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Capítulo 3. As táticas das correntes trotskistas no Brasil

2. Programa revolucionário e tática política

2.3 Democracia Socialista

A corrente Democracia Socialista descende da tradição trotskista. Mas, como vimos abandona sua tradição histórica e rompe com o marxismo, pregando um socialismo de tipo pequeno-burguês influenciado pelo cristianismo. Por isso, dissemos que qualquer comparação entre as correntes anteriores e a Democracia Socialista torna-se difícil e problemática. Não têm a mesma perspectiva histórica e isso reflete-se no significado dos conceitos usados – por sua vez herdados da tradição marxista e trotskista – que confundem e podem parecer iguais para o leitor menos prudente.

A mudança da perspectiva histórica almejada pela corrente significa uma mutação que afeta o todo da teoria que a norteia. Quando os militantes da Democracia Socialista defendem uma nova organização social baseada no “socialismo”, devemos ter em mente que não se trata do mesmo socialismo que as correntes marxistas se referem; não implica, por exemplo, a questão da

propriedade coletiva dos meios de produção, nem muito menos, na tradição leninista, a destruição do Estado burguês. Quando seus dirigentes utilizam os conceitos de “direita” e “esquerda” não o fazem com o mesmo sentido que têm na tradição marxista, pois abandonaram a perspectiva classista. A transferência da referência “classe operária” para “classe excluída” é fundamental nessa mudança: a desigualdade social não vem mais da exploração do homem pelo homem, possibilitada pela existência da apropriação privada dos meios materiais de subsistência e de reprodução material da sociedade; ela surge a partir do mau uso e da concentração desses meios em uma pequena camada social privilegiada, localizada entre os incluídos.

É nesse contexto que as propostas da corrente, em ambos os processos eleitorais, estão marcadamente influenciadas por essa nova concepção teórica. É a partir daí que ela coloca suas proposições de cunho programático para as candidaturas do partido. Há, também, uma tênue diferenciação entre a composição programática do ano de 2002 em relação ao ano de 1998.

Na campanha eleitoral de 1998 a corrente defendeu um programa reformista, na linha petista, caracterizado por seus dirigentes de “democrático popular”. Deveria ser, sob essa perspectiva, um “programa de denúncia do modelo vigente e a ele antagônico. Uma disputa política que reacendesse a perspectiva das grandes maiorias chegarem ao governo para começar a mudar o país”.139 Sendo assim, propuseram uma “atualização do programa”, em referência ao programa eleitoral do ano de 1989. Suas propostas, então, iam no seguinte

sentido: defesa da soberania nacional, defesa de uma “democratização da propriedade e da renda” e proposição de uma participação popular direta nas decisões governamentais.

Em relação à soberania nacional, defendiam a revisão da abertura comercial calcada, principalmente, na restrição ao movimento de capitais. O governo deveria acabar com a dependência de investimentos externos e criar condições internas de investimento. Dever-se-ia, enfim, buscar outra forma de organização mundial, constituída a partir dos interesses dos povos e não dos interesses dos “mercados”.140

O caráter reformista do programa está colocado na proposta defendida pela corrente de “democratização da propriedade e da renda”. Passam a defender uma política de desconcentração da propriedade e da renda e a aceitar a idéia de que é possível uma economia com “pleno emprego”. Como podemos ver, a questão da socialização das forças produtivas, que implica no fim da propriedade privada de produção, fica de lado:

“Frente à riqueza de poucos, à grande propriedade, devemos opor a reforma agrária e um conjunto de reformas (tributária, educacional, redução da jornada de trabalho e a democratização da vida econômica) que visem atacar a riqueza e a propriedade oligárquicas e constituir uma economia nacional com pleno emprego e distribuição de renda e propriedade”.141

A corrente defende, ainda em 1998, um modelo de gestão governamental baseado na participação direta da população nas decisões públicas, na linha do

139 Joaquim Soriano, “Encontro extraordinário do PT”. Em Tempo, n. 299, de fevereiro de 1998. 140 Cf. Carlos H. Árabe, “Atualizar nosso programa”. Em Tempo, n. 299, de fevereiro de 1998.

que mais adiante ficou conhecido como “democracia participativa”. Segundo seus dirigentes, seria uma “radicalização da democracia”. Assim, propõem a “desprivatização do Estado” e sua “submissão ao controle popular”.142

Na campanha eleitoral de 2002, a corrente fez mudanças pontuais em seu discurso. Se, em 1998, a questão da democratização da propriedade e da renda aparecia em destaque nas propostas da corrente, em 2002 não se falará nesse assunto, prevalecendo a opção por lutar por uma democracia participativa e pela soberania nacional.

