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4. A APLICAÇÃO DO REÚSO DA ÁGUA NA SOUZA CRUZ EM

4.3. O consumo de água na Souza Cruz

Para exemplificar o processo de reúso e o consumo de água na indústria, pegaremos como base o ano de 2008. Nesse ano, não diferentemente dos demais, segundo dados da Souza Cruz, o total de água utilizada, fornecida pelo DMAE, foi menor do que a reutilizada devido ao processo de reúso constante da água, o que faz com que a demanda de água da concessionária diminua. Contudo, o consumo da Souza Cruz ainda é muito grande se consideramos a utilização de quatro poços artesianos outorgados, com vazão total autorizada de 525,6m³/dia ou 15.768m³/mês (TAB.8). A água oriunda desses poços é destinada 100% para o processo industrial. Se analisarmos o consumo, nesse ano, como exemplo, verifica-se que é utilizado 90,65% da capacidade total dos quatro poços, o que caracteriza um consumo ainda muito alto de água.

Cabe aqui dizer que, sem o consumo de água dos poços tubulares profundos, a demanda de água da concessionária, seria muito elevada. Ademais, o IGAM45, em seus relatórios semestrais e anuais, somente relata a situação quanto à outorga e vazão da água desses poços, o que justifica o controle dado pela indústria em estudo, para que não extrapole a vazão permitida (QUADRO 13), pois o controle da vazão de água dos poços deve ser sempre monitorado segundo normativas do IGAM.

O DMAE possui os dados do consumo mensal de cada poço, mas não nos foi informado, pois, segundo sua secretaria de comunicação, há uma falha na coleta dos dados e não existe uma política de ligação entre o órgão regulamentador, que autoriza as outorgas, e o

45 No caso da Souza Cruz, como em toda Minas Gerais, o monitoramento, a liberação para uso e controle de

consumo é realizado pelo IGAM, o que de modo geral, demonstra eficiência segundo a própria empresa, que se diz auditada de três em três meses por este órgão.

DMAE. Ora, as políticas ambientais são fundamentais para uma gestão adequada dos recursos naturais. Elas devem ser não somente aplicadas no segmento industrial, a exemplo das praticadas na Souza Cruz, que, por meio do reúso e da utilização desses poços tubulares profundos, consegue reduzir a demanda de água do DMAE, mas, sim, devem integrar todo o sistema de abastecimento, como e doméstico.

QUADRO 13

Souza Cruz: consumo e vazão em m³ dos poços tubulares profundos em 2008

Poço tubular 1

J F M A M J J A S O N D Média poços/ano Total por

Consumo 4.207 4.107 4.093 3.698 3.973 4.355 4.107 4.482 4.596 4.740 4.854 4.226 4.287 55.725 Vazão Média 135,7 146,7 132,0 123,3 128,2 145,2 132,5 144,6 153,2 152,9 161,8 136,3 141,0 Horas/dia 13,5 14,1 11,8 11,7 11,5 13,8 13,0 14,4 15,8 15,8 16,7 16,6 14,1 Poço tubular 2

J F M A M J J A S O N D Média poços/ano Total por

Consumo 2.893 2.701 2.893 2.733 2.863 3.113 3.128 3.070 2.765 2.927 2.991 2.725 2.900 37.703 Vazão Média 93,3 96,5 93,3 91,1 92,4 103,8 100,9 99,0 92,2 94,4 99,7 87,9 95,4 Horas/dia 19,6 18,6 18,5 19,0 18,7 20,3 20,0 20,0 18,8 19,5 19,8 19,5 19,4 Poço tubular 3

J F M A M J J A S O N D Média poços/ano Total por

Consumo 2.690 2.571 1.948 1.752 1.614 205 2.217 1.553 1.786 1.888 2.196 2.144 1.880 24.444 Vazão Média 87,0 92,0 62,8 58,4 52,0 6,8 71,5 50,1 59,5 60,9 73,2 69,2 61,9 Horas/dia 17,8 17,6 12,2 11,1 11,9 13,8 13,9 13,5 13,7 11,8 13,9 15,3 13,9 Poço tubular 4

