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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

EP-1013 RELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E VARIÁVEIS DE ESTRUTURA PULMONAR EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

FERNANDA RODRIGUES FONSECA; ALEXANIA DE RE; MILLENE CARDINE KOCH; ROSEMERI MAURICI DA SILVA.

nos dois períodos. Além disso, a maior redução no número de ressecções pulmonares ocorreu nos meses de março e abril de 2020, o que coincide com o período do isolamento social mais intenso e o pico em julho em Porto Alegre (RS). Suporte Financeiro: Este trabalho foi desenvolvido com suporte financeiro próprio, não havendo conflitos de interesse.

EP-1385 NOVA ABORDAGEM NA ESTABILIZAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA NO TRAUMA TORÁCICO

FERNANDO ANDRÉ DAL SOCHIO; GUILHERME CAMPOS STEPHANINI.

FADALSOCHIO@GMAIL.COM

HOSPITAL POMPEIA, CAXIAS DO SUL - RS - BRASIL.

Palavras-chave: estabilização; parede; torácica

Introdução: O tratamento do trauma torácico continua sendo um dos pilares do atendimento ao politraumatizado. As bases do atendimento ao trauma torácico seguem os moldes do ATLS (Advanced Trauma Life Support), visando estabilização inicial do paciente e diminuição da morbimortalidade. Assunto ainda muito discutido referente ao trauma torácico, que permanece sem evidências conclusivas de sua indicação é a fixação cirúrgica das fraturas costais (estabilização da parede torácica), principalmente em pacientes vítimas de múltiplas fraturas costais com grande deslocamento. A grande maioria das fraturas costais é tratada de forma conservadora, com analgesia escalonada, normalmente baseada no uso de opiáceos e analgésicos de média potência, além de fisioterapia respiratória, evoluindo com bons resultados. No entanto, um seleto grupo de pacientes vítimas de múltiplas fraturas costais pode se beneficiar da estabilização cirúrgica da parede torácica como sugerem alguns trabalhos. Objetivos: Introduzir nova técnica cirúrgica para estabilização de parede torácica em grupo de pacientes vítimas de trauma torácico com múltiplas fraturas costais. Métodos: A técnica utilizada neste trabalho consiste em uma adaptação da técnica standard. Realizamos uma toracotomia extrapleural aberta na topografia desejada, onde se procede a divulsão ou, se necessário, a abertura dos planos musculares para exposição das fraturas costais. Uma vez identificado os sítios de fratura, faz- se a regularização das costelas fraturadas através da secção de suas espículas, não ultrapassando 1,5 cm, a fim de facilitar a calcificação e a ponte óssea cirúrgica. A seguir, selecionamos a prótese de titâneo mais adequada, geralmente de 6 ou 9 cm, e estabilizamos a área fraturada mediante a firme colocação do grampo com o aplicador. Finalizamos o procedimento com uma videotoracoscopia com inventário da cavidade pleural e da parede torácica, bem como drenagem pleural e extrapleural. Resultados: Recuperação e retorno às atividades laborais de forma mais rápida, melhor resultado estético, diminuição do tempo de internação hospitalar e de cuidados intensivos. Conclusão: Mais estudos são necessário para determinar as reais indicações e benefícios da EPT. A técnica apresentada, ao nosso ver, apresenta menor morbidade intraoperatória, maior facilidade técnica, com eficácia semelhante a tecnica standard. 6) Suporte Financeiro: Uma limitação importante da EPT como um todo, independente da técnica utilizada, é o custo do material. A técnica comprovadamente diminui tempo de internação hospitalar e cuidados intensivos, no entanto estudos comparativos de custo-benefício global do procedimento ainda são necessários para o estabelecimento da mesma, principalmente no que diz respeito ao sistema único de saúde.

ANALIGIABESSA@HOTMAIL.COM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA - CE - BRASIL.

