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AMECURRENT 704072852.1 04-dez-12 17:59

5.2. Descrever a política de gerenciamento de riscos de mercado adotada pelo emissor, seus objetivos, estratégias e instrumentos, indicando:

a. Riscos para os quais se busca proteção

A Companhia busca proteção contra a possibilidade de flutuações na inflação e mudanças nas taxas de juros e dos índices de preço (riscos de mercado), além de risco de crédito, liquidez e operacional.

b. Estratégia de proteção patrimonial (hedge)

O gerenciamento de riscos da Companhia visa identificar e analisar os riscos aos quais a Companhia está exposta, para definir limites e controles de riscos apropriados, e para monitorar riscos e aderência aos limites. Em 30 de setembro de 2012, aproximadamente 9,3% da dívida (contempla empréstimos e financiamentos, valores mobiliários, cédulas de crédito imobiliário e obrigações por compra de ativos; não considera os demais passivos da Companhia) total da Companhia estavam indexados ao IPCA. Acreditamos estar protegidos da variação do IPCA, tendo em vista que uma parte da nossa receita de aluguéis é reajustada por este mesmo índice. Adicionalmente, uma parcela da nossa receita é composta pelo aluguel percentual sobre as vendas dos lojistas (no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 foi 9,9%) e que o valor das vendas reflete o reajuste de preços.

Buscamos ter em nosso passivo de longo prazo indexadores de baixa volatilidade (TR, TJLP, IPCA) e sempre que possível podemos realizar operações de instrumento derivativo (“SWAP”) visando ficar passivo neste perfil de indexador. A Companhia realizou em setembro de 2012 uma operação de SWAP no valor de R$185,0 milhões, ficando ativa em CDI e passiva em TJLP.

c. Instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)

A Companhia possui uma operação de instrumento derivativo pré versus TR que visa exclusivamente adequar o nosso lastro a uma operação de Certificados de Recebíveis Imobiliários (“CRI”) indexada à TR. Em setembro, realizamos operação de SWAP no valor de R$185,0 milhões, ficando ativo em CDI e passivo em TJLP. O item protegido são as debêntures de R$ 185,0 milhões emitidas pela Companhia que possuem remuneração atrelada ao CDI e o objetivo do swap é de trocar a exposição ao CDI pela TJLP durante o período das debêntures, iniciando-se em 1º de janeiro de 2013 e cuja duração será por 24 meses, de acordo com o fluxo de pagamento de juros das debêntures, onde o hedge de fluxo de caixa irá ocorrer, nas mesmas datas. A administração pretende rolar esta contabilização de hedge por todo o período das debêntures. Desta forma, estamos com exposição apenas a indexadores de baixa volatilidade ou vinculados à inflação.

d. Parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos

Risco de Crédito

Para o gerenciamento das flutuações na inflação, a Companhia (i) monitora sua carteira de recebíveis periodicamente; (ii) possui regras específicas em sua atividade de locação com relação a inadimplência, sendo que o departamento de operações e departamento jurídico são ativos nas negociações junto aos devedores. Procuramos manter a inadimplência líquida (relação entre o total faturado no período e o total recebido dentro do mesmo período) de cada Shopping Center abaixo de 3,0% ; (iii) renegocia imediatamente com outro lojista quando o ponto comercial dos Shoppings Center é retomado ou devolvido; (iv) mantém sempre uma boa qualidade de lojistas nos Shoppings Centers e uma área comercial ativa para um preenchimento imediato de qualquer potencial vacância no empreendimento. Estabelecemos uma provisão para redução ao valor recuperável que representa sua estimativa de perdas incorridas com relação às contas a receber de clientes e outros créditos e investimentos. Os títulos vencidos há mais de um ano têm seu saldo integralmente provisionado. Os contratos de locação podem possuir a figura do fiador o que mitiga nosso risco de crédito.

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

AMECURRENT 704072852.1 04-dez-12 17:59 Risco de Liquidez

Para o gerenciamento das flutuações na inflação, embora a Companhia não tenha uma política formal neste sentido, a Companhia tem por diretriz sempre trabalhar com premissas de saldos mínimos de caixa, que variam conforme seu cronograma de investimentos, e de cobertura financeira de suas obrigações, onde a geração de caixa projetada tem que representar um patamar mínimo das obrigações com financiamentos e dívidas contratadas, mitigando o risco de refinanciamento de dívidas. Para financiar os empreendimentos em construção, a Companhia busca estruturar junto ao mercado financeiro operações de longo prazo com prazo de amortização superior a 10 anos, cujas carências (por um prazo de pelo menos dois anos) são alinhadas à geração de caixa esperada pela Companhia.

Risco de Mercado

Para o gerenciamento das flutuações na inflação, a Companhia utiliza em seus modelos de projeção diferentes níveis de inflação no estabelecimento de cenários para o seu desenvolvimento. Para o gerenciamento das taxas de juros e índices de preço, a Companhia sempre que possível utiliza indexadores de baixa volatilidade de modo a poder estimar mais precisamente seus desembolsos futuros. O objetivo da Companhia é ter aproximadamente 2/3 da sua dívida (empréstimos e financiamentos, valores mobiliários, CCI/CRI e obrigações por compra de ativos; não considera os demais passivos da Companhia) atrelados a indexadores de baixa volatilidade.

Risco Operacional

Para o gerenciamento das flutuações na inflação, a Companhia (i) monitora periodicamente suas condições operacionais visando antecipar possíveis impactos; (ii) contrata empresas especializadas com notória qualificação operacional para acompanhamento dos cronogramas físico-financeiros e realização das obras de melhoria, objetivando o cumprimento do orçamento aprovado para a manutenção de seus empreendimentos, bem como para novos desenvolvimentos e expansões; e (iii) comercializa os espaços comerciais por meio de uma equipe própria para assegurar que as negociações com os lojistas sejam alinhadas com a estratégia de marketing dos Shopping Centers. Os riscos mencionados são revisados mensalmente pelas Diretorias operacional e financeira, que geram relatórios de acompanhamento. Caso sejam identificadas situações de desvio, revisões das estratégias da Companhia são submetidas para aprovação da Diretoria e posterior implementação. A Diretoria acompanha o desempenho dos Shopping Centers, tanto em operação, quanto em desenvolvimento, com base em um orçamento aprovado anualmente. Esse sistema permite acompanhar e validar previamente os desembolsos vis a vis o orçado, assim como o desempenho financeiro e operacional dos investimentos.

Além dos parâmetros subjetivos mencionados acima, a Companhia não adota um parâmetro objetivo para mitigar o seu risco operacional.

e. Se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos

Não aplicável, tendo em vista que a Companhia não opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge).

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

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Os riscos são revisados mensalmente pelas diretorias operacional e financeira que geram relatórios de acompanhamento. Caso sejam identificadas situações de desvio, revisões das estratégias da Companhia são submetidas para aprovação da diretoria para que sejam implementadas.

g. Adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade da política adotada

A Companhia acredita que sua estrutura esteja adequada e com controles internos suficientes para verificação da efetividade da política adotada.

Adicionalmente, o monitoramento conjugado com avaliações mensais das posições individuais e consolidadas da Companhia nos permitem acompanhar os resultados financeiros e os respectivos impactos no fluxo de caixa, para que os objetivos inicialmente traçados sejam atingidos tanto no curto quanto no longo prazo.

Em complemento, também monitoramos o desempenho de nossos Shopping Centers em operação e em desenvolvimento com base em um orçamento aprovado anualmente. Nossos sistemas integrados nos permitem acompanhar e validar previamente os desembolsos vis a vis o orçado e o desempenho financeiro e operacional dos investimentos.

A Companhia opera com os ERPs SAP e MXM que rodam nas holdings e shoppings e operam integrados. Utilizamos os seguintes módulos do SAP: FI Financeiro (Controladoria, Contabilidade, Contas a pagar/receber, Compras, Faturamento e Ativo Imobilizado); BPC (Planejamento consolidação e orçamento), PS (controle do obras) e BI (para relatórios e informações gerenciais). Paralelamente, utilizamos nos shopping o ERP desenvolvido e customizado em conjunto com a MXM (que é proprietária do sistema). Além destes, temos contratos com os principais sistemas utilizados pela indústria (RM para pessoal; Wize IT para CRM, Audit para auditoria de lojas) e Mastersaf (fiscal).

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