• Nenhum resultado encontrado

DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

CAPÍTULO V DOS SERVIÇOS

DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

Artigo 1.º (Princípios gerais)

1. Nas Licenciaturas ministradas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), o regime de avaliação orienta-se pelos seguintes princípios gerais:

a) Recurso a formas diversificadas de avaliação, que tenham não só em conta a natureza e con- teúdo das várias disciplinas leccionadas, mas que contribuam também para reduzir a sua con- tingência e subjectividade, privilegiando a regu- laridade do trabalho desenvolvido pelo aluno (provas escritas presenciais, provas escritas não presenciais e provas orais);

b) Valorização da assiduidade e da participação regular dos alunos nos trabalhos das turmas; c) Obrigação por parte dos docentes de, na primei-

ra aula, prestarem informação aos discentes sobre os elementos de avaliação, a qual deverá ficar registada no Livro de Sumários;

d) Obrigação por parte dos docentes de prestação periódica de informação aos alunos relativa ao seu aproveitamento, eliminando o factor surpre- sa, de modo a conferir ao processo de avaliação um papel pedagógico positivo no desenvolvi- mento e orientação da aprendizagem.

2. A avaliação no Ramo Educacional e nos cursos de espe- cialização, pós-graduação, mestrado e doutoramento da FLUL é regulada pelos seus regimes jurídicos próprios.

Artigo 2.º

(Regime e estatutos de frequência)

1. Ao inscreverem-se numa das licenciaturas da FLUL, os alunos podem optar por um de três estatutos:

a) Aluno Ordinário; b) Aluno Especial; c) Trabalhador Estudante.

2. O Aluno Ordinário está vinculado à frequência de, pelo menos, 2/3 do número total de aulas ministradas em cada disciplina, ao longo do semestre ou do ano lectivo.

3. O Aluno Especial, ao fazer prova do tipo e do grau de deficiência no acto da matrícula, fica abrangido pela legisla- ção em vigor sobre a matéria, nomeadamente a que se refere à utilização dos recursos disponibilizados pelo Serviço de Apoio ao Deficiente, em ordem à consecução, com as necessárias adaptações, dos objectivos constantes nos Arti- gos 4º e 6º do presente Regulamento.

4. As qualidades de aluno especial ou de Trabalhador- Estudante apenas serão reconhecidas àqueles que, preen- chendo os pressupostos legalmente fixados para o efeito, desse facto façam prova e o requeiram no acto de inscrição e, no caso dos Trabalhadores-Estudantes, também na pau- sa intersemestral, salvo se o facto constitutivo do direito for superveniente, caso em que a prova pode ser feita a todo o tempo.

5. A prova da qualidade de aluno especial ou de Trabalha- dor-Estudante deverá ser documental, podendo os Serviços Académicos, sempre que assim o entendam, solicitar aos alunos os meios de prova que se revelem oportunos.

6. A falta a um número de aulas superior àquele que é pre- visto no presente Regulamento deve ser devidamente justi- ficada pelo aluno, devendo a justificação ser entregue nos serviços académicos, num prazo de 5 dias úteis.

7. A ausência não justificada a um número de aulas supe- rior a 1/3 do total poderá ter impacto na avaliação final, mas não constituirá, por si só, razão suficiente para repro- vação.

Artigo 3.º (Transição de ano)

Não transita de ano o aluno que não tenha aprovação em mais de duas disciplinas anuais, ou em mais de uma disci- plina anual e duas semestrais, ou ainda, em mais de quatro disciplinas semestrais.

Artigo 4.º

(Critérios e métodos de avaliação) 1. A avaliação baseia-se nos seguintes elementos:

a) No caso das disciplinas anuais, num número mínimo de três provas de avaliação, escalona- das ao longo do ano lectivo;

b) No caso das disciplinas semestrais, num mínimo de duas provas de avaliação, escalonadas ao longo do semestre.

2. Ao Aluno Ordinário ou Especial que, tendo realizado os elementos mínimos de avaliação especificados nas alíneas a) ou b) do número anterior e que reprove com uma nota mínima final de 8 (oito) valores, será concedida uma segunda oportunidade de avaliação, designada por avalia- ção final alternativa.

3. A avaliação final alternativa consistirá na realização de uma prova única, presencial, escrita e/ou oral, a qual decorrerá entre o dia 1 e o final da terceira semana de Setembro, tendo por base o programa da respectiva disci- plina, devendo os resultados ser afixados até ao último dia útil de Setembro.

4. Caberá às comissões pedagógicas ou às coordenações de curso determinar quais as disciplinas que pela sua natureza eminentemente prática (ex: cartografia, trabalhos de cam- po; desenho arqueológico; seminários etc.) não serão pas- síveis de avaliação final alternativa.

Artigo 5.º

(Avaliação para alunos em regime especial) 1. São considerados alunos em regime especial, nomeada- mente, os seguintes alunos:

a) Parturientes;

b) Indivíduos em prestação de serviço militar obri- gatório;

c) Dirigentes associativos; d) Atletas de alta competição;

e) Indivíduos que exerçam funções efectivas pre- vistas no artigo 73º do Decreto-Lei nº448/79, de 13 de Novembro, ratificado com alterações pela Lei nº 19/80, de 16 de Julho.

2. A avaliação dos alunos em regime especial será realizada de acordo com o estabelecido na legislação aplicável a cada situação específica.

Artigo 6.º

(Elementos de avaliação)

Regulamento Geral de Avaliação da Faculdade de Letras

Despacho de 16 de Janeiro de 2003

em cada uma das áreas científicas leccionadas na FLUL, as provas de avaliação distribuem-se, em geral, por três cate- gorias:

a) provas escritas presenciais; b) provas escritas não presenciais; c) provas orais.

2. As provas escritas presenciais possuem carácter obriga- toriamente individual, devem ter um máximo de quatro horas de duração e devem ser marcadas por forma a evitar, na medida do possível, sobreposições no mesmo dia. 3. As provas escritas não presenciais podem ser realizadas individualmente ou em pequenos grupos, cuja dimensão caberá ao docente determinar, devendo ser acompanhadas pelo docente ao longo do respectivo processo de elabora- ção.

4. Os temas das provas escritas e orais deverão ser previa- mente comunicados pelo docente ao aluno, podendo as provas orais ser complementadas pela entrega de um rela- tório de síntese.

5. O resultado de cada prova deve ser divulgado no prazo máximo de trinta dias após a sua entrega ou realização. 6. O peso relativo de cada prova na classificação final deve- rá ser definido, em cada caso, pelo docente ou pela coorde- nação científico-pedagógica da disciplina.

Artigo 7.º

(Avaliação dos trabalhadores-estudantes) 1. Aos Trabalhadores-Estudantes não é aplicável qualquer regime que faça depender o aproveitamento escolar da frequência de um número mínimo de aulas por disciplina. 2. Ao abrigo do disposto no nº 4 do artigo 8º da Lei 116/97 de 4 de Novembro, os trabalhadores estudantes poderão beneficiar de uma época de exames, entre o dia 1 de Setembro e o final da terceira semana de Setembro, em todos os cursos e em todos os anos lectivos, nas disciplinas em que se encontrem inscritos, e nas quais não obtenham aprovação através dos elementos normais de avaliação realizados ao longo do semestre ou ano lectivo, os quais devem ser efectivamente realizados, nos mesmos moldes definidos para os alunos especiais e ordinários, mas inde- pendentemente da obtenção de uma nota mínima final de 8 (oito) valores.

3. As provas referidas no número anterior terão por base o programa das respectivas disciplinas, devendo os resulta- dos ser afixados até ao último dia útil do mês de Setembro. 4. As regalias previstas no presente regulamento a favor dos trabalhadores-estudantes cessam quando se verifique qualquer das situações previstas no nº2 do artigo 10º da Lei 116/97 de 4 de Novembro.

Artigo 8º (Recursos)

1. É admissível o recurso da classificação obtida em qual- quer prova de avaliação, bem como da nota final, a inter- por, por escrito, para a Comissão Pedagógica do Departa- mento em que a disciplina é leccionada, no prazo de 7 (sete) dias úteis a contar da respectiva data de divulgação ou afixação em pauta.

2. O recurso deverá ser devidamente fundamentado e entregue na Secretaria do Departamento, directamente ou

por via postal registada, devendo a Secretaria notificar de imediato o docente de todo o seu teor.

3. Cabe à Comissão Pedagógica do Departamento decidir liminarmente da admissibilidade do recurso.

4. A deliberação a que se refere o número anterior deve ser comunicada ao recorrente no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados da data de entrada do recurso na Secretaria do Departamento. Na ausência da referida comunicação no prazo de 15 (quinze) dias úteis, o recurso considera-se taci- tamente admitido.

5. A apreciação dos fundamentos do recurso e a deliberação quanto ao seu conteúdo cabem à Comissão Pedagógica do Departamento, ponderada a exposição dos motivos do alu- no e do docente.

6. Existindo no recurso matéria científica para a qual se considere necessária a emissão de um parecer especializa- do, deverá a Comissão Pedagógica requerer a constituição de um júri para esse efeito à tutela científica da disciplina em causa.

7. A decisão final da Comissão Pedagógica não é passível de recurso.

8. Poderá, contudo, haver recurso para o Plenário do Con- selho Pedagógico quando o recorrente alegar violação de uma ou mais normas do presente Regulamento por parte da Comissão Pedagógica que emitiu a decisão final.

9. A decisão final da Comissão Pedagógica deve ser tomada em reunião cuja ordem de trabalhos mencione expressa- mente a deliberação sobre o recurso em apreço e deve ficar devidamente documentada em acta de onde conste, igual- mente, a sua fundamentação.

10. O teor da decisão final deve ser notificado, por escrito, ao recorrente e aos Serviços Académicos, pela Secretaria do Departamento:

a) no prazo de trinta dias úteis a contar da comuni- cação ao recorrente da admissibilidade do recur- so;

b) antes do início das inscrições do ano lectivo seguinte, quando o objecto do recurso for a nota de uma disciplina anual ou de uma disciplina do segundo semestre;

c) até 31 de Outubro, quando o objecto do recurso for a classificação de uma prova de avaliação realizada em Setembro.

Artigo 9.º (Melhoria de nota)

1. O aluno que pretenda melhorar a classificação final de uma disciplina poderá fazê-lo uma única vez ao longo da licenciatura.

2. A repetição de uma disciplina para esse efeito só poderá ser efectuada no ano lectivo imediato e sempre no mesmo Departamento.

3. Para efeitos curriculares, a classificação final da disciplina será a melhor das duas tentativas efectuadas.

4. As melhorias de nota em disciplinas que deixem de exis- tir por motivos de reestruturação, poderão ser realizadas em disciplinas consideradas equivalentes por deliberação das respectivas Comissões Científicas.

Regulamento Geral de Avaliação da Faculdade de Letras

Despacho de 16 de Janeiro de 2003

5. A repetição de uma disciplina para melhoria de nota poderá ser realizada com qualquer docente que, no ano lectivo em causa, assegure a respectiva leccionação. 6. Caso o docente da disciplina em que a melhoria de nota é requerida seja o mesmo, o requerente poderá, mediante acordo expresso do docente, realizar apenas uma prova final, devendo, em qualquer dos casos, reinscrever-se na disciplina em causa.

Artigo 10.º (Disposições finais)

1. O Conselho Pedagógico delega nas Comissões Pedagógi- cas a adaptação destas normas às realidades específicas de cada Departamento.

2. O presente Regulamento entra em vigor na data que vier a ser afixada pelos Presidentes dos Conselhos Científico, Directivo e Pedagógico da FLUL.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2002

O Presidente do Conselho Pedagógico - Prof. Doutor Pedro

José Calafate Villa Simões

Despacho

Os Presidentes dos Conselhos Directivo, Científico e Peda- gógico da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa deliberam que o Regulamento Geral de Avaliação dos Cur- sos de Licenciatura da Faculdade, aprovado em reunião plenária do Conselho Pedagógico de 18 de Dezembro de 2002, entrará em vigor em 1 de Outubro de 2003.

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 16 de Janeiro de 2003.

Normas de Funcionamento do Ramo de Formação Educacional da Faculdade de Letras

Aprovadas pela Sub-Comissão do Conselho Científico para a Formação Inicial e Contínua de Professores, em reunião de 8 de Outubro de 2003

NORMAS DE FUNCIONAMENTO