Palavras-chave: DPOC; AMBULATÓRIO; PERFIL CLÍNICO

Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um estado patológico em que há limitação parcialmente reversível do fluxo aéreo, incluindo enfisema, bronquite crônica e doença das pequenas vias aéreas. Hoje, no Brasil, é considerada a 4ª principal causa de morte, sendo o tabagismo seu principal fator de risco. Em Fortaleza, o HUWC é um dos responsáveis pelo acompanhamento e tratamento desses pacientes com seu serviço de pneumologia. Objetivos: Analisar o perfil de pacientes acompanhados ambulatorialmente por DPOC no HUWC, quanto a aspectos sociais e clínicos. Método: Preenchimento de 67 questionários, no período de 2018 a 2019, por meio de entrevista prévia à consulta desses pacientes e análise de seus prontuários. As questões abordam aspectos sociais(idade, hábito de fumar e grau de escolaridade) e clínicos(comorbidades, exacerbações prévias, grau da doença segundo GOLD, espirometria). Resultados: A idade dos pacientes varia entre 48 e 88 anos, tendo a maioria(91,04%) mais que 60 anos. Há predominância do sexo masculino(55,2%). Com base na escolaridade, revela-se maioria analfabeta (32,8%). Quanto ao estilo de vida, a maior parcela dos pacientes não é tabagista atualmente(85,7%).Em relação a comorbidades, observa-se 65,15% da amostra com HAS, 21,54% com cardiopatias e 18,18% com DM. A qualidade de vida foi avaliada pelo número de exacerbações prévias, constatando que 45,16% não teve exacerbações nos últimos 3 meses, 27,41% apresentaram uma, 9,68% duas, 3,22% três e 14,52% quatro ou mais. Baseando-se na espirometria mais atual, observa-se valores de FEV1/ CVF majoritariamente abaixo de 70 (89,55%), tendo como limite inferior 34 e superior 85,8. Em relação ao grau da doença segundo GOLD, 16,41% classificam-se como leve, 20,89% moderado, 29,85% grave, 7,46% muito grave e em 25,37% não foi possível a obtenção desse dado. De acordo com critérios do CAT, 29,85% apresentam valores abaixo de 10(impacto clínico leve), 34,32% entre 11-20(moderado), 29,85% entre 21-30(grave) e 2,98% entre 31-40(muito grave). Conclusão: Percebe-se, assim, que a amostra em geral possui idade mais avançada, o que é fator de risco para DPOC, além de necessitar de acompanhamento periódico. Ademais, a maioria avaliada(58,2%) apresenta DPOC de grau moderado a muito grave, evidenciando um serviço terciário de atenção pública. Em contraste, apesar de o sexo feminino ser fator de risco para DPOC devido a traços genéticos, a predominância do sexo masculino na amostra ainda remete à influência de fatores comportamentais, embora isso venha mudando. A pobreza é fator de risco da DPOC, apesar de não estar claro o porquê dessa associação(maior exposição a poluentes e infecções, má nutrição, aglomerações), corroborando com a grande quantidade de pessoas com menor índice de escolaridade na pesquisa. Portanto, através dessa análise, conseguiu-se traçar um perfil clínico satisfatório e coerente dos entrevistados, podendo servir como auxílio direcional futuramente. Suporte Financeiro: Nenhum.

EP-1070 VARIABILIDADE DIÁRIA DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO EM PACIENTES COM SOBREPOSIÇÃO ASMA- DPOC.

FRODRIGUESFONSECA@GMAIL.COM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL.

