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Fonte: FECAM, 2012.

Figura 10 - Matriz de indicadores e subíndices da Cultura em Santa Catarina

Fonte: FECAM, 2012.

A variável com melhor pontuação nesta matriz recebeu índice Médio Baixo. Trata- se da variável que compôs o indicador “Iniciativas da Sociedade Civil”, na qual verificamos a Existência de Grupos Artísticos nos municípios. Isso pode apontar, embora passe longe de comprovar, que as comunidades podem ter um potencial cultural, mas que é ainda pouco apoiado ou fomentado pelo poder público. O que pode ser visto

como uma janela de oportunidade diante de perspectivas como as colocadas pela Política Nacional de Cultura, que entende o desenvolvimento cultural como uma forma de desenvolvimento humano, social e, inclusive, econômico (MINISTÉRIO DA CULTURA, 2011).

Observando a Figura 10, podemos verificar que, em termos de infraestrutura para a gestão cultural, os municípios se encontram profundamente carentes. A variável

Existência de Equipamentos Socioculturais (que inclui a existência de biblioteca

pública, teatro, rádio comunitária, livraria, museu, sala de teatro, loja de discos e videolocadora) teve média de 0,506 (Médio Baixo, alaranjado) para o estado. Exceto pelas bibliotecas públicas, que faltam em apenas cinco municípios, e dos clubes/sociedades recreativas, presentes em 84% dos casos, todos os demais equipamentos existiam, no máximo, para metade das municipalidades. Só 40% dos municípios possuíam museus no ano de 2009, só 14% tinham teatro ou sala de espetáculo, 40% tinham livraria e 50% tinham alguma loja de artigos de música e cinema. Ainda, só 40% dos municípios declararam ter rádio comunitária.

Em uma visão mais geral, observamos que somente 10% dos municípios possuíam os dez tipos de itens culturais selecionados, sendo todos municípios de grande porte. Enquanto isso, 60% dos municípios catarinenses possuía de 1 a 5 equipamentos.

Esta realidade se agrava ainda mais se consideramos a situação da variável Adesão

ao Sistema Nacional de Cultura (SNC). Segundo o CONGESC147, até final de 2011, apenas 32 municípios catarinenses haviam procedido à adesão ao SNC que está, desde 2010, pautando a maior parte da política e da liberação de recursos federais para a área cultural.

Além disso, em 2009, apenas 30 municípios possuíam seus conselhos de cultura em funcionamento e apenas 78 (27%) possuíam algum tipo de legislação de proteção ao patrimônio material ou imaterial, sendo que apenas nove possuíam lei municipal para os dois tipos de patrimônio ao mesmo tempo.

Quanto à variável Existência de grupos artísticos148, os municípios com as melhores colocações também foram os de grande porte, a exemplo de Blumenau,

147 Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina

148 A variável de grupos artísticos considerou a existência de grupos artísticos com ou sem caráter

comercial e jurídico e que tinha, no mínimo, 2 anos de existência. Foram considerados os seguintes tipos de grupos: Teatro, Manifestação Tradicional Popular, Dança, Grupo Musical, Orquestra, Banda, Coral, Associação Literária, Escola de Samba, Bloco Carnavalesco, Desenho e Pintura, Artes Plásticas e

Criciúma, Tubarão, Florianópolis e Joinville, que possuíam todos os tipos de grupos artísticos selecionados.

A média catarinense foi 4.8 tipos de grupos. Treze municípios, todos com menos de 5.000 habitantes, declararam não possuir nenhum grupo de expressão cultural e 152 (52%) possuíam menos de 4 grupos, a metade do que foi exigido para que o município tivesse classificação 1. Esses municípios estão localizados, principalmente, no Oeste Catarinense, notadamente nas microrregiões de Chapecó e Xanxerê. As regiões de Joaçaba e dos Campos de Lages também apareceram fracas em relação a este tipo de expressão cultural.

