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INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E MICOSES

EP-1015 TUBERCULOSE ENDOBRÔNQUICA SIMULANDO ASMA DE INÍCIO TARDIO.

DIANDRA FLAVIA MANFROI1; LÊDA MARIA RABELO2; ELISSA

AYUMI OKUNO2; STELLA BOZZA KAPP2.

DIANDRAMANFROI@HOTMAIL.COM

1. COMPLEXO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ, PALOTINA - PR - BRASIL; 2. COMPLEXO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ, CURITIBA - PR - BRASIL.

Palavras-chave: TUBERCULOSE ENDOBRÔNQUICA; TUBERCULOSE; GRANULOMA CASEOSO

Introdução: A tuberculose endobrônquica (TE) é infecção da árvore traqueobrônquica com evidências histopatológicas e microbianas, com ou sem comprometimento parenquimatoso. Cerca de 10-40% dos pacientes com tuberculose pulmonar ativa têm TE. Esta condição pode simular diversas doenças pulmonares, tais como pneumonia, carcinoma broncogênico e asma brônquica. A apresentação clínica é variável, e depende do local e grau de acometimento da via aérea. Relato de caso: Paciente feminino, 56 anos, sem comorbidades conhecidas. Interna com febre, dispneia aos esforços e tosse seca de início recentes; além de sibilância há 5 meses, época na qual, recebeu o diagnóstico presuntivo de asma, sendo iniciado beclometasona inalatória, sem melhora do quadro. Primeira tomografia de tórax (TC) em serviço externo com 3 dias de sintomas com derrame pericárdico moderado, condensações alveolares com broncogramas aéreos, além de importante opacidade de aspecto em vidro fosco. Exames laboratoriais sem leucocitose ou linfopenia, procalcitonina negativa e proteína C reativa alta. Evoluiu com piora do broncoespasmo e da dispneia, nova TC apresentando além dos achados anteriores, espessamento parietal circunferencial do brônquio-fonte esquerdo e do brônquio lobar inferior esquerdo, com importante redução do diâmetro luminal com o proposto pela RSNA. Pacientes com RT-PCR inicial

negativo e com maior suspeita de COVID-19 na avaliação independente de dois médicos infectologistas foram submetidos a um segundo RT-PCR. Resultados Foram incluídos 76 pacientes no estudo (média de idade 59.2, ±15.0; 48 [63.2%] homens), todos com apresentação tomográfica típica e diagnóstico confirmado de COVID-19 por meio do padrão-ouro. Dos 76 pacientes, 70 tiveram um RT-PCR inicial positivo, enquanto 6 tiveram um RT- PCR inicial falso-negativo, com positivação do teste em uma segunda coleta realizada após o resultado do primeiro exame. O tempo de duração dos sintomas na apresentação à emergência nos pacientes com RT-PCR inicial falso-negativo foi maior em relação ao outro grupo (mediana 12.5 dias, intervalo interquartil 10.0-13.0, p = 0.02). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos em relação a comorbidades, sintomas gerais, exames laboratoriais e achados tomográficos. Os pacientes com RT-PCR inicial negativo apresentaram mais comumente mialgia (p = 0.02). Conclusão: Resultados negativos do RT-PCR em pacientes com alta suspeita clínica/laboratorial e com achados tomográficos típicos levantam a necessidade de suspeição clínica para resultados falso-negativos. No nosso grupo de pacientes, o maior tempo de duração dos sintomas e a presença de mialgia esteve mais presente no grupo com resultado falso-negativo inicial. Novos estudos devem ser realizados para identificar fatores associados a RT-PCR inicial falso- negativo. Suporte Financeiro: O presente estudo contou com financiamento próprio dos pesquisadores.

EP-1292 RELATO DE CASO DE ALTERAÇÃO TOMOGRÁFICA SUGESTIVA DE DOENÇA VASCULAR RELACIONADA A INFECÇÃO POR COVID-19: ˜SINAL DO ALVO˜

SILVIA LUNARDI ROCHA; FERNANDA LINHARES DE CARVALHO PEREIRA; LAURA GOMES MACHADO; CAMILA CARDOSO PERPÉTUO; CLAUDIA JULIANA DE REZENDE.

SILVIALR12@GMAIL.COM

HOSPITAL MADRE TERESA, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL.

Palavras-chave: Infecções por coronavirus; Tomografia; Sinal do alvo

Introdução: A tomografia computadorizada (TC) de tórax tem sido bastante utilizada no diagnóstico, manejo clínico e avaliação de possíveis complicações da pneumonia pelo novo coronavírus (COVID-19). Os achados da TC de tórax na infecção por coronavírus estão associados às fases de apresentação da doença, sendo os mais frequentes opacidades com atenuação em vidro fosco, áreas de pavimentação em mosaico e de consolidação, muitas vezes arredondadas e com distribuição predominantemente periférica. Recentemente, observamos na TC de tórax um padrão de opacidade anelar com acometimento perivascular, o “sinal do alvo”. Relato de caso: Paciente L.N.M, 50 anos, masculino, internado no serviço de pneumologia do Hospital Madre Teresa, com quadro de com sintomas gripais há 15 dias, febre e dispneia leve e diagnóstico confirmado de infecção respiratória por coronavírus (COVID-19) através do RT-PCR SARS-COV2 detectável. Havia realizado TC de tórax com 10 dias após início do quadro que evidenciou inúmeras pequenas opacidades em vidro fosco, de distribuição centrolobular e subpleural, acometendo de 25 a 50% do volume pulmonar total. Realizada nova TC de tórax com 16 dias de evolução do quadro na qual verificou-se o padrão descrito como uma opacidades pulmonar anelares contendo, no seu centro, pequena área nodular em vidro fosco circundando estrutura vascular, cuja combinação tem aspecto semelhante a um

pode ser positivo no “teste rápido” por reatividade cruzada com outros vírus ou vacinação contra gripe. Ademais, só 29,5% afirmou que o achado laboratorial menos comum é diminuição de procalcitonina, dentre linfopenia, elevação de D-dímero, aumento da ferritina e anemia. 40,6% mostra certo domínio radiológico, assinalando que alterações pulmonares no estado avançado da pneumonia por COVID-19 têm distribuição principal periférica, média e baixa e revelam processo assíncrono. Sobre as complicações, a maioria (34,5%) marcou incorretamente que os critérios de Berlin da SDRA são respeitados em pacientes com SDRA por COVID-19, quando seu tempo de início é maior que uma semana (8 a 12 dias). Sobre conduta em síndrome gripal, 71,2% concorda na necessidade de pesquisar dispneia se SpO2 Conclusão: Em geral, conhecimentos de sintomatologia, aspectos de gravidade e conduta são mais bem difundidos entre os estudantes de Medicina do estado. Já conhecimentos sobre exames laboratoriais e perfil imunológico ainda carecem de maior consolidação no grupo, pois a taxa de acertos foi baixa. Suporte Financeiro: Nenhum.

EP-1028 PNEUMONIA NECROSANTE DERRAMADA EM PACIENTE JOVEM - RELATO DE CASO

CAROLINA HABER MELLEM1; RODRIGO HABER MELLEM2; VALERIA

DE ARGOLLO HABER MELLEM2; VIVIANE BARNABÉ3.

CAROL.AUSTRALIA@HOTMAIL.COM

1. UNICID, SAO PAULO - SP - BRASIL; 2. UNIMAR, MARÍLIA - SP - BRASIL; 3. UNICID, SÃO PAULO - SP - BRASIL.

Palavras-chave: Necrotizing pneumonia; Pulmonary gangrene; Complication

Introdução: Pneumonia necrosante (PN) é uma complicação incomum, porém grave, da pneumonia adquirida na comunidade e está associada à alta morbimortalidade. Situada em um espectro entre abscesso e gangrena pulmonar, a PN é caracterizada por inflamação pulmonar com consolidação, necrose periférica e múltiplas pequenas cavidades. Entre os agentes causais destacam-se Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Nocardia, Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pneumoniae. Ocorre mais frequentemente no sexo masculino, em adultos e idosos, e está associada a estados de imunossupressão. Relato de caso: Paciente sexo feminino, 17 anos, previamente hígida, compareceu com queixa de dor de garganta, tosse produtiva e dispneia intensa há 10 dias. Havia feito o uso de azitromicina e, posteriormente, ciprofloxacino, isoladamente por 7 dias, sem melhora. Ao exame apresentava regular estado geral, com ausculta pulmonar evidenciando murmúrios vesiculares reduzidos em base direita, SpO2 91%, sem outras alterações. Foi solicitado RX tórax e TC tórax, os quais evidenciaram abcesso em seguimento superior do lobo inferior direito; duas opacidades liquefeitas a esquerda; ectasia de tronco pulmonar; derrame pericárdico; derrame pleural a direita e atelectasia adjacente. Sorologias para infecções sexualmente transmissíveis, pesquisa de BAAR e cultura de Bx pulmonar e pleural apresentaram- se negativas. A cultura de LBA revelou presença de Lactococcus rafinolactis. Tendo como diagnóstico PN derramada, foi realizada a internação com drenagem de tórax e decorticação videolaparoscópica a direita. Durante a internação, recebeu piperaciclina-tazobactam, oxecilina e levofloxacina por 19 dias, apresentando melhora do quadro. Recebeu vacina contra pneumococo e receita de amoxiciclina+clavulanato por 21 dias para seguimento do tratamento em casa. Discussão: A PN inicia-se com processo inflamatório focal e progride até destruição do desses, linfodomegalia hilar esquerda e derrame pleural

á esquerda. Realizado lavado broncoalveolar com ziehl positivo e teste rápido molecular para tuberculose positivo. Iniciado esquema RIPE e prednisona 20 mg/dia para TE. Paciente retorna em 1 mês com melhora importante dos sintomas. Análise da histologia do fragmento de biópsia brônquica mostrou presença de granuloma caseoso e pesquisa para micobactérias positiva, confirmando diagnóstico e excluindo malignidade. Discussão: Chung et al. dividiram a TE em sete subtipos, conforme as características observadas durante a broncoscopia: caseosa, fibroestenótica, edematosa-hiperêmica, tumoral, ulcerativa, granular e não específica. No caso em questão, nossa paciente enquadra-se no subtipo granular. Essa classificação é de grande valor para prever o desfecho terapêutico da TE. Embora os motivos não sejam claros, a TE é mais comum em pacientes do gênero feminino e na população infantil. A importância do diagnóstico deve-se ao fato de que 90% dos pacientes acometidos terão algum grau de estenose brônquica, resultado da cicatrização concêntrica e fibrose traqueobrônquica. Esta semi obstrução da luz da via aérea pode resultar em atelectasias e pneumonias de repetição. O tratamento ocorre da mesma forma que a TB pulmonar. Quanto à prevenção da estenose e seus efeitos, o uso da corticoideterapia é controverso, uma vez que a maioria dos pacientes desenvolverá estenose brônquica, independente do uso de corticóide sistêmico. A indicação cirúrgica seria somente para pacientes com importante estenose traqueobrônquica residual, após o tratamento quimioterápico da TB ativa. Suporte Financeiro: Nenhum.

EP-1017 CONHECIMENTOS SOBRE COVID-19 ENTRE ACADÊMICOS DE MEDICINA DO CEARÁ

BIANCA CASTRO MARTINS DE OLIVEIRA TEÓFILO; ANA LETÍCIA FARIAS BARROSO; YURI MEDEIROS BEZERRA; RAQUEL ESPÍNOLA SALDANHA; SOPHIA DE OLIVEIRA MARTINS; ANA LÍGIA MEDEIROS DO NASCIMENTO.

BIANCACMOTEOFILO@GMAIL.COM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA - CE - BRASIL.

Palavras-chave: COVID-19; Ceará; SARS-CoV-2

Introdução: COVID-19 (coronavirus disease 2019) é uma infecção respiratória pelo vírus recém-reconhecido SARS- CoV-2. Sua disseminação foi rápida, tornando-se pandemia em março de 2020. No Brasil, a doença sobrecarregou o sistema de saúde, já que boa parte dos sintomáticos pode evoluir de forma grave; no Ceará, no começo de maio, atingiu-se lotação de enfermaria e UTI superior a 90%, exigindo conhecimentos novos de gestão em saúde e de clínica por médicos. Nesse contexto, é importante o engajamento e a informação de médicos em formação sobre o assunto. Objetivo: Analisar o conhecimento da doença por acadêmicos de Medicina do Ceará. Método: O estudo é transversal. Voluntários preencheram TCLE (modelo CEP/CONEP) e questionário online de dez questões de múltipla escolha sobre a doença. Resultados: Foram 261 participantes do 1º ao 11º semestre. 68,2% deles assinalaram corretamente que o sintoma mais incidente na COVID-19, além de febre, é tosse e 92,3% concordou que aspectos pulmonares e hemodinâmicos são importantes para determinar severidade, exibindo bom conhecimento sobre clínica. 31,4% acertou que o achado mais incomum é linfonodomegalia, entretanto 29,5% marcou congestão conjuntival e 15,3% artralgia e/ou mialgia, mostrando confusão em relação a sintomas menos usuais. Os acadêmicos em geral revelaram desconhecimento em alguns tópicos laboratoriais. Apenas 8% assinalou que IgM

deve ser reservada para situações específicas como no surgimento de anormalidade na radiografia que sugira outra patologia ou quando o paciente persistir com os sintomas respiratórios semanas após a recuperação, como é o caso da paciente. Casos publicados até então tem achados semelhantes, incluindo também: consolidações, pavimentação em mosaico, derrame pleural, sinal do halo invertido, broncograma aéreo que podem estar presentes a depender da gravidade. De acordo com a OMS, os sintomas persistentes mais comuns são: fadiga 53%, dispneia 43%, dores articulares 27%. Contudo, ainda há poucas informações sobre as sequelas a longo prazo da COVID-19, o que dificulta afirmar qual a recuperação da doença e qual o risco de desenvolver desordens na função respiratória. Entretanto, alguns dados e evidências sugerem o potencial de comprometimento contínuo. Já foi identificado alterações persistentes na função pulmonar de alguns pacientes, tais como a restrição e a diminuição da capacidade de difusão, o que pode aparecer também em formas leves da doença como no caso. Suporte financeiro: Nenhum

EP-1040 RELATO DE CASO – CRIPTOCOCOSE PULMONAR ISOLADA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE.

FRANCIELE STRAPAZZON1; CECILIA NETTO COSTA DA FONSECA2;

FELIPE CADORE KLABUNDE1; FLAVIA GABE BELTRAMI1; MARCELO

BASSO GAZZANA1.

FRAN.STRAPAZZON@GMAIL.COM

1. HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL; 2. HOSPITAL MOINHOS DE VENTO - RS, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.

Palavras-chave: Criptococose pulmonar; Imunocompetente; Infecção fúngica

Introdução: A criptococose é uma infecção fúngica invasiva causada por Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii, mais prevalente em pacientes imunocomprometidos, entretanto nos últimos anos vem se tornando mais comum entre os pacientes imunocompetentes. A infecção ocorre pela inalação do fungo ou leveduras. Após a inalação é causada uma pneumonite focal que pode ou não ser sintomática. Relato de caso: Paciente feminina, 34 anos, hipotireoideia controlada, tabagista (2,2 anos/maço). Procura emergência do Hospital Moinhos de Vento por febre, prostração e dor ventilatório dependente à esquerda há cinco dias. Sem tosse. Sinais vitais da chegada dentro dos valores da normalidade. Raio - x de tórax: opacidade com densidade heterogênea na periferia da pirâmide basal esquerda, imagens grosseiramente nodulares mal definidas esparsas nos pulmões, medindo até 1,1 cm terço médio à direita. Prosseguimento da investigação com angiotomografia pulmonar: sem sinais de embolia; grande lesão escavada de paredes espessadas e anfractuosas, a maior na periferia lateral da pirâmide basal esquerda com amplo contato pleural, medindo 5,6 x 4,0 cm nos maiores eixos transversos. Opacidades nodulares com densidade de partes moles, com áreas em vidro-fosco periféricas, bilateralmente, medindo até 1,5 x 1,2 cm no lobo superior direito. Linfonodomegalias nas cadeias hilar esquerda e mediastinais o maior paratraqueal superior à direita, medindo 1,8 x 1,2 cm. A paciente não conseguiu realizar coleta de escarro para exame devido à pequena quantidade de secreção. Não foi realizada punção lombar. Visando ao diagnóstico específico, foi realizada fibrobroncoscopia que apresentou sinais inflamatórios inespecíficos em brônquio do lobo inferior esquerdo, com cultura positiva para Cryptococcus neoformans, com pesquisas de bacilos álcool-acido resistentes e malignidade negativas. A parênquima pulmonar. Pode complicar com abcesso ou

gangrena pulmonar e rapidamente precipitar falência respiratória. O diagnóstico é clínico e radiológico. O quadro clínico varia desde oligossintomático, com sintomas inespecíficos, até falência respiratória rapidamente progressiva, com queixas de quadro pneumônico. A TC tórax é o exame essencial para diagnóstico e indicação de tratamento cirúrgico precoce, que potencialmente diminui a morbimortalidade. Liquefação pulmonar é o achado característico encontrado neste exame. O acometimento pleural pode se manifestar como derrame e/ou espessamento. A abordagem terapêutica deve ser agressiva com fluidos intravenosos, antibióticos de amplo espectro e com cobertura anaeróbica e acompanhamento radiológico seriado. O presente caso aponta paciente jovem, fora do grupo de prevalência, que não recebeu diagnóstico precoce e evoluiu com quadro pulmonar grave. Além disso, não houve resposta ao tratamento inicial, o que contribuiu para o surgimento de complicações da PN, necessitando de intervenção cirúrgica.

EP-1034 ACHADOS TOMOGRÁFICOS E PERSISTÊNCIA DE SINTOMAS NA COVID-19: UM RELATO DE CASO

CAMILA RIBEIRO COIMBRA; NATHANY DAYRELL FERREIRA; GABRIELLE FERRAZ ALVES DE LIMA; ANTONY ROCHA PORFÍRIO; LORRAYNNE GABRIELLE BORBOREMA BRAZ.

MILACARBO@YAHOO.COM.BR

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI, DIAMANTINA - MG - BRASIL.

Palavras-chave: COVID-19; tomografia de tórax; coronavírus

Introdução: A COVID-19 é uma doença causada pelo SARS-CoV-2, de espectro clínico variável. Pesquisas recentes demonstram a presença de anormalidades residuais na tomografia computadorizada em cerca de 50% dos pacientes que recebem alta, nem sempre associadas à gravidade da doença. Relato de caso: Mulher, 47 anos, procedente de Diamantina MG. Atendida dia 10/07 queixando-se de “cansaço aos esforços”. Relata que dia 08/06 iniciou quadro de febre, sem melhora ao uso de paracetamol. Procurou o pronto atendimento quando foi receitado Oseltamivir e Azitromicina por 05 dias. Utilizou a medicação e manteve febre. Posteriormente (22/06) procurou a UBS e realizou o teste rápido com resultado positivo para COVID-19. Manteve dispneia aos esforços, associada a hiporexia. Nega comorbidades. Exame físico sem alterações. Exames prévios: TC DE TÓRAX (06/07/2020): Áreas multifocais de atenuação em vidro fosco esparsas e bilaterais, predominantemente periféricas, de distribuição principal nos lobos inferiores, associado a espessamento septal interlobular de padrão liso. Diminutos nódulos com densidade de partes moles e não calcificados, localizados na região subpleural do segmento basal posterior do lobo inferior esquerdo, medindo 4 mm e segmento lateral do lobo médio, medindo 3 mm, incaracterísticos. Ausência de sinais de linfonodomegalia mediastinal ou peri-hilar. Achados comumente relatados para pneumonia por COVID-19 estão presentes. Extensão do comprometimento entre 25 e 50 % - moderado. Solicitado sorologia cujo resultado (13/07/2020) foi: IgM: 2,83 AU/ml. Reagente / IgG: 5,30 AU/ml. Reagente. Discussão: Não existe ainda um protocolo oficial sobre a utilização de exames de imagem na COVID-19. Assim, os estudos defendem que eles devem ser pedidos baseando-se na conduta realizada para outras doenças já conhecidas, como a PAC. Apesar de na China ter sido bastante utilizada, a TC de tórax

em dose alta, evoluindo por conseguinte com melhora progressiva da hipoxemia e achados tomográficos. Discussão: A síndrome de platipneia-ortodeoxia já foi descrita em pacientes com forame oval patente e/ou defeitos do septo interatrial, malformações arteriovenosas, síndrome hepatopulmonar, doenças parenquimatosas extensas, disfunção autonômica, entre outros. Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes incluem shunt intracardíaco ou intrapulmonar, desequilíbrio de ventilação- perfusão (V/Q) ou combinação destes. Acreditamos que o extenso acometimento intersticial decorrente da resposta inflamatória à infecção pelo SARS-CoV-2 neste paciente tenha sido responsável pelo distúrbio V/Q e consequente SPO. Suporte Financeiro: Não houve financiamento para este trabalho

EP-1060 REINFECÇÃO POR SARS-COV-2 OU REATIVAÇÃO DA COVID-19 EM PACIENTE COM SINTOMAS LEVES?

THAIS DOURADO MATOS DE SOUZA; THIAGO MEIRA GOES; FERNANDA DE SOUZA E SILVA DANTAS; CAMILA MELO COELHO LOUREIRO; JULIANE PENALVA COSTA SERRA; JAMOCYR MOURA MARINHO.

THAISDOURADOMS@GMAIL.COM

HOSPITAL SANTA IZABEL- SANTA CASA DA BAHIA, SALVADOR - BA - BRASIL.

Palavras-chave: Reinfecção por coronavírus; coronavírus; SARS-CoV-2

Introdução: O espectro clínico da Coronavirus Disease-2019 (COVID-19) pode variar desde quadros assintomáticos/ oligossintomáticos até insuficiência respiratória aguda grave. Recentemente, trabalhos na literatura demonstraram a queda dos níveis de anticorpos após dois a três meses, sobretudo em pacientes com quadros leves. Ainda não está claro se pode ocorrer reinfecção ou reativação da doença. Relato de caso: Paciente feminina, 55 anos, técnica de enfermagem, sem comorbidades prévias, refere história de mialgia, cefaleia, tosse seca e ageusia. Tomografia computadorizada (TC) de tórax normal. Teve diagnóstico de COVID-19 por RT-PCR-SARS-CoV-2 detectável, medicada com ivermectina, azitromicina e sintomáticos. Evoluiu com resolução completa dos sintomas, retornando às suas atividades laborais após 14 dias de isolamento domiciliar. Após cerca de 30 dias, a paciente voltou a apresentar sintomas gripais, com tosse intensa e dispneia mMRC 2, motivo pelo qual procurou novo atendimento em unidade de emergência. Admitida com hipoxemia leve, sem outras alterações ao exame físico. Exames laboratoriais evidenciaram leucograma normal, linfopenia e aumento de provas inflamatórias. Sorologia para SARS-CoV-2 IgG e IgM negativos, entretanto novo RT-PCR-SARS-CoV-2 detectável. TC de tórax evidenciou opacidades com atenuação em vidro fosco com distribuição periférica e opacidades consolidativas, por vezes, com padrão perilobular, além de pequeno derrame pleural bilateral e pericárdico. Iniciado tratamento com metilprednisolona, corticoide inalatório e broncodilatador, medidas nasais e para refluxo gastroesofágico, evoluindo com melhora progressiva da hipoxemia e controle da tosse. Discussão: Na maioria dos indivíduos com infecção sintomática por COVID-19, o RNA viral nos espécimes respiratórios torna-se detectável na primeira semana da doença, com negativação do teste após 10-14 dias do início dos sintomas. Já foram descritos, entretanto, casos de pacientes com exame positivo após seis semanas ou mesmo após dois exames negativos consecutivos com intervalo de 24h entre eles. O diagnóstico sorológico, por sua vez, é mais tardio, com detecção de níveis mais altos sorologia para o vírus da imunodeficiência humana revelou-

se negativa e não havia outras causas de imunossupressão. As hemoculturas e o látex sérico foram negativos. Iniciou tratamento antifúngico na internação com boa evolução. A paciente recebeu alta hospitalar em uso de fluconazol a 450 mg/dia, mantendo tratamento ambulatorial por seis meses, com melhora clínica completa da sintomatologia e regressão significativa da opacidade parenquimatosa na pirâmide basal esquerda, permanecendo tênue foco areado no centro. Discussão: A criptococose pulmonar isolada raramente é diagnosticada em indivíduos