Palavras-chave: DPOC; IMC; TC de Tórax

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta componentes pulmonares e extrapulmonares, sendo as anormalidades nutricionais consideradas efeitos sistêmicos dessa enfermidade. Já na década de 60, foram propostos dois fenótipos da DPOC relacionando esses componentes. O fenótipo denominado “pink puffer” representaria pacientes com mais enfisema pulmonar e com depleção de massa corporal, enquanto o fenótipo denominado “blue bloaters” representaria pacientes com maior atividade hiperplásica de glândulas mucosas em vias aéreas e sem histórico de depleção de massa corporal (exceto terminalmente). Objetivo: Analisar a relação entre índice de massa corporal (IMC) e variáveis de enfisema pulmonar e espessamento de parede brônquica em pacientes com DPOC. Métodos: Pacientes acompanhados no Follow-COPD Cohort Study, atendidos no Ambulatório de Pneumologia do Hospital Universitário da UFSC, foram submetidos à antropometria, à espirometria e à tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) de tórax com quantificação pelo software Slicer. Consideraram-se o IMC, o volume expiratório forçado no primeiro segundo pós-broncodilatador (VEF1), o percentil 15 do histograma de densidade pulmonar (P15), a área de baixa atenuação em inspiração ≤ 950 UH (LAA), a área da parede da via aérea do brônquio segmentar S1 direito (WA) e a raiz quadrada da área da parede da via aérea no perímetro interno de 10 mm (Pi10). Resultados: Trinta e oito pacientes com DPOC (idade = 64 ± 8 anos, volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1)=47,0 ± 19,0%previsto, IMC = 25,24 ± 4,92 kg/m2, P15=, LAA = 27,7 ± 7,9%, WA = 63,3 ± 7,4%, Pi10 = 16,7 ± 4,0%) foram estudados, sendo 21 homens (55,3%) e 17 mulheres (44,7%). Os pacientes foram classificados quanto à gravidade da limitação ao fluxo aéreo em leve (n = 2 – 5,3%), moderada (n = 15 – 39,5%), grave (n = 11 – 28,9%) e muito grave (n = 10 – 26,3%) e também quanto à adequação da massa corporal em depleção (n = 5 – 13,2%), eutrofia (n = 14 – 36,8%), sobrepeso (n = 14 – 36,8%) e obesidade (n = 5 – 13,2%). O IMC correlacionou-se às duas variáveis de enfisema pulmonar (P15 – r = 0,34 e p = 0,04; LAA – r=-0,50 e p = 0,00) e a uma das variáveis de espessamento de parede brônquica (WA – r = 0,43 e p = 0,01; Pi10 – r=-0,28 e p = 0,09). Conclusão: O IMC relacionou-se inversamente ao enfisema pulmonar (correlações positiva com P15 e negativa com LAA) e diretamente ao espessamento de parede brônquica (correlação positiva com WA). Os resultados deste estudo suportam a hipótese de que pacientes com DPOC mais magros apresentam mais destruição parenquimatosa, enquanto pacientes com DPOC menos magros apresentam mais doença de vias aéreas. Referências: 1. Agusti AGN. COPD, a multicomponent disease: implications for management. Respir Med. junho de 2005;99(6): 670–82. 2. Filley GF, Beckwitt HJ, Reeves JT, Mitchell RS. Chronic obstructive bronchopulmonary disease. II. Oxygen transport in two clinical types. Am J Med. janeiro de 1968;44(1): 26–38.

EP-1020 ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM DPOC DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO (HUWC) EM FORTALEZA/CE

ANA LÍGIA MEDEIROS DO NASCIMENTO; ANA LETÍCIA FARIAS BARROSO; BIANCA CASTRO MARTINS DE OLIVEIRA TEÓFILO; CARLOS VICTOR BRASILEIRO BARBOSA GUIMARÃES; RAQUEL ESPÍNOLA SALDANHA; SOPHIA DE OLIVEIRA MARTINS.

Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Mortalidade; Grupos Etários

Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um desafio para o sistema de saúde atualmente. Relacionada ao tabagismo, caracterizada por obstrução crônica das vias aéreas e perda de função pulmonar, tem alta mortalidade, principalmente quando grave, com potencial incapacitante. Visto o seu impacto, estudos sobre sua mortalidade nos últimos anos são importantes. Objetivos: Estimar e comparar taxas de mortalidade por DPOC por sexo e faixa etária em Minas Gerais (MG) em 2017 e 2018 e compará-las com as taxas obtidas na região Sudeste e no Brasil. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo ecológico, feito por meio de dados sobre o número de óbitos e taxas de mortalidade específicas anuais por DPOC extraídos do DATASUS e de estimativas populacionais em conjunto com o IBGE de acordo com o local de residência, utilizando-se as variáveis faixa etária, sexo, região e Unidade da Federação, nos períodos 2017 e 2018. Os dados limitaram-se a indivíduos com mais de 40 anos. O cálculo da taxa de mortalidade foi feito pela razão entre o total de óbitos de uma população e a população residente sob as mesmas variáveis naquele ano, multiplicada por 100.000 habitantes (hab.). A DPOC foi definida pelos códigos J41-J44 da CID-10. Como trata-se de um estudo realizado a partir de informações sob domínio público, não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Em MG, para todas as faixas etárias do sexo feminino analisadas, houve redução do coeficiente de mortalidade e de mortes por DPOC, exceto na faixa etária 60-69 anos, em que houve aumento da taxa de mortalidade, passando de 36,75 para 37,52 a cada 100.000 hab., e dos óbitos absolutos, de 330 para 350. Para o sexo masculino, houve redução dos coeficientes de mortalidade para todas as faixas etárias, assim como redução do número absoluto de óbitos para cada. No Sudeste, analisando mulheres entre 60-69 anos, os coeficientes de mortalidade e o número absoluto de mortes por DPOC também aumentaram entre 2017 e 2018, passando de 42,27 para 43,02 a cada 100.000 hab. e de 1639 para 1731 mortes, respectivamente, sendo a única região do país em que aumentaram ambos os dados para esse grupo. No Brasil, apesar do aumento dos óbitos para essa mesma faixa etária e sexo, que passou de 3625 para 3705 mortes, não houve elevação do coeficiente de mortalidade, que reduziu de 44,20 para 44,13 a cada 100.000 hab. Conclusão: Portanto, em MG, para as mulheres entre 60 e 69 anos, as taxas de mortalidade e o número absoluto de óbitos por DPOC foram maiores em 2018 do que em 2017, contrariando o que ocorreu para outras idades analisadas. Para essa mesma faixa etária também se observou aumento do coeficiente de mortalidade e de mortes no Sudeste. Assim, observa- se a mesma tendência para essas idades em ambos os locais, o que requer atenção para estudos dessas variáveis e de seu comportamento nos próximos anos e possíveis estratégias para reversão. Suporte Financeiro: Nesse estudo, não houve suporte financeiro.