Assim, ao concluir estas breves observações sobre a organização da cultura em Santa Catarina, consideramos importante relatar a resistência percebida ao longo do processo de construção do Sistema no que toca à inclusão do tema da cultura como um item importante a ser avaliado para medir desenvolvimento, sobretudo, se colocada em pé de igualdade com áreas como economia, educação ou saúde, por exemplo. A tese de Filippim (2006), que denuncia um entendimento de desenvolvimento enquanto sinônimo de crescimento econômico por parte dos gestores municipais pode ser verificada neste caso.

Percebemos que a cultura ainda é vista pelos gestores públicos de forma muito restrita, sendo confundida, muitas vezes, com as expressões artísticas da comunidade (embora isso também possua valor incalculável). No entanto, no SIDMS, a cultura é entendida como uma dimensão dotada de amplo potencial dinamizador por conta, essencialmente, das interfaces que a cultura mantém com áreas como o turismo, a educação, a economia, o meio ambiente, o capital social e o próprio desenvolvimento de capacidades na comunidade envolvida.

Segundo Ferreira (2010), ex-Ministro da cultura, o IBGE e o IPEA apontam que 5% do PIB e 6% dos empregos formais no Brasil são produzidos pela área cultural e que, além disso, 53% das atividades e manifestações culturais estão na informalidade.

Com estes dados, podemos calcular o potencial da cultura, entre outras coisas, enquanto produtora de uma economia mais sustentável, limpa e com alto valor de inteligência agregada. Além disso, o fortalecimento do capital social e a proteção da

Visuais, Artesanato, Outros. São 14 tipos de grupos. Os municípios com 9 ou mais já levavam índice máximo.

memória e do patrimônio artístico cultural dos territórios são alguns dos efeitos indiretos que o investimento integrado149 em cultura pode gerar.

Ainda segundo Ferreira (2010), o setor cultural coloca-se em segundo lugar na economia da Inglaterra e em terceiro nos Estados Unidos. A cultura pode ser, ainda, um estratégico componente do desenvolvimento turístico, já que, segundo o autor, os elementos ambientais (praias, florestas, natureza) e a cultura local são vistos como os dois grandes atrativos de público.

Sem o propósito de enfatizar apenas o potencial econômico do fomento à cultura, o objetivo destes parágrafos foi destacar as diversas facetas de uma área que ainda é pouco explorada e reconhecida. De fato a cultura caracteriza-se como um campo polivalente (social, econômico, político) do desenvolvimento e como área estratégica, na medida em que suas atividades tendem a ser mais limpas e se adequam a um estilo de desenvolvimento mais sustentável. Santa Catarina tem na cultura um campo potencialmente próspero de atuação face à riqueza e diversidade étnica que marcam a história e os costumes dos nossos agrupamentos territoriais.

Na Dimensão Educação, os dados mostram um cenário mais positivo para Santa Catarina. Quase todos os municípios estão classificados em desenvolvimento Médio Alto ou Alto, tendo apenas 20 deles com índice Médio. A Figura 11traz a média estadual para cada variável.

Figura 11 - Matriz de Variáveis da Educação

149 Integrado, refere-se à produção de políticas e projetos culturais que também observam as dimensões

Fonte: FECAM, 2012.

No que tange ao indicador Cobertura da População em Idade Escolar, a capacidade de atendimento, que foi aferida para o Ensino Fundamental apenas, a média estadual é alta, chegando a 92,56% no ano de 2010. Mas, embora estatisticamente estejamos próximos de 100%, não podemos negligenciar que estes 7,44% faltantes correspondem a 64.803 crianças que, ou estão fora das estatísticas ou estão fora da escola, isso sem contar o Ensino Médio e a Educação Infantil, onde as taxas de abandono escolar e a incapacidade de cobertura são sabidamente superiores.

Trinta municípios possuem taxas de atendimento maiores que 100%, o que significa que eles estão cobrindo parte da demanda de outras cidades, além da sua própria. Porém, 248 municípios ou 85% não alcançaram, ainda, a taxa de atendimento fixada pelo movimento Todos pela Educação150, que corresponde a 98% de cobertura151 e que foi utilizado na parametrização desta variável. Além disso, 100 municípios ainda não alcançaram 90% de cobertura.

