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Declaração do fabricante de revendedor autorizado impossibilidade

No documento Lei nº 8.666 segundo o TCU (páginas 127-130)

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

PROCURADORIA FEDERAL – ANTAQ

Agência Nacional de Transportes Aquaviários

Setor de Edifícios Públicos Norte – SEPN – Quadra 514, Conjunto E – Edifício ANTAQ – Asa Norte Brasília-DF

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- Assunto: LICITAÇÕES. DOU de 12.02.2010, S. 1, p. 238. Ementa: determinação à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para que se abstenha de incluir exigências, em atos convocatórios, para que as empresas licitantes apresentem declaração, emitida pelo fabricante do bem ou do serviço licitado, constando que o fornecedor (licitante) é revenda autorizada a fornecer tal objeto, uma vez que esse procedimento viola a Constituição Federal, art. 37, XXI, e o art. 3º, § 1º, inc. I, da Lei nº 8.666/1993 (item 1.5, TC-029.484/2009-4, Acórdão nº 532/2010-1ª Câmara).

[ACÓRDÃO]

1.5. Determinar à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que, caso entenda necessário promover nova licitação para contratação dos serviços objeto do Pregão nº 039/2008, abstenha-se de exigir, no ato convocatório, que as empresas licitantes e/ou contratadas apresentem declaração, emitida pelo fabricante do bem, de que estão autorizadas a comercializar, instalar e dar suporte aos referidos equipamentos uma vez que essa exigência restringe o caráter competitivo do certame e contraria os arts. 3º, § 1º, inciso I, e 30 da Lei nº 8.666/1993;

AC-4136-41/08-1 Sessão: 12/11/08 Grupo: Classe: Relator: Ministro Marcos Vinicios Vilaça - FISCALIZAÇÃO - REPRESENTAÇÃO

- Assunto: INFORMÁTICA. DOU de 07.05.2010, S. 1, p. 107. Ementa: determinação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para que, em licitações para aquisição de bens da área de informática, abstenha-se de incluir exigência de que a licitante seja credenciada, autorizada, eleita, designada, ou outro instituto similar, pelo fabricante para fornecer, instalar, dar suporte e configurar os equipamentos que constituam o objeto da licitação, tendo em vista tratar-se de condição que, via de regra, restringe indevida e desnecessariamente o caráter competitivo do certame, contrariando os arts. 3º, § 1º, inc. I, e 30 da Lei nº 8.666/1993, salvo em casos que a exigência seja essencial e justificada (item 9.2.2, TC-029.515/2009-2, Acórdão nº 889/2010-Plenário).

Carta de solidariedade do fabricante - impossibilidade

- Assunto: LICITAÇÕES. DOU de 09.07.2010, S. 1, p. 78. Ementa: determinação ao SEBRAE Nacional para que se abstenha de prever, em licitação, a exigência de declaração emitida por fabricante consignando que tem condições de fornecer o produto e conceder garantia mínima, tendo em vista configurar-se "carta de solidariedade" e contrariar a jurisprudência do TCU (item 1.5, TC-009.787/2010- 0, Acórdão nº 1.500/2010-Plenário).

Declaração do fabricante do bem assegurando a prestação de assistência técnica

- Assuntos: INFORMÁTICA e PREGÃO ELETRÔNICO. DOU de 10.05.2011, S. 1, p. 169. Ementa: determinação ao Comando da 9ª Região Militar do Oeste no Estado de MS para que se abstenha de incluir, nos instrumentos convocatórios concernentes à área de informática, exigências que não são tecnicamente indispensáveis à execução do objeto e que podem implicar em restrição à competitividade do certame, tais como: a) exigência no sentido de que as licitantes apresentem declaração emitida pelo fabricante do bem ou serviço licitado, assegurando a prestação de assistência técnica e a certificação de instrutores de treinamentos; b) exigência de que toda a solução ofertada

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pelo revendedor seja de fabricação própria, desacompanhada das devidas justificativas técnicas, bem como a não aceitação de regime OEM (Original Equipment Manufacturer) ou customização na aquisição de equipamentos e seus softwares básicos (itens 1.5.1.1 e 1.5.1.2, TC-031.689/2010-8, Acórdão nº 2.727/2011-2ª Câmara).

credenciamento das licitantes pelo fabricante

- Assunto: LICITAÇÕES. DOU de 09.11.2010, S. 1, p. 68. Ementa: alerta ao TRT/SP quanto ao fato de que o credenciamento das licitantes pelo fabricante ou o certificado de parcerias como condição para habilitação das licitantes, o implica restrição indevida à competitividade do certame, decorrente do descumprimento do art. 3º, § 1º, inc. I, art. 6º, inc. IX, alíneas “c” e “d” e art. 44, § 1º, da Lei nº 8.666/1993; do art. 3º, inc. II, da Lei nº 10.520/2002 e do Acórdão nº 1.281/2009-P, item 9.3, e do princípio da isonomia a ser observado entre os interessados, de que trata a Constituição Federal, arts. 5º, “caput”, 37, inciso XXI e Lei nº 8.666/1993, art. 3º, “caput” (item 9.3.2, TC- 013.671/2010-3, Acórdão nº 2.938/2010- Plenário).