EP-1131 CORRELAÇÃO DO PERFIL SISTÊMICO DE CITOCINAS EM LINFÓCITOS T CD4+ COM CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E FUNCIONAIS NA DPOC ESTÁVEL

JULIANA SOUZA UZELOTO1; DIONEI RAMOS1; PAULO ROBERTO

GOMES1; JAMES FALCONI BELCHIOR2; ALESSANDRA CHOQUETA

DE TOLEDO ARRUDA3; ERCY CIPULO RAMOS1.

JULIANA_UZELOTO@HOTMAIL.COM

1. UNESP, PRESIDENTE PRUDENTE - SP - BRASIL; 2. HOSPITAL

ANA PAULA ADRIANO QUEIROZ; ALEXANIA DE RE; FERNANDA RODRIGUES FONSECA; ROSEMERI MAURICI DA SILVA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL.

Palavras-chave: DPOC; ACO; PFER

Introdução: A sobreposição asma-DPOC (Asthma- COPD overlap – ACO) é definida pela Global Initiative for Asthma (GINA) e Global Initiative of Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) como a limitação persistente ao fluxo aéreo, com características simultâneas de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ainda existem divergências quanto ao diagnóstico de ACO, como esses pacientes se comportam clinicamente e suas particularidades em comparação a pacientes com DPOC. A monitorização de pico de fluxo expiratório (PFE) é recomendada pela GINA para manejo de asma e já tem sido estudada na DPOC. Entretanto, pouco se sabe sobre essa avaliação em pacientes com ACO. Objetivo: Comparar a variabilidade diária do PFE entre pacientes com DPOC e com ACO clinicamente estáveis acompanhados pelo Follow-COPD Cohort Study. Métodos: Participantes foram submetidos à avaliação com pneumologista para investigação do histórico de asma e à espirometria. A contagem de eosinófilos sanguíneos foi realizada em laboratórios terceirizados, mediante encaminhamento ao Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico de ACO deu-se pelo critério do COPD History Assessment in Spain. Foram analisados os valores matutinos e noturnos do PFE de sete dias consecutivos, por intermédio de um medidor portátil de PFE, sendo calculados a variação diária do PFE (V-PFE = valor matutino – valor noturno) e o percentual de variação (P-PFE = V-PFE x 100 / maior valor diário). Resultados: A amostra foi composta por 37 participantes, dos quais 13 (35,1%) foram diagnosticados com ACO. O grupo DPOC e o grupo ACO foram compostos, respectivamente, por 13 (54,2%) e 7 (53,8%) homens, com idade de 66 ± 7 e 63 ± 11 anos, índice de massa corporal (IMC) de 23,5[20,6-29,4] e 25,1[22-32,3] kg/m² e volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) de 45 ± 16,8% e 51,7 ± 14% do previsto. Conforme estabelecido pela GOLD, a limitação ao fluxo aéreo foi classificada como leve/moderada em 37,5% (n = 9) e em 46,2% (n = 6) dos participantes e como grave/muito grave em 62,5% (n = 15) e 53,8% (n = 7) dos participantes nos grupos DPOC e ACO, respectivamente. O valor médio do pico de fluxo matutino e noturno nos grupos DPOC e ACO foram 194,4 ± 56,2 vs 244 ± 75,4 e 200 ± 62,5 vs 241 ± 79,2, enquanto o V-PFE foi de 19,6 ± 13,7 vs 25,1 ± 12,7 e o P-PFE de 9,4 ± 5,9% vs 9,8 ± 4,9%, respectivamente (p > 0,005). Conclusão: A variação diária do PFE foi maior nos pacientes com ACO, em comparação aos pacientes com DPOC, entretanto, o percentual desta variação foi semelhante entre os grupos. Referência COSIO, B. G. et al. Defining the Asthma-COPD Overlap Syndrome in a COPD Cohort. Chest, v. 149, n. 1, p. 45–52, jan. 2016. SO, J. Y. et al. Daily Peak Expiratory Flow Rate and Disease Instability in Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Chronic Obstructive Pulmonary Diseases (Miami, Fla.), v. 3, n. 1, p. 398–405, 11 nov. 2015.