A demanda descoberta não é exorbitante, mas é importante ter claro que o atendimento ainda não é um problema sanado em Santa Catarina. Embora seja possível que as mais de 64.000 crianças que não frequentam a escola, estejam fazendo por opção ou por impedimento familiar (como necessidade de trabalhar) e, não por falta de vagas, elas representam um grupo social que carece de tratamento específico, sobretudo, por meio de projetos de reintegração econômica e social de suas famílias. Um trabalho conjunto com os agentes de assistência e proteção social pode ser uma maneira efetiva de resgatar essas crianças, possivelmente pertencentes a grupos de risco.

Contudo, a hipótese da real falta de vagas, sobretudo em cidades que recebem grandes fluxos populacionais, não deve ser descartada. As 20 maiores cidades do estado, apresentam taxas de cobertura que variam entre 90 e 95%, com exceção das cidades de Palhoça e Camboriú, que só chegam a 87% de cobertura no Ensino Fundamental. Esses municípios recebem muitas famílias que buscam trabalho nas cidades-pólo próximas, neste caso, Florianópolis e Balneário Camboriú. Esse fluxo intenso cria um problema social e

150 O Todos Pela Educação é um movimento financiado exclusivamente pela iniciativa privada que

congrega sociedade civil organizada, educadores e gestores públicos, que tem como objetivo contribuir para que o Brasil garanta a todas as crianças e jovens o direito à Educação Básica de qualidade. O movimento trabalha para que sejam garantidas as condições de acesso, alfabetização e sucesso escolar, além de lutar pela ampliação e boa gestão dos recursos investidos na Educação.

151 Esta meta de 98% de cobertura foi fixada para ser alcançada por todo Brasil até 2022, mas foi usada no

dificulta a capacidade de cobertura do poder público. Os piores percentuais de atendimento estão em Herval d’Oeste, Agronômica, Dionísio Cerqueira e Vitor Meirelles. Já os maiores números absolutos de crianças fora da escola estão em Joinville (4.646), Florianópolis (3.843), Palhoça (2.595) e São José (2.390)152.

No que se refere ao indicador Qualidade da Educação observamos que um dos principais problemas localiza-se na aprendizagem dos alunos, notadamente de 5ª a 8ª série e Ensino Médio e na permanência escolar nos mesmos períodos. O abandono é um fenômeno que aumenta concomitantemente com o avanço das séries, ou seja, nos anos finais do Ensino fundamental e no Ensino Médio, torna-se um problema grave.

Quanto à presença de conselho municipal de educação, verificamos que, embora seja obrigatório por lei, 12 municípios declararam não possuir tal conselho no ano de 2009. Esses municípios eram Antônio Carlos, Arvoredo, Curitibanos, Dona Emma, Entre Rios, Massaranduba, Mondaí, Pinheiro Preto, Treze Tílias, União do Oeste e Urupema.

No Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB), principal instrumento nacional de aferição da qualidade do ensino, mantém-se o mesmo padrão, notas bem mais baixas para os anos finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e Ensino Médio. Enquanto a média estadual do IDEB para os anos iniciais (1ª a 4ª série) estava em 5,0 em 2009, a média para os Anos Finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) estava em 4,3 e para o Ensino Médio, 4,1.

