados e proteção, quando expostos à violência, o fato de não contarem com profissionais e serviços que garantam suas necessidades, ficam mais vulneráveis e suscetíveis a riscos. Desta forma, a criança tem seus direitos violados não apenas pela família, mas também pela sociedade e pelo Estado.

É possível reconhecer vários avanços que foram obtidos no âmbito legislativo e na formulação de Planos que estabelecem estratégias para garantir o direito de crianças e adolescentes, tais como o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, entre outros. No entanto, em contraposição aos avanços, na prática cotidiana observa-se que o público infanto-juvenil sofre reiteradas violações de direitos. Isto se deve, entre outros fatores, ao fato de que a simples publicação de normas jurídicas e legislativas não se constitui como um elemento suficiente para transformar a realidade ancorada em fatores históricos, econômicos, sociais e culturais. Observa-se que os direitos garantidos pela legislação não foram incorporados pelas Políticas Públicas de atendimento, que funcionam de forma deficitária e precária.

Diante deste cenário, é importante que os indicadores epidemiológicos fornecidos pelas notificações não sejam percebidos apenas como dados estatísticos, mas como um recurso para que se promova a reflexão acerca do fenômeno violência contra crianças e adolescentes, por meio de discussões fundamentadas em interface com o contexto social, cultural e as demais relações que permeiam as situações de violência.

A intersetorialidade pode proporcionar importantes discussões e agilidade na implementação das Políticas Públicas, configurando-se como um espaço para análise ampliada de lacunas que necessitem da intervenção de diversos atores para assegurar o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes. Neste contexto, a Psicologia tem um papel importante, como ciência comprometida com a transformação social, com práticas voltadas para o enfrentamento da vulnerabilidade e emancipação humana. Ações que fortaleçam os vínculos familiares e a função protetiva da família são exemplos de intervenções promotoras de protagonismo e exercício da cidadania.

Essa análise é fundamental para identificar mecanismos de enfrentamento da violência que perpassem o cuidado às famílias, além de fortalecer as ações de prevenção, que envolvam intervenções plurais, interdisciplinares e intersetoriais, subsidiadas pela pesquisa científica, que nesse

sentido busca contribuir com a impactante realidade das crianças e adolescentes de nosso país.

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Anexo A

DECLARAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COPARTICIPANTE

Eu, Evenson Robles Dotto declaro ciência da participação da instituição Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD como instituição coparticipante no projeto de pesquisa intitulado Perfil de crianças e adolescentes vítimas de violência na Região do Grande ABC - SP, sob a responsabilidade do pesquisador Lígia Maria Vezzaro Caravieri, sendo a instituição proponente Universidade Metodista de Ensino Superior.

Serão disponibilizados ao pesquisador já citado uso do espaço físico e consulta aos prontuários dos usuários atendidos pela instituição após a emissão do parecer ético de aprovado pelo CEP da instituição proponente. Declaro ainda conhecer e cumprir as Resoluções Éticas Brasileiras, em especial a resolução CNS 466/12. Esta instituição está ciente de suas co-responsabilidades como instituição coparticipante do presente projeto de pesquisa, e de seu compromisso no resguardo da segurança e bem-estar dos sujeitos de pesquisa nela recrutados, dispondo de infraestrutura necessária para a garantia de tal

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