J F M A M J J A S O N D Média poços/ano Total por

Consumo 4.791 3.800 4.195 4.047 3.955 4.097 4.301 4.265 4.028 4.006 4.211 3.837 4.128 53.661 Vazão Média 154,5 135,7 135,3 134,9 127,6 136,6 138,7 137,6 134,3 129,2 140,4 123,8 135,7 Horas/dia 18,9 19,8 18,9 19,4 18,3 19,7 20,0 20,0 19,5 18,7 18,1 19,0 19,2 Total de consumo em 2008 em m³ 171.532m³

Poço 01 Vazão autorizada 7,5 m³/h 150 m³ dia

Poço 02 Vazão autorizada 6,0 m³/h 120 m³/dia

Poço 03 Vazão autorizada 4,0 m³/h 80 m³/dia

Poço 04 Vazão autorizada 8,78 m³/h 175,6 m³/dia

Fonte: Souza Cruz, 2008a. Organização: Clóvis Cruvinel, 2009.

Dados fornecidos pela Souza Cruz indicam que o consumo anual de água, utilizada em todas as suas atividades e processos industriais, considerando todas as suas fontes, está em torno de 300.000 m³ anuais, sendo distribuída quanto ao uso conforme o QUADRO 14.

Segundo a Souza Cruz (2008a), quanto ao uso da água, ressalta-se que a água dos poços é destinada somente para o processo industrial, sendo utilizada basicamente para a geração de vapor nas caldeiras e no reabastecimento do nível dos lagos de combate a incêndio. Toda a água do DMAE é utilizada para consumo humano (bebedouros, restaurante, serviço médico, etc.) e uma pequena quantidade permanece em fluxo. O que se perde é relativo, pois quando se perde por evaporação nas torres, nas caldeiras e no canal de gases a indústria considera como parte do processo.

QUADRO 14

Uso da água na Souza Cruz, 2008

Uso da água - DMAE Uso da água - Poços artesianos Uso da água - Reciclada

Reservatório - administração Reservatório 1 - utilidades Reservatório 2 - utilidades Reservatório 3 - utilidades CAE1 Caixa Elevada Restaurante CRD2 Deseareador

Torres de alpina ou resfriamento DEER3 Fabricação Jardim Lago Processo Irrigação diversa Jardim Picador Canal de gases Torre de alpina ou resfriamento

ETT Outros

Fonte: Souza Cruz, 2008a. Fonte: Clóvis Cruvinel, 2009. Nota: 1 - Central de Aromas e Essências

2 - Central de Refugo e desmanche

3 - Direct Expanded Extrude Reconstitucion (Reconstituição da folha)

Assim, as perdas principais localizam-se nas caldeiras (aproximadamente 5.000 m³ por mês na geração de vapor), colocada diretamente no produto, sem retorno para o sistema. Na aspersão de água, em algumas áreas, visando a umidificação dos setores; nas torres de resfriamento (perda de grande quantidade de água por evaporação); no canal de gases (perda de água por alta temperatura) e no reabastecimento do nível dos lagos de combate a incêndio.

Destarte, analisando o consumo de água em 2008 da Souza Cruz (QUADRO 15), verifica-se que o consumo expressivo de água continuou sendo nos poços artesianos (158.337m³), seguido pela água reciclada (90.066m³) e depois pela água fornecida pelo DMAE (56.855m³), totalizando um consumo anual de 305.258m³.

