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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Com a pesquisa, buscou-se analisar se as funções da EJA es- tavam sendo cumpridas pelo IFRN Câmpus Natal-Zona Norte, em específico, na primeira turma do PROEJA do Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Informática, favorecendo o exercí- cio da cidadania aos jovens e adultos dessa modalidade de ensino.

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Capítulo III | Com relação ao acesso e à permanência, observou- se um considerável número de alunos evadidos e jubilados, comprometendo as funções reparadora e equalizadora da EJA, como também ferindo o primeiro princípio do Documento Base ao promover novas exclusões dentro do sistema. Dessa maneira, levando-se a novas indagações sobre a importância de se investir na formação continuada de professores destinados a trabalhar com esse público, como também, em formas diferenciadas de trabalhos pedagógicos caracterizados em currículos com conteúdos, metodologias e didática adequada, respeitando o perfil desses alunos; material didático específico; processo seletivo diferenciado; políticas administrativas; adequação de horários, dentre outros, como forma de contribuir e garantir o processo de inclusão desses jovens e adultos.

Contudo, apesar de as funções reparadora, equalizadora e qualificadora não terem sido efetivadas em sua plenitude na refe- rida turma, foi interessante observar essas mesmas funções entre o pequeno número de discentes que obtiveram sucesso. Dessa maneira, as informações prestadas pelos alunos concluintes dei- xaram claras a importância do curso para eles, visto ter lhes pro- porcionado, através da conscientização e exercício de seus direitos à ocupação de novos espaços na sociedade, tendo em vista que todos eles ingressaram no mercado de trabalho e/ou estão fazen- do faculdade.

Frente a essas questões, o estudo se apresenta como instru- mento importante para a reflexão perante o IFRN Câmpus Na- tal-Zona Norte, mostrando que é possível o sucesso no PROEJA, mas para isso é necessário um maior compromisso da Instituição como instrumento da garantia de um dos direitos sociais funda- mentais, inscrito na Constituição do país, que é a educação como direito de todos.

Ademais, acreditando nas possibilidades de inclusão e de aces- so à cidadania que o PROEJA oferece e que, para tanto, precisa-se

também de vontade política. Em suma, que o PROEJA não seja uma quimera das legislações, documentos oficiais e educadores arrebatados; não mostre sua beleza e poder transformador apenas na folha de papel branca e passiva, mas propicie a efetivação das funções reparadora, equalizadora e qualificadora aos desprovidos de muitos direitos neste país como forma de fazer valer o respeito e a equidade ao ser humano na sociedade.

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1 POLÍTICAS DO IFRN PARA SELEÇÃO E

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