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O Profuncionário foi idealizado com o propósito de ofertar uma formação aos trabalhadores não-docentes com um duplo viés: (i) aperfeiçoar as práticas já consolidadas no exercício das atividades desempenhadas por meio da aquisição das competências técnicas necessárias a cada ocupação nas áreas relacionados à secretaria, à infraestrutura, à alimentação

e aos multimeios didáticos; (ii) ressignificar o papel desempenhado nas mais diversas funções administrativas na perspectiva de perceberem-se enquanto educadores no ambiente escolar.

Para que fosse trabalhada uma proposta nessa perspectiva foram convidados profissionais especialistas de universidades e institutos federais de diversas áreas relativas aos cursos ofertados para compor o grupo responsável pela elaboração de material didático próprio, disponível tanto por meio eletrônico como por meio impresso, na finalidade de fornecer subsídios teóricos e práticos à formação dos funcionários escolares.

O referido material é composto pelos cadernos temáticos que integram as disciplinas dos cursos ofertados pelo programa. Iremos utilizar como referência nesta seção, o conteúdo sobre a proposta político-pedagógica do programa disposto no caderno Orientações Gerais a partir das edições de 2008, de 2012 e de 2014, onde destacaremos: os objetivos pretendidos; os princípios que norteiam o programa; o perfil geral dos técnicos e o perfil específico do Técnico em secretaria escolar; a estrutura curricular dos cursos; a modalidade de ensino ofertada; e o processo de avaliação.

O Profuncionário, conforme o disposto no Decreto 7.415/2010, tem como objetivo ofertar a formação técnica em nível médio aos servidores efetivos que atuem nos sistemas de ensino da educação básica pública com ensino médio concluído ou concomitante a esse.

Os cursos do programa estão alinhados de acordo com o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos (MEC, 2016),15 no eixo tecnológico Desenvolvimento Educacional e Social.

Atualmente dispõe de 04 cursos nas seguintes habilitações: Secretaria Escolar, Infraestrutura Escolar, Alimentação Escolar e Multimeios Didáticos.

Como já citado na seção 3.1, o CNE/CEB emitiu a Resolução nº 05/2005 com o propósito de criar a área profissional de Serviços de Apoio Escolar, considerando as competências gerais do técnico da referida área, conforme o Parecer CNE/CEB nº 16/2005. Sobre essas as competências gerais, espera-se que os estudantes egressos dos cursos ministrados no âmbito do Profuncionário sejam capazes de:

 identificar o papel da escola na construção da sociedade contemporânea;  assumir uma concepção de escola inclusiva, a partir do estudo permanente

da história, da vida social pública e privada, da legislação e do financiamento da educação escolar;

 identificar as diversas funções educativas presentes na escola;

15 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=41271-cnct- 3-edicao-pdf&category_slug=maio-2016-pdf&Itemid=30192

 reconhecer e constituir identidade profissional educativa em sua ação nas escolas e em órgãos dos sistemas de ensino;

 cooperar na elaboração, execução e avaliação da proposta pedagógica da instituição de ensino;

 formular e executar estratégias e ações no âmbito das diversas funções educativas não docentes, em articulação com as práticas docentes, conferindo-lhes maior qualidade educativa;

 dialogar e interagir com os outros segmentos da escola no âmbito dos conselhos escolares e de outros órgãos de gestão democrática da educação;  coletar, organizar e analisar dados referentes à secretaria escolar, à

alimentação escolar, à operação de multimeios didáticos e à manutenção da infraestrutura material e ambiental;

 redigir projetos, relatórios e outros documentos pertinentes à vida escolar, inclusive em formatos legais, para as diversas funções de apoio pedagógico e administrativo (CNE, 2005b, p.3)

Embora as competências listadas anteriormente sirvam de parâmetro para a oferta dos cursos do Profuncionário, entende-se que o planejamento da formação a partir dessas competências deve ser orientado com base em três elementos (BRASIL, 2014):

 os estudantes enquanto sujeitos da formação e em formação são funcionários escolares possuidores de experiência no ambiente onde atuam;

 a identidade profissional constituída do perfil técnico, inerente a cada habilitação prevista na oferta, e do perfil humano, cidadão e gestor condizente ao profissional da educação;

 as relações entre as competências individuais (capacidade de produzir, refletir, modificar, aprender, inventar, decidir e sonhar) e as competências profissionais (capacidade de problematizar, estudar, refletir e valorizar as práticas escolares). Para a compreensão sobre o perfil esperado dos concludentes, o Profuncionário fundamenta sua proposta de formação em princípios filosóficos, políticos e pedagógicos. Conforme o caderno de Orientações Gerais, “[...] os princípios são filosóficos porque expressam conceitualmente o sentido da proposta. São políticos porque expressam escolhas feitas entre alternativas possíveis. Por fim, são pedagógicos porque expressam intenção e planejamento educativos” (BRASIL,2014, p.71).

