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4.2 ANÁLISE DOS ELEMENTOS E DIMENSÕES DO MÉTODO OKA

4.2.10 Dimensão 10 – Métricas e Monitoramento

A Dimensão 10 está relacionada às métricas e monitoramento e obteve a pontuação mais baixa (7,1), dentre as quartoze dimensões avaliadas, no grupo dos gestores da gestão intermediária e uma pontuação alta (21,9), no grupo dos gestores pertencentes à alta gestão.

Dentre as principais temáticas abordadas pela dimensão métricas e monitoramento, tanto os gestores pertencentes à alta gestão como os da gestão intermediária, possuem alinhamento conceitual no que diz respeito à ausência de um programa sistemático para rastrear medidas ou métricas relativas às operações de gestão do conhecimento na organização. No entanto, reconheceram os avanços obtidos no trabalho de construção do manual do servidor, carta de serviços, indicadores e metas.

Segundo os gestores, a Progep possui um processo de medição do desempenho dos seus servidores, e também foi reconhecido que o processo sistemático de avaliação de pessoal é um tipo métrica operacional para determinar o valor do conhecimento organizacional. O grupo da alta gestão considerou que as métricas de processos/funções relativas às auditorias e processos/funções de avaliação operacional são medidas que determinam o valor do conhecimento organizacional, posto que quando os órgãos externos auditam os processos de trabalho da Progep, fazendo recomendações, ajustes e melhorias, possibilitam aos gestores realizarem uma avaliação dos seus processos de trabalho, do ponto de vista operacional, onde os dois processos se integram.

Segundo a percepção do grupo da alta gestão, este utiliza medidas para justificar estratégias ou mudanças de gestão do conhecimento na organização; enquanto, na visão do grupo da gestão intermediária, essa realidade ocorre em determinada medida ou somente em algumas áreas.

Quando questionados sobre quais as atividades têm ajudado a melhorar a resposta da organização às mudanças do mercado, num ambiente organizacional, ou outros desafios, o grupo da alta gestão mencionou, o aprendizado compartilhado relacionado à participação em Congressos Nacionais e Regionais dos Dirigentes de Pessoal (CNDP). Nesse aspecto, o grupo da gestão intermediária mencionou os processos de aprendizagem pela reposição sistemática de maus resultados e de processos ruins.

Em termos de estudo realizado com objetivo de medir a efetividade dos seguintes itens: a) programa global de gestão do conhecimento, padrões de comunicação da organização; b) incorporação de feedback de clientes (cidadãos-usuários); c) programa de

aprendizado; d) outros investimentos relativos ao conhecimento pela organização; afirma-se que: o grupo da gestão intermediária não identificou nenhum estudo, enquanto o grupo da alta gestão mencionou as atividades de compartilhamento de conhecimento nos processos organizacionais e para a qualidade do conhecimento compartilhado na organização, em razão da aplicação da pesquisa do método OKA, realizada pela pesquisadora no âmbito da Progep.

Os gestores constataram também que a Progep possui meios de para identificar críticas ou comentários externos sobre a organização e seus serviços como, as demandas das solicitações eletrônicas do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) e as demandas do Serviço de informação ao Cidadão (e-SIC).

No que diz respeito às percepções divergentes entre os dois grupos de gestores, entende-se que para o grupo de gestores pertencentes à gestão intermediária, não há métricas operacionais de medição do programa de gestão do conhecimento, em razão de que, na Progep, não há tal programa. Conquanto, os gestores da alta gestão reconheceram que o processo sistemático de avaliação de pessoal, processos/funções relativos à auditoria e processos/funções de avaliação operacional, correspondem a atividades de medição de gestão do conhecimento.

O grupo da alta gestão também apontou que utiliza indicadores financeiros para justificar estratégias ou mudanças de gestão do conhecimento, como ocorre nas informações existentes sobre os percentuais de insalubridade, periculosidade, orçamento disponível para capacitação ou qualificação, aprimorando, aperfeiçoando e atendendo às exigências. Além disso, entende que a organização dá, efetivamente, importância às informações e conhecimentos externos para desenvolver ações preventivas ou fazer previsões; incluindo, ainda, na avaliação de desempenho, a dimensão de gestão do conhecimento. Por outro lado, o grupo da gestão intermediária não reforça as afirmações acima, emitidas pelo grupo da alta gestão.

Deste modo, gestores de ambos os grupos apontaram motivos que podem justificar a pontuação obtida pela dimensão métricas e monitoramento, a saber: carência de métricas para medir s ações administrativas; dimensão do conhecimento mais carente, no aspecto de possuir métricas e monitoramento, por não existirem mecanismos de monitoramente da gestão do conhecimento, com exceção do atual processo de avaliação de desempenho, que passa por uma reestruturação. Gestores pertencentes ao grupo da gestão intermediária destacaram também a discrepância da pontuação gerada pelo radar da alta gestão, em relação à pontuação obtida pelo radar do grupo de gestores pertencentes à gestão intermediária; gestores admitiram a falta, na organização, de um programa com métricas relativas à gestão do

conhecimento; a pontuação obtida pela dimensão métricas e monitoramento representa o grau em que a organização necessita estabelecer para realizar a medição de seus ativos intelectuais, suas práticas de trabalho e o conhecimento disponível dos seus stakeholders.

Foi proposta para a dimensão métricas e monitoramento, como oportunidade de melhoria, a adoção de indicadores para mensurar e avaliar as ações das unidades da Progep. Como obstáculo para esta melhoria, cita-se a falta de compreensão dos servidores em relação às suas atribuições, não conseguindo obter um elemento de avaliação sobre suas ações e do coletivo. Outras oportunidades de melhoria referem-se à implantar um sistema de gestão do conhecimento e elaborar propostas sobre a temática e ações da gestão do conhecimento. Nesses termos, os obstáculos estão na inexistência de competências necessárias para a implementação da gestão do conhecimento sem o amadurecimento das equipes da Progep. Noutra oportunidade de melhoria, citam-se o desenvolvimento de indicadores para mensuração do nível de utilização do conhecimento interno e externo, e para monitoramento periódico dos processos de trabalho, e que possibilite a geração de valor intelectual à organização. Como obstáculo para esta melhoria, tem-se a ausência de um sistema informatizado que propicie um melhor monitoramento dos processos operacionalizados em tempo real.

A seguir, são discutidos, pelos gestores, os argumentos da Dimensão 11 – Infraestrutura Tecnológica para a Gestão do Conhecimento (Tecnologia).