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Draupadi e a Morte de Kitchat

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 132-136)

Um ano se passou para os Pandavas que se escondiam trabalhando em serviços domésticos no palácio de Matsya Raj, o Rei de Cheddi. O cunhado do Rei era o comandante chefe dos seus exércitos. Ele era um homem muito demoníaco chamado Kitchat. Um dia Kitchat veio ao quarto da rainha, onde ele viu Draupadi, a chefe das ajudantes da rainha. Então ele foi até sua irmã, a rainha, e disse, Irmã, quem é aquela bela criada que você tem?

A rainha disse, Aquela é minha nova serva. Kitchat disse, Mande-a para mim esta noite.

A rainha disse, Isto não é correto meu irmão. Ela é minha serva.

Seu irmão disse, Eu ficarei feliz em ter aquela senhora esperando por mim . Envie-a para mim. Caso contrário, não ficarei satisfeito com você.

Assim a rainha chamou sua serva, Draupadi. Ela disse, Quero que você leve um pouco de vinho para o comandante chefe dos exércitos esta noite.

E Draupadi respondeu, Você entende que resultado isso terá?

A rainha disse, Não, não sei nada de resultados. Meu irmão pediu que você fosse. Eu estou somente cumprindo o pedido dele. Vá para ele não argumente comigo.

Draupadi fez como ela instruiu, e levou o vinho ao apartamento de Kitchat. Quando ela chegou Kitchat estava bêbado, e quando ele viu a bela Draupadi entrar, ele a agarrou e tentou ataca-la. Ela lutou e correu para longe dele. Ela correu para a cozinha, onde Bhim estava, e fervendo de raiva ela disse, Você deve vingar esse insulto.

Bhim respondeu, Diga ao comandante do exército para encontrar você no meio da noite na sala de instrução de dança.

Draupadi estava no jardim quando Kitchat veio a ela e disse, Você é a mais bela de todas as servas do palácio. Eu quero que você seja minha.

E Draupadi respondeu, Venha encontrar-se comigo na sala de instrução de dança à meia noite. Kitchat ficou muito feliz.

Aquela noite, à meia noite Bhim sentou-se na sala de dança com uma bela roupa sobre a cabeça. Kitchat estava muito bêbado quando entrou e disse, Ó minha amada, você está aqui esperando por mim.

Bhim não respondeu. Então Kitchat veio e colocou sua mão no ombro de sua amada, e Bhim virou-se e arrebentou-lhe o nariz. Arjuna começou a bater os tambores e assim ninguém podia ouvir o barulho da luta, enquanto Bhim com suas próprias mãos desnudas estrangulou o comandante chefe.

As notícias da morte de Kitchat se espalharam por toda a Índia como incêndio na floresta, e quando estas notícias foram recebidas em Hastinapura, Duryodhana pensou: Há somente três pessoas no mundo que poderiam ter matado aquele general: Bhisma, Dronacarya e Bhim. Bhisma está aqui em Hastinapura, e Dronacarya está aqui também. Isso significa que deve ter sido Bhim quem o matou. Agora sabemos onde os Pandavas estão se escondendo. Eles estão se escondendo no palácio de Matsya Raj, o Rei de Cheddi. Rapidamente vamos pegar nossas armas e atacar.

Então Sakuni aconselhou, Se pegarmos nossas armas e atacar, Bhisma nunca permitirá isso. Vamos dizer a Bhisma que porque eles não têm comandante para seus exércitos, seu território está débil e iremos dar-lhes proteção.

Então Duryodhana foi até Bhisma e disse, Bhisma, Kitchat, o comandante chefe dos exércitos do Rei de Cheddi, foi morto. Devemos proteger o país deles.

Duryodhana juntamente com Bhisma, Dronacarya, Krpacarya, Karna e Dusasana montaram em suas carruagens junto com o enorme exército de Hastinapura, e foram para as fronteiras ao norte do Reino de Cheddi.

Alguns outros reis malvados também ouviram as noticias que Cheddi não tinha comandante chefe, e eles foram para atacar pelo Sul. Matsya Raj, o Rei de Cheddi, levou seu exército ao Sul e lutou com aqueles malignos inimigos.

Então os guardas da fronteira ao Norte enviaram notícias ao palácio de que todo o exército de Hastinapura estava reunido na fronteira norte. O Herdeiro do Trono era um jovem menino e ele orgulhosamente proclamou, Eu marcharei por mim mesmo para a face do inimigo só para proteger nossa fronteira norte.

Yudhisthira disse, Está certo Príncipe, defenda a honra de seu país. Mas leve a querida Priyanela como sua cocheira.

Ele disse, O que? Aquele eunuco, instrutor de dança como meu cocheiro?

Yudhisthira disse, Sim, por favor, confie em mim. Leve o instrutor de dança como seu cocheiro.

O Príncipe consentiu e Arjuna montou na carruagem e começou a dirigir a carruagem diretamente para a face do inimigo. Quando o Príncipe viu numerosos soldados liderados por Bhisma, Dronacarya, Krpacarya, Karna, Duryodhana e Dusasana, seu coração afundou no estômago, e ele disse, Eu vou sair daqui! Não vou enfrentar todo esse exército sozinho. Mesmo todo o exército de Cheddi não pode enfrentar aqueles guerreiros. Venha Priyanela, dirija a carruagem. Vamos sair daqui!

Priyanela respondeu, Não, Príncipe, nós viemos aqui defender nossas fronteiras e devemos defender! Não há volta para nós. Vamos nos dirigir até aquela árvore lá. Eles foram para a árvore e Arjuna disse, Certo Príncipe, suba na árvore e você encontrará algumas armas divinas.

O Príncipe subiu na árvore e encontrou as armas, e as trouxe para baixo. Abrindo o pacote, ele exclamou, Minha Deusa, isso parece com o Gandiva, o arco de Arjuna! Estas parecem as armas dos Pandavas! Estas armas são divinas. Como foram para aquela árvore?

Priyanela disse, Não importa! Você dirige a carruagem e eu ficarei no topo. Arjuna pegou seu arco e suas flechas e eles se dirigiram para enfrentar o inimigo. Arjuna soou o fio de seu arco e isso fez um estrondo nos céus. Todos sabiam que Arjuna tinha chegado!

Duryodhana disse, aquele é o arco de Arjuna! Ah, nós encontramos os irmãos Pandavas! Nós os descobrimos em seu esconderijo e conforme as regras do exílio, eles devem ficar na floresta por mais doze anos.

Bhisma respondeu, Não Duryodhana, nós não viemos aqui para encontrar os irmãos Pandavas. Viemos aqui para defender as fronteiras de Cheddi. Além disso, o décimo terceiro ano se completa hoje.

Duryodhana respondeu, eu não aceito isso. Meus astrólogos disseram que o ano ainda não passou. Eles têm que ir para o exílio por mais doze anos.

Bhisma disse, Bem, vamos discutir isso depois. Vamos proteger as fronteiras de Cheddi e não... Duryodhana disse, Não, eu vou matar Arjuna agora mesmo. E ele ordenou as suas tropas atacar.

Arjuna lançou flecha após flecha e ninguém podia cortar suas flechas. Então ele convocou uma flecha divina e fez todo o exército de Hastinapura dormir. Ele disse, Agora Príncipe, vá pegar o lenço de pescoço de Duryodhana, Karna e Dusasana e traga-os de volta. Eles irão ser um excelente presente para a princesa de Cheddi.

O Príncipe foi e tirou os lenços daqueles guerreiro, os quais ele levou para a princesa. Priyanela disse, Olhe o heroísmo do Príncipe! Ele derrotou todo o exército de Hastinapura por si mesmo.

Todos ficaram surpresos por essa façanha do Príncipe, mostrando tal heroísmo em sua primeira batalha. Mas o Príncipe não podia tomar todos os créditos pela vitória e revelou a identidade dos Pandavas.

O ano de se esconder tina passado. Os Pandavas reassumiram sua real identidade, tomaram suas armas divinas e enviaram mensageiros para Hastinapura. Nossos treze anos se passaram. Doze anos no exílio e um ano se escondendo. Devolva nosso reino.

Todos os aliados dos Pandavas começaram a reunir-se e os amigos de Duryodhana reuniram-se, e o cenário era para a guerra. Os conselheiros aconselharam, Vamos lutar.

Krsna caminhou para afrente do conselho dos Pandavas e disse, vamos lutar somente como o último recurso. Quando nós formos lutar, estaremos indo lutar com Bhisma, seu avô, Dronacarya, seu Guru, , Krpacarya, o Guru de sua família. Vocês não vêm que irmão lutará contra irmão, tio contra tio, parente contra parente, amigos contra amigos. Vamos tentar tudo o que podemos par evitar a guerra. Somente então iremos aceitar que devemos lutar. Eu irei até Hastinapura como Embaixador dos Pandavas.

Krsna foi para Hastinapura e disse, Eu venho em interesse dos Pandavas. Os treze anos deles se completaram. Devolvam o reino deles. Sejam verdadeiros. Sejam justos. Evitem essa horrível guerra.

Duryodhana disse, Eu não darei o reino!

E Krsna disse, Dê a eles algumas aldeias e da parte dos Pandavas, declaro que haverá paz. Quaisquer cinco aldeias que você queira.

Duryodhana disse, Eu não darei um pé de espaço. Eu não darei um centímetro da terra de Hastinapura para aqueles Pandavas!

Então não havia outro recurso, senão lutar.

Guerra!

Naquele fatídico dia os exércitos dos Kauravas, liderados por Duryodhana, Dusasana e seus cem irmãos juntamente com muitos heróicos guerreiros tais com Bhisma, Dronacarya, Krpacarya, Asvatthama, Jayadratha, Karna, se enfileiraram para enfrentar os exércitos dos Pandavas liderados por Yudhisthira, Bhim, Arjuna, Nalakula e Sahadeva, com Krsna dirigindo a carruagem de Arjuna. Quando Arjuna viu seus parentes, amigos, primos e tios, todos se enfrentando com armas de destruição, prontos para destruírem toda a família por direito ao estado real e propriedade, ele abaixou seu arco e disse, Krsna, eu estava enganado. Não há necessidade de lutar. Será melhor que eles fiquem com todas as coisas e nós não fiquemos com nada do que entrar nesta batalha de destruição. Que terá de bom em termos o reino para nós, se todas aqueles que amamos irão morrer na batalha por ele?

Então Krsna narrou o Bhagavad Gita, a Canção do Senhor, e mostrou sua forma universal para Arjuna. Arjuna entendeu que tudo que existe vem de Krsna, e todo Karma que acontece é autorizado por Deus. Dentro de cada um de nós reside a faísca de Deus. E toda ação que executamos é ordenada por Deus. Então Arjuna rendeu sua vontade e disse, Se Deus deseja me fazer lutar, faça de mim um instrumento de sua vontade.

A luta começou e continuou com grande intensidade, e um por um os membros familiares caíram no campo de batalha. Houve graves ocasiões naquela luta, mas uma luta muito especial foi liderada por Abhimanyu. Justamente antes de Abhimanyu marchar para a guerra, sua esposa concebeu uma criança. E agora, Abhimanyu liderava o caminho para o exército dos Pandavas abrir a formação Cakravyu. A formação Cakravyu é uma série de círculos concêntricos feitos por poderes militares, no centro do qual estavam reunidos a nata dos guerreiros Kauravas. Abhimanyu dirigiu sua carruagem diretamente através do círculo como um chaveta, e penetrou no centro. Um por um os guerreiros Kauravas enfrentaram Abhimanyu na batalha, e uma a uma ele cortou suas armas em pedaços. Ninguém podia enfrenta-lo sozinho. Ele atirou flechas em Dronacarya e Krpacarya, e derrotou Duryodhana, Karna e Dusasana. Não havia nenhum guerreiro do exército oposto que podia enfrenta-lo.

Então Duryodhana deu a ordem, Vamos todos atacar de uma só vez!

E Abhimanyu disse, Espere as regras dessa guerras diz que um guerreiro só deve lutar com um guerreiro! Por que vocês estão quebrando sua verdade.? Vocês prometeram lutar uma batalha dármica baseada nas leis de coragem militar. Nós todos juramos manter o código de conduta militar de que somente um guerreiro lutaria com um guerreiro.

Duryodhana disse, Meu dever é defender-me de meu inimigo de qualquer forma que eu possa. Estou aqui para ganhar esta guerra. Não cuido de éticas do código militar. Todos ataquem-no de uma só vez!

Abhimanyu atirou flecha após flecha e ninguém trespassa-lo. Ele feriu todos os guerreiros que o enfrentavam e ninguém podia tocar nele. Então Karna atirou uma flecha que avariou sua carruagem. Abhimanyu caiu da carruagem no chão. Cada um dos guerreiros Kauravas pegaram suas espadas, e todos eles o atacaram de uma só vez. Abhimanyu apanhou a roda da carruagem e girou ao redor, assim ninguém podia aproximar-se dele. Mas enquanto ele estava lutando na frente, eles o agarraram por detrás, e eles o derrubaram e o apunhalaram com suas espadas. E Abhimanyu deixou seu corpo no campo de batalha.

Quando Arjuna soube da notícia, ele veio ao campo de batalha realizar os ritos para seu filho morto. Todos os grandes guerreiros de ambos os exércitos ficaram aquela noite ao redor da pira funerária e Dronacarya disse, Arjuna, se não fosse por Abhimanyu, nós teríamos ganho a batalha hoje. Nunca houve um herói em qualquer batalha como seu filho. Sozinho ele derrotou todos os comandantes do exército Kaurava, e foi somente por fraude que ele caiu na batalha. E aquele dia Arjuna tomou o voto solene de que ele iria derrotar aquelas forças da fraude.

E ele fez. Um por um os guerreiros Pandava matou cada general do exército Kaurava. Bhisma, Dronacarya, Krpacarya, Asvatthama, Jayadratha Karna e Dusasana, todos encontraram suas mortes na batalha. Por fim Bhim encontrou Duryodhana em combate direto com a maça. Tendo matado Duryodhana os Pandavas recuperaram seu reino. Mas não havia alegria em ter um reino a tal custo.

Drtarastra, Gandhari, Kunti e Vidura partiram para a floresta para praticar meditação. Por fim eles deixaram seus corpos. Krsna foi confundido com um pavão e morreu com a flechada de um caçador. O final da Dvapara Yuga estava vindo a se completar.

Os irmãos Pandavas não mais tinham qualquer desejo de manter o reino. Quando Pariksit, o filho de Abhimanyu nasceu do útero de Uttara, e completou seis anos de idade, os irmãos Pandava o coroaram como Rei, e eles também partiram para realizar tapasya nos Himalayas, e por fim deixaram seus corpos mortais.

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 132-136)