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Visvamitra e Menaka

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 87-94)

Antes de Visvamitra tornar-se um Brahma Rsi, existiram muitos, muitos obstáculos colocados em seu caminho. Por milhares de anos ele tinha se esforçado no caminho da realização e auto controle, mas Indra constantemente buscava meios de desvia-lo da meta. Certa vez quando Indra estava sentado no céu refletindo sobre este dilema, pensou, Você sabe que Visvamitra Muni está realizando uma forte tapasya de ascetismo, certamente ele tentará vir para cá e tomar meu trono. Devo colocar algum obstáculo em seu caminho para humilha-lo, e para deter seus esforços. Assim pensando ele chamou Ramba, a Apsara, ou sedutora dos Deuses que manifesta a beleza. Ele disse, Ramba, desça à terra e seduza Visvamitra e faça com que ele preste atenção em você. Faça-o parar sua tapasya, e parar de tentar ascender aos céus. Esta é minha ordem! Pegue-o com seu Amor. Pegue-o com sua Primavera. Pegue-o com todo o exército de cúmplices e qualquer outra assistência que você precisar, e faça aquele Rsi parar a tapasya!

Como ordenado, Ramba foi para a floresta onde Visvamitra estava profundamente absorvido em meditação. Repentinamente o ar tornou-se cheio com os sons da primavera, e pássaros começaram a cantar. Abelhas começaram a zumbir, e havia uma fresca fragrância flutuando no ar. Uma música suave começou a tocar. Ramba mesma começou a cantar muito doce e graciosamente, e a dançar com toda suavidade. A medida em que a música tornava-se mais rápida, Ramba dançava mais ritmicamente. De todas as maneiras ela tentou desviar a atenção do Rsi de sua concentrada meditação, mas não importava o quanto ela tentasse, Visvamitra não se mexia. Então Ramba foi até onde o Rsi estava sentado em postura yóguica meditando, e colocou sua cabeça no colo dele. Nada aconteceu. Ela começou a massagea-lo e acaricia-lo e de todos os modos tentou desperta-lo para sua beleza

fascinante. Quando por fim o Muni despertou, ele olhou com assombro para a maravilhosa beleza da Apsara Ramba sentada com a cabeça em seu colo, que o convidava e o acariciava, e ele imediatamente entendeu toda a situação. Tornando-se muito zangado, disse, O que! Você foi enviada aqui para parar minha meditação! Que tolo é Indra! Ele pensa que eu cairei nisso?

Visvamitra olhou para ela com tal fogo de vingança, que a Apsara Ramba foi imediatamente reduzida a uma pedra. E Visvamitra voltou para sua meditação.

Indra olhou para baixo e exclamou, Ramba! A gema de minha casa! A mais poderosa arma que eu tinha! A Beleza foi reduzida a uma pedra pelo poder da tapasya daquele Rsi! Eu não posso permitir que a um sadhu qualquer que realize tal disciplina que possa expor meu reino todo! Menaka! ele ordenou. Menaka. Ó Você que Vibra Com o Conhecimento!

Sim, meu Senhor, Menaka apareceu com as mãos postas. Desça à terra e atraia a mente daquele Rsi!

Menaka disse, Ó Senhor, Ramba, a mas bela entre as Apsaras foi transformada em uma pedra por aquele Rsi! Por favor, Senhor, eu não quero tornar-me uma pedra. Por favor não me envie! Eu lhe rogo, Senhor, envie outra. Envie Gratachi ou Tilottama, mesmo Urvasi poderia ter muito efeito. Envie alguém, Senhor, mas por favor não me envie! Eu sinto muito. Não desejo tornar-me uma pedra ou ser reduzida a cinzas ao pés de um Rsi!

Não Menaka, esta é uma importante função. Este é seu trabalho! Pegue qualquer ajuda que precisar, mas faça o Muni parar sua meditação. Vá!

Menaka não tinha outra escolha, senão obedecer. Quando ela se preparava para ir à terra, ela chamou todas as ajudantes do arsenal celeste. Ela começou a orar: Ó por favor Senhor, protegei-me! Eu conheço o poder da tapas deste Muni. Por favor não permita que ele me transforme em uma pedra. E ela chamou Amor e disse, Amor, por favor atire suas flechas naquele Rsi no momento apropriado, e assegure-se de acertar seu alvo! Faça-o se apaixonar por mim, e por favor não permita que ele me transforme em uma pedra!