Esses dados podem ser percebidos por duas perspectivas distintas. Se considerarmos que a nota 6,0 no IDEB é a meta do Ministério da Educação para 2022, podemos dizer que a situação catarinense é confortável. Mas, se por outro lado, encararmos que a régua do IDEB vai de zero a dez e não apenas de zero a seis, já que o modelo do IDEB é adaptado do exterior, repararemos que estamos apenas próximos do meio da régua. Com base nesta perspectiva mais exigente, a OCDE, por solicitação do Governo do Estado, produziu um diagnóstico da educação em Santa Catarina. Coincidindo com os dados do IDMS, o principal apontamento da organização foi:

[...] a despeito dessa postura louvável [com a educação], o aumento quantitativo da oferta não foi acompanhado por uma melhoria na qualidade e, isso pode ser verificado pelos resultados obtidos em provas de avaliação nacional e internacional. Portanto, doravante, o objetivo primordial é melhorar o desempenho dos alunos por meio de aprimoramentos realizados em todos os diferentes níveis de ensino [...]. (OCDE, 2010, p.15).

152 Os números entre parênteses se referem ao número de crianças que não frequentavam a escola em

No mesmo relatório, a OCDE (2010) afirma que Santa Catarina tem, historicamente, melhor desempenho na educação do que a maioria dos outros estados brasileiros, mas que os índices brasileiros estão longe de ser ideais. No caso do teste PISA, realizado pela própria OCDE, Santa Catarina foi a primeira colocada entre os estados brasileiros, mas as notas dos alunos brasileiros continuam a situar-se entre os índices mais insatisfatórios das nações participantes. (OCDE, 2010). Ou seja, estamos bem em relação ao conjunto do Brasil e, mal, se levamos em conta o contexto internacional.

A base de comparação tem profunda influência nas análises sobre desenvolvimento. Se tomamos por base os índices brasileiros, temos a falsa impressão de estarmos muito bem. Mas, se decidimos nos comparar a padrões mundiais mais rígidos, mesmo de países vizinhos da América Latina, como Chile e Argentina, percebemos que o caminho da educação pública de qualidade está ainda por ser trilhado.

Adentrando um pouco mais na análise das variáveis relacionadas à qualidade de ensino, chama atenção a média estadual de distorção idade-série, que é de 9,01%. Esse índice equivale a 71.881 alunos cursando séries abaixo daquelas apropriadas para a sua idade153. Esse índice pode representar altas taxas de reprovação, de ingresso tardio, de períodos de abandono da escola ou todos juntos.

O maior núcleo de municípios com taxa de distorção elevada localiza-se no eixo central do estado, incluindo a mesorregião Serrana, a partir de São Joaquim, indo para a direção Oeste até as regiões de Irani e Caçador, o que coincide com as região mais pobre do Estado, conforme examinamos acima. Apenas três municípios encontram-se dentro da média considerada ideal pelo IDMS (que corresponde a uma taxa de distorção igual ou menor que 5%): Meleiro, Cocal do Sul e Matos Costa. Na outra ponta, 95 municípios (32%) têm médias de distorção maior que 10%.

Quanto ao IDEB, embora o enquadramento geral dos municípios catarinenses tenha sido muito bom, destacamos que os parâmetros usados pelo IDMS foram as metas do MEC para o Brasil. Em um comparativo mais ousado, apenas 16 municípios tem notas comparáveis aos países desenvolvidos. Apenas 15 alcançaram nota 6,0 nos anos iniciais do Ensino Fundamental e apenas um (Lacerdópolis) alcançou essa mesma nota nos anos finais. Além disso, 61 municípios tiveram notas abaixo de 4,0 nos anos finais. No entanto, apenas quatro municípios tiveram notas abaixo de 4,0 nos anos iniciais. Desse modo,

153 O sistema brasileiro de educação considera que a idade apropriada para ingresso da criança no Ensino

podemos inferir que as primeiras séries do Ensino Básico estão à frente em termos de qualidade de ensino-aprendizagem em relação às últimas séries.

As taxas de abandono também chamam atenção pela diferença alarmante entre Ensino Fundamental e Médio. Enquanto a média de abandono no Ensino Fundamental (entre 5ª e 8ª série) é apenas 1,5%, o índice para o Ensino Médio se eleva para 7,8%. A taxa de abandono considera o número de alunos matriculados no início do ano letivo que não permaneceram até o fim.