Esses princípios os quais pontuaremos a seguir, relacionam-se com as competências as quais se espera adquirir por conta das atividades e discussões vivenciadas no programa. Como competência profissional temos enquanto referencial o que está previsto no Parecer CNE/CEB nº 16 de, 5 de outubro de 1999, o qual trata sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico: “entende-se por competência profissional a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação valores, conhecimentos e

habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho” (CNE, 1999, p.33).

Nesse caso, o conceito de competência pontuado no parecer direciona a uma aptidão do profissional em colocar em prática os elementos constituintes da formação (valores, conhecimentos e habilidades) no objetivo de solucionar as questões demandadas no ambiente de trabalho. Isso não significa, no entanto, o condicionamento ao saber puramente técnico, mas relaciona-se aos fins educacionais envolvendo os seus diversos aspectos: políticos, éticos, estéticos e científicos. Portanto, dessa relação entre competência e conhecimento, surge o primeiro princípio: o da indissociabilidade entre teoria e prática (BRASIL, 2014).

A não separação entre os fundamentos teóricos e práticos resulta em momentos geradores de incertezas provocados no processo de agir, pensar, reagir e repensar sobre as atividades constantes relacionadas ao exercício profissional. Esses momentos constituem-se em aprendizados ao relacionar as práticas cotidianas com elementos teóricos enquanto condicionantes críticos um do outro.

Nessa perspectiva, na proposta do Profuncionário as competências são entendidas como um lugar a ser alcançado, desejado, sem prescindir dos valores, conhecimentos e habilidades. Em conformidade com caderno das Orientações Gerais:

Desejo e busca são as competências que caracterizam a utopia a ser criada e construída por todos que estão envolvidos no processo de formação. Sobretudo, por aqueles de quem se exige competência: os estudantes, que buscam se tornar técnicos em educação e que devem planejar as suas experiências com fins educativos. Assim chegamos ao segundo princípio: o da co-construção, da co-laboração e co- operação. (BRASIL, 2014, p.72)

O terceiro princípio do Profuncionário oriunda-se na busca permanente do homem em relação à superação dos desafios enquanto sujeito histórico e enquanto profissional. Então, nesse caso, surge o princípio do homem enquanto ser em construção. Nessa condição, os conhecimentos são produzidos num dado contexto situacional e, portanto, os conteúdos trabalhados na proposta do programa devem ser problematizados pelos alunos(as) a partir de suas vivências e práticas escolares. O quarto princípio, o da construção dos conhecimentos, parte dessas situações de estranhamento do óbvio fazendo de maneira diferente aquilo que se está acostumado a fazer (BRASIL, 2014).

Como já evidenciado nesta seção, o foco da formação ofertada pelo programa não busca se restringir à apreensão dos conhecimentos exclusivamente técnicos, mas também no

trabalho de construção e reconstrução das identidades dos funcionários escolares, assumindo a condição de educadores e partícipes da gestão da educação no ambiente escolar. Eis o fundamento do próximo princípio: o da formação como autoformação ou transformação de si mesmo (BRASIL, 2014).

No sexto e último princípio considera-se que há relação entre aquilo que se produz em forma de conhecimento e o contexto de sua aplicação como forma de vivências relacionadas às situações-problema. São temáticas que perpassam numa condição de interdependência entre o conhecimento e a realidade escolar. Esse é o princípio da transversalidade temática (BRASIL, 2014).

Fundamentada nas normativas legais, nos elementos e nos princípios que regem o programa, a estrutura curricular dos cursos ofertados organiza-se em módulos constituídos de disciplinas, as quais foram dispostas em núcleos que se articulam, de acordo com o esquema da Figura 6.