QUADRO 15

Fontes de água - Consumo em m³ na Souza Cruz em 2008

Fontes de água - Consumo em m³ na Souza Cruz em 2008 Meses Poços artesianos Água reciclada DMAE

Janeiro 14.581 8.625 5.620 Fevereiro 13.179 8.127 3.762 Março 13.129 8.747 3.518 Abril 12.230 9.143 3.510 Maio 12.405 8.712 2.833 Junho 11.770 7.186 4.437 Julho 13.753 8.040 5.143 Agosto 13.370 7.425 7.343 Setembro 13.175 7.170 6.573 Outubro 13.561 6.081 3.956 Novembro 14.252 5.404 5.958 Dezembro 12.932 5.406 4.202 Total 158.337 90.066 56.855 Total geral 305.258

Nota-se que se não houvesse o reúso, a indústria teria que adquirir o mesmo total reciclado da concessionária, pois dos poços artesianos não teria como, devido a sua capacidade de uso estar no limite. Assim, ao invés de 56.855m³, a Souza Cruz teria que comprar do DMAE, no ano de 2008, a quantidade de 146.921m³, ou seja, 61,30% a mais do que foi adquirido. Portanto, o reúso é viável do ponto de vista redutivo de consumo, em relação ao fornecimento de água pela concessionária, o que é uma grande vantagem ambiental, pois se percebe logo uma diminuição da demanda, aliviando o fornecimento e de certa forma a captação de água. Em valores monetários, a Souza Cruz economizou, em relação à compra de água do DMAE, no ano de 2008, R$ 106.007,68 reais46.

Logo, se o exemplo da redução de consumo de água na indústria se aplicasse às outras indústrias do DI de Uberlândia, com a ajuda e acompanhamento de órgãos gestores, as vantagens para o meio ambiente local seriam bastante significativas, pois o consumo x demanda estaria tendenciosamente “equilibrados”. Assim, haveria menor stress hídrico, bem como uma harmonia entre a necessidade básica industrial e a disponibilidade desse recurso natural ofertado pelo sistema de abastecimento local. A gestão da água na Souza Cruz é considerada um exemplo a ser seguido por outras indústrias uberlandenses, permitindo que, por meio de políticas ambientais corretas, os processos industriais possam, de maneira sustentável, desenvolver suas atividades produtivas e minimizar os efeitos degradantes ao meio ambiente.

O processo de reutilização da água da Souza Cruz, exemplo de gestão ambiental a ser seguida, iniciou em meados de 2002. O processo foi implementado pela indústria a fim de que se fosse possível diminuir o consumo de água e reutilizá-la em suas atividades e processos industriais, por meio de uma Estação de Tratamento Terciário (ETT). Sua implementação começou a funcionar em fevereiro desse mesmo ano. Os principais destinos da água tratada foram para: o uso nas torres de resfriamento ou alpina, no canal de gases da caldeira, no despoeiramento de toras no picador de lenha, nas descargas de bacias sanitárias da área de engenharia e para outras áreas como a irrigações de jardim, as limpeza de ruas e passarelas, no processo de operação da própria ETT.

Segundo a indústria, o investimento foi da ordem de U$ 180 mil dólares, recuperados em 24 meses. O custo tecnológico no investimento ainda é considerado alto, mas o retorno financeiro compensa devido ao pouco tempo, considerado de curto prazo, devido à economia de água na aquisição desse recurso ofertado pela concessionária de água. Nesses últimos

46 O valor foi obtido, considerando a informação do DMAE, que para cada 10m³, o valor cobrado é de R$ 11,77

cinco anos, a prática do reuso, na Souza Cruz, vem rendendo títulos como já foram vistos anteriormente no item 5.2 dessa dissertação, e dividendos para a mesma. Segundo Souza (2005), esses foram os principais motivos para implantação da prática do reúso, ou seja, redução de impostos, adequação as leis municipais, estaduais e federais e “propaganda verde” da empresa.

A maior parte da água reutilizada é destinada para as torres de alpina, correspondendo em média a 50% do consumo total de água da indústria. Segundo dados da própria Souza Cruz, a torre de resfriamento é a responsável pelo maior consumo de água proveniente do tratamento de efluentes, seguido pelos outros destinos da água reciclada. Salienta que, às vezes, essa demanda das torres diminui, devido à desativação das mesmas para manutenção, como ocorreu de agosto a dezembro de 200847.