Os principais focos de abandono escolar no Ensino Fundamental estão no Meio Oeste catarinense, incluindo significativa quantidade de municípios da Serra e da Encosta da Serra Geral. Essa linha abrange também vários municípios da região litorânea da Grande Florianópolis, criando uma linha contínua de Paulo Lopes a Camboriú, no Vale do Itajaí. O mapa da evasão no ensino fundamental é muito semelhante ao mapa da distorção idade-série, reforçando a conhecida tese de que a reprovação aumenta o abandono.Se esta tese é verdadeira, chegamos a um dilema: “é mais válido manter os alunos na escola a qualquer custo, deixando de reprovar, ou perseverar na qualidade a qualquer custo aumentando a rigidez na aprovação?”. Este dilema público, cuja solução não é trivial, foi a causa da variável de reprovação escolar ter sido retirada do IDMS.

Já a evasão no Ensino Médio, bem mais preocupante, está espalhada por todo estado, sendo difícil destacar qual região está pior. Porém, todas as regiões possuem municípios com índices baixos. O que se pode perceber mais nitidamente é que as menores taxas de evasão neste período estão no Extremo Oeste, especialmente, em municípios de porte muito pequeno. Esse dado levou-nos a observar uma tendência, expressa em todo estado, de que municípios menores conseguem manter seus alunos na escola, mais do que as grandes cidades. Nos municípios pequenos os números absolutos de evasão eram, em geral, muito pequenos, raramente passando de uma dezena, enquanto nos municípios grandes, tanto os números absolutos quanto os relativos tendiam a ser muito maiores.

A proximidade entre escola, comunidade e poder público, mais facilitada em municípios menores, pode ser a causa desta estatística. A tese da influência deste fator na qualidade da educação é defendida em vários estudos como os de Villas-Boas et al (2000); Villas-Boas (2001); Rossi (2001) e Hora (1994). Tese esta que foi reafirmada pela Secretária Municipal de Educação do município de Garuva (Santa Catarina), cuja rede municipal de ensino recebeu a maior nota do IDEB no estado. A Secretária destaca, em entrevista ao jornal A Notícia, que não há nenhum tipo de “ação mirabolante” no município, o diferencial está na proximidade existente entre poder público, escola e

comunidade, de modo que cada aluno, professor, funcionário e até os pais são conhecidos pelo nome. (RBS, 2011).

A convivência e proximidade tem se mostrado um importante fator para a construção de uma educação qualificada. Mas, essa é uma possibilidade mais remota para as grandes cidades e escolas. Fica, então, o desafio de se desenvolver estratégias para que os espaços de convivência entre escola, comunidade e poder público também possam ser fortalecidos nas cidades de maior porte.

Já quanto ao índice de analfabetismo, que observa o conjunto da população de 15 anos ou mais que não sabe ler nem escrever, mesmo um bilhete simples na sua língua, podemos observar que as piores situações estão na mesorregião Serrana, nos pequenos municípios da Grande Florianópolis (na Encosta da Serra), em pequena parte dos municípios do Planalto Norte próximos a Caçador e em parte considerável das municipalidades que fazem fronteira com o Paraná, no Oeste Catarinense. De novo, a maioria dos municípios com piores índices coincidem com aqueles mais pobres.

As mesorregiões do Vale do Itajaí, Norte e Sul (que também são aquelas que possuem maiores índices econômicos) têm a maior parte dos municípios classificados no índice “Alto”, formando grandes territórios com baixos índices de analfabetismo.

Como podemos perceber no Mapa 15, que traz a classificação dos municípios quanto aos seus níveis de atenção à educação, o panorama geral do estado desenha um quadro animador. Porém, pelas razões que já exploramos, o estado não pode deixar de encarar com seriedade os desafios que ainda acometem a sua população. A qualidade da educação ainda é problema bastante significativo no estado, sobretudo nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, onde são altas as taxas de evasão e de distorção idade-série em grande parte dos municípios. Os piores índices educacionais estão claramente localizados nas regiões mais empobrecidas do estado.