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OBJETIVO DA UNIDADE

DIRETRIZES NACIONAIS

§ 1º  A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério. § 2º  A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de edu- cação a distância.

§ 3º  A formação inicial de profissionais de magistério dará pre- ferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância.

§ 4º  A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de docentes em nível superior para atuar na educação básica pública.

§ 5º  A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública mediante programa insti- tucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes matri- culados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação superior.

§ 6º   O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mí- nima em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o ingresso em cursos de gra- duação para formação de docentes, ouvido o Conselho Nacio- nal de Educação - cne.

§ 7º  (vetado).

Art. 62-A.  A formação dos profissionais a que se refere o inci-

so III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo técni- co-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo habili- tações tecnológicas.

Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e superior, incluindo cur- sos de educação profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação.

O professor, nesta perspectiva educacional, tem o direito de uma formação que o habilite e, principalmente, o qualifique como um pro- fissional capaz de atuar de maneira interativa com o tempo e o espaço em que vive, de modo que possa contextualizar sua prática docente.

Esta perspectiva estabelece uma estreita relação entre a educa- ção de qualidade e a formação dos educadores. Além disso, possibi- lita pensar que somente com professores valorizados e conscientes de sua responsabilidade pública e social será possível efetivar uma educação básica de qualidade, promotora do desenvolvimento glo-

Se os dispositivos legais descritos no art. 67 da ldb/96 forem cum- pridos na sua plenitude, com certeza teremos efetivamente a valori- zação dos profissionais da educação, porque são apresentadas me- tas objetivas e concisas a serem alcançadas.

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos

profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:

I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;

III - piso salarial profissional;

IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;

V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, in- cluído na carga de trabalho;

VI - condições adequadas de trabalho.

§ 1º A experiência docente é pré-requisito para o exercício pro- fissional de quaisquer outras funções de magistério, nos ter- mos das normas de cada sistema de ensino.

§ 2º  Para os efeitos do disposto no § 5o do art. 40 e no § 8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordena- ção e assessoramento pedagógico.

§ 3º A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos profissionais da educação.

O contexto educacional atual exige a definição de políticas mais eficazes para a formação de profissionais da educação. Ao realizarmos uma retrospectiva pelos programas de formação continuada de profes- sores a partir da década de 1980, constatamos que não foram atingidos os resultados desejados, situação atribuída especialmente à persistên- cia de investimentos realizados de forma isolada e fragmentada.

da educação básica “a”

DIRETRIZES NACIONAIS

Nos anos 1990, prevaleceu a organização de programas de for- mação profissional em múltiplas atividades, de forma descontínua e desvinculada da prática dos educadores.

No início do século xxi, as políticas públicas destinadas à forma- ção de professores têm alcançado lentamente um avanço significa- tivo, em razão dos diversos debates que têm ocorrido em nível na- cional, na tentativa de apontar os melhores caminhos no sentido de qualificar a educação.

A ldb/96 assinala que é incumbência da União o estabelecimento de normas para o funcionamento da Educação Superior, mas cabe ao Conselho Nacional de Educação (cne), por definição prescrita na Lei nº 9.131, de 1995, exercer a função normativa e de supervisão na área educacional.

O Conselho Nacional de Educação tem a missão de elaborar e aprovar as diretrizes curriculares nacionais, que entrarão em vigor após a homologação do Ministro da Educação e publicação no Diário Oficial da União.

As “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Profes- sores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena” foram aprovadas pela Resolução nº 1, de 18 de feve- reiro de 2002, do Conselho Pleno do Conselho Nacional de Educação, que vigorou até junho de 2015, mas foi revogada pela Resolução CNE/ CP nº 02, de 01 de julho de 2015, que “Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licen- ciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada”.

Destacamos, da mesma:

Art. 3º A formação inicial e a formação continuada destinam-se,

respectivamente, à preparação e ao desenvolvimento de profis- sionais para funções de magistério na educação básica em suas etapas – educação infantil, ensino fundamental, ensino médio – e modalidades – educação de jovens e adultos, educação especial, educação profissional e técnica de nível médio, educação escolar indígena, educação do campo, educação escolar quilombola e educação a distância – a partir de compreensão ampla e con- textualizada de educação e educação escolar, visando assegurar a produção e difusão de conhecimentos de determinada área e a participação na elaboração e implementação do projeto polí- tico-pedagógico da instituição, na perspectiva de garantir, com qualidade, os direitos e objetivos de aprendizagem e o seu de- senvolvimento, a gestão democrática e a avaliação institucional. § 1º Por educação entendem-se os processos formativos que

trabalho, nas instituições de ensino, pesquisa e extensão, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas re- lações criativas entre natureza e cultura.

[…]

§ 6º O projeto de formação deve ser elaborado e desenvolvido por meio da articulação entre a instituição de educação supe- rior e o sistema de educação básica, envolvendo a consolidação de fóruns estaduais e distrital permanentes de apoio à forma- ção docente, em regime de colaboração, e deve contemplar: I - sólida formação teórica e interdisciplinar dos profissionais; II - a inserção dos estudantes de licenciatura nas instituições de educação básica da rede pública de ensino, espaço privilegiado da práxis docente;

III - o contexto educacional da região onde será desenvolvido; IV - as atividades de socialização e a avaliação de seus impactos nesses contextos;

V - a ampliação e o aperfeiçoamento do uso da Língua Por- tuguesa e da capacidade comunicativa, oral e escrita, como elementos fundamentais da formação dos professores, e da aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras);

VI - as questões socioambientais, éticas, estéticas e relativas à diversidade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional e sociocultural como princípios de equidade.

Essas Diretrizes constituem-se de um conjugado de normas, prin- cípios e procedimentos que necessitam ser observados e, consequen- temente, cumpridos em cada estabelecimento de ensino superior.

No entanto, essas questões não esgotam a totalidade dos pro- blemas. Constata-se que a definição de políticas para a formação de professores ainda é uma das mais complexas ações e, provavelmente, o maior desafio enfrentado pelos sistemas educacionais nas três ins- tâncias governamentais em que se organizam.

Para o estabelecimento destas políticas, não basta apenas con- siderar a demanda por programas que atendam às reais necessida- des dos professores e dos estudantes. É extremamente importante, também, compreender a existência de algumas desarticulações his- tóricas nos programas de formação de professores que problemati- zaram a otimização dos investimentos e fragilizaram os sistemas na conquista dos resultados esperados.

Frente a essa realidade, a Secretaria de Educação Básica do Mi- nistério da Educação compreende que a urgência da promoção de políticas articuladoras da formação inicial e continuada constitui um fator de relevância na valorização dos profissionais da educação.

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