Os outros processos, a irrigação, a jardinagem, o canal de gases, dentre outros, consomem toda a água disponível para o reúso, o que faz com que 100% da água, que antes era descartada na rede pública, seja reaproveitada por meio de uma tecnologia avançada, clarificando e eliminando impurezas para posterior utilização do líquido nos equipamentos de apoio.

Em 21 de junho de 2007, por meio de uma política de gestão voltada para a redução de lançamento de efluentes, aliado ao processo do reúso, a Souza Cruz conseguiu que 100% dos efluentes gerados não fossem lançados na rede pública. Nesse mesmo dia, foi lacrada, em uma “cerimônia local”, definitivamente sua estação de tratamento de efluentes rompendo, desta forma, com o envio de resíduos da indústria para a ETE Uberabinha (ANEXO 10). Segundo o gerente geral da Souza cruz, Alex Barbosa, em entrevista ao Portal da Prefeitura de Uberlândia (PMU, 2007),

[...] o compromisso assumido do lacre, em definitivo, na rede pública, será cumprido. ‘Nunca mais iremos jogar nenhum litro de esgoto na rede pública de

Uberlândia. Estamos liberando à população o equivalente ao consumo de água para 500 residências populares. Nossa meta para a próxima celebração da fábrica é com relação aos 3% de resíduos, que ainda são levados aos aterros sanitários, os quais queremos reduzir para 2% ou menos’.

O novo processo, como afirmado pelo gerente da empresa, vem sendo cumprido, também segundo informações do DMAE em 2008. Salienta-se que não é praticado somente o reúso como inibidor de impactos ambientais pela indústria. Na preservação do meio, é realizado também o tratamento dos gases industriais gerados que são filtrados e purificados

antes da emissão para a atmosfera, dentre outros programas nacionalmente reconhecidos por sua diversidade e aplicações.

Não obstante, mas uma vez ressalta-se que o que se encontra por trás da gestão ambiental da Souza Cruz é muito mais do que uma questão de gestão ambiental. É também uma jogada estratégica de marketing, que a coloca em posição privilegiada e competitiva frente ao mercado e a sociedade, com divulgações de suas gestões e políticas ambientais caracterizando sua busca por “qualidade e preservação ambiental”.

Segundo Souza (2005), antes da implementação da ETT, o consumo da água fornecida pelo DMAE estava na média mensal de 16.000m³ na unidade48. Após o início do processo de tratamento da água na ETT, o consumo caiu para uma média de 4.346m³ (TAB. 9), gerando uma economia de 72,83% na aquisição de água fornecida pela concessionária. Desse modo, no período compreendido entre janeiro de 2004 e dezembro de 2008, a média anual de água consumida, a partir do abastecimento do DMAE, foi de 52.150m³ (TAB.9). O consumo total de água fornecido pelo DMAE, nos últimos cinco anos, na Souza Cruz, foi de 260.749 m³.

TABELA 9

Consumo de água da Souza Cruz (em m³) fornecida pelo DMAE, 2004-2008

Meses 2004 2005 2006 2007 2008 Janeiro 3.946 5.742 3.922 3.838 5.620 Fevereiro 3.839 5.492 3.688 3.648 3.762 Março 3.745 8.164 3.598 3.629 3.518 Abril 4.908 5.120 3.258 4.143 3.509 Maio 4.388 3.736 3.568 3.114 2.834 Junho 3.195 3.497 3.845 3.715 4.437 Julho 3.933 3.740 3.939 2.987 5.143 Agosto 3.351 3.693 4.311 1.180 7.343 Setembro 4.303 6.843 3.833 3.671 6.573 Outubro 4.624 7.410 4.684 5.704 3.956 Novembro 3.525 7.148 4.062 4.671 5.958 Dezembro 3.807 4.058 3.887 4.792 4.202 Consumo em m³ anual 47.564 64.643 46.595 45.092 56.855 Média mensal 3.964 5.387 3.883 3.758 4.738 Média anual (2004 - 2005) 52.150 Média mensal (2004 - 2005) 4.346

Fonte: DMAE, 2008a. Organização: Clóvis Cruvinel, 2009.

