• Nenhum resultado encontrado

Honrado pela coniança com que me disinguiu o Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, tomei posse, ontem, do cargo de Interventor Federal em nosso Estado e hoje o assumo consciente das responsabilidades que me cabem neste momento, na vida administraiva do Estado Novo. […] Várias vezes o meu nome tem sido lembrado para a superintendência dos desinos de São Paulo e hoje é que se concreizou essa velha aspiração dos meus amigos, na alta invesidura que o Presidente Vargas acaba de me conferir. E não pode haver maior alegria para um homem que vem ocupando sucessivamente, durante mais de trinta anos, vários postos da pública administração, […] por esse passado longo, vir a esta gleba opulenta trabalhar e orientar seus problemas em harmonia concreta, visando dar ao povo maior felicidade com a criação de riquezas. […] Quero airmar-vos simplesmente que o meu programa é o do Presidente Vargas, esse programa construivo do Estado Novo, baseado no esímulo e na organização de todas as fontes de produção dos campos e das fábricas, tendo em vista o comércio intenso e proveitoso. � no trabalho organizado, no culivo racional da terra, na criação de nossos animais, na exploração de nossas fazendas, no preparo dos nossos ilhos com uma educação nacionalista e não simplesmente livresca, na higiene escolar, é, ainda, no lar que se assenta esse vasto programa administraivo criado pelo regime de 10 de novembro. (COSTA, F., 1944, p.13-14)

Fernando Costa assume, portanto, em 5 de junho de 1941, o posto de interventor, cargo que ocupou até 27 de outubro de 1945, quando se exonera para se candidatar ao Governo do Estado de São Paulo, nas eleições que ocorreriam no inal daquele mesmo ano. No discurso pronunciado nos Campos Elíseos, ao assumir o cargo de Interventor Federal no Estado de São Paulo, Fernando Costa apresentava sua leitura pessoal das metas traçadas pelo governo varguista, ressaltava o caráter técnico de suas iniciaivas e, sobretudo, colocava-se a serviço do que se apresentava como o projeto ‘modernizador’ e ‘humano’ do Estado Novo, airmando que centraria suas atenções na gestão que então começava, na organização da produção e do trabalho, na educação nacionalista e no programa de formação de um novo trabalhador. Mostrava-se alinhado com as principais prerrogaivas do projeto estado-novista, sempre airmando nas entrevistas concedidas, que conduziria seu mandato despido de qualquer caráter paridário e acrescentando que:

Todo o programa atual da Interventoria de São Paulo […] se contém em duas referências: nas diretrizes e políicas dadas ao Brasil pelo Presidente Getúlio Vargas e na tradição de serviços públicos que tenho prestado à minha terra. Para bem cumprir o mandato que tão honrosamente me foi coniado, a primei- ra coisa que tenho a fazer é despir-me de toda especialização. Neste momento deixo de ser o técnico de agricultura para assumir os encargos mais variados e mesmo os mais opostos à minha carreira, como exige a máquina complexa do Estado de São Paulo. Tanto a políica educacional do povo, como a políica de estrada e transportes, e os encargos de industrialização e do comércio, têm que merecer os mesmo cuidados que os trabalhos básicos da terra, como são os que a agricultura exige. Está claro que não me esquecerei dos problemas a que tenho dedicado minha especial aividade, mas isso não me afastará da vasta realização que o crescimento de meu estado está pedindo nesta fase em que o Brasil se transforma de país agrário em país industrial e acompanha a evolução políica e social do mundo moderno, guiado pela sabedoria do Presi- dente Getúlio Vargas. (NOVO..., 1941, p.1)

No entanto, apesar da airmação de que abandonaria, em sua nova atuação no estado de São Paulo, o caráter de especialista nos assuntos agrícolas, quando quesionado sobre o seu programa de governo na agricultura, Fernando Costa responderia que seria esse a coninuidade de suas metas já traçadas quando Secretário da Agricultura no Estado de São Paulo, e como Ministro da Agricultura, situando a “criação de escolas para a formação de técnicos”, junto às preocupações com a diversiicação das culturas, o café ino, a fundação de laboratórios, a proteção das matas, o gasogênio e os minerais. E, ao falar sobre suas metas para a educação, demonstra já possuir planos bastante claros no que diz respeito ao ensino rural:

� de necessidade inadiável a criação, em todo o Estado, de escolas proission- ais, ao lado dos grupos escolares. Assim terminado o curso preliminar, as crian- ças que não prosseguirem os seus estudos terão a oportunidade de aprender uma proissão - que pode ser principalmente uilizada para a vida do campo. Milhares de crianças, depois de completado o seu curso preliminar, icam per- ambulando pelas ruas das cidades à cata de pequena remuneração, o que não conduz à vida práica e úil. As escolas proissionais que pretendo criar hão de as guiar para uma existência mais suave e proveitosa à nação. Os problemas da alimentação, da higiene e da saúde estão ligados aos da educação do povo. (NOVO..., 1941, p.1) 80

80 Cabe destacar que esse discurso que associa ausência de escolas no meio agrícola, êxodo rural e problemas urbanos Cabe destacar que esse discurso que associa ausência de escolas no meio agrícola, êxodo rural e problemas urbanos encontra-se plenamente inserido nas discussões do período. Rosa (1980) indica a menção dessa questão no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, lançado em 1932 e que apresenta posição de vanguarda nas relexões acerca da educação no período: “A instrução pública não tem sido, entre nós, […] senão um sistema de canais de êxodo da mocidade do campo para as cidades e da produção para o parasiismo. � preciso, para reagir contra esses males […], pôr em via de solução o problema educacional das massas rurais e do elemento trabalhador da cidade e dos centros industriais já pela extensão da escola do trabalho educaivo e da escola do trabalho proissional, baseada no exercício normal do trabalho em cooperação, já pela adaptação crescente dessas escolas (primária e secundária proissional) às necessidades regionais e às proissões e indústrias dominantes no meio” (apud ROSA, 1980, p.112-113). A autora aponta também que, embora de maneira ainda muito ímida, algumas iniciaivas relacionadas ao ensino agrícola inham sido postas em práica pelo governo paulista ao longo da década de 1930, entre elas as empreendidas durante a gestão de Armando de Salles Oliveira que, em 1934, estabe- lecera as condições para a criação de aprendizados agrícolas municipais; em 1935 criara a escola proissional agrícola mista de Jacareí e em 1936 inauguraria a Escola Proissional Agrícola Industrial de Espírito Santo do Pinhal, sob a coordenação de Horácio da Silveira (ROSA, 1980).

Assim, pouco tempo depois de assumir a interventoria do estado de São Paulo e dando coninuidade a algumas de suas iniciaivas prévias relacionadas ao ensino agrícola, Fernando Costa começaria a estabelecer em linhas mais concretas o projeto que se tornaria uma das caracterísicas mais marcantes de sua administração - a criação de um conjunto de Escolas Práicas de Agricultura. Tratava-se de um sistema de escolas proissionalizantes, voltadas ao ensino especializado das aividades agro-pecuárias, que, com grandes unidades ixadas em alguns dos principais centros produivos do interior paulista de forma que seus raios de ação cobrissem quase todo seu território, deveriam compor uma rede a abarcar todo o estado. Tal projeto ganharia contornos oiciais em 3 de junho de 1942, com a promulgação do decreto nº 12742 (SÃO PAULO (Estado), 1942d), que criava as dez primeiras Escolas Práicas de Agricultura do plano de Fernando Costa, localizadas em Amparo, Araçatuba, Ribeirão Preto, Bauru, Guarainguetá, Itapeininga, Marília, Presidente Prudente, Pirassununga e São José do Rio Preto. Cabe destacar, desde logo, que tal plano não seria jamais concreizado em sua plenitude: quando Fernando Costa deixou o governo do estado de São Paulo em 1945 apenas cinco dessas escolas haviam sido concluídas - a E.P.A. Getúlio Vargas (Ribeirão Preto), a E.P.A. Fernando Costa (Pirassununga), a E.P.A. Gustavo Capanema (Bauru), a E.P.A. Paulo de Lima Corrêa (Guarainguetá), a E.P.A. Carlos Botelho (Itapeininga) - e uma delas inha suas obras já em andamento - a E.P.A. de São José do Rio Preto. Também já havia sido iniciado o processo de desapropriação para a construção de mais uma das escolas, em Presidente Prudente (MARTINS, Z., 1991). O caráter geral do plano empreendido, bem como sua relevância junto às demais iniciaivas da interventoria, encontram-se exemplarmente descritos nas palavras proferidas em discurso do próprio Fernando Costa 81:

[…] o governo do estado, conhecedor do problema agrário de São Paulo, tratou, logo no início de sua gestão, de elaborar um plano educacional com um programa vasto de ensino e de formação proissional agrícola. As escolas práicas de agricultura, que o governo vai instalar nos centros regionais agrícolas do estado, representam um passo irme no senido da remodelação dos nossos métodos de trabalho agrícola pela formação especializada do novo produtor rural, e pela disseminação dos conhecimentos, dos preceitos e das práicas técnicas que hão de racionalizar a nossa agricultura segundo as nossas necessidades e as nossas conveniências rurais. Essas escolas, instaladas em zonas de produção intensiva, disporão de todos os recursos necessários à realização de suas inalidades de caráter essencialmente uilitário. As escolas práicas de agricultura serão igualmente centro de difusão de conhecimentos fundamentais da agricultura racional, centros de incenivo na região, de melhorias da produção e do aperfeiçoamento dos processos da indústria agrícola regional e serão também, centros disseminadores de conhecimentos e de práicas relaivas à proilaxia rural. Essas escolas funcionarão em regime de internatos, mantendo estações experimentais, campos de produção, laboratórios, pequenas usinas de industrializações dos produtos agrícolas, pequenas fábricas de produção rural, oicinas e demais instalações

81 Tais palavras coni guram parte do discurso realizado pelo interventor em 27 de março de 1943, em Franca, por ocasião Tais palavras coniguram parte do discurso realizado pelo interventor em 27 de março de 1943, em Franca, por ocasião de uma visita oicial àquela cidade (COSTA, F., 1943).

indispensáveis para o regular funcionamento do seu ensino práico. Os seus cursos, abrangendo matéria de agricultura geral e especializada, de zootecnia e de indústrias correlatas, hão de se realizar dentro de uma orientação e de um critério estritamente experimental. Ali, os educandos aprenderão a fazer fazendo; e não haverá nenhum desperdício de tempo ou de esforços com práicas escolares improduivas ou meramente formais. Nesse ambiente experimental, nesse meio de práicas uilitárias é que se formarão os novos operários técnicos que hão de espalhar nas fazendas, nos centros agrícolas, em toda a zona rural, os modernos ensinamentos do interesse de nossa agricultura e de nossa pecuária. (COSTA, F., 1943, p.216-217)

Note-se que, se o decreto de criação das referidas escolas tem data posterior em um ano ao início do governo de Fernando Costa, as primeiras iniciaivas para a concreização desse plano parecem ter sido postas em práica logo após sua nomeação. No relatório da Secretaria da Agricultura Indústria e Comércio relaivo ao ano de 1941 já é possível encontrar menções de que o plano referente ao “ensino práico de agricultura” deveria “ser organizado imediatamente”, pela sua importância com vistas a “reformar e melhorar os meios de trabalho e os costumes” do trabalhador rural, bem como “aproveitar os ilhos do homem do campo e, sempre que possível, aqueles da cidade que queiram se dedicar às lides agrícolas” (SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura Indústria e Comércio, 1943a, p.6-7). Paulo de Lima Corrêa, secretário dessa pasta, relatava, ainda no documento, o processo inicial de escolha dos terrenos que abrigariam as Escolas Práicas de Agricultura:

Dessas 10 escolas […] resolveu-se desde logo a construção imediata das 5 primeiras. Destarte quando percorri a zona de Ribeirão Preto, numa apreciação geral da região, localizei a Escola Práica de Agricultura, cuja sede icará na fazenda Monte Alegre, a histórica propriedade de um cafeicultor que possuía 85 fazendas dessa poderosa rubiácea 82. Em Bauru foi me dado localizar a

Escola Práica de Agricultura em fazendas cujas terras representaivas daquela zona permiirão desenvolver o ensino, tendo sempre em consideração o relevante problema da conservação do solo, que, na região, oferece margem para um trabalho conínuo, a im de que não se transformem vastos trechos de terra boa em verdadeiros desertos. Tive ainda a oportunidade de proceder, em Guarainguetá e Pirassununga, ao exame das terras necessárias à instalação das Escolas Práicas de Agricultura locais, escolhendo para as mesmas as terras que, no consenso de todos, melhor serviam para o im em vista. Aliás, o critério que presidiu à designação dos terrenos para as quatro escolas mencionadas, e que será observado para a de Itapeininga, foi o de escolha, dentro de cinco imóveis apontados pelo prefeito local e pelos fazendeiros da região. Desse modo, esses estabelecimentos, além de icarem localizados em diversas zonas do estado, são possuidores também de padrões de terras diferenciados, de