A corrente passa a defender as resoluções do XII Encontro Nacional do PT – realizado em dezembro de 2001, em Recife –, principalmente o documento “Concepção e diretrizes do programa de governo do PT para o Brasil”, “centrado na construção de uma alternativa efetiva ao neoliberalismo, no terreno da disputa eleitoral”.143 Segundo a corrente, as “Diretrizes” sustentariam o caráter

democrático e popular do programa de governo e afirmariam a necessidade de ruptura com o modelo neoliberal. Em uma nota da Coordenação Nacional da corrente, publicada no jornal Em Tempo, seria reproduzido parte de um item do texto:

“[...] Esta mudança do quadro mundial [refere-se ao surgimento de revoltas populares em diversos países e às crescentes instabilidades da economia mundial] permite combinar a defesa da soberania com a luta por uma ordem internacional radicalmente distinta da que está sendo

141 Ibidem.

142 Nessa linha, vale ressaltar que dentre suas propostas está “recolocar em discussão a

conveniência de estatizar o sistema financeiro”. Cf. ibidem.

143 Cf. Coordenação Nacional da DS, “O PT e as eleições de 2002”. Jornal Em Tempo, n. 324, de

construída. À mundialização do capital e dos mercados devemos opor a solidariedade e o internacionalismo dos povos. É neste contexto que a defesa do socialismo democrático começa a tornar-se mais favorável, assim como cresce a perspectiva de apoio a um programa de esquerda em escala internacional (“Diretrizes”, item 54)”.144

Para seus dirigentes, a luta pela soberania nacional iria no sentido de não assinar o acordo de negociação da Área de Livre Comércio das Américas e de propor um projeto de desenvolvimento que rompesse com a dependência econômica, como o “enfrentamento” da submissão ao Fundo Monetário Internacional, a regulação do sistema financeiro, entre outras medidas. Tal qual em 1998, a defesa da soberania nacional somar-se-ia à busca pela autonomia da ação governamental face aos “mercados”. Propunham, então, “o aprofundamento da correlação de forças pela mobilização social e política, instituindo mecanismos de democracia participativa e instrumentos públicos de controle do movimento do capital, enfrentando a situação de tutela em que hoje se encontra o Estado brasileiro”.145

Como podemos ver, em ambas as conjunturas eleitorais, a Democracia Socialista manteve implícita as táticas da “estratégia de pinça”. A proposta era avançar na institucionalidade e incentivar os movimentos sociais. Não tinha, porém, mais aquele sentido original marxista-leninista, propondo agora a articulação dos movimentos sociais com um duplo sentido: pressionar a institucionalidade e dar apoio às políticas do governo democrático-popular. Abandonava-se o objetivo de desestruturar o núcleo do poder burguês,

representado pelo Estado. Nesse contexto, a constituição da democracia participativa surge como uma forma de dar apoio às políticas institucionais do partido.

A política de alianças proposta pela corrente também sofrerá alterações com a mudança téorico-programática. Quando seus militantes propõem uma aliança coerente, não mais se referem à concepção clássica trotskista de que a aliança política deveria ser buscada entre o campo proletário, da cidade e do campo, excluída a participação de qualquer setor burguês, seja da pequena ou da grande burguesia. A mudança da perspectiva socialista permite a adoção de uma nova política de alianças, com a incorporação de setores da pequena burguesia como PDT e PSB.146

Porém, ao longo das duas campanhas eleitorais a corrente criticou a posição majoritária do PT de buscar uma política de alianças excessivamente ampla. O PT estaria concentrando-se cada vez mais em objetivos eleitorais e, ao fazê-lo, esqueceria a sua concepção originária de mudança da sociedade,147

145 Coordenação Nacional da DS, “Lula presidente: um novo período político no Brasil”. Jornal Em

Tempo, n. 326, de dezembro de 2002.

146 Por exemplo, em 1998 seria dito:

“Temos elementos suficientes para a elaboração de um projeto democrático-popular. Não devemos esquecer um só instante que a luta e a firme defesa dos movimentos sociais nos colocará ao lado da grande maioria da população brasileira. Para isso, temos de manter a nossa coesão programática, a ética interna e a identidade ideológica. Junto com o PDT, o PSB, o PCdoB, o PCB, o PSTU, os verdes e outras forças de esquerda poderemos entrar no novo milênio com um novo governo e um projeto político que sinalize para toda a América Latina que a mudança é possível e desejável”. Raul Pont, “As premissas da vitória”. Jornal Em Tempo, n. 300, de março e abril de 1998.

147 O dirigente José Corrêa Leite escreveria:

“O complexo processo de construção de hegemonia da esquerda na sociedade e na arena política é, na prática, reduzido à exposição na mídia e ao fator ‘alianças’. Não há um diagnóstico das relações de forças e capacidade de iniciativa política entre as classes, cálculos e objetivos para todos os cenários ou medidas para promover deslocamentos da adesão política (e não apenas eleitoral) de amplas massas – em síntese, desaparece a estratégia global de transformação da sociedade em função dos interesses sociais que um partido representa[...]”. Em “A campanha Lula no momento decisivo”, Em Tempo, n. 301, de julho de 1998.

assim como também desrespeitaria a democracia interna do partido.148 Deveria haver, então, uma correlação entre política de alianças e o programa. É nesse contexto que a corrente procura questionar a aliança do PT com o Partido Liberal, em 2002, e defender novamente as resoluções do XII Encontro Nacional do PT:

“Um partido socialista deve buscar alianças sociais e políticas, e inclusive alianças eleitorais, sempre com referência em acordos programáticos. [...] Alianças eleitorais de ocasião com partidos de centro, centro-direita ou de direita não só não garantem essa coerência nem favorecem nossa capacidade de mobilização e democratização, como na prática as inviabiliza.

[...]

O texto resoluções do XII Encontro, embora registre a aprovação do esforço da ampliação das alianças em relação ao centro, manteve o critério de tomar o programa como base, e não mencionou em nenhum momento a possibilidade de inclusão de setores de direita, como o PL”.149

Tal qual a corrente O Trabalho, a Democracia Socialista também visualiza o PT como o partido dos trabalhadores. Procura alcançar uma hegemonia em seu interior para ditar a política do partido. Nas eleições diretas do partido, ocorridas a 16 de setembro de 2001, a corrente logrou 14,8% dos votos para a composição proporcional da Direção Nacional e teve Raul Pont como o segundo candidato

148 Ao longo do ano de 1998 a corrente criticou a posição da Executiva Nacional de impor as

alianças eleitorais feitas no plano nacional, com o PDT e o PSB, às deliberações das Executivas Estaduais. As principais divergências ocorreram nos Estados do Rio de Janeiro e de Pernambuco, que resistiam às alianças e propunham candidaturas próprias e tiveram de acatar às alianças em torno das candidaturas de Antony Garotinho (PDT) e de Miguel Arraes (PSB), respectivamente.

149 “O PT e as eleições de 2002”, op. cit. Raul Pont iria nesta mesma direção e deixaria clara essa

posição:

“A viabilidade de um governo de transição capaz de levar a cabo as profundas transformações que o país exige reside numa coesão interna e em [ter] capacidade de interlocução com os movimentos sociais que não fique subordinada a alianças que paralisem ou impeçam o governo de levar adiante seu projeto.

Daí a importância estratégica de uma política de alianças que solidifique o bloco democrático-popular e socialista sob uma hegemonia do PT com capacidade de atração e aglutinação de amplos setores da pequena produção, do pequeno comércio e serviços para os quais temos propostas. Nosso programa alternativo contempla estes setores e pode colocá-los em oposição nas entidades de representação empresarial, controladas pelos monopólios e oligopólios”. Em “A estrela necessária: a disputa de rumos do PT”, A Estrela Necessária, op. cit. , pp.134-135.

mais votado para a presidência do partido, com 17,2% dos votos, perdendo apenas para José Dirceu (55,6%).

Durante o ano eleitoral de 2002, a Democracia Socialista também esperava, caso houvesse uma provável vitória de Lula, um momento de definição da futura administração petista entre o campo democrático-popular e a democracia participativa de um lado, e o “estabelecimento de compromissos com os adversários (partidos tradicionais, de direita) e o governo ao modo tradicional”, de outro.150

Conclusão: Heranças e fronteiras do trotskismo brasileiro

As correntes e os partidos de origem operária e socialista do século XXI apresentam uma forte influência da tradição teórica e política oriunda do início do século XX, como é o caso das correntes trotskistas brasileiras. Sabemos que a história coloca problemas novos e suscita novas respostas do movimento operário e socialista, contudo procuramos mostrar que estas respostas têm sempre uma raiz (algumas profundas, outras superficiais) calcada na tradição teórica e política destas correntes e partidos.

A partir desta perspectiva, o estudo das obras de Leon Trotsky torna-se pré- condição indispensável para o entendimento das correntes trotskistas brasileiras. No campo programático, seu traço característico é a pressuposição de que a luta pela revolução socialista não pode separar as etapas democrática e socialista, como também afirma que somente o proletariado apresentar-se-ia capaz de fazê- lo. No terreno tático, partindo de uma análise econômica estrutural do capitalismo, Trotsky formula toda uma tática política – constituída a partir de um misto de reivindicações capitalistas com a palavra-de-ordem de constituição de milícias operárias – baseada na concepção de que as forças produtivas do capitalismo teriam estagnado.

A partir das contribuições de Louis Althusser – que propõe que Marx teria revolucionado toda a concepção de dialética de Hegel e que, então, esta passaria

a ser sobredeterminada em seu princípio pelas diversas instâncias que a compõem – procuramos mostrar que o programa trotskista, assim como a sua tática, baseiam-se na dialética hegeliana na medida em que se assentam em uma única contradição principal, a do Capital versus Trabalho: no plano das instâncias, privilegiam a base econômica (forças de produção e relações de produção) em detrimento da estrutura de organização social (o Estado e todas as formas jurídicas, políticas e ideológicas); e, no âmbito das classes, tendem apenas a considerar a contradição entre as principais classes antagônicas do capitalismo (proletariado versus burguesia), deixando de lado contradições que também ocorrem destas com outras classes sociais, como também as contradições que se apresentam no próprio interior de uma mesma classe social.

A aplicação prática do Programa de Transição trotskista pode apresentar duas tendências.

A primeira tendência, da qual o PSTU se aproxima, origina da aplicação incondicional do Programa de Transição na sociedade capitalista. Dada a crença na estagnação das forças produtivas do modo de produção capitalista – que empurraria os trabalhadores rumo à revolução, devido à precarização constante das suas condições de vida – e a não aceitação de qualquer tipo de aliança com setores burgueses, o programa trotskista pode tender ao completo isolamento em situações de recuo do movimento operário.

Como mostramos, o neoliberalismo é uma situação onde predomina a ofensiva da burguesia contra os trabalhadores, como também da burguesia

imperialista contra os países dependentes, obrigando o movimento operário, em escala internacional, a colocar-se na defensiva. Nessa conjuntura, o PSTU caminha isolado na luta de classes da sociedade brasileira. A partir da leitura que faz do Programa de transição, o partido restringe o leque das alianças possíveis, apostando numa constante situação revolucionária, e, ao mesmo tempo, mostra um desprezo pela luta parlamentar, valorizando unilateralmente a luta a partir dos movimentos populares.

Ao contrário do PSTU, a Democracia Socialista procura dar novas respostas à situação da luta de classes brasileira. Vimos que, durante a década de 1990 e início da década posterior, ela abandona progressivamente o programa trotskista, assim como deixa de lado o próprio socialismo marxista. Este exemplo mostra-nos a impossibilidade de conciliação do Programa de Transição com a luta de classes em uma situação de ofensiva da burguesia; também deixa claro que, além das tradições teórico-políticas do movimento socialista, a conjuntura histórica, isto é, os novos problemas colocados pela luta de classes, suscitam novas respostas que podem romper com a antiga tradição, culminando na reformulação do programa e até, em certa medida, na mudança de perspectiva histórica.

O programa trotskista pode também apresentar uma segunda tendência, cujo exemplo na situação brasileira corresponde à corrente petista O Trabalho. Vimos que o Programa de Transição se apóia nas reivindicações transitórias como sendo a ponte entre as reivindicações das massas e a transição ao socialismo. A formulação dessas reivindicações é composta tanto por palavras-de-ordem que se

mantêm no campo do capitalismo, como por medidas para a tomada do poder, a exemplo do chamado à constituição de uma milícia operária. A crença de que estas reivindicações levam obrigatoriamente ao socialismo pode acobertar uma prática estritamente sindical revestida por um discurso socialista.

Ao que tudo indica, parece que a corrente O Trabalho aproxima-se desta tendência do programa trotskista. Sua crença na necessidade de um partido de massas, a partir de uma concepção formalista de classe operária; o não rompimento desta corrente com o Partido dos Trabalhadores (a despeito deste passar a adotar um programa totalmente contraditório com as suas reivindicações); assim como o apoio à candidatura Lula (tanto em 1998 como em 2002), concomitantemente com a organização da luta reivindicativa (através da criação dos “comitês”) ao futuro governo do Partido dos Trabalhadores, parecem comprovar esta tese.

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