- Assunto: PRODUTO DE INFORMÁTICA. DOU de 19.04.2011, S. 1, p. 122. Ementa: determinação à INFRAERO para que, em licitações para aquisição de bens de informática, abstenha-se de incluir exigência de que a licitante seja credenciada, autorizada, eleita, designada, ou outro instituto similar, pela fabricante para fornecer, instalar, dar suporte e configurar os equipamentos que constituam o objeto da licitação, tendo em vista tratar-se de condição que, via de regra, restringe indevida e desnecessariamente o caráter competitivo do certame, contrariando os arts. 3º, § 1º, inc. I, e 30 Lei nº 8.666/1993, salvo em casos que a exigência seja essencial e justificada (item 1.5, TC-032.668/2010-4, Acórdão nº 2.157/2011-1ª Câmara).

INFO 24/TCU – no mesmo sentido

Exigências de habilitação indevidas: 1 - Apresentação de carta de solidariedade do fabricante do equipamento

Denúncia oferecida ao TCU apontou possíveis irregularidades na Concorrência n.º 5/2007, realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Mato Grosso (Senar/MT), destinada à contratação de empresa especializada em tecnologia de segurança eletrônica para fornecimento, instalação e ativação de um sistema integrado de vigilância nas dependências do edifício-sede daquele serviço social autônomo. No que concerne à exigência da denominada carta de solidariedade, por meio da qual o fabricante “se responsabiliza solidariamente pela adequada execução do objeto”, a unidade técnica destacou que o Tribunal, em outras ocasiões, manifestou-se no sentido de que não é lícita, em processo de licitação, a exigência do referido documento, por restringir o caráter competitivo do certame. Ressaltou, ainda, que “no edital da Concorrência nº 5/2007, foi exigida a apresentação da carta de solidariedade que, pelas características técnicas solicitadas dos equipamentos, era fornecida (pelo fabricante) somente para seu revendedor local em caráter exclusivo, impedindo qualquer outra empresa estabelecida neste estado de

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fornecer o mesmo equipamento, por não poder ter acesso a esse documento. Portanto, no caso concreto, fica claro que a única empresa apta a obter a referida carta do fabricante era a própria [...] vencedora, já que ela é fornecedora exclusiva da indústria.”. Além de concordar com a unidade técnica, o relator considerou improcedente a alegação dos responsáveis de que tal exigência configuraria maneira de impedir a contratação de bens não garantidos pelo fabricante, porquanto o Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seus arts. 12 e 18, estabelece claramente que os fornecedores dos produtos, aqui incluídos tanto o fabricante quanto o comerciante, são responsáveis solidários pelos defeitos e vícios dos produtos e serviços adquiridos pelos consumidores. Ao final, o relator propôs e o Plenário decidiu alertar o Senar/MT para que, nas próximas licitações, “abstenha-se de exigir, para fins de habilitação nas licitações realizadas, documentos não previstos no Capítulo V do seu Regulamento de Licitações e Contratos, como a carta/declaração de solidariedade”. Precedentes citados: Acórdão n.º 1.373/2004-2ª Câmara; Acórdãos n.os 3.018/2009, 1.281/2009,

2.056/2008, 1.729/2008, 423/2007 e 539/2007, todos do Plenário. Acórdão n.º 1622/2010-Plenário, TC-016.958/2007-8, rel. Min-Subst. André Luís de Carvalho, 07.07.2010.

Exigência desarrazoada. Admitir software similar

- Assunto: LICITAÇÕES. DOU de 06.04.2011, S. 1, p. 160. Ementa: determinação à FUFMS para que, nos certames licitatórios que envolvam a contratação de serviços executados de forma continuada, em que seja necessário que a licitante vencedora forneça software de gestão de atendimento aos usuários do serviço, abstenha-se de exigir que o software ofertado seja desenvolvido pela própria licitante, admitindo que esta possa adquiri-lo de outras empresas, e que tal software possua a certificação MPS.BR ou outras similares, posto configurar exigências desarrazoadas e sem amparo legal (item 1.6.2, TC-028.449/2010-0, Acórdão nº 1.799/2011-2ª Câmara).

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