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MEDICINA INTENSIVA/VENTILAÇÃO MECÂNICA

EP-1071 SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO: INALAÇÃO DE BICARBONATO DE SÓDIO

MARIANA DA SILVA DEUTT FERREIRA; HERICA LAIS DE JESUS LEITE; CAIO MELO DA SILVA LAUDANO; PALOMA FRANÇA DE OLIVEIRA; EDVAL GOMES DOS SANTOS; RICARDO GASSMANN FIGUEIREDO.

MARIANADEUTT@HOTMAIL.COM

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, FEIRA DE SANTANA - BA - BRASIL.

Palavras-chave: Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo; Bicarbonato de sódio; Substâncias Tóxicas Introdução: A inalação de produtos e vapores tóxicos pode resultar em significativa morbimortalidade pulmonar, sendo sua gravidade definida pela composição e intensidade da exposição. Extintores comuns de produtos secos usados em incêndios classes B e C geralmente são compostos a base de bicarbonato, cuja inalação pode lesionar as vias aéreas e causar tosse, dispneia e edema. A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) é uma grave complicação após inalação de substâncias tóxicas, por vezes levando a quadros graves potencialmente fatais. Relato de caso: Indivíduo do sexo masculino, 23 anos, previamente hígido, apresentou quadro de SDRA grave 24h após alta exposição à bicarbonato de sódio resultante de acionamento acidental de extintor de incêndio dentro de um veículo automotivo sem ventilação. Submetido a ventilação mecânica na admissão por dispneia refratária, relação pO2/FiO2 Discussão: Complicações respiratória após exposição aguda a substâncias tóxicas relaciona-se à concentração, hidrossolubilidade do composto e tempo de exposição. As alterações patológicas geralmente se restringem as vias aéreas, porém casos graves Introdução: O exame clínico é de essencial para o

diagnóstico e tratamento de doenças e deve ser realizado mesmo em ambientes emergenciais. Ele é dividido em duas etapas: a anamnese e o exame físico, e a partir delas é possível obter informações sobre o estado geral de saúde do paciente e identificar doenças devidos sinais e sintomas apresentados. Relato de caso. Homem, 48 anos, engenheiro, tabagista, com quadro de diarreia aquosa há cinco dias, sintomas de desidratação e letargia, que apresentou ao fim da consulta um episódio de tosse seca despertando no médico interesse de investigação pulmonar minuciosa. Radiografias evidenciaram enfisema centrolobular difuso, consolidações e nível hidroaéreo. A tomografia computadorizada confirmou achados radiográficos e revelou linfonodos proeminentes, de aspectos reacionais e calcificados, indicando presença de infecção e inflamação recente e antiga. Foi instituída antibioticoterapia e acompanhamento com radiografias. O quadro teve evolução favorável com uso de Clindamicina e Ceftriaxona, o que junto ao resultado positivo do lavado da Broncoscopia, permitiu a confirmação do diagnóstico de abscesso pulmonar cavitado. Discussão: A realização da consulta médica com todas as suas etapas: anamnese, exame físico, conclusão diagnóstica, prognóstico e prescrição terapêutica caracteriza um ato médico completo e deve ser realizada mesmo em ambientes emergenciais, onde a rotina tende ser mais acelerada. A investigação médica deve contemplar o paciente como um todo, e não apenas o sintoma primeiramente relatado. O abscesso pulmonar é uma afecção tratável, porém quando negligenciada pode acarretar danos severos e irreversíveis ao paciente. Suporte financeiro. Nenhum.

EP-966 RELATO DE CASO: ACOMETIMENTO PULMONAR PELA BACTÉRIA RODOCOCCUS EQUI, EM PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO

MARIANA ALMEIDA HEIN; MARIANA BOTTA TEIXEIRA; PATRÍCIA NAVES DE RESENDE; GUILHERME HENRIQUE MACHADO; SAMUEL GOMES TOMAZ DA SILVA; VICTOR MATEUS ACHCAR.

MARIANA.HEIN@HOTMAIL.COM

UNIUBE ( UNIVERSIDADE DE UBERABA), UBERABA - MG - BRASIL.

Palavras-chave: RODOCOCCUS EQUI; ABCESSO PULMONAR; IMUNODEPRIMIDO

Introdução: Rodococcus equi é uma bacteria gram positiva, relatada com patógeno oportunista causador de infecções em imunocomprometidos. O acometimento pulmonar é a manifestação mais comum em imunocomprometidos, chegando a 82% em um estudo realizado por Vervile. Este trabalho tem como objetivo o relato de caso de um paciente imunodeprimido com doença pulmonar cavitária causada pela bactéria Rodococcus equi. Relato de caso Paciente M.S.S.R, 28 anos, procurou atendimento, referindo que há cerca de 2 meses iniciou com o quadro de tosse seca, dor em pontada em região superior de tórax direito, febre aferida e odinofagia. Referiu ainda ter apresentado alguns episódios de hemoptise, negada demais queixas. Referia tababismo e etilismo social. Ao exame físico apresentava placas esbranquiçadas em região de pilares amigdalianos e presença de sopro anfórico em ápice pulmonar direito. Inicialmente foram feitos exames complementares que resultaram em: anti hiv positivo e radiografia do tórax mostrando consolidação de lobo pulmonar superior à direita. Foram solicitados então PCR para tuberculose: negativo; pesquisa de BAAR em 3 amostras: negativas; além de cultura de escarro e hemocultura. Foi descartado portando nossa primeira hipótese que era tuberculose.

ao pulmão normoaerado contralateral tanto nos animais com sepse quanto em seus controles. A lesão pulmonar foi ainda mais intensa na região periatelectasia dos animais com sepse comparada à região periatelectasia de seus controles sem sepse. Suporte financeiro: CBR/UFJF, Rede Mineira TOXIFAR e FAPEMIG.

EP-1098 ECMO EM PACIENTE COM COVID-19, UM RELATO DE CASO.

MARCELO BELLON DOS SANTOS; RONALDO CESAR BARROS PINTO; EDUARDO GARCIA; JOANA LUNARDI.

MARCELOBELLON@ME.COM

UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.

Palavras-chave: ECMO; COVID-19; Indicação

Introdução: A COVID-19 é causada pelo Coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), em um relatório do Centro Chinês de Controle de Prevenção de Doenças, envolvendo 44.500 pacientes com infecção confirmada pelo SARS-CoV-2, doença crítica (insuficiência ventilatória, choque ou disfunção de múltiplos órgãos) ocorreu em 5%. Relato de caso: Paciente sexo masculino, 47 anos, com antecedente patológico de asma e transtorno do humor não especificado, em uso prévio de lamotrigina, oxcarbamazepina e broncodilatador de curta ação, este último conforme necessidade. Em junho de 2020 iniciou dispneia aos moderados esforços e tosse seca. Após dois dias de sintomas, realizou o RT-PCR para SARS- CoV-2 com resultado positivo. Ao longo dos dias evoluiu com piora da dispneia, necessitando internação hospitalar em enfermaria, com TC apresentando opacidades em vidro fosco em todos os lobos, sem evento embólico. No entanto, já em área de cuidados intensivos, mantinha hipoxemia mesmo em suplementação de oxigênio e manobras de auto-prona, necessitando de intubação orotraqueal. Em evolução, optado pela instalação de oxigenoterapia por membrana extracorpórea (ECMO) venovenosa, visto que já estava em sedoanalgesia, bloqueador neuromuscular e posição prona e ainda cursava com hipoxemia (relação PaO2/FiO2 de 79 em supino e 111 em posição prona). Paciente evoluiu de forma favorável, com redução progressiva de parâmetros ventilatórios, decanulação da ECMO no oitavo dia de uso e extubação após 24 horas. Discussão: A apresentação clínica da COVID-19 é variável, desde pacientes assintomáticos a formas graves, com disfunção ventilatória aguda grave e complicações cardiovasculares. Dessa forma, o uso da ECMO pode ser uma alternativa terapêutica. Como no caso apresentado, a ECMO venovenosa pode ser indicada em disfunção ventilatória grave refratário ao tratamento convencional (estratégia protetora, posição prona, bloqueador neuromuscular e otimização de volumes). Os critérios para uso de ECMO nessa situação são PaO2/FiO2 < 100 mmHg e/ou pH arterial < 7,2 e PaCO2 > 60 mmHg. No caso da COVID-19, ainda se recomenda os critérios adicionais de tempo de ventilação mecânica menor que 7 dias, idade abaixo de 65 anos, frequência respiratória < 35 incursões por minuto e pressão de platô maior que 30 cmH2O. Em situação de colapso cardiovascular apesar de adequada ressuscitação hídrica, inotrópicos e suporte vasopressor, pode ser indicado o uso de ECMO venoarterial, no entanto ainda existem poucos estudos de seu uso na COVID-19. A Organização Extracorpórea de Suporte à Vida (ELSO) considera como contraindicações, além das convencionais, presença de comorbidades significativas, idade avançada (sobretudo associado a comorbidades) e tempo de ventilação mecânica superior à 7 dias. Em um estudo descritivo multicêntrico com 21 com evolução para SDRA são relatados na literatura. O

bicarbonato de sódio caracteriza-se como um asfixiante simples de solubilidade intermediaria em água que, em concentrações elevadas, pode provocar grave distúrbio de difusão, lesão inflamatória alvéolo-capilar e desnaturação do surfactante. Suporte financeiro: Recursos próprios.

EP-1073 EFEITOS DA ATELECTASIA SOBRE A LESÃO PULMONAR EM RATOS WISTAR COM LESÃO PULMONAR AGUDA INDUZIDA POR INJEÇÃO INTRAPERITONEAL DE LIPOPOLISSACARÍDEO

GABRIELLE DE MOURA LOPES1; LÍDIA MARIA CARNEIRO DA

FONSECA1; MATEUS PINTO BOTELHO1; BRUNO CURTY BERGAMINI2;

LEDA MARÍLIA FONSECA LUCINDA1; BRUNO DO VALLE PINHEIRO1.

GABRIELLE.LOPES@MEDICINA.UFJF.BR

1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA - MG - BRASIL; 2. CENTRO DE BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA - MG - BRASIL.

Palavras-chave: Periatelectasia; Ventilação Mecânica; Lesão Pulmonar Aguda

Introdução: Durante a ventilação mecânica (VM), áreas de atelectasia podem atuar como multiplicadores de estresse ao submeterem alvéolos abertos ao seu redor a grandes forças de distensão contribuindo para a lesão pulmonar induzida pela VM. É possível que em pulmões previamente lesados a lesão ao redor da atelectasia seja ainda mais pronunciada. Objetivo: Comparar a lesão tecidual pulmonar após um período de VM entre as regiões de periatelectasia e pulmão normoaerado de ratos com lesão pulmonar aguda (LPA) induzida por lipopolissacarídeo (LPS) e atelectasia. Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal de Juiz de Fora. Dezoito ratos Wistar machos foram randomizados e alocados em 3 grupos: grupo controle de LPA e controle de atelectasia (C-C); grupo controle de LPA e atelectasia (C- AT); e grupo LPA e atelectasia (LPS-AT). A LPA foi induzida pela injeção intraperitoneal de LPS da Escherichia coli (10 mg/Kg). Vinte e quatro horas após a indução da LPA, a atelectasia foi induzida pela introdução de êmbolo através da traqueia. Os animais foram então submetidos a VM por duas horas no modo VCV, Vt 8ml/kg, PEEP 5 cmH2O, FR 80 ipm, relação I: E 1: 1, FiO2 de 0,21. Os pulmões foram submetidos a análise histológica por meio da aplicação do escore de lesão pulmonar aguda recomendado pela American Thoracic Society. Duas regiões pulmonares de interesse foram analisadas: região 1: pulmão normoaerado (tecido do lobo inferior do pulmão contralateral à atelectasia) e região 2: periatelectasia (tecido ao redor da atelectasia). Os resultados foram expressos em média ± desvio padrão ou mediana (intervalo interquartil), quando apropriado, e comparados por ANOVA seguida do teste de Tukey, ou por Kruskal-Wallis seguido do teste de Mann- Whitney. Resultados: O escore de lesão pulmonar foi significativamente maior na região 1 (pulmão normoaerado) dos animais do grupo LPS-AT (0,35 ± 0,04) comparado à mesma região do grupo controle C-C (0,15 ± 0,51) (p < 0,05). O escore de lesão pulmonar foi significativamente maior na região 2 (periatelectasia) comparada à região 1 (pulmão normoaerado) tanto no grupo C-AT (região 1: 0,27 ± 0.074; região 2: 0,44 ± 0.06) quanto no grupo LPS-AT (região 1: 0.35 ± 0,04; região 2: 0,56 ± 0,09) (p < 0,05). O escore de lesão pulmonar foi significativamente maior na região 2 (periatelectasia) dos animais do grupo LPS-AT (0,56 ± 0,09) comparada a mesma região dos animais do grupo C-AT (0,44 ± 0.06) (p < 0,05). Conclusão: Houve maior lesão pulmonar na região periatelectasia comparada

EP-1210 USO DA OXIGENOTERAPIA POR CATETER NASAL DE ALTO FLUXO NO MANEJO DA INSUFICIENCIA RESPIRATORIA AGUDA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS POR COVID-19: EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL MOINHOS DE VENTO

MARCELO BASSO GAZZANA; VITORIA HOMEM MACHADO; TULIO FREDERICO TONIETTO; LUCIANA TAGLIARI; MARCIO LUIZ FERREIRA CAMILLIS.

MBGAZZANA@GMAIL.COM

HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.

Palavras-chave: COVID-19; INSUFICIENCIA RESPIRATORIA; OXIGENOTERAPIA POR ALTO FLUXO Introdução: A epidemia da COVID-19 causou um aumento substancial de pacientes com insuficiência respiratoria aguda, cuja mortalidade pode chega a 80% naqueles que necessitam ventilação mecânica (VM) invasiva. Inicialmente equipamentos não invasivos foram contraindicados pelo risco de aerossolização. Com adaptações, foi possivel utilizar oxigenoterapia por cateter nasal de alto fluxo (CNAF) e ventilação mecânica não invasiva, sendo fundamental o uso destes equipamento pela escassez dos ventiladores mecânicos invasivos. A experiência de uso de CNAF no Brasil ainda é limitada, sobretudo durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Descrever a caracteristicas do pacientes que utilizaram oxigenoterapia por CNAF no manejo da insuficiencia respiratória pela COVID-19 e os desfechos associados a esta terapia. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva. Foram incluídos todos pacientes com diagnóstico de COVID-19 confirmados por RT-PCR para SARS-COV-2 que utilizaram oxigenoterapia por CNAF para manejo da insuficiencia respiratória aguda, visando evitar o uso de ventilação mecânica invasivas, no período de 01 Abril de 2020 a 30 de Julho de 2020. Os dados foram obtidos do prontuário eletrônico do Hospital Moinhos de Vento. O estudo foi aprovado pelo Comite de Etica em Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento. Resultados: Foram incluídos 43 pacientes, cuja média da idade foi 60,9 anos (DP ± 17,1), sendo 62,8% do sexo masculino e que em 88,4% apresentavam comorbidades. O comprometimento tomográfico por escala visual foi entre 30 e 50% em 38,1% e maior que 50% em 57,1%. O escore SOFA foi de 2,5 (DP ± 1,1). A média da relação PaO2/FiO2 (P/F) foi 182,6 (DP ± 74,7). Os pacientes fizeram uso de CNAF em média por 2,5 dias (DP ± 1,9). Em 14 pacientes (32,6%) não houve necessidade de intubação traqueal e consequente VM invasiva. Foram preditores de sucesso da oxigenoterapia por CNAF o escore SOFA e a relação P/F (p< 0,05). Em 14% dos casos os pacientes evoluiram para óbito, em 46,5% tiveram alta da CTI e em 39,5% os ainda permaneciam na CTI. Conclusão: O uso da oxigenoterapia por CNAF evitou que em cerca de um terço dos pacientes com COVID-19 em insuficiência respiratória aguda necessitassem ventilação mecãnica invasiva, sendo uma opção para o manejo destes pacientes durante a pandemia. A mortalidade dos pacientes admitidos em CTI com insuficiência respiratoria aguda foi muito inferior na nossa série quando comparada a literatura médica. Suporte financeiro: Hospital Moinhos de Vento

EP-1237 AVALIAÇÃO DO USO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA EM PACIENTES ADMITIDOS EM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA EM UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA REFERENCIADA (UER) - UNICAMP

MARINA MERCADANTE BERNARDI1; RICARDO SIUFI MAGALHÃES2;

MÔNICA CORSO PEREIRA2.

MARINA.MERCADANTE@UOL.COM.BR

1. PUC-CAMPINAS, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 2. UNICAMP, SÃO

pacientes nessa situação, a mortalidade encontrada fora de 57,1%, elevada em virtude da gravidade dos pacientes. Suporte Financeiro: Não houve.

EP-1188 COVID-19: RELATO DE CASO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO DE TOCILIZUMABE

VIVIAN LARISSA TENÓRIO LEITE; GABRIELLE ACIOLY OMENA BENTO; ALINE KAREN LIMA FERREIRA; ANA CAROLINA CALLES; PEDRO HENRIQUE ALVES SILVA; BRUNA MODESTO SILVA MAGALHÃES.

VIVIANTENORIO.18@GMAI.COM UNIT, MACEIÓ - AL - BRASIL.

Palavras-chave: COVID-19; Tocilizumabe; Intensivismo Introdução: A doença por coronavírus 2019 (COVID-19) é uma preocupante infecção viral causada pelo SARS - CoV - 2 (síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2) devido a sua alta virulência e letalidade. Ainda, sua clínica pode ser assintomática, leve, com pirexia baixa e fadiga ou grave, com pneumonia grave e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Porém, medicamentos com eficácia comprovada ainda são escassos. Diante disso, um fármaco em ascensão é o Tocilizumabe, anticorpo monoclonal com alvo no receptor da interleucina 6 (IL-6), atuando como terapia imunossupressora em pacientes com síndrome hiper inflamatória geradora de SDRA. Portanto, a sua administração deve ser evidenciada, a fim de obter comprovações. Relato de caso: Paciente, hemofílico A, obeso grau 1 (Peso: 110 Kg e Altura: 178 cm), sedentário, glicemia em jejum: 110 mg/dL, sem alergias ou uso de medicamentos. Primeiros sintomas surgiram em 19/05 com cansaço aos esforços e calafrios. Dois dias depois fez tomografia computadorizada (TC) mostrando aspecto de pneumonia viral em menos de 25% do pulmão. No dia 23/05 foi internado e apresentava-se taquipneico e estertorando, fez uso de cateter nasal (6L/ min) e apresentava saturação (SatO2) de 93%. Após dois dias apresentou piora na SatO2 e foi para a UTI utilizando máscara de Hudson, ventilação não invasiva e ciclos de pronação ativa, realizou TC mostrando 50% de acometimento pulmonar. No dia 27/05 encontrou-se hipoxêmico, com aumento das transaminases e PCR; sendo no dia 27/05 intubado. Fez uso de Metilprednisolona, Ceftarolina e como chave para o tratamento uma dose de Tocilizumabe (8 mg/kg). Dessa forma, no dia 5/06 foi extubado, porém precisou utilizar máscara de Hudson e BIPAP. Após a saída da UTI no dia 12/06 ficou em unidade de internação, em uso de cateter nasal até 18/06 quando recebeu alta. Em casa, faz reabilitação pulmonar e treinamento muscular respiratório, mas cansa ao realizar exercícios aeróbios; faz uso de Fondaparinux (2000 U) e fator VIII, vitaminas, Simbicort (2x/dia); última TC foi feita no dia 22/06 e mostrava regresso dos achados para a faixa entre 25% - 50%. Discussão: Trata-se de um paciente, em anuência, com COVID-19 que manteve hipossaturação apesar das estratégias utilizadas. Administração do Tocilizumabe, porém, promoveu melhora clínica, o que permitiu a extubação. A provável eficácia terapêutica se dá por sua ação anti-citocina. Comparando a um estudo feito na Itália com 100 pacientes com COVID-19 e altos níveis de marcadores inflamatórios, observou-se também melhora clínica em mais de 75% daqueles que utilizaram o Tocilizumabe. Tais resultados preliminares permitiram considerá-lo como terapia de resgate nos casos de estado hiper inflamatório. Apesar de ser inseguro atribuir o desfecho favorável ao inibidor de IL-6, dada à ausência de ensaios clínicos rigorosos, observa-se reversão de um quadro grave refratário às tentativas de oxigenação convencionais. Suporte Financeiro: nenhum.

BRASIL.

Palavras-chave: Delirium; Sedação; Funcionalidade Introdução: As unidades de terapia intensiva (UTI) possuem muitos estímulos e procedimentos que potencializam dor, estresse e disfunção cognitiva. O uso de sedativos de forma indiscriminada, como medida farmacológica a essas alterações, culmina com o surgimento de doenças neurológicas a exemplo do delirium. Objetivos: Avaliar a associação entre o uso de sedativos, o desenvolvimento de delirium e o prognóstico funcional de pacientes internados na unidade de terapia intensiva; elencar os medicamentos com efeito sedativo mais utilizados e avaliar o perfil funcional dos pacientes internados que desenvolveram delirium durante a estadia hospitalar. Material e Métodos: Estudo de coorte, realizado em um hospital público da rede estadual, durante os meses de junho a novembro de 2019, seguindo em curso até o momento; com 40 indivíduos internados em UTIs e enfermarias, por meio da aplicação de escalas para avaliação de sedação, delirium e funcionalidade (Richmond Agitation Sedation Scale - RASS, Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit - CAM-ICU e Status Score for the Intensive Care Unit - FSS, respectivamente), nos indivíduos >18 anos, sem disfunções neurológicas, renais e hepáticas prévias, com capacidade de verbalização. O banco de dados e a análise estatística foram realizados com o software Stata versão 15.0, com um p < 0,05 como significante. O projeto de pesquisa foi aprovado no CEP (CAAE: 07169419.0.0000.5028). Resultados preliminares: A idade média dos 40 pacientes inclusos foi de 67,2 ± 15,7 anos, com 70% sendo do sexo masculino. A incidência de delirium foi de 42,5% na UTI, com redução a 17,5% nos pacientes alocados na enfermaria após 48 horas da alta na UTI. Não houve associação estatisticamente significante entre os fármacos sedativos com o desenvolvimento do delirium (p = 0,15). O Midazolam foi o fármaco mais utilizado e com maior frequência ocasionadora de delirium, sob uso de baixas dosagens e em poucos dias (p= 0,04). A perda de funcionalidade foi destacada ao se comparar os dados da UTI com os da enfermaria, a uma predominância da classificação em dependente máximo a moderado para progressão de posicionamentos pela FSS, sendo estatisticamente significante. Conclusão: Diante dos dados apresentados neste estudo, até o momento, não há associação entre o uso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium. O Midazolam foi o agente sedativo associado a maioria dos casos positivos para a encefalopatia aguda, assim como o mais utilizado nas unidades de terapia intensiva. A alteração funcional teve significância estatística, com os pacientes reduzindo o status de independentes para dependentes moderados a máximos para transferências e/ou locomoção, durante o internamento. Suporte Financeiro: Financiamento próprio.

EP-1367 PSEUDOCISTO PULMONAR TRAUMÁTICO EM PACIENTE ADULTO JOVEM

JULIANA LUCENA DOS SANTOS; STEFANE DE SOUSA BARROS; ISABELA ARIANE DA SILVA; RAISSA KAREN MORAES DANTAS; DANIELLE CRISTINE CAMPOS BEDIN; DANIELLE SILVA DE ALMEIDA PHILIPP.

JULIANALUCENA91@GMAIL.COM UNIFESP, SÃO PAULO - SP - BRASIL.

Palavras-chave: pseudocisto pulmonar; trauma torácico; contusão pulmonar

Introdução: O pseudocisto pulmonar traumático é uma complicação rara de trauma torácico pouco documentada e com resolução espontânea na maioria dos casos.

PAULO - SP - BRASIL.

Palavras-chave: Ventilação não invasiva; Insuficiência Respiratória Aguda; tempo porta-máscara

Introdução: A VNI é uma modalidade de tratamento para pacientes em IRpA, que cursa com hipoxemia e hipercapnia, condições ameaçadoras à vida. O intervalo de tempo entre o diagnóstico e a instalação de VNI (tempo porta-máscara, TPM) tem impacto no desfecho do paciente. Objetivos: descrever os pacientes que necessitam de VNI em uma UER, o TPM e sua relação com o desfecho. Métodos: Estudo retrospectivo e observacional no qual foram incluídos pacientes com diagnóstico de IRpA admitidos