Menaka desceu à terra, e começou a praticar suas artes mágicas da sedução. Mas mesmo tentando o quanto podia, Visvamitra nem mesmo a via, de tão firme que ele estava na disciplina de sua meditação. Ele nunca nem mesmo uma vez tornou-se consciente da presença dela. Menaka dançou e cantou. Ela cozinhou deliciosas comidas e tentou de todo modo cativar o sentidos daquele Rsi meditativo. Ela tentou realizar adoração a ele enquanto ele estava em meditação, mas ele permanecia inconsciente da presença dela. De todas as maneiras ela tentou cativar aquele Rsi, mas sem sucesso. Quando Visvamitra finalmente despertou de sua meditação, ela tentou habilmente colocar-se em seu caminho. Mas novamente ele caminhou passando diretamente por ela, sem o menor conhecimento de sua presença. Ela começou a servir aquele Rsi, de todas as maneiras ajudá-lo em suas metas. Ela começou a ajudá-lo em seu puja, pegando flores para a adoração e preparando seu asana. Visvamitra aceitou seu serviço, mas nunca nem uma vez, sentiu a mais leve mexida em seu coração, nem mesmo se deu conta de quem estava fazendo este seva.

Algum tempo se passou. Um dia Visvamitra foi ao rio pegar um pouco de água, onde Menaka estava tomando banho. Então o Deus do Amor, reconhecendo esta excelente oportunidade, rapidamente colocou a flecha com uma flor na ponta em seu arco, e a deixou voar com perfeita precisão. A flecha acertou Visvamitra, e repentinamente ele tomou conhecimento de Menaka e se apaixonou profundamente. Ele tentou meditar, mas viu que seu coração estava cheio de agitação, em todo o tempo Menaka caminhava em sua visão, e seu coração saltava de alegria! Menaka começou a massagear os pés deles de noite, quando ele tinha terminado sua longa tapasya. Ela colocava óleos perfumados em eu cabelo, e vinha mais e mais perto, a medida em que começavam a fazer tapasya juntos. Agora eles começaram a se sentarem juntos para meditar. Ela começou a participar de todos os pujas, e tornou-se a mais eficiente ajudante que um sadhu poderia desejar. De todo modo Menaka tornou-se a perfeita companheira, dando a ele sua rendição e apoio.

Algum tempo se passou. Visvamitra se apaixonou cada vez mais e começou a entregar-se aos encantos intencionais da bela ninfa celestial, a Apsara Que Personifica as Vibrações do Conhecimento. Depois de algum tempo, Menaka esqueceu-se da tarefa celestial pela qual Indra a tinha enviado. Ela entregou-se completamente a Visvamitra, assim como ele se entregou a ela. Logo eles estavam casados, e estavam cheios de alegria!

Sakuntala

Menaka ficou grávida, e eles realizaram as cerimônias pré-natais da concepção para as preparações de dar à luz. Sem mesmo se dar conta, pouco a pouco Visvamitra começou a gastar mais e mais tempo com sua amada esposa, e cada vez menos tempo com sua adoração. Ele amava muito sua esposa.

Indra olhou lá do céu e ficou satisfeito.

No tempo apropriado, Menaka deu à luz a uma bela menina. Visvamitra ficou cheio de prazer! A criança era radiante: concebida e nutrida no mais profundo respeito. Visvamitra realizou os pujas relativos ao nascimento da criança, e tornou-se perdido na bem-aventurança de sua vida de chefe de família.

Então Indra disse à Menaka, Seu trabalho está terminado. Você destruiu a meditação dele e o fez cativo das ligações. Minha querida Menaka, você foi muito bem sucedida! Agora deixe a criança com Visvamitra e retorne ao céu.

Menaka, que tinha se perdido na felicidade da fidelidade matrimonial, foi repentinamente chamada para a consciência da sua real situação. Como eu posso deixar meu bebê recém nascido? Como posso deixar meu marido que tem se dedicado completamente à mim e confiado totalmente em mim? Que tipo de dharma é esse? perguntou ela desanimada. Este não é o dharma de uma mulher e uma esposa!

