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O Nascimento de Matsyagandha

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 96-98)

Muitos anos atrás no reino de Cheddi, havia um rei de nome Uparichara. Ele tinha uma esposa muito bela, cujo nome era Girika, que significa Das Montanhas. Girika tinha uma beleza radiante cheia de devoção, e ela amava seu marido muito, muito mesmo. Ele também, sempre pensava nela.

Um dia Girika acabou seu período menstrual, e tendo tomado banho, ficou cheia de desejo. Ela foi ao seu marido, o rei, e disse, Marido, eu gostaria de ter um filho.

O marido respondeu, Esposa, eu adoraria dar-lhe um filho agora mesmo, mas tenho algumas outras funções importantes para executar que não podem esperar. Nós fomos requeridos a oferecer uma cerimônia comemorativa em honra dos meus ancestrais mortos, o que precisa de certos tipos de carne para serem oferecidos em sacrifício. Eu irei à floresta caçar. Eu devo realizar isso por mim mesmo, pois o sacrifício é para a honra de meus ancestrais. Esta é a ordem de nosso Guru.

Girika permitiu que ele fosse e ela manteve-se paciente. O rei foi para a floresta caçar. Depois de algum tempo ele ficou cansado de montar em seu cavalo, e sentou-se sob uma árvore para descansar. Ele começou a pensar no amor maravilhoso que ele compartilhava com Girika, e seu coração ficou cheio de amor. Ele pensou, Como é maravilhoso Ter uma esposa vindo a mim cheia de amor e desejo. Todos no universo querem ser

desejados. Quando outra pessoa nos ama e nos deseja nós sentimos uma grande força e segurança. Então podemos dirigir esta energia para um nobre propósito. Quão abençoado sou com tal amor!

Quando ele sentou sob a árvore pensando em sua esposa, ele ficou excitado e derrubou seu sêmen. Então ele pensou, Ó, perdi todo controle na contemplação de minha amada! Bem, este sêmen não deve se desperdiçado. Não deve ir sem dar fruto. Ele pegou o sêmen e o colocou numa folha. Ele dobrou a folha e chamou um falcão e disse, Ó querido falcão, por favor leve este sêmen para minha esposa, Girika. Ela está pensando em mim e eu também estou pensando nela. Ela quer Ter uma criança. Fechada dentro desta folha está a criança que ela deseja, assim leve-a para ela imediatamente.

Obedecendo a ordem do rei, o falcão colocou a folha em seu bico e subiu no céu. Ele começou a voar por todo o reino de Cheddi, em direção ao palácio do rei Uparichara, onde sua esposa Girika estava pensando em seu marido. No caminho de seu vôo, outro falcão o viu e pensou, Hummm. Que troféu tem este falcão em seu bico? Eu quero minha parte também.

Uma luta sucedeu-se no meio do ar. O falcão começou a bicar o mensageiro com tal ardor que destruiu o falcão mensageiro. A folha caiu de seu bico bem no Rio Jamuna! Então ambos os falcões, vendo que o troféu estava perdido pararam a luta e voaram para direções separadas.

Uma bela Apsara chamada Adrika desceu a terra num bom e belo dia de primavera, e decidiu banhar-se no Rio Jamuna. Ela começou a nadar e esguichar e divertir-se. Ela dançou com as flores e banhou-se no sol e pulou na água e tinha um tempo maravilhoso!

Sentando na margem do ri estava o zangado Rsi Durvasa. Ele estava realizando o Sandya Bandana, sua oração diária, e estava fazendo japa. Quando ele fez a japa, Adrika, a Apsara, estando cheia de amor e alegria, nadou e brincando segurou os pés dele. O Rsi levantou-se de sua meditação e disse furiosamente, Que tipo de senhora é você para interromper minha meditação? Não sabe que sou o Rsi Durvasa? Ninguém pode se manter diante de minha ira! Você tem muita coragem de interromper minha meditação e meu puja nadando no rio como um peixe! Eu amaldiçôo você! Você se tornará um peixe!

Adrika, a pobre Apsara começou a chorar. Ó Rsi, eu não quis causar-lhe nenhum mal! Por que você me diz esta maldição de transformar-me em um peixe? Sou uma Apsara, uma bela serva dos Deuses. Não sou um peixe! Rsi, por favor tenha compaixão! Compaixão é a graça dos Brahmins. Por favor diga-me como posso ficar livre desta maldição?

Durvasa olhou para jovem senhora que tinha uma beleza radiante e disse, este peixe dará nascimento a duas crianças humanas, e então você poderá voltar aos céus.

Adrika, a Apsara olhou incrédula. O que! Como pode um peixe dar nascimento a um humano? Sem falar em um humano, que dirá dois humanos?

O Rsi disse, Assim foi dito , assim será. Seja um peixe.

A Apsara foi imediatamente transformada em um peixe. De fato não era tão ruim. Ela mesma começou a desfrutar sendo um peixe. Ela podia nadar ao longo das margens do Rio Jamuna, e ouvir os mantras sendo cantados pelos homens santos que lá se sentavam. Ela começou a brincar nas águas sagradas do rio.

Um dia quando ela estava nadando, observou algo estranho parecendo uma folha. Esta folha não é da floresta daqui, ela pensou enquanto pegava a folha em sua boca. Repentinamente ela a engoliu e ficou grávida com o sêmen do rei de Cheddi! Os dias se passaram e sua barriga ficou cada vez maior. Finalmente ela teve dificuldade em mover-se pelo rio. Ela cresceu mais e mais, e assim não podia nadar tão ligeira como de costume, estando neste estado de gravidez.

Um dia um pescador lançou sua rede no Rio Jamuna, e Adrika, o peixe, estava sem força para nadar para long. O pescador puxou a rede e encontrou este enorme e belo peixe. Ele levou o peixe para casa, abriu sua barriga e encontrou duas crianças humanas! Um era menino e a outra era uma menina. O pescador pensou, Tenho pescado nestas águas toda minha vida, mas nunca vi ou ouvi nada parecido com a história dessa pesca! Enquanto isso a Apsara, Adrika, se livrou da maldição e retornou ao céu.

O pescador realizou os samskaras do nascimento, dando uma grande festa, deu daksinas como presentes aos Brahmins, e deu boas vindas às crianças em sua nova vida na terra. Então ele pensou, O que farei com estas crianças? Elas são a coisa mais maravilhosa como eu nunca vi ou ouvi em toda minha vida. Eu gostaria de ficar com o menino que é uma criança nobre e bela. Mas esta menina cheira tão mal, como um horrível peixe podre. Gostaria de colocá-la de novo na água, porque não posso tolerar o cheiro!

Então uma voz falou da nuvens do céu, Pescador, Das Raj, não lance esta menina na água! O filho dela está destinado a ser um rei!

O que! disse o pescador. O filho desta garota mal cheirosa se tornará um rei? Então levarei estas crianças ao rei.

O pescador levou as duas crianças ao rei Uparichara, o rei de Cheddi, e disse, Ó rei, a coisa mais surpreendente de minha profissão de pescador do Rio Jamuna aconteceu hoje. Eu nunca vi ou ouvi nada assim em toda minha vida. Eu pesquei um peixe, o maior peixe que já vi, e quando abri a barriga do peixe, encontrei estas duas crianças humanas: um menino e uma menina.

O rei olhou as duas crianças com assombro e disse, Esta menina cheira como um peixe, assim vamos chamá-la de Matsyagandha, Ela Que Cheira Como um Peixe. O menino é realmente belo e formoso. Ele parece com o filho de um rei. Irei pegar o menino e cria-lo como meu, e o chamaremos Matsya Raj, Rei do Peixe. Pescador, pegue a menina e a leve com você e a crie como sua filha. Eu manterei o filho aqui e o criarei como meu filho. E foi isso o que aconteceu. Matsya Raj cresceu no palácio do Rei, e Matsyagandha tornou-se a filha do pescador.

Matsyagandha cresceu transformando-se numa boa jovem. Ela tinha uma beleza radiante, mas ninguém podia se aproximar dela pois ela cheirava como um peixe! Quando ela cresceu tornou-se uma grande ajudante de seu pai. Ela o ajudava a remendar as redes de pesca e a remar o barco. Ela o ajudava a preparar a comida e a limpar. E ela tornou-se cheia de devoção, Matsyagandha cresceu transformando-se em uma garota de beleza radiante.

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 96-98)