82 Paulo de Lima Corrêa referia-se a Francisco Schmidt, imigrante alemão que assumiu papel de relevância na produção Paulo de Lima Corrêa referia-se a Francisco Schmidt, imigrante alemão que assumiu papel de relevância na produção cafeeira do oeste paulista e foi proprietário da fazenda Monte Alegre desapropriada na década de 1940 para a implantação da E.P.A. Getúlio Vargas (LOURENÇO, 1999; MAURO; NOGUEIRA, 2004).

maneira a se atenderem às necessidades de aperfeiçoamento do homem para cada região e para cada solo. (SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura Indústria e Comércio, 1943a, p.7) 83

Assim, quando em junho de 1942 o decreto nº 12742 oicializa a criação das Escolas Práicas de Agricultura (SÃO PAULO (Estado), 1942d), já haviam sido desapropriados terrenos em Pirassununga, Ribeirão Preto e Bauru para a instalação das unidades dos respecivos municípios (SÃO PAULO (Estado), 1942a; 1942b; 1942c). Ao que parece já haviam sido tomadas providências também no que se refere à elaboração do plano de ensino e da 3concepção dos espaços e ediícios que abrigariam as escolas. Se os primeiros desenhos arquitetônicos elaborados acerca das Escolas Práicas de Agricultura datam já de janeiro de 1942 84; os objeivos especíicos e programa de ensino para essas

escolas encontravam-se já delineados com certa clareza no decreto de sua criação, com especial atenção para o fato de que “todos os conhecimentos da parte do aprendizado agrícola serão ministrados através da práica diária” (RITTER, [194-], p.63) 85. Tal aspecto

se reairmaria nas jusiicaivas apresentadas para o amplo projeto de instalação das escolas, onde se destacava constantemente a importância do preparo do trabalhador rural em uma perspeciva da modernização dos processos graças a um ensino práico de agricultura, bem como o acréscimo da produção e lucros daí provenientes que evitariam o aumento do êxodo rural 86. Riter - relator oicial das ações de Fernando

Costa na Interventoria 87 - ressaltaria também tal caracterísica na insituição das escolas

agrícolas que, em suas palavras, “colima, pela instrução e especialização técnica, radicar para sempre o camponês à gleba e dele fazer um homem apto, educado, consciente e independente” (RITTER, [194-], p.58).

O decreto de criação definia também que o curso das Escolas Práticas de Agricultura, além de estruturado em regime de internato, se destinaria a jovens entre 15 e 25 anos - sendo admitidos alunos de qualquer grau de instrução 88 - e se dividiria em três anos,

83 Cabe destacar que tal processo de seleção com a pari cipação de lideranças e fazendeiros locais, que certamente Cabe destacar que tal processo de seleção com a paricipação de lideranças e fazendeiros locais, que certamente envolveu negociações em níveis diversos, é apresentado no relatório da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio do ano seguinte (1942), ressaltando o seu caráter técnico: “Na escolha das propriedades desinadas à instalação dos referidos estabelecimentos de ensino, a diretriz seguida foi a de conseguir padrões de terra diferenciados, ipos e representaivos das regiões, de maneira que se atenda futuramente ao aperfeiçoamento do homem e das operações culturais, de acordo com as caracterísicas de cada zona e de cada solo. Outro ponto que não foi descurado diz respeito à distribuição equitaiva e equilibrada das escolas pelo território do estado de São Paulo, sem prejuízo de qualquer região favorecida ou não pelas condições geográicas, ecológicas e demográicas. Assim foi que um alto espírito de equidade e de jusiça norteou a distri- buição das referidas escolas, pelos poderes competentes. Como consequência da justa e bem ponderada localização inicial, as escolas poderão ministrar ensinamentos de caráter relaivamente especializado, atendendo as necessidades próprias de cada zona.” (SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura Indústria e Comércio, 1943b, p.549)

84 Pari cularmente relevantes, nesse seni do, são as elevações elaborados pela Divisão de Engenharia Rural (hoje perten- Paricularmente relevantes, nesse senido, são as elevações elaborados pela Divisão de Engenharia Rural (hoje perten- cente ao Acervo do Setor de Engenharia da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo) sob o ítulo ‘Escola Proissional Rural’ que apresentaria, em desenho bastante trabalhado, as fachadas da ediicação que conigurariam o ediício principal das E.P.A. Fernando Costa, E.P.A Paulo de Lima Corrêa, e E.P.A. Carlos Botelho. No carimbo desse desenho é possível veriicar sua data, 21 de janeiro de 1942; bem como o interessado em sua elaboração, a Interventoria.

