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A Maldição de Pandu

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 114-116)

Alguns dias após o retorno de Pandu para Hastinapura, Satyavati disse, Meu filho, é hora de você ter algum descanso. Pandu, você tem estado somente trabalhando lutando desde que se tornou o Rei. Por que você não leva suas duas esposas para nosso retiro na floresta. Temos uma pequena casa lá, onde vocês poderão ter algum tempo para vocês.

Pandu disse, É uma idéia maravilhosa. Agora meu reino está seguro e bem protegido .Vou desfrutar de algum tempo privado só com minha família.

Antes de ir para o retiro da floresta Pandu veio até seu irmão mais velho Drtarastra e disse, Drtarastra, não desejo deixar meu reino desprotegido. Por favor em minha ausência eu quero que você use a coroa. Você será o Rei em meu lugar.

Drtarastra ficou muito satisfeito em ter a coroa em sua cabeça. Tão logo Pandu partiu, Drtarastra pensou nos meios pelos quais ele pudesse manter aquela coroa. A coroa deveria ter sido sua, e seria sua se ele não tivesse nascido cego. Ele era o mais velho. Ele desejava saber porque seu Karma o tratava deste modo, e ele queria manter a coroa de qualquer modo que pudesse.

Pandu foi descansar com suas duas esposas. Lá na floresta eles encontraram-se cm o Rsi Kindal. Muitos dias eles passaram ouvindo a sabedoria do Dharma da boca do Rsi. Depois de muitos dias aprendendo a maravilhosa sabedoria e desfrutando do descanso do modo mais harmônico com suas esposas , um leão veio para perto do eremitério onde eles estavam residindo.

Madri disse, Meu marido, olhe aquele leão lá.

Pandu imediatamente puxou seu arco e flechas e disse, Hoje trarei um troféu para vocês .

E ele correu para a floresta, O leão o levou a uma grande perseguição. Pandu corria logo atrás, mas o leão escondeu-se na parte mais espessa. Então Pandu ouviu algo. Lá estava um agito nas folhas. Pandu puxou sua e a lançou. Repentinamente ele ouviu o som de um ser humano chorando de dor. Pandu ficou surpreso com o som. Ele correu pela floresta até onde a flecha tinha sido lançada. Lá ele viu que a flecha tinha passado pelo coração do Rsi Kindal e de sua esposa.

Quando o Rsi agonizante viu Pandu ele disse, O que é isso? O Rei supostamente é para proteger seus súditos, e aqui estou eu, um inocente ermitão da floresta. Este foi meu último tempo sozinho com minha esposa, e agora fui atingido por uma flecha que era supostamente para proteger os súditos de Hastinapura.

O Rsi disse, Você não olhou e disparou a flecha, e matou eu e minha esposa! Eu o amaldiçôo! Quando você tocar em sua esposa, ou se você mantiver uma mulher num abraço íntimo, você morrerá assim como eu estou morrendo agora. Então o Rsi e sua esposa abandonaram seus corpos. Pandu olhava sem acreditar e chocado. Ele retornou para o eremitério e levou suas duas esposas de volta para Hastinapura.

Imediatamente ele convocou uma assembléia de todos os sábios e seres eruditos do reino. Bhisma, Drtarastra e Vidura se reuniram com todos os conselheiros da corte de Hastinapura. Pandu disse, Sábios conselheiros de Hastinapura, foi um acidente, mas a flecha do Rei matou o Rsi e sua esposa. Agora devo realizar alguma penitência para expiar este horrível pecado de matar um Brahmin. Irei para a floresta realizar tapasya. Drtarastra, meu irmão mais velho, você é atualmente o Rei. Você permanecerá Rei. Eu irei para a floresta fazer sadhana.

Todos ficaram muito tristes em ver Pandu, Kunti e Madri caminhando para a floresta com os pés descalços. Por alguns anos eles realizaram tapasya, fortes disciplinas espirituais de yoga e meditação. Um dia Pandu teve um sonho. No sonho todos os Rsis estavam indo para o céu. Pandu também desejava ir com eles para o céu. Mas eles disseram, Onde você está indo? Você não pode ir para o céu porque ainda não pagou seu débito na terra. Onde estão os filhos que realizarão as oblações funerais para você? Você não tem filhos. Você ainda não nutriu a próxima geração de modo a fazer da terra um lugar um pouco melhor. Como pode ir para o céu?

Pandu ficou muito perturbado com este sonho. Quando ele despertou, perguntou para suas esposas. O que farei? Não tenho filhos. Não posso ir para o céu, não importa quanta tapasya eu tenha executado.

Kunti disse, Meu Senhor e marido, quando eu era criança eu servi Durvasa Muni. Ele deu-me um mantra pelo qual eu posso ter um filho de qualquer Deus que eu escolher.

Pandu ficou muito feliz e disse, Use o mantra. Faça tapasya. Traga um filho para mim. Kunti disse, Quem chamarei?

Pandu respondeu com grande excitação, Chame Dharma. Peça a ele para ser o pai de nosso primeiro filho.

Kunti sentou-se na floresta e começou a realizar a recitação do mantra. Dharma veio e deu-lhe um filho, e Pandu ficou muito feliz. Pandu disse, Agora Kunti, chame Pavan, o Vento.

Kunti sentou-se novamente e chamou e Vento. O Vento veio e deu-lhe um filho. E Pandu disse, Chame Indra.

Kunti sentou-se novamente e chamou Indra. Indra veio e deu-lhe um filho. Então Kunti ensinou o mantra para Madri. Madri chamou os gêmeos Asvin e ela teve dois filhos.

O primeiro filho nascido de Dharma foi chamado Yudhisthira. O segundo nascido do Vento foi chamado Bhim. O terceiro, de Indra foi chamado Arjuna. O quarto foi Nakula e o quinto foi Sahadeva.

Enquanto isso o Rei cego, Drtarastra, casou-se com Gandhari, que amarrou seus olhos com um pano para que assim ela compartilhasse da escuridão de seu marido. Juntos eles tiveram cem filhos. O mais velho foi chamado de Duryodhana.

Os cinco filhos de Pandu cresceram na floresta, aprendendo a sabedoria dos pés dos Rsis. Um dia Pandu estava sentado sob uma árvore perto de uma cachoeira meditando, quando Madri veio só tomar seu banho e pegar água. Ela parecia bela. Ela tomou seu banho e estava toda molhada e fresca. Quando ela voltou da cachoeira depois de pegar água, Pandu veio e a abraçou. Imediatamente ele caiu no chão e morreu. Madri e Kunti ficaram muito tristes que seu marido tivesse morrido na floresta.

Os Rsis vieram ao lugar e realizaram os ritos funerais, depois do que Madri subiu na pira funerária, fazendo-se uma Sati, uma mulher que deixa seu corpo mortal para acompanhar seu marido.

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 114-116)