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Pariksit e a Vinda de Kal

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 136-139)

Que poderoso Rei foi Pariksit! Ele não deixava que qualquer inimigo de dharma residisse em qualquer lugar do seu reino. Quando Pariksit ficou um homem velho, sua esposa concebeu um filho. Mas antes do filho nascer, uma coisa surpreendente aconteceu. Um dia o Rei estava caçando na floresta, e quando ele veio para perto da fronteira de seu reino, ele viu Kali Yuga se aproximando. Ele disse, Kali, o que você está fazendo aqui? Você não pode vir ao meu reino!

Ele pegou sua espada e começou a perseguir Kali. Kali correu de medo. Para onde quer que Kali corresse, Pariksit corria atrás, até que Pariksit finalmente alcançou e agarrou Kali pelo cabelo e segurando aquele cabelo, ele pegou sua espada e disse, Eu cortarei sua cabeça. Eu não permitirei que Kali viva em meu reino!

E Kali disse, Espere Rei! Eu tomo refúgio em você. Você não pode matar um ser que se refugia em você. Este não é o dharma dos reis. Eu me rendo a você. Não me mate.

Por que eu não deveria matar você? perguntou Pariksit. Eu tenho algumas boas qualidades também. Disse Kali. Pariksit disse, Diga uma.

Kali respondeu, Qualquer Karma que um indivíduo realize na minha idade, ele receberá os frutos imediatamente.

Pariksit concordou, Esta é uma boa qualidade. Se almas nobres realizam ações puras elas irão rapidamente avançar na vida espiritual. Mas eu não permitirei que você viva em meu reino enquanto eu for o Rei.

Pariksit respondeu, Darei a você três lugares para viver. Você pode viver na luxúria, você pode viver na fraude e você pode viver nos jogos.

Kali disse, Estes lugares são muito limitados. Dê-me um outro lugar para viver. E Pariksit disse, Você pode viver no ouro.

Kali disse, Muito obrigado meu Rei. Eu prometo que não entrarei em seu reino enquanto você viver, mas irei somente habitar estes quatro lugares.

Mas o Rei esqueceu que a coroa em sua cabeça era feita de ouro, e Kali entrou na coroa.

A medida em que o Rei perseguia sua caça pela floresta, ele tornou-se muito cansado e sedento, quando ele veio ao eremitério de um Rsi. O Rsi estava sentado em profunda meditação. O Rei Pariksit disse, Rsi, estou extremamente desorientado pela sede. Eu poderia, por favor, tomar um pouco de água?

O som das palavras de Pariksit não entraram nos ouvidos do Rsi. Ele estava em profunda meditação. Pariksit limpou a garganta e disse novamente, Hm,hum, Rsi! em mais alto tom. Rsi, por favor desperte! Eu estou profundamente desorientado pela sede. Por favor dê-me um pouco de água.

Mas o Rsi estava absorvido em Samadhi e não respondeu.

Da coroa de ouro no topo da cabeça do Rei, Kali disse, Olhe que insulto. Ele está fingindo. Ninguém pode ser tão insensível para ignorar o Rei quando ele está sedento. Tudo o que você pediu foi um copo de água. Veja se realmente ele está meditando ou se está somente enganando.

Então o Rei olhou para o chão e viu uma cobra morta no chão. Sob a influência de Kali ele pegou aquela cobra morta, envolveu-a ao redor do pescoço do Rei e foi embora. Quando o filho do Rsi, Srnga, retornou ao ashrama, ele viu seu pai meditando no mais profundo Samadhi, pura absorção intuitiva, com a cobra morta ao redor de seu pescoço. O filho disse, Que insulto é este? Pode imaginar que alguém iria fazer isso ao meu pai, que está meditando na mais pura absorção da divina consciência?

Ele pegou um pouco de água em suas mãos, e pronunciou uma maldição. Quem quer que tenha feito esta odiosa ofensa, eu o amaldiçôo! Dentro de sete dias, Taksa, o Rei das Serpentes, irá picá-lo e este indivíduo irá morrer do veneno de cobra. E ele arremessou a água.

Quando o Rei Pariksit ouviu que ele tinha sido amaldiçoado para morrer com a picada de uma cobra dentro de sete dias, ele chamou todos os ministros para juntarem-se e disse, O que faremos?

Eles disseram, Ninguém pode evitar a vontade de Deus. O que quer que Deus proclame isso acontecerá. Todavia um indivíduo deve fazer todo o esforço para agir corretamente. Rapidamente vamos construir uma torre completamente impermeável. No topo da torre construiremos os quartos do Rei, e iremos colocar sentinelas ao redor e assim não permitiremos nem mesmo um inseto entrar. E lá o Rei ouvirá o Bhagavat, e todos nós iremos orar a Deus.

Imediatamente a imensa torre com os quartos do Rei em cima foi construída, e em toda a volta sentinelas foram colocados, de modo que nem mesmo um inseto pudesse entrar. Pariksit sentou-se no quarto de Rei e ouviu Sanat Kumara recitar o Bhagavat e contar as histórias da história e tradição do Sanatana Dharma.

Havia um Brahmin muito pobre cujo nome era Kasyapa. Quando Kasyapa soube que o Rei estava tomando refúgio numa torre elevada por medo de uma picada de cobra, ele pensou, Eu tenho um mantra que cura picadas de cobra. Eu irei ao Rei e o ensinarei, assim quando Taksa o picar ele pode pronunciar o mantra e tornar-se curado imediatamente. Então talvez ele me dê algum dinheiro.

Kasyapa foi até a torre do Rei, e em seu caminho ele encontrou Taksa, o Rei das Serpentes. Eles começaram a caminhar pela estrada em direção a torre do Rei.

Kasyapa, o Brahmin, respondeu, Eu ouvi que o Rei Pariksit foi amaldiçoado para morrer do veneno de uma serpente dentro de sete dias. Taksa, o Rei das Serpentes, está indo para pica-lo. Eu tenho um mantra que cura picadas de cobra.

Taksa perguntou, Verdade? Que tipo de mantra é este?

Kasyapa respondeu, Ó é de fato um mantra maravilhoso. Ele