Indra disse, Você não é uma mulher nem uma esposa! Você é uma Apsara. Seu trabalho é fazer a licitação do Senhor dos Devas, cativar as mentes dos Munis que se esforçam para tornarem-se Deuses através de suas tapasyas. Este é o seu trabalho. Você pensa que qualquer um que queira pode se aproximar dos céus sem ter as qualidades exigidas dos Deuses? Absolutamente não! Por isso vocês, Apsaras, devem ensinar a humanidade as lições de humildade, deixando-os saber que todos os que vivem devem atuar de acordo com a Natureza. Agora volte ao céu! Não se preocupe com os seus conceitos de certo ou errado. Podemos fazer alguma compensação mais tarde por algum erro cometido. Mas as leis do Karma e a supremacia do Destino são invioláveis. Agora deixe o bebê com o pai e volte para casa!

Menaka implorou, Senhor, por favor, dê-me algum tempo. Eu não posso. Não posso deixar esta criança. Este bebê precisa ser alimentado por uma mãe. Como direi para Visvamitra, que confiou em mim e entregou-me seu amor puro, sem reservas. Certamente no fogo de sua ira ele iria me amaldiçoar, e transformar-me em uma pedra como fez com Ramba.

Indra ficou furioso. Se você não voltar agora mesmo, então eu a amaldiçoarei e você se tornará uma pedra!

Ó Senhor, por favor, deixe-me ao menos falar com Visvamitra antes de deixá-lo e deixar nossa criança! Está certo, mas não se demore!

Menaka foi até Visvamitra cheia de tristeza. Meu marido. Tenho que lhe fazer uma confissão. Indra ordenou-me a vir aqui e destruir sua meditação. Este foi o propósito de nosso relacionamento. Agora que temos uma criança e você está comprometido com a vida de chefe de família, Indra ordenou que eu retorne para casa. Eu sei que você vai me amaldiçoar e transformar-me em uma pedra. Eu mereço isso. Meu comportamento não é apropriado para uma mulher, uma esposa ou uma mãe, e eu mereço ser amaldiçoada. Por favor vá em frente e me amaldiçoe. Isto faria minha consciência ficar melhor, recebendo o fruto próprio das sementes do Karma que semeei. Gostaria que você me amaldiçoasse, porque sei que esta conduta traiçoeira é imprópria. Eu o amo muito meu marido. Eu amo nossa criança também. Mas se eu não voltar ao céu agora mesmo Indra me amaldiçoará e me transformará em uma pedra. Swamiji, seria melhor ser amaldiçoada por um marido correto, que por Indra por suas ações incorretas. Por favor vá em frente e me amaldiçoe.

Visvamitra olhou para Menaka e disse, Eu não a amaldiçoarei. Você fez seu dever, e isto não é errado. Você teve sucesso com a tarefa de Indra. Já destruiu minha meditação. Agora volte ao céu. Não consiga uma maldição de Indra e nem há necessidade de que você seja amaldiçoada por mim. Vá para o céu. Eu não preciso

de você. Você destruiu minha meditação e minha tapasya. Já teve sucesso. Agora vá! Pegue sua criança com você e vá!

Marido, eu não posso levar a criança comigo. Ela tem que ficar na terra. Ela não é do céu, é da terra. Então deixe a criança e vá. Faça o que você tem que fazer! Cuidar de uma criança é responsabilidade da mãe. Um pai não pode dar leite. Se você quer ir ao céu então vá em frente. Abandone sua criança na floresta. Eu continuarei a tapasya que você destruiu. Eu mostrarei a Indra! E Visvamitra saiu para a floresta para fazer tapasya.

Menaka começou a chorar. Ela fez uma cama de folhas no chão e deitou o bebê. Com muito sofrimento, Menaka muito tristemente ascendeu ao céu. Sozinho na floresta, o bebê começou a chorar. Um pássaro Sakun veio e abriu suas asa sobre o bebê para protegê-lo do sol do meio dia. Assim o bebê ficou nos pés do pássaro Sakun, que com as asas abertas o guardava como um sentinela.

Nesse momento, o Rsi Kanva vinha no caminho com alguns de seus discípulos. Pare! disse ele. eu ouço algum ruído entre as folhas da densa floresta. Ele caminhou e olhou para baixo tendo a curiosa visão de uma bela criança sendo protegida pelas asas abertas de um grande pássaro. Ele cuidadosamente abaixou-se e pegou o bebê e o segurou perto de seu peito. Ele pensou, Que bela e divina criança, sozinha na floresta, sem ninguém, mas só um pássaro Sakun montando guarda com um sentinela! Certamente esta criança está cheia de algum grande Karma em sua história. Eu a levarei para casa e minha esposa irá alimentá-la.

