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REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO AVANÇADA DA FML

CAPÍTULO VI JÚRI E PROVA FINAL

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO AVANÇADA DA FML

Programa de formação avançada da FML Secção I

Definição e Atribuições Gerais Art.º 1.º

(Objectivos)

1. É responsabilidade da Faculdade de Medicina da Univer- sidade de Lisboa no âmbito do disposto na alínea 2 do artigo 3.º do seu Estatuto, organizar, promover e asse- gurar um Programa de Formação Avançada, constituído por actividades de pós-graduação no domínio da Medici- na e Ciências afins, designadamente Biomedicina e Saú- de.

2. O Programa de Formação Avançada inclui duas modali- dades de cursos: cursos conducentes a grau académico (grau de mestre e de doutor) e cursos pós-graduados (de actualização e de especialização profissional) não conducentes a grau académico. Todas as modalidades de formação requerem a licenciatura como condição mínima do acesso.

Art.º 2.º (Organização)

O enquadramento, desenvolvimento e gestão de todas as actividades do Programa de Formação Avançada são da responsabilidade de um Instituto para a Formação Avança- da, que passa a englobar as atribuições conferidas estatuta- riamente ao Gabinete de Mestrados e Doutoramentos, ao Departamento de Educação Médica e ao Gabinete de Apoio à Investigação Científica, cabendo a estas estruturas a ges- tão processual dos respectivos programas.

Art.º 3.º (Orientações gerais)

1. Cabe ao Gabinete de Mestrados e Doutoramentos, em articulação com os serviços académicos da Faculdade, assegurar o acompanhamento administrativo e a gestão processual das actividades de formação pós-graduada conducentes a grau académico.

2. Cabe ao Departamento (Gabinete) de Educação Médica e ao Gabinete de Apoio à Investigação Científica assegu- rarem a gestão processual dos cursos e outras activida- des de formação avançada não conducentes a grau aca- démico que recaiam no seu âmbito.

3. As actividades do Programa de Formação Avançada regem-se por regulamento próprio, sendo a sua realiza- ção dependente de aprovação prévia do Conselho Cien- tífico e ratificação pelo Director.

Secção II

Modalidades de Formação Avançada Conducente a Grau Académico

Art.º 4.º

(Programa de doutoramento)

1. O grau de doutor comprova a realização de um trabalho

científico inovador que contribua para o progresso do conhecimento nos vários domínios da Medicina e Ciên- cias afins.

2. A obtenção do grau de doutor é regulamentada pelo Decreto-Lei nº 216/92, de 13 de Outubro e segue o disposto em Regulamento de Doutoramentos definido pela Universidade de Lisboa, publicado em Diário da República, IIª série, de 19 de Agosto de 1993.

3. O Conselho Científico da FML poderá ainda requerer aos doutorandos, em face do currículo e da área de saber a que se candidatam, a frequência de um programa esco- lar organizado em unidades curriculares, a nível de cur- so de pós-graduação ou curso de especialização, com determinado total de unidades de crédito, a ser organi- zado e realizado pela FML ou por outra instituição idó- nea aprovada pelo Conselho Científico.

4. O programa e tema aprovados para doutoramento são válidos até ao máximo de 4 anos, após o que o processo do candidato é cancelado imediatamente ou sujeito a reapreciação para prorrogação, por um período único de dois anos, mediante proposta fundamentada do orienta- dor, por solicitação do candidato.

5. O relatório escrito elaborado e apresentado pelo orienta- dor do candidato ao Conselho Científico, durante o mês de Setembro de cada ano, fica apenso ao processo indi- vidual no Gabinete de Mestrados e Doutoramentos. 6. É devida uma taxa anual de inscrição no valor de 50

000$, a ser paga pelo candidato durante o mês de Outubro, até à entrega da declaração da aceitação ou de desistência do doutoramento.

Art.º 5.º (Cursos de mestrado)

1. O grau de mestre comprova a aquisição de conhecimen- tos numa área científica específica, preferencialmente a par com o desenvolvimento de capacidades para a práti- ca da investigação, conducentes à realização de um trabalho num tema relacionado com aquela área de conhecimentos.

2. A obtenção do grau de mestre é regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 216/92, de 13 de Junho, e requer o dis- posto no Regulamento Geral dos Cursos de Mestrado da FML.

3. O tema e o programa curricular de cada curso de mes- trado podem ser propostos por professores de uma ou mais unidades da FML, ou por unidades da FML em con- junto com outras Faculdades ou instituições idóneas previstas na legislação,

4. Cada curso ou programa de mestrado é coordenado por um Conselho de Mestrado constituído por, pelo menos, três membros, um dos quais assume a presidência. 5. Cabe ao Conselho Científico aprovar o tema, programa

curricular, o regulamento e a composição do Conselho de Mestrado de cada curso.

Regulamento do Programa de Formação Avançada da Faculdade de Medicina

Programa de Formação Avançada da FML, aprovado em Comissão Coordenadora do Conselho Científico em 6 de Março de 2001. Homologado pelo Director em 15 de Março de 2001 e aprovado pela Comissão Científica do Senado da Universidade de Lisboa em 15 de Junho de 2001

6. A realização de cada curso de mestrado depende ainda da aprovação do estudo económico em Conselho Admi- nistrativo, a homologar pelo Director.

7. Pela frequência dos cursos ou programa de mestrado são devidas propinas anuais, taxa de matrícula e de inscrição, previstas em regulamento próprio de cada curso.

Secção III

Modalidades de Formação Avançada Não Conducente a Grau Académico

Art.º 6.º

(Cursos pós-graduados de actualização e cursos de especialização profissional)

1. Os cursos pós-graduados de actualização e os cursos de especialização profissional visam especificamente a renovação e o aprofundamento de conhecimentos, em particular pela articulação com determinados temas de actividade profissional qualificada, em articulação prefe- rencial com Hospitais Associados e Centros de Saúde com os quais a Faculdade tenha protocolos de colabora- ção.

2. O tema, o programa e o estudo de cada curso são pro- postos ao Departamento de Educação Médica por docen- tes da Faculdade interessados na sua realização, deven- do aquele Departamento emitir parecer prévio sobre o interesse e viabilidade estrutural e económica do projec- to aprovado.

3. Cabe ao Departamento de Educação Médica apresentar ao Conselho Científico a proposta de cada curso pré- aprovado, acompanhado de parecer fundamentado. 4. Os cursos de actualização e os cursos de especialização

profissional têm duração variável e são organizados com base em unidades de crédito, estabelecidas de acordo com a legislação em vigor e com o regulamento pré- definido pelo Departamento de Educação Médica. 5. Os cursos de actualização e os cursos de especialização

profissional podem exigir frequência presencial, decorre- rem como formação à distância, ou serem do tipo misto (presencial e à distância).

6. Cada curso pós-graduado confere o direito a um diplo- ma de estudos no domínio restrito pré-estabelecido. 7. Por cada curso pós-graduado são devidas taxas de ins-

crição e propinas, aprovadas pelo Departamento de Educação Médica.

Art.º 7.º

(Cursos de investigação avançada)

1. Os cursos de investigação avançada têm por objectivo principal aprofundar o conhecimento específico e o desenvolvimento de aptidões e capacidades práticas aplicadas à investigação científica.

2. O tema e o programa de cada curso podem ser organi- zados pelo Gabinete de Apoio à Investigação Científica,

por iniciativa própria ou por proposta de docentes ou unidades da FML.

3. Cabe ao Gabinete de Apoio à Investigação Científica apresentar ao Conselho Científico a proposta de cada curso pré-aprovado, acompanhado de parecer funda- mentado donde conste o interesse e a viabilidade estru- tural e económica do projecto.

4. Os cursos avançados têm duração variável, exigem fre- quência presencial e são organizados com base em uni- dades de crédito, de acordo com a legislação em vigor e com regulamento próprio do Gabinete de Apoio à Inves- tigação Científica.

5. Poderão ser devidas propinas e taxas de inscrição a pre- ver em regulamento próprio de cada curso.

6. Cada curso avançado confere o direito a um diploma de estudo no domínio científico em causa.

(Aprovado em Comissão Coordenadora do Conselho Cientí- fico em 6 de Março de 2001. Homologado pelo Director em 15 de Março de 2001, e aprovado pela Comissão Científica do Senado da Universidade de Lisboa em 25 de Junho de 2001)

Regulamento do Programa de Formação Avançada da Faculdade de Medicina

Programa de Formação de Formadores Aprovado em Comissão Coordenadora do Conselho Cientifico em 6 de Março de 2001 e homologado pelo Director em 25 de Março de 2001

Programa de Formação de Formadores

1. É responsabilidade da Faculdade promover a formação de um tipo de médico adequado às necessidades do momento, consciente dos princípios e valores da profis- são, conhecedor dos fenómenos biológicos aplicados à medicina, com capacidade e hábitos de pensamento crítico e de aprendizagem independente dos novos conhecimentos.

2. A qualidade da formação médica é assegurada por estruturas, pessoal, meios e programas educacionais adaptados ao conhecimento e ao progresso científico, tecnológico e clínico da medicina.

3. A formação intelectual do futuro médico requer forma- dores com qualidades humanas, científicas, técnicas, padrões de profissionalismo que os constituam modelos de formação, detentores de capacidades pedagógicas e com interesse e empenhamento nas actividades de investigação qualificada.

4. Os formadores responsáveis pela educação dos futuros médicos são, quase exclusivamente, contratados para o desempenho de funções docentes. Implicitamente, cabe aos docentes universitários, em particular os de carrei- ra, desempenhar as funções docentes a par com activi- dades de investigação científica. Porém, para efeitos de progressão académica, verifica-se o absurdo da valori- zação curricular ser baseada, por hábitos institucionali- zados (embora incorrectos) quase só na produção cien- tífica do candidato. Esta prática conduz à menorização das funções docentes em contraste com um grande empenhamento na realização de actividades de investi- gação, por interesse de grupo ou individual.

5. Por via daquela preferência, que vai ao encontro dos critérios preferenciais para promoção e reconhecimento académico, sobrevém o risco de erosão nas actividades formativas, que são a responsabilidade fundamental de uma instituição profissionalizante, como é a FML. 6. Para que a formação de futuros médicos seja equilibra-

da, o ensino não pode ser subordinado à investigação nem vice-versa. Ambas as componentes, por contribuí- rem directa ou indirectamente para a formação pré- graduada, devem ser valorizadas por igual, quer como actividades por si produtivas, quer como critérios de progressão académica.

7. Adicionalmente, e por razões elementares de coerência, devem todos os docentes recém-admitidos frequentar actividades de formação pedagógica básica e, os que o desejarem, poderão ter acesso a níveis superiores dessa formação.

8. O nível de formação pedagógica adquirida pelos docen- tes deve constituir um critério relevante de progressão académica, com equivalência aos méritos da investiga- ção científica realizada. Nessa política interna, a fre- quência da actividade de formação pedagógica elemen- tar (não conducente a grau académico) não acarretará encargos financeiros para o docente. Por outro lado, a frequência de actividades de formação conducente a grau académico (como o Mestrado em Educação Médica) será suportada em 50% pela FML e o restante pelo can- didato.

(Aprovado em Comissão Coordenadora do Conselho Cientí- fico em 6 de Março de 2001 e homologado pelo Director em 25 de Março de 2001)