85 Tal prerrogai va consi tui o 12º ari go do decreto nº 12742, que cria as referidas escolas, no qual se segue a explicação Tal prerrogaiva consitui o 12º arigo do decreto nº 12742, que cria as referidas escolas, no qual se segue a explicação de que “O educando deverá aprender fazendo e descobrir o porquê das coisas no trato conínuo dos fatos e problemas rurais. As aulas técnicas, na parte teórica visarão apenas consolidar os conhecimentos adquiridos nos trabalhos práicos” (SÃO PAULO (Estado), 1942d, p.88).

86 Paulo de Lima Corrêa, ao indicar as principais diretrizes de atuação da pasta no relatório da Secretaria da Agricultura, Paulo de Lima Corrêa, ao indicar as principais diretrizes de atuação da pasta no relatório da Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio relaivo ao ano de 1942, apresentava tais jusiicaivas para o amplo projeto de instalação das escolas agrícolas (SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura Indústria e Comércio, 1943b). Cabe destacar que já no relatório do ano anterior Corrêa, ao tratar dessas escolas, defendera a posição de que “elevando o padrão da vida rural, com melhoria de conforto pessoal e da família” se combateria “decisivamente a desagregação do trabalho campesino, ameaçado pelo êxodo em massa das populações roceiras” (SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura Indústria e Comércio, 1943a, p.8) 87 O jornalista Marcelino Rit er assina ao menos duas obras signii cai vas e escritas em tom claramente propagandísi co O jornalista Marcelino Riter assina ao menos duas obras signiicaivas e escritas em tom claramente propagandísico acerca dos feitos da Interventoria de Fernando Costa (RITTER, 1943; [194-]).

88 Cabe destacar que i nham prioridade para matrícula “os i lhos de homens do campo, de pequenos lavradores e de Cabe destacar que inham prioridade para matrícula “os ilhos de homens do campo, de pequenos lavradores e de trabalhadores agrícolas” (SÃO PAULO (Estado), 1942d, p.89).

Figura 2.1. - Aspecto dos trabalhos de movimento de terra para o preparo da esplanada desinada às construções da E.P.A. Gustavo Capanema, em Bauru. Essa foto foi publicada no relatório referente à atuação da Secretaria da Agricultura Indústria e Comércio no ano de 1942 (SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura Indústria e Comércio, 1943b). Fonte: Acervo do Insituto Penal Agrícola Prof. Noé Azevedo.

Figura 2.2. - Aspecto dos trabalhos para a construção dos ediícios da E.P.A. Gustavo Capanema, em Bauru. Fonte: Acervo do Insituto Penal Agrícola Prof. Noé Azevedo.

Figura 2.3. - Foto irada em junho de 1944 do ediício de internato da E.P.A. Gustavo Capanema, em Bauru, ainda em construção. Fonte: Acervo do Insituto Penal Agrícola Prof. Noé Azevedo.

2.1

2.2

2.4

2.6 2.5

Figura 2.4. - Aspecto dos trabalhos para a construção dos ediícios da E.P.A. Gustavo Capanema, em Bauru. Fonte: Acervo do Insituto Penal Agrícola Prof. Noé Azevedo.

Figura 2.5. - Foto irada em novembro de 1943 do ediício de salas de aula e administração da E.P.A. Gustavo Capanema, em Bauru, ainda em construção. Fonte: Acervo do Insituto Penal Agrícola Prof. Noé Azevedo.

Figura 2.6. - Vista parcial da fachada principal do ediício de salas de aula e administração da E.P.A. Gustavo Capanema, em Bauru, ainda em construção em junho de 1944. Destacam-se os detalhes do frontão, da telha capa e canal e do arremate do beiral em ornamento caracterísico da