Figura 6 - Articulação dos núcleos de formação do Profuncionário

Fonte: Elaborada pelo próprio autor a partir do Caderno de Orientações Gerais (BRASIL,2014)

Conforme a estrutura curricular do Profuncionário, temos as seguintes características dos componentes integrantes da formação dos funcionários escolares (BRASIL, 2014):

 Núcleo da Formação Pedagógica: destina-se à apropriação e construção de conhecimentos a partir dos temas referentes à identidade do Técnico em educação; à educação como prática social; à cidadania; ao trabalho; e à gestão democrática. Estes temas são estudados à luz das ciências e da filosofia da

Núcleo da Formação Técnica Geral e Específica Núcleo da Formação Pedagógica Prática Profissional Supervisionada Disciplinas

educação, na perspectiva de contextualizá-los na escola e de contextualizar a escola em relação a eles;

 Núcleo de Formação Técnica Geral e Específica: refere-se aos saberes técnicos e tecnológicos destinados às quatro habilitações ofertadas pelo programa, tais como: nutrição, biologia, química, comunicação, administração, ciências contábeis, arquitetura, engenharia, meio ambiente, informática, direito, entre outros;

 Prática Profissional Supervisionada (PPS): é concebida como o momento em que o aluno é impulsionado a refletir e intervir no ambiente escolar a partir da problematização da rotina e a criação de outras possibilidades práticas com base nos estudos das disciplinas e das necessidades educativas da escola. A PPS define-se com um estágio supervisionado a ocorrer durante todo o processo de formação;

 Módulos/disciplinas: organizados em livros, denominados pelo programa de Cadernos, problematizam temas, trazem conhecimentos historicamente produzidos, orientam a leitura e as atividades a serem realizadas tanto para compreender os conceitos como para fazê-los funcionar na experiência. Sugerem ainda atividades práticas as quais compõem a PPS.

Com base na composição desses três núcleos somados às disciplinas ofertadas, temos a disposição das matrizes curriculares a partir das habilitações específicas. Convém ressaltar que destacaremos somente a matriz do curso de Secretaria Escolar enquanto elemento integrante do objeto de estudo deste trabalho. As matrizes serviam de referência à composição das disciplinas para todas as instituições ofertantes do país.

A organização da matriz curricular do curso Técnico em Secretaria Escolar sofreu modificações ao longo de sua implantação, a considerar pela nomenclatura do curso que inicialmente foi ofertado como curso Técnico em Gestão Escolar, conforme citado na seção 3.1. No entanto, as disciplinas referentes à formação específica permaneceram as mesmas ao longo do tempo como veremos a seguir.

Após a institucionalização do programa em 2007, foi lançado no ano seguinte, o material didático utilizado na formação dos funcionários escolares. Esse material foi composto de dezesseis cadernos em formato de disciplinas e organizados em eixos conforme o Quadro 5 a seguir:

Quadro 5 - Matriz curricular para formação do Técnico em Gestão Escolar em 2008

TÉCNICO EM GESTÃO ESCOLAR (MÓDULOS) CH

P R Á TI C A P R O F IS S IO N A L S U P ER V IS IO N A D A P PS – 300H

EIXO DA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA 360h

1. Funcionários de Escolas: cidadãos, educadores, profissionais e gestores

60h

2. Educadores e Educandos: tempos históricos 60h

3. Homem, Pensamento e Cultura: abordagens filosófica e antropológica 60h

4. Relações Interpessoais: abordagem psicológica 60h

5. Educação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociológica da educação 60h

6. Gestão da Educação Escolar 60h

EIXO DA FORMAÇÃO ESPECÍFICA 600h

7. Informática Básica 60h

8. Produção Textual na Educação Escolar 60h

9. Direito Administrativo e do Trabalho 60h

Trabalho Escolar e Teorias Administrativas 60h

Gestão Democrática nos Sistemas e na Escola 60h

Legislação Escolar 60h

Técnicas de Redação e Arquivo 60h

Contabilidade na Escola 60h

Administração de Materiais 60h

Estatística Aplicada à Educação 60h

Total PPS + Formação Pedagógica + Formação Específica 1.260h

Fonte: Adaptado do Caderno de Orientações Gerais (BRASIL, 2008)

Em obediência à Resolução CNE/CEB nº. 05/2005, a carga horária mínima de cada habilitação profissional da área de Serviços de Apoio Escolar é de 1.200 h/a. No caso da matriz exemplificada no Quadro 5, temos 960 h/a divididas entre os eixos da formação pedagógica e formação específica somadas às 300 h/a de PPS, totalizando 1.260 h/a. Cabe ressaltar que o eixo da formação pedagógica e as disciplinas de Informática Básica, Produção Textual na Educação Escolar e Direito Administrativo e do Trabalho eram comuns à todas as habilitações, sendo que somente as sete últimas disciplinas dessa matriz pertenciam à habilitação específica em Gestão Escolar.

Em 2012, podemos perceber com base no Caderno de Orientações Gerais (Brasil, 2012), alterações na matriz curricular do curso Técnico em Secretaria Escolar, a saber:

 Mudança na própria nomenclatura e, consequentemente, na certificação do curso de “Técnico em Gestão Escolar” para “Técnico em Secretaria Escolar”;  Mudança do termo “Eixo da Formação” para “Núcleo da Formação”;

 Nova organização e divisão dos seus componentes curriculares: Núcleo de Formação Pedagógica composto dos Módulo Introdutório e Módulo de

Formação Pedagógica; Núcleo de Formação Técnica Geral; e Núcleo de Formação Técnica Específica;

 Acréscimo das disciplinas de Orientações Gerais, Fundamentos e Práticas em EaD e Orientações da Prática Profissional no Núcleo de Formação Pedagógica e consequentemente o aumento de 60 h/a em relação à matriz anterior.

A partir dessas mudanças, a matriz curricular do curso Técnico em Secretaria Escolar em 2012 ficou organizado conforme o Quadro 6:

Quadro 6 - Matriz curricular para formação do Técnico em Secretaria Escolar em 2012

TÉCNICO EM SECRETARIA ESCOLAR (CH Disciplinas/Módulos)

P rá ti ca P rof iss iona l S upe rvi si ona da ( PP S ) – 300 H

NÚCLEO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA 420h

Módulos Introdutórios 60h

Orientações Gerais 20h

Fundamentos e Práticas em EaD 20h

Orientações da Prática Profissional 20h

Módulo de Formação Pedagógica 360h

Funcionários de Escolas: cidadãos, educadores, profissionais e gestores 60h

Educadores e Educandos: tempos históricos 60h

Homem, Pensamento e Cultura: abordagens filosófica e antropológica 60h

Relações Interpessoais: abordagem psicológica 60h

Educação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociológica da educação 60h

Gestão da Educação Escolar 60h

NÚCLEO DE FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL 180h

Informática Básica 60h

1. Produção Textual na Educação Escolar 60h

2. Direito Administrativo e do Trabalho 60h

NÚCLEO DE FORMAÇÃO TÉCNICA ESPECÍFICA 420h

3. Trabalho Escolar e Teorias Administrativas 60h

4. Gestão Democrática nos Sistemas e na Escola 60h

5. Legislação Escolar 60h

6. Técnicas de Redação e Arquivo 60h

7. Contabilidade na Escola 60h

8. Administração de Materiais 60h

9. Estatística Aplicada à Educação 60h

PPS + Formação Pedagógica + Formação Técnica Geral + Formação Técnica Específica 1.320h

Fonte: Adaptado do Caderno de Orientações Gerais (BRASIL, 2012)

Ainda no ano de 2012 foram definidas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Técnica de Nível Médio a partir da promulgação da Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro. A partir desse ato normativo, o total da carga horária mínima prevista nos cursos do Profuncionário, no caso 1.200 h/a, deveria ser composto exclusivamente pelas disciplinas ofertadas pelo programa, não sendo possível nesse caso, incluir a PPS no total mínimo estabelecido, conforme o art. 31 da referida resolução, a saber:

Art. 31 - A carga horária destinada a estágio profissional supervisionado, quando previsto em plano de curso, em quaisquer das formas de oferta do curso técnico de nível médio, deverá ser adicionada à carga horária mínima estabelecida para a respectiva habilitação profissional. (CNE, 2012)

Nesse caso, a carga horária dos cursos ofertados pelo programa passou a ficar da seguinte forma: 1.200 h/a das disciplinas ofertadas somadas às 300 h/a da PPS, totalizando 1.500 h/a. Como a matriz curricular de 2012 contabilizava 1.020 h/a de disciplinas sem a PPS, não atingindo portanto o total da carga horária mínima estabelecida, a Setec deliberou junto ao Profuncionário que as disciplinas introdutórias das matrizes curriculares totalizassem 120 h/a e fosse criado um novo componente nessas matrizes denominado de Parte Diversificada16

acrescidas de mais 120 h/a. A partir desses ajustes, a matriz curricular do curso Técnico em Secretaria Escolar está organizada conforme o Quadro 7. As ementas das disciplinas do referido curso encontram-se no Anexo A.

Quadro 7 - Matriz curricular para formação do Técnico em Secretaria Escolar em 2014

TÉCNICO EM SECRETARIA ESCOLAR (CH Disciplinas/Módulos)

P rá ti ca P rof iss iona l S upe rvi si ona da ( PP S ) – 300H M Ó D U L O S C O M U N S À S H A B IL IT A Ç Õ E S

NÚCLEO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA 480h

Orientações Gerais 60h

Fundamentos e Práticas em EaD 30h

Orientações da Prática Profissional 30h

Funcionários de Escolas: cidadãos, educadores, profissionais e gestores

60h

Educadores e Educandos: tempos históricos 60h

Homem, Pensamento e Cultura: abordagens filosófica e antropológica

60h

Relações Interpessoais: abordagem psicológica 60h

Educação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociológica da educação

60h

Gestão da Educação Escolar 60h

NÚCLEO DE FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL 180h

Informática Básica 60h

Produção Textual na Educação Escolar 60h

Direito Administrativo e do Trabalho 60h

M Ó D U L O S E SP E C ÍF IC O S À H A B IL IT A Ç Ã O

NÚCLEO DE FORMAÇÃO TÉCNICA ESPECÍFICA 420h

Trabalho Escolar e Teorias Administrativas 60h Gestão Democrática nos Sistemas e na Escola 60h

Legislação Escolar 60h

Técnicas de Redação e Arquivo 60h

Contabilidade na Escola 60h

Administração de Materiais 60h

16 A Parte Diversificada é composta de disciplinas de livre escolha da instituição ofertante, servindo de complementação aos conteúdos que já compõem o currículo. Pode conter tanto as disciplinas de cunho técnico como pedagógico, como por exemplo a oferta da disciplina de Educação Tributária (BRASIL, 2014).

Estatística Aplicada à Educação 60h

PARTE DIVERSIFICADA 120h

PPS + Formação Pedagógica + Formação Técnica Geral + Formação Técnica Específica + Parte Diversificada

1.500h Fonte: Caderno de Orientações Gerais (BRASIL, 2014)

Cabe destacar que embora as disciplinas dispostas nos núcleos que compõem as matrizes curriculares não estejam na condição de pré-requisitos umas das outras, elas possuem uma correlação seguindo uma ordem pelos autores que a elaboraram. Portanto o programa não recomenda alterações na sua sequência, a não ser evidenciadas por justificativas expressas e aprovadas pelo conselho da instituição de ensino e com a anuência da Setec (BRASIL, 2014, p.80).

Considerando as bases teóricas, os atos normativos e a propostas pedagógicas do Profuncionário, este programa a partir da oferta do curso Técnico em Secretaria Escolar, intenciona que sua formação profissional possibilite a aquisição das seguintes competências específicas (BRASIL, 2014, p.91-92):

a. conhecer os principais elementos, fundamentos e princípios de sua profissão; b. compreender as principais concepções de administração e como estas ressoam no planejamento educacional escolar;

c. compreender e analisar as questões relativas aos meios e fins da educação, considerando processualmente o diagnóstico, a execução e a avaliação;

d. conhecer e vivenciar a ética e a transparência na educação pública;

e. compreender a unidade escolar como parte de um complexo educacional ligado a redes e sistemas de ensino;

f. dominar os fundamentos da gestão curricular, gestão administrativa e gestão financeira da unidade escolar;

g. compreender e analisar, considerando os seus princípios e práticas, uma gestão escolar com componentes autoritários e uma gestão escolar com componentes democráticos;

h. compreender, analisar, elaborar, refletir e vivenciar o projeto político-pedagógico da escola;

i. compreender e contextualizar, na lei e na prática social, a educação escolar, o Estado e as políticas educacionais;

j. compreender e analisar a legislação educacional nas Constituições, nas Leis de Diretrizes e Bases, no Plano Nacional de Educação e nas normas dos Conselhos de Educação;

k. dominar, analisar, refletir, fazer relações e mediações entre as normas emanadas dos conselhos de educação, o regimento escolar e a PPE;

l. ler, compreender e produzir com autonomia, registros e escritas de documentos oficiais, relacionando-os com as práticas educacionais;

m. conhecer os fundamentos da contabilidade pública nos aspectos relacionados com o financiamento da educação, contabilidade da escola e da rede escolar;

n. conhecer os fundamentos da administração de materiais. Compreender e fazer relações entre os equipamentos físicos, materiais pedagógicos, educação e aprendizagem;

o. conhecer os fundamentos da estatística. Compreender e fazer relações entre estatística e planejamento, estatística e avaliação, estatística e gestão, estatística e financiamento da educação;

p. compreender criticamente a avaliação institucional e os processos de avaliação dos estudantes, das escolas e das redes de ensino.

Para que os objetivos previstos fossem alcançados a partir da formação ofertada e da disposição das disciplinas, seus conteúdos e suas atividades relacionadas, tornou-se imprescindível compreender dois elementos importantes para seu funcionamento: a modalidade de ensino implementada e os pressupostos e procedimentos balizadores da proposta avaliativa do programa.

Ao se propor uma oferta de formação a partir do perfil dos alunos(as) do Profuncionário, deve-se levar em conta alguns fatores, tais como: (i) trabalhadores não- docentes das instituições escolares, organizados em turnos diversos com jornada de trabalho