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Desta maneira, tais incertezas, em relação aos acontecimentos futuros na economia brasileira poderão prejudicar as atividades e os resultados operacionais da Companhia, podendo inclusive vir a afetar adversamente o preço de negociação dos valores mobiliários de sua emissão.

A inflação e os esforços do Governo Federal no combate à inflação poderão contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil, podendo prejudicar as atividades da Companhia e o valor de mercado dos valores mobiliários de sua emissão.

Historicamente, o Brasil registrou taxas de inflação extremamente altas. Determinadas medidas do Governo Federal para combatê-las tiveram impacto negativo relevante sobre a economia brasileira. No passado, as medidas adotadas para combater a inflação, bem como a especulação sobre tais medidas, geraram clima de incerteza econômica no Brasil e aumentaram a volatilidade do mercado brasileiro de valores mobiliários. Os índices de inflação anuais foram de, 3,68%, 10,54% e 7,19% em 2014, 2015 e 2016 respectivamente, de acordo com o Índice Geral de Preços – Mercado, e de 6,22%, 11,28% e 6,58% em 2014, 2015 e 2016 respectivamente, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC – amplo).

Caso o Brasil venha a vivenciar significativa inflação no futuro, não é possível prever se seremos capazes de compensar os efeitos da inflação em nossa estrutura de custos, por meio do repasse do aumento dos custos decorrentes da inflação para os preços cobrados de nossos clientes em valores suficientes e prazo hábil para cobrir um eventual aumento dos nossos custos operacionais, o que, não ocorrendo, poderá diminuir nossas margens líquidas e operacionais.

A adoção da política de câmbio flutuante e a desvalorização do Real em relação ao Dólar podem criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil, acarretando a necessidade de adoção de políticas recessivas pelo Governo Federal, acompanhadas de altas taxas de juros, que podem afetar a economia com um todo, inclusive o nosso setor de atuação e de nossos clientes. Uma política antiinflacionária adotada pelo Governo Federal poderá resultar em redução do nível de atividade econômica e poder aquisitivo da população, além da falta de crédito disponível no mercado, gerando consequências negativas para os nossos negócios.

De fato, a alta das taxas de juros impacta diretamente o custo de captação de recursos da Companhia, bem como o custo de financiamento de seus clientes, podendo inclusive afetar a capacidade de pagamento destes e provocar aumento da inadimplência. A elevação da taxa de inflação e seu efeito sobre a taxa de juros interna poderão, ademais, acarretar redução da liquidez nos mercados internos de capitais e de crédito, o que afetaria a capacidade da Companhia de refinanciar seu endividamento. Qualquer redução nas vendas líquidas ou no lucro líquido e qualquer deterioração de situação financeira da Companhia poderão ocasionar a redução do preço de mercado dos valores mobiliários de sua emissão.

Estamos sujeitos a riscos de taxas de juros, uma vez que parte significativa de nossas obrigações financeiras estão indexadas a taxas flutuantes.

Estamos expostos ao risco de taxa de juros, da parcela da dívida referenciada à TR, e CDI, contas a receber e contas a pagar, indexados a INCC e IGPM.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (“COPOM”) é responsável por estabelecer as metas das taxas de juros básicas para o sistema bancário brasileiro. Caso o Governo Federal aumente as taxas de juros, incluindo a TJLP ou adote outras medidas com relação à política monetária que resultem em um aumento significativo das taxas de juros, as nossas despesas financeiras poderão aumentar significativamente, afetando adversamente a nossa liquidez, nossas atividades, resultados operacionais e situação financeira.

Para efeito de simulação a Companhia definiu três cenários (provável, possível e remoto). No provável foram definidas pela Administração as taxas divulgadas pela BM&FBOVESPA, e no cenário possível e no remoto uma deterioração

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

de 25% e 50%, respectivamente, nas variáveis. A base de cálculo utilizada é o valor apresentado nas notas explicativas de caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários, contas a receber, empréstimos e financiamentos, debêntures, contas a pagar, contas a pagar por aquisição de terrenos, parceiros de negócios e outras contas a pagar.

Posição Fator de Cenário I Cenário II Cenário III

Operação 31/12/2016 Risco Provável Possível Remoto

Caixa e equivalentes de caixa

2,02% 1,51% 1,01%

34

25 17 Títulos e valores mobiliários

13,63% 10,22% 6,82% 173 130 87 13,63% 10,22% 6,82% 394 296 197 13,63% 10,22% 6,82% 1.693 1.270 847 Contas a receber de clientes

6,34% 4,75% 3,17% 10.290 7.718 5.145 7,19% 5,39% 3,60% 65.180 48.885 32.590 13,63% 10,22% 6,82% 70.836 53.127 35.418 2,02% 1,51% 1,01% Depositos Judiciais 81.907 TR 1.650 1.238 825 2,02% 2,52% 3,02% 36.040 45.050 54.060 13,63% 17,04% 20,45% 32.738 40.923 49.107 6,34% 7,92% 9,51% 861 1.077 1.292 6,34% 7,92% 9,51% 9.600 12.000 14.400 6,34% 7,92% 9,51%

Adiantamento de Clientes 61.186 INCC 3.878 4.847 5.816

6,34% 7,92% 9,51% 1.063 1.328 1.594 13,63% 17,04% 20,45% 2.285 2.857 3.428 7,19% 5,39% 3,60% 1.206 904 603 Outras contas a pagar (parceiros de negócios) 113.943 CDI

12.424

CDI 1.682

Financiamentos para construção - crédito imobiliário 1.788.598 TR

Empréstimos para capital de giro 240.192 CDI

Contas a pagar por aquisição de terrenos 151.480 INCC CDI Consolidado Caderneta de poupança TR Fundos de investimentos - DI 1.270 2.891 IGP-M Parceiros de negócios Unidades concluídas 906.446 519.710 CDI

Unidades em construção 162.370 INCC

Outras contas a pagar (arrendamento mercantil e rescisão de clientes) 172.351 IGP-M Outras contas a pagar (outros) 16.767 INCC

Cessão de crédito 13.591 INCC

CDI

Operações compromissadas - DI

CDBs

Devido à natureza, à complexidade e ao isolamento de uma única variável, as estimativas apresentadas podem não representar fielmente o valor da perda, caso a variável em questão tenha a deterioração apresentada.

