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Com o escopo de viabilizar o melhor resultado possível para os constituintes, o Advogado deve conversar detalhadamente com eles sobre o caso, procurando obter resposta para as seguintes questões, entre outras:

quando e onde ocorreu a separação judicial do casal?

foi feita a averbação da separação junto ao Cartório de Registro Civil? há pendências entre o casal? Quais?

DOCUMENTOS

Os requerentes devem fornecer ao Advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros que o caso em particular estiver a exigir:

certidão de casamento regularmente averbada, ou seja, constando declaração sobre a separação do casal, mormente a data da sentença (caso os requerentes não possuam este documento, será necessário requerer o desarquivamento do processo de separação e requerer a segunda via do mandado de averbação e levá- lo ao cartório onde ocorreu o casamento; somente depois de feito isso, se pode ajuizar a ação de conversão;

documentos pessoais dos requerentes (RG/CPF); comprovante de domicílio das partes;

cópia da sentença que decretou a separação e da petição inicial, no caso de ter sido consensual.

PROVAS

O fundamento do pedido é o transcurso do prazo ânuo, que deve ser provado pela juntada da certidão de casamento regularmente averbada, ou seja, certidão onde conste a declaração do Cartório de Registro Civil sobre a separação do casal.

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VALOR DA CAUSA

Por sua natureza, a ação de conversão da separação em divórcio consensual dificilmente envolverá questões patrimoniais, que serviriam de parâmetro para a fixação do valor da causa. Diante desse fato e ciente da obrigatoriedade de atribuição de um valor à causa (art. 291, CPC), os autores têm autonomia para fixar o valor da causa, segundo critérios subjetivos próprios, desde que o valor imputado seja compatível com as circunstâncias gerais do caso.

DESPESAS

Não constando da petição inicial requerimento de justiça gratuita1 (art. 99, CPC; Lei no

1.060/50), os autores, antes de ajuizar a ação, devem proceder ao recolhimento das custas processuais, que, de regra, envolvem a taxa judiciária e o valor devido pela juntada do mandato judicial. Os valores dessas custas variam de Estado para Estado; o Advogado que tiver dúvida sobre seu montante e forma de recolhimento deve consultar a subseção da OAB em sua comarca.

DICAS

não obstante a Lei do Divórcio, no seu art. 35, parágrafo único, mencione expressamente que os autos da ação de conversão de separação em divórcio devem ser apensados aos autos da ação de separação judicial, quando interposta a ação na mesma comarca, há juízes que entendem que a “distribuição deve ser livre” no caso de o pedido ser conjunto (conversão da separação em divórcio consensual). Assim, a fim de evitar dificuldades e demora desnecessária, o advogado deve estar atento ao entendimento predominante na comarca onde irá distribuir o processo;

não se deve olvidar ademais de que, mesmo sendo consensual o pedido de conversão, continua obrigatória a intimação do representante do Ministério Público para que se manifeste no feito;

havendo organizada Vara da Família no Foro competente, a ela deve ser endereça a petição inicial.

MODELO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca

R. C. de L., brasileiro, separado, assistente de gerência, portador do RG 00.000.000- SSP/SP e do CPF no 000.000.000-00, titular do e-mail rcl@gsa.com.br, residente e

domiciliado na Rua Ipiranga, no 00, Jardim Santista, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP

00000-000, e M. R. V., brasileira, separada, publicitária, portadora do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF no 000.000.000-00, titular do e-mail mrv@gsa.com.br, residente e domiciliada na

Rua João Teixeira, no 00, Chácara Verde, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000,

ambos por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, no 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações

(e-mail: gediel@gsa.com.br), vêm à presença de Vossa Excelência propor ação de conversão

de separação em divórcio consensual, observando-se o procedimento de jurisdição voluntária

previsto nos arts. 731 a 734 do Código de Processo Civil, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõem:

1. Os requerentes encontram-se separados judicialmente há mais de 1 (um) ano, consoante sentença, transitada em julgado, proferida pelo douto Juízo da Terceira Vara Cível do Foro de Mogi das Cruzes-SP, proferida nos autos do processo n. 0000000-00.0000.0.00.000, conforme comprova certidão de casamento acostada. 2. Não há pendências, entre o casal, que possam impedir o pleiteado neste feito. Ante o exposto, considerando que a pretensão dos requerentes encontra supedâneo no art. 1.580 do Código Civil, requerem: a) intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito; b) a conversão da separação judicial em divórcio, emitindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro Civil.

Provarão o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos e oitiva de testemunhas. Dão ao pleito o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de março de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

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Veja-se nota no capítulo “Declaração de Pobreza”.

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Ação de Dano Infecto

CABIMENTO

A ação de dano infecto tem cabimento naquelas situações em que o proprietário ou possuidor de um imóvel esteja sofrendo, ou tenha justo receio de sofrer, dano ou prejuízo pelo uso nocivo (barulho excessivo, desordem, criação de animais, armazenagem de produtos perigosos, tais como explosivos e inflamáveis, exalações fétidas etc.), ou ruína de prédio vizinho. Seu objetivo primordial é cominar pena ao proprietário do prédio vizinho, até que cesse a situação que fundamenta o pedido, ou a prestação de caução pelo dano eminente.

BASE LEGAL

A ação de dano infecto encontra fundamento no direito de vizinhança, que se encontra disciplinado nos arts. 1.277 a 1.313 do Código Civil.

PROCEDIMENTO

Na falta de um procedimento especial, aplica-se à ação de dano infecto o “procedimento comum” (arts. 318 a 512, CPC), que pode ser assim resumido:

petição inicial (arts. 319 e 320, CPC):