Ele levou o bebê para seu ashrama, e realizou as cerimonias pelo nascimento criança, e deu-lhe o nome de Sakuntala, Ela Quem Reside aos Pés do Pássaro Sakun.

Sakuntala cresceu no ashrama do Rsi Kanva. Ela transformou-se em uma bela jovem, cheia de sabedoria dos santos. Quando ela alcançou a idade de casar-se, a esposa de Kanva disse ao Rsi, Rsi, é hora de começarmos a pensar no casamento de nossa filha. Por favor encontre um marido digno para ela.

O Rsi Kanva disse, Irei para a floresta fazer tapasya, meditarei para encontrar quem poderá ser o marido satisfatório.

Então o Rsi juntamente com muitos discípulos foram para a floresta e começaram a fazer tapasya. Neste tempo o rei de Hastinapura, nascido na Dinastia Lunar, o Rei Dusyanta veio para a floresta caçar. Um de seus ministros lhe disse, Ó grande rei, lá está o eremitério do grande Rsi Kanva, você deve ir lá prestar seus respeitos. Ele é um grande Rsi Védico, uma pessoa muito sábia e um honrado profeta.

Dusyanta foi visitar o eremitério do Rsi, e quando se aproximou do ashrama, ele viu a bela Sakuntala. Imediatamente seu coração estremeceu. Ele gaguejou por um momento e então disse para o amor de sua vida, Ó Deusa, o que você está fazendo sentada sozinha na floresta? Qual o seu nome? Quem é seu pai? Onde você vive?

Sakuntala com total equilíbrio disse, Ó Rei, percebo que sua mente perdeu o controle. Sou Sakuntala, filha do Rsi Kanva, que é meu pai e Guru deste ashrama. Sugiro que você espere algum tempo para o Rsi retornar, pois ele foi para a floresta praticar meditação. Quando você o encontrar esteja certo que ele lhe concederá o pedido pelo qual você veio aqui.

O rei Dusyanta era um homem jovem, muito belo, o mais nobre Rei. Ele olhou para Sakuntala e pensou, Como posso esperar? Meu coração se partiu no momento que coloquei os olhos sobre ela. Certamente morrerei se tiver que esperar mesmo mais um só dia antes de Sakuntala ser minha.

Corajosamente ele disse, Sakuntala, você se casaria comigo conforme as leis do casamento Gandharva? Estou certo de que seu pai aprovaria.

O coração de Sakuntala foi roubado. Aquela noite Sakuntala foi visitar o pavilhão do rei, onde realizaram a cerimonia de casamento. Tendo consumado os votos matrimoniais, eles fizeram amor e Sakuntala ficou grávida.

Na manhã seguinte o rei disse, Ó minha amada rainha, tenho que retornar ao meu reino agora. Tenho que preparar um local para você. Por favor use este anel com a insígnia real do meu nome inscrita nele. Eu

voltarei dentro de três dias para buscá-la. Entregando-lhe o anel, o rei partiu. Então o Rsi Kanva retornou ao eremitério. Todos vieram saudá-lo, Onde está Sakuntala? disse ele. Não é certo que minha filha venha saudar-me?

A mãe disse, Sakuntala ficou fora toda a noite. Ela não comeu nada e nem falou uma só palavra. Traga-a aqui. Disse Kanva.

A mãe trouxe Sakuntala. Quando o Rsi Kanva viu a face de Sakuntala, ele fechou os olhos e mergulhou na meditação.Com sua divina percepção na quietude da meditação, ele viu toda a circunstância. Ele abençoou sua filha e disse, Sakuntala irá segurar a espada da dinastia lunar.

Sakuntala entendeu que seu pai sabia de tudo. Eles decidiram esperar os três dias pelo rei Dusyanta retornar, assim Kanva iria dar as boas vindas ao noivo com a devoção de uma cerimônia Védica. Kanva estava muito satisfeito. Com grande alegria ele preparou uma festa para todas as pessoas das vilas próximas, uma grande celebração em honra ao casamento de sua filha. Sakuntala estava profundamente perdida em pensamentos, ela não podia pensar em nada mais, a não ser no retorno de seu marido. Aqueles três dias pareceram uma eternidade!

No terceiro dia de espera, ela estava sentada na margem do rio, contemplando a face de seu amado inscrita sobre as águas. Ela estava perdida em meditação, sem conhecer nada mais, quando o Rsi Durvasa veio ao rio. Minha jovem qual é o ashrama do Rsi Kanva?

Não houve resposta. Onde é o ashrama? Perguntou em voz alta, ficando irado por ser ignorado. Eu perdi o caminho! Onde é o ashrama?

Nenhum som entrou nos ouvidos de Sakuntala. Ela estava perdida em suas reflexões, ela apenas fitava as ondas das águas e sonhava em reunir-se ao seu marido.

Durvasa chamou outra vez com grande ira, Jovem, eu a estou chamando! É esta a hospitalidade que os Rsis da floresta mostram a Durvasa Muni? Você não conhece minha ira? Todos temem minha ira! Qual o caminho do ashrama?

Ainda assim não houve resposta.

Durvasa ficou cheio de ira. Ele parou ao lado da margem do rio, pegou um pouco de água nas mãos e disse, Você falhou em mostrar respeito ao sábio ancião! Você falhou em mostrar respeito a um hóspede em sua porta! Você ignorou a pergunta inocente que fiz! Eu a amaldiçôo! A pessoa em que você está pensando a esquecerá! E ele jogou a água em Sakuntala que permaneceu totalmente inconsciente.

Mas duas de suas amigas que estavam sentadas perto dela, testemunharam a cena toda, e quando viram o Muni ir para a floresta, elas correram atrás dele e disseram, Ó grande Rsi, por favor perdoe nossa amiga, Sakuntala. Ela está casada recentemente e foi deixada por seu marido. Ela está sempre pensando nele em quando ele voltará. Por favor retire sua maldição!

Durvasa disse, Bem, este é certamente um comportamento melhor que o que sua amiga mostrou a mim. Mas uma vez que a maldição foi dada, não pode ser retirada. O que eu disse acontecerá. Mas devido a sua amizade, a humildade com que você está pedindo em favor de sua amiga, eu darei a você a dádiva que virá o tempo quando a pessoa com quem ela está sonhando encontrará algum objeto que inspirará sua memória. Então a maldição será retirada. Assim dizendo, Durvasa Muni foi para a floresta.

Os três dias se passaram e tornaram-se três semanas, não havia sinal do rei. Quando três meses se passaram e não havia sinal do rei, Sakuntala estava começando a ter alguns sintomas da maternidade. Sua mãe disse ao Rsi Kanva, Ó Rsi, estou começando a duvidar se o rei Dusyanta está realmente vindo para nossa filha. Talvez a tenha esquecido completamente,. Agora nossa filha está começando a mostrar os sinais da gravidez. É hora de a levarmos a casa do rei porque se ela está para ter essa criança, a criança deve nascer na casa do pai, não da mãe. Isso é muito importante para esta criança que é destinada a ser da família real. Rsi, é hora de enviarmos nossa filha à casa do seu marido.

O Rsi Kanva chamou dois de seus discípulos, acompanhem nossa Sakuntala até o palácio do rei e digam ao rei que ele deve aceitar a responsabilidade do Karma que realizou, e aceitar sua esposa conforme nossas leis

da tradição Hindu. Não é digno de um rei comportar-se de tal modo irresponsável, tendo um relacionamento com uma menina Brahmin, e depois deixá-la sem mais nada dizer. Assim, agora, ó rei, faça o que é devido.

Os dois eremitas escoltaram Sakuntala em sua jornada até o palácio do rei. O caminho passava pela densa floresta e então para a fronteira da floresta. Logo eles chegaram as margens do Rio Jamuna. Os três passageiros sentaram-se no barco para cruzar o rio. Quando o barqueiro conduzia o barco através do rio, Sakuntala ficou brincando com as ondas na água, deslizando sua mão na superfície, desfrutando do seu frescor. Ela nem mesmo percebeu quando o anel escorregou de seu dedo, e afundou nas profundezas do grande rio.

Quando finalmente eles chegaram em Hastinapura, os eremitas da floresta vaguearam entre os grandes

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 87-94)