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

(ii) Operações com derivativos - a Companhia não possui operações com derivativos nem de risco semelhante.

Risco de liquidez

O controle de liquidez e do fluxo de caixa da Companhia é acompanhado diariamente, de modo a garantir que a geração operacional de caixa e a captação prévia de recursos, quando necessário, sejam suficientes para a manutenção do seu cronograma de compromissos.

Por sermos dependentes do mercado imobiliário, que, por sua vez, é altamente dependente de uma boa conjuntura econômica do país (juros baixos, inflação controlada, crescimento da renda da população etc.) para lançar novos empreendimentos, em momentos de crise econômica a Companhia tem sua principal fonte de receita afetada. Assim, as linhas de crédito e financiamento para a Companhia poderão tornar-se escassas, impossibilitando de arcar com suas obrigações financeiras.

Risco de crédito

A Companhia está sujeita a riscos de crédito relacionados a recebíveis de seus clientes e contas de créditos detidos por instituições financeiras derivadas de seus investimentos a curto prazo. Dessa forma, a Companhia constitui a provisão para Crédito de liquidação duvidosa.

A provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída com base na análise dos riscos de realização das contas a receber em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir as eventuais perdas estimadas na realização desses créditos, levando em consideração, substancialmente, as parcelas de alienações fiduciárias com garantias em notas promissórias, bem como atualizações monetárias de contas a receber em atraso, uma vez que a carteira possui, substancialmente, a garantia do próprio imóvel objeto da venda.

Em 31 de dezembro de 2016, a companhia havia realizado provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 26 milhões.

Os clientes do mercado imobiliário em geral, costumam assumir dívidas relevantes em seu orçamento. Eventuais oscilações na economia podem impactar negativamente a capacidade de pagamento dos compradores de imóveis. As condições pactuadas do negócio implicam na concessão de prazo para seu recebimento em parte de nossas vendas, portanto, caso não sejamos capazes de realizar uma análise de crédito eficaz seremos obrigados a reconhecer perdas em nosso resultado causadas por inadimplemento.

A Companhia leva em consideração, para o risco de crédito de contas a receber de clientes, as parcelas de alienações fiduciárias, uma vez que a carteira possui a garantia do próprio imóvel objeto da venda. Com relação ao risco de crédito associado às instituições financeiras, a Companhia atua de modo a diversificar a exposição entre instituições financeiras de primeira linha.

Risco do mercado acionário brasileiro

A volatilidade e a falta de liquidez do mercado brasileiro de valores mobiliários poderão limitar substancialmente a capacidade dos investidores de vender as ações e outros valores mobiliários da Companhia pelo preço e ocasião que desejam.

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

O investimento em valores mobiliários negociados em mercados emergentes, tal como o Brasil, envolve maior risco em comparação a outros mercados mundiais. O mercado brasileiro de valores mobiliários é substancialmente menor, menos líquido e mais concentrado, podendo ser mais volátil do que os principais mercados de valores mobiliários mundiais, como os Estados Unidos. Essas características do mercado de capitais brasileiro poderão limitar substancialmente a capacidade dos investidores de vender as ações de emissão da Companhia pelo preço e ocasião desejados, o que poderá ter efeito substancialmente adverso nos preços das ações de emissão da Companhia.

O preço de mercado das ações de emissão da Companhia poderá flutuar por diversas razões, incluindo os fatores de risco mencionados neste Formulário de Referência ou por motivos relacionados ao seu desempenho.

Risco Brasil

A deterioração da conjuntura econômica poderá causar impacto negativo sobre os negócios da Companhia. O negócio da Companhia poderá ser prejudicado por alterações da conjuntura econômica nacional ou mundial, incluindo inflação, taxas de juros, disponibilidade dos mercados de capital, taxas de gastos do consumidor, disponibilidade de energia, custos (inclusive sobretaxas de combustível) e efeitos de iniciativas governamentais para administrar a conjuntura econômica. Quaisquer das referidas alterações poderiam prejudicar a demanda de bens imóveis nos mercados doméstico e externo ou o custo e a disponibilidade das matérias-primas que a Companhia necessita, prejudicando, de forma relevante seus resultados financeiros.

As restrições nos mercados de crédito e em outros mercados financeiros e a deterioração da conjuntura econômica nacional e mundial poderão, entre outras coisas: (1) ter impacto negativo sobre a demanda global por bens imóveis, acarretando a redução de vendas, lucro operacional e fluxos de caixa; (2) fazer com que os clientes finais deixem de comprar os imóveis da Companhia em favor de imóveis mais baratos, pressionando as margens de lucro da Companhia; (3) dificultar ou encarecer a obtenção de financiamento para as operações ou investimentos ou refinanciamento da dívida da Companhia no futuro; (4) fazer com que os credores modifiquem suas políticas de risco de crédito e dificultem ou encareçam a concessão de qualquer renegociação ou disputa de obrigações de natureza técnica ou de outra natureza nos termos dos contratos de dívida, caso nós venhamos a pleiteá-las no futuro; (5) prejudicar a situação financeira de alguns dos clientes ou fornecedores da Companhia; e (6) diminuir o valor dos investimentos da Companhia.