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10.4 - Mudanças significativas nas práticas contábeis - Ressalvas e ênfases no parecer do auditor

10.4. Comentários dos Diretores sobre:

a. mudanças significativas nas práticas contábeis

Normas e interpretações emitidas e aplicáveis para adoção em:

Norma Descrição Vigência a partir de:

IFRIC 21 Taxas / Imposições 1° de janeiro de 2014

IAS 32 (CPC 39) Compensação de Ativos e Passivos financeiros 1° de janeiro de 2014 Modificações à IFRS 11/CPC 19 (R2) Acordo Contratual Conjunto 1° de janeiro de 2016 Modificações à IFRS 10/CPC 36 e IAS

28/CPC 18

Venda ou contribuição de ativos entre um Investidor e suas Coligadas ou Joint Venture

1° de janeiro de 2016 Modificações à IFRS 10/CPC 36, IFRS

12/CPC 45 e IAS 28/CPC 18

Entidades de Investimentos: Aplicando a exceção de consolidação

1° de janeiro de 2016 Modificações às IFRS Melhorias anuais nas IFRSs – ciclo 2012-2014 1° de janeiro de 2016 Modificações à IAS 16/ CPC 27 e IAS 38/

CPC 04 (R1)

Esclarecimento dos Métodos de Depreciação e Amortização Aceitáveis

1° de janeiro de 2016 Modificações à IAS 7/ CPC 03 Divulgação de Alterações nas Atividades de Financiamento

do Fluxo de Caixa

1º de janeiro de 2017

Modificações à IAS 12/CPC 32 Reconhecimento de Impostos Diferido Ativo sobre Prejuízos não Realizados

1º de janeiro de 2017

IFRS 9 Instrumentos Financeiros 1º de janeiro de 2018

IFRS 15 Receitas de Contratos com Clientes 1º de janeiro de 2018 IAS 28/ CPC 18 - Investimento em Coligada,

em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto

Mensuração a valor justo de coligadas e empreendimento controlado em conjunto

1º de janeiro de 2018

IFRS 2/CPC 10 – Pagamentos baseados em ações

Classificação e mensuração de transações de pagamento com base em ações

1º de janeiro de 2018

IAS 40 / CPC 28 - Propriedade para Investimento

Transferências de propriedades de investimento 1º de janeiro de 2018

IFRS 16 Operações de arrendamento mercantil 1º de janeiro de 2019

É esperado que esses pronunciamentos sejam emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e pelo CFC de modo que sejam adotados a partir de sua aplicação.

Com relação á IFRS 15– Receita de Contratos com Clientes (“Revenue from Contracts with Customers”), em 4 de novembro de 2016 foi emitido o CPC 47 – Receita de Contratos com Clientes. Esta nova norma altera significativamente as regras e critérios para definição do momento de reconhecimento da receita decorrentes de contratos com clientes o

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qual poderá alterar o método de porcentagem completada (POC- “Percentage of Completion”). Os efeitos pela sua aplicação ainda estão sendo analisados pela Companhia.

b. efeitos significativos das alterações em práticas contábeis

A adoção dessas IFRS’s novas e revisadas não teve nenhum efeito relevante sobre os valores reportados e/ou divulgados para os exercícios corrente e anterior.

A Administração da Companhia está em processo de avaliação dos impactos referentes às novas normas e interpretações já emitidas e ainda não adotadas, porém não espera impactos significativos, exceto pela IFRS 15.

c. ressalvas e ênfases presentes no parecer do auditor

Não houve ressalvas no parecer do auditor nos últimos anos de 2014, 2015 e 2016.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas pela Administração de acordo com as IFRSs aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária considerando adicionalmente a Orientação OCPC 04 editada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Essa orientação trata do reconhecimento da receita desse setor e envolve assuntos relacionados ao significado e aplicação do conceito de transferência contínua de riscos, benefícios e de controle na venda de unidades imobiliárias.

Em 2015 e 2016, foi incluída uma incerteza relevante (ênfase) nos relatórios dos auditores independentes emitidos em 29/03/2016 e 21/03/2017 respectivamente, com relação à continuidade normal das operações da Companhia, a saber:

Auditores: Deloitte Touche Tohmatsu– relatório emitido em 29/03/2016

“Atenção para os assuntos descritos nas notas explicativas nº 1, nº 12 e nº 31.1 de 2015, que no entendimento do auditor, indicam a existência de incertezas significativas que podem levantar dúvidas significativas quanto à capacidade da continuidade das operações da Companhia, dependendo do sucesso das renegociações com os credores, das reestruturações a serem implementadas pela Administração e da geração de lucro operacional.”

Auditores: Grant Thornton– relatório emitido em 21/03/2017

“Chamamos a atenção para a Nota 1 às demonstrações contábeis, que indica que a Companhia incorreu no prejuízo de R$ 514.373 mil durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Adicionalmente seus prejuízos acumulados nesta mesma data montam em R$ 1.882.576 mil. Conforme apresentado na Nota 1, esses eventos ou condições, juntamente com outros assuntos descritos na Nota 1, impactam de forma relevante o fluxo financeiro da Companhia e desta forma se torna imprescindível a renegociação das dívidas corporativas, visando equilibrar e adequar o referido fluxo financeiro a atual realidade da Companhia. O eventual insucesso dessas ações e do plano estratégico indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Nossa opinião não contém ressalva em relação a esse assunto.”

Comentários da diretoria executiva sobre a incerteza relevante (ênfase) de continuidade das operações: Na qualidade de administradores da Companhia, estamos cientes de nossa responsabilidade em preparar as Demonstrações Financeiras de acordo com o pressuposto de continuidade operacional e a administração não tem nenhuma pretensão em liquidar a entidade ou interromper as operações, e está constantemente buscando alternativas realistas para que a Companhia tenha continuidade normal de suas operações.

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Nesse sentido, em 2016 tivemos um evento importantíssimo que é a substancial conclusão do 1° estágio do processo de reestruturação da dívida corporativa da Companhia, conforme divulgado em fato relevante de 29 de março de 2016.

Esta reestruturação reduziu materialmente o custo de carregamento da Companhia, através da redução de suas despesas financeiras e teve como benefício adicional reforçar o caixa da Companhia.

Nosso entendimento é que essa incerteza relevante (ênfase) seja pontual, dado ao fato que a empresa está negociando novamente as dívidas corporativas junto as instituições financeiras, para que esteja dentro do perfil do fluxo de caixa futuro da Companhia, além de todos os demais planos de ações que estão sendo executados com sucesso.

Em 2014, 2015 e 2016, há ênfase no relatório do auditor, com relação à prática contábil adotado pela Companhia e todas as demais Companhias do setor, a saber:

“As demonstrações financeiras individuais (controladora) e consolidadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, sendo que as demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as IFRSs aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária consideram, adicionalmente, a Orientação OCPC 04 editada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. Essa orientação trata do reconhecimento da receita desse setor e envolve assuntos relacionados ao significado e aplicação do conceito de transferência contínua de riscos, benefícios e de controle na venda de unidades imobiliárias, conforme descrito em maiores detalhes na nota explicativa nº 2, preparada pela Administração.”

Comentários da diretoria executiva sobre a ênfase de práticas contábeis:

Essa prática contábil é adotada para todas as demais Companhias do setor de Incorporação Imobiliária e isso ocorre porque a Administração prepara as suas demonstrações financeiras de acordo com a Orientação OCPC 04, no que diz respeito ao reconhecimento da receita com venda de imóveis.

A Administração acredita que essa ênfase será resolvida com a implantação do IFRS 15, a qual modifica e/ou esclarece os conceitos de reconhecimento contábil da receita com venda de imóveis, principalmente aquelas vendas de imóveis em construção.

Esse assunto está em fase de discussão final com os órgãos responsáveis (CRC, CVM, ABRAINC, etc.) e deverá ter uma definição nos próximos meses, com aplicação obrigatória em 2018, conforme previstos nos atuais comunicados dos órgãos reguladores.