Para análise, se consideramos o consumo de água da Souza Cruz antes da implantação do reúso, que, segundo Souza (2005, p.72) era de 16.000m³ mensais em média, e

48 Salienta-se que a foi averiguado junto ao DMAE, se o órgão tinha os números do consumo de água antes da

implantação do reúso em 2004, e o mesmo informou que apesar de possuir esses dados, não era possível fornecê- los, pois os mesmos não estavam disponibilizados em forma digital.

multiplicarmos por 12 meses, teria uma demanda média de 192.000m³ de água consumida, a partir do abastecimento da concessionária. Assim, com a prática do reúso, a Souza Cruz passou a economizar em média 139.850m³ de água/ano (192.000 - 52.150) ou 699.250m³ (139.850 x 5), nos últimos cinco anos. Se transformarmos a quantidade em valores monetários, em cinco anos, a indústria economizou, nos gastos com a água, aproximadamente R$ 823.017,25 Reais49 (699.250 x 11,77/10). Destarte, a prática do reuso, na Souza Cruz, veio consolidar seus anseios financeiros, como maior possibilidade de economia e, conseqüentemente, maior lucratividade, assim como vantagens quanto as questões ligadas ao cumprimento de suas obrigações legais e ambientais. Segundo a indústria, a água oriunda do processo de reúso representa, atualmente, cerca de 40% de toda a água utilizada no empreendimento.

Percebe-se uma evidente redução na demanda de água fornecida pelo DMAE, o que alivia diretamente a concessionária, liberando a quantidade de água economizada para outros setores da cidade. Ademais, não é somente o setor industrial que se beneficia com uma gestão de água voltada para a redução do consumo. Segundo o Jornal CORREIO DE UBERLÂNDIA (2009), enquanto a média nacional no consumo de água é de 150litros/dia por morador, em Uberlândia a média é de 230 litros, ou seja, 53% a mais.

É uma constatação grave, pois a água é um recurso natural limitado quanto sua potalidade. Se considerarmos os ritmos de degradação das nascentes do rio Uberabinha, que abastece a cidade, a realidade, segundo o mesmo jornal (ANEXO 11), traria a realidade para a beira do caos. Nishiyama (CORREIO DE UBERLÂNDIA, 2009), em entrevista ao jornal acima citado, quando questionado sobre uma possível escassez nos próximos anos, relata que se “medidas ermegenciais não forem tomadas em curto e médio prazo, o fornecimento de água em Uberlândia terá sérios problemas”. Explica, ainda, que muitos fatores agravaram a situação real da água na cidade, como:

[...] o aumento da população e das atividades econômicas que demandam um consumo maior de água, a falta de ações de proteção da natureza, a própria condição climática e o limite de volume da bacia hidrográfica... "A quantidade que se extrai do rio já está praticamente no limite e somente ações conjuntas da iniciativa privada e pública podem evitar o pior" (CORREIO DE UBERLÂNDIA, 2009).

Em Uberlândia, o consumo de água está longe do ideal, segundo o DMAE (2008), apesar de todas as campanhas de conscientização. Essa realidade e válida para todos os segmentos da sociedade, desde o industrial, passando pelo comercial, pela prestação de

serviços, chegando ao domiciliar. Isso acontece, principalmente, por que não há uma consciência ambiental adquirida ou mesmo imposta para grande parcela da população. Há significativas perdas de água em toda a cidade, além de perda mensal de 2 bilhões de litros que ocorre nos processos de captação e distribuição. Acrescentam-se as ligações clandestinas, que, segundo o DMAE em 2008, chegaram à ordem de R$480.000 anuais, o que representam 3.000 ligações ao mês.

4.4. A geração, a coleta, o tratamento e a destinação final dos efluentes