EP-1124 ANÁLISE DAS TAXAS DE MORTALIDADE POR DPOC EM MINAS GERAIS EM 2017 E 2018 E OUTROS ACHADOS

VINICIUS MORO GORLA; GABRIEL MARINHO E SILVA; GIULIA DE ASSIS QUEIROZ; RAFAEL SHIGUETARO LEMOS SUDO; STEFAN VILGES DE OLIVEIRA.

VINICIUSMOROGORLA@HOTMAIL.COM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, UBERLÂNDIA - MG - BRASIL.

sejam implementadas. Objetivo: Avaliar a ocorrência de fenótipos relacionados a A1AT em pacientes do serviço de Pneumologia de um hospital terciário. Métodos: Trata- se de estudo descritivo e prospectivo de fenotipagem de pacientes aleatórios em enfermaria de pneumologia. Foi utilizado o A1AT Genotyping Test (Progenika, Grifols) que analisa 14 mutações mais prevalentes no DNA extraído do swab oral. Resultados: O estudo foi realizado de agosto de 2019 a março de 2020. Foram incluídos 60 indivíduos, sendo 53 com patologias pulmonares prévias e os demais eram familiares de casos confirmados. A idade média foi de 63,45 anos (15 -86 anos) e 32 (53.3%) eram de sexo masculino. Em relação a doença pulmonar prévia, 55% apresentavam DPOC e 26.6% asma; 46.6%(28) dos pacientes eram ex-tabagistas e 11.6% (7) eram tabagistas ativos. Em relação a presença de mutações, 16 (26.6%) pacientes apresentaram fenótipo não MM, sendo: 37.5% PiMS, 37.5% PiMZ, 12.5 % PiZZ, 1 paciente com PiZQ0 Mattawa e 1 PiMQ0 Mattawa. Conclusão: As diretrizes de DPOC da ATS recomendam teste de deficiência de A1AT em todos os indivíduos com obstrução persistente ao fluxo de ar. O presente estudo, que avaliou principalmente pacientes com diagnóstico de DPOC e asma, evidenciou a presença do fenótipo não MM em 16.5% dos casos, inclusive com o achado do alelo Q0/Mattawa raramente descrito. Três pacientes (5%) apresentavam fenótipos compatíveis com deficiência de A1AT. Concluímos que a presença de deficiência A1AT não deve ser negligenciada no Brasil. Suporte financeiro: A1AT Genotyping Test realizados pelo laboratório Griffols.

EP-1174 HEREDOGRAMA DE MUTAÇÃO RARA DE ALFA-1- ANTITRIPSINA

THAIS GREGOL DE FARIAS1; MILLENA MELO GALDINO1; GABRIEL

DOMINGUES DOS SANTOS1; YÁSKARA DUARTE ASSIS1; JOÃO

PEDRO RODRIGUES DE MELO2; MARIA VERA CRUZ DE OLIVEIRA

CASTELLANO2.

THAGREGOL@HOTMAIL.COM

1. HSPE - IAMSPE, SAO PAULO - SP - BRASIL; 2. HSPE - IAMSPE, SÃO PAULO - SP - BRASIL.

Palavras-chave: Heredograma; Alfa 1 antitripsina; Mutação Introdução: A alfa-1-antitripsina (A1AT) é uma glicoproteína responsável pela inibição de várias enzimas, tais como a tripsina, a elastase neutrofílica e a protease-3. Sua deficiência é fruto de uma doença genética autossômica recessiva que manifesta-se clinicamente por enfisema pulmonar de início precoce, paniculite e vasculite em adultos. A prevalência mundial de deficiência de A1AT é de 1: 2.000-5.000, tendo um número absoluto estimado de 3,4 milhões de indivíduos, sendo uma das doenças genéticas mais comuns. As indicações de investigação incluem DPOC, bronquiectasias, asma, doença hepática de causa desconhecida e familiares consanguíneos de pacientes com deficiência de A1AT. A A1AT exibe um alto grau de polimorfismo genético com mais de 100 variantes. Os genótipos deficientes PiMS, PiSS, PiMZ, PiSZ e PiZZ estão presentes em 5-20% da população e expressam 80%, 60%m 55%, 40% e 15% da A1AT sérica respectivamente. Além disso, existem aproximadamente 25 alelos deficientes raros, que expressam níveis reduzidos de A1AT e 25 alelos null, como o Q0Mattawa, que expressam níveis indetectáveis (Relato de caso: Homem, 66 anos, com história de crises de broncoespasmo desde os 20 anos, diagnosticado como Asma. Evoluiu com progressão da dispneia e pneumonias de repetição. Negava tabagismo e outras exposições ambientais, assim como antecedente familiar de doenças pulmonares obstrutivas. Tomografia de tórax evidenciou enfisema centrolobular e

REGIONAL DE PRESIDENTE PRUDENTE, PRESIDENTE PRUDENTE - SP - BRASIL; 3. UFRJ, NITOROI - SP - BRASIL.

Palavras-chave: DPOC; Inflamação; Fenótipos

Introdução: A análise de citocinas intracelulares pode fornecer uma visão mais detalhada do complexo processo inflamatório sistêmico que ocorre na DPOC, contudo, esta ferramenta não é bem explorada nessa população. Por ser uma doença heterogênea, associações entre características biológicas, clínicas e funcionais podem ajudar no desenvolvimento de abordagens mais precisas para o tratamento destes pacientes. Objetivo: Avaliar a expressão de citocinas intracelulares em linfócitos T CD4+ e investigar a correlação entre a expressão de biomarcadores com características clínicas e funcionais de pacientes com DPOC estável. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual foi coletado o sangue periférico de 36 pacientes com DPOC, e foi investigada a expressão de citocinas (IL-8, IL-13, IL-17, IL-6, IL-2, IL-10 and TNF-α) em linfócitos T CD4+, por citometria de fluxo. Adicionalemente, foram avaliadas a função pulmonar, sinais vitais, força muscular periférica e nível de atividade física. O estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNESP de Presidente Prudente (CAAE: 77909317.2.0000.5402). Resultados: A amostra foi composta por 19 homens, apresentou média de idade de 69,67 ± 7,3 anos e VEF1 de 52,81 ± 20 % do predito. Pacientes com maior obstrução brônquica, de acordo com o GOLD, apresentaram maior proporção de linfócitos CD4+IL-2+ em comparação com pacientes menos graves. Foi observada correlação positiva entre a expressão das citocinas IL-13, IL-17, IL-6, IL-2, IL-10 e TNF-α em linfócitos T CD4+. Além disso, houve correlação positiva entre linfócitos T CD4+IL-10+ e força muscular de flexores de joelho (p = 0,003; r = 0,493 e extensores de joelho (p = 0,014; r = 0,413) e correlação negativa entre linfócitos T CD4+IL-8+ e saturação periférica de oxigênio (p = 0,031; r=- 0,361) e passos por dia (p = 0,043; r=-0,339). Conclusão: O comprometimento pulmonar está associado a uma maior proporção de linfócitos T CD4+IL-2+ circulantes na DPOC estável. Além disso, as proporções de linfócitos T CD4+IL-8+ e IL-10+ apresentaram correlação com características clínicas e funcionais. Suporte financeiro: