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Debate Crítico 4: “¿La intuición tendría un papel en la toma de decisiones, una vez

6 RESULTADOS

6.1 MICROANÁLISE CASO LIZETH

6.1.1 Critérios de avaliação da argumentação incorporados pelos alunos durante a

6.1.1.2 Debates entre participantes da DEI

6.1.1.2.3 Debate Crítico 4: “¿La intuición tendría un papel en la toma de decisiones, una vez

Este foi o último ciclo de debate da disciplina e aconteceu depois de uma greve que aconteceu na Universidade e cuja duração foi, aproximadamente, três semanas. Por esta razão, foi necessário realizar ajustes no planejamento da disciplina, incluindo uma oficina para lembrar aspectos do modelo de debate, especificamente, sobre os critérios de avaliação da qualidade dos argumentos. Esta atividade foi realizada com o intuito de verificar o conhecimento dos estudantes e esclarecer dúvidas que eles pudessem ter. Os conteúdos mobilizados na controvérsia deste debate foram, modelos normativos vs. descritivos da tomada de decisão, racionalidade vs. emoção -intuição.

Assim sendo, o quarto debate crítico teve uma duração de 60 minutos. Antes de iniciá-lo, foi necessário que as equipes se reunissem para finalizar a fase de preparo (a aula toda teve uma duração de três horas). Para o caso deste debate, Lizeth fez parte da equipe avaliativa, pela segunda vez. Para avaliar, a equipe se organizou de forma que uns dos integrantes avaliassem a equipe proponente e os outros, como é o caso de Lizeth, avaliassem à equipe oponente. Além disso, a equipe avaliativa/investigativa construiu uma ficha formada de quatro critérios e uma escala de 0 a 100 como guia da avaliação.

Os critérios estabelecidos pela equipe avaliativa/investigativa foram os critérios ARS introduzidos na disciplina, e, adicionalmente, eles incorporaram o critério de pertinência, definido como “...hace referencia al momento de dar un argumento, si este en realidad es

adecuado o conveniente...”. O trecho que se apresenta a seguir corresponde à transcrição da

Na avaliação realizada por Lizeth do debate crítico quatro, se encontram nas fases de debate limitado, debate aberto, perguntas, e na fase de conclusão, há presença de 13 movimentos avaliativos. Movimentos que foram identificados tendo como referência os critérios propostos pela equipe avaliativa. Na fase de encerramento do debate, Lizeth não registra texto, portanto, não se pôde concluir o que avaliou.

O critério de Suficiência é utilizado por Lizeth no sentido da quantidade de justificativas usadas para dar suporte ao ponto de vista, compreensão que pode ser inferida a partir do uso dado ao quantificador, “varias”, (L1 e L12) e à expressão “...sin más justificaciones...” (L8). Lizeth na L2 avaliou de forma positiva as referências empregadas pelos argumentadores, considerando que foram fiéis e de boa qualidade. Dita compreensão, pode-se inferir o porquê de Lizeth outorgar uma pontuação de 90 pontos de 100 possíveis. Também, nota-se que considera de boa qualidade ou aceitável o fato de empregar referências adicionais às ofertadas pela professora na DEI (L2-L3).

Para o caso das fases de debate aberto e perguntas, reitera o uso do critério quantidade de justificativas, quando em L8 afirma “...se quedaron sin más justificaciones...”, e em L9 e L13, refere-se a “...más puntos de vista que referências...”. O marcador discursivo “más”, é a pista discursiva que permite inferir que a avaliação recae sobre “quantidade”.

O critério de Relevância no debate limitado parece ser tomado no sentido de Govier (2014), já que expressa que a equipe evidenciou relação entre as justificativas e o ponto de vista defendido (“tanto a racionalidade como a intuição tem cabida no processo de tomada de

não foi claro. Para o caso do debate aberto, Lizeth parece usar o critério de “quantidade de justificativas” (L9-L10), assinalando que “...faltó puntos de vista por parte del expositor...”. Este ponto de vista é tomado como justificativa, uma vez que o discurso está se referindo às razões dadas pela equipe para suportar o ponto de vista defendido no debate. Em L14 não avalia a relevância no sentido de Govier, mas avalia os argumentos em função da quantidade de justificativas. Nota-se isso, quando Lizeth afirma “...faltaron referências para relacionar con el punto de vista...”, se referindo às justificativas.

O critério de Pertinência foi definido pela equipe avaliativa como o momento adequado ou conveniente para dar ou introduzir um argumento. Embora Lizeth empregue este critério no sentido pragmático de coesão, como pode-se observar em L10 e L15 quando utiliza a expressão “...se perdio el hilo conductor...”. Além disso, em L5 Lizeth afirma que a equipe teve pertinência no momento de argumentar, e a avalia com uma pontuação ótima, mas não é possível definir com precisão se também usa a coesão no mesmo sentido das outras fases do debate.

Além dos critérios estabelecidos na fase de debate aberto, Lizeth utiliza o critério pragmático de uso do tempo (L11), o qual não foi combinado previamente com a equipe avaliativa. Nesta oportunidade, Lizeth avalia como positivo a utilização do tempo de forma exata, dedução que se faz a partir das avaliações deste critério realizadas anteriormente por Lizeth (ver análises debate crítico dois e três).

Enquanto a conclusão da avaliação de Lizeth, pode-se dizer que não realiza uma síntese a partir dos critérios utilizados nas fases anteriores do debate, pelo contrário, introduz novos critérios para avaliar. Em L17 quando usa a expressão “...No se presenta una postura radical,

pero se mantiene en su postura...” parece está avaliando que a equipe oponente integrou

elementos da perspectiva contrária ao ponto de vista inicial. Isso evidencia o uso do critério de flexibilidade do ponto de vista, que dá conta do movimento reflexivo realizado pelos argumentadores e que foi identificado por Lizeth, embora, não seja claro se é de maior ou menor qualidade, já que a pontuação dada à conclusão é de 50 de 100 pontos possíveis. Também, é importante destacar que este intento de Lizeth pode-se compreender a partir das características do contexto de produção no qual há uma ênfase na revisão e na reflexão crítica sobre as diferentes perspectivas ou pontos de vista mobilizados nos debates.

Para finalizar, em L17 Lizeth afirma “...Fueron conclusiones dadas por puntos de

vista…”. Implícitamente, pode-se inferir que se está avaliando a presença do ponto de vista e a

ausência de justificativas (estrutura do argumento), aspecto que obtém uma pontuação de 50 e que indica uma qualidade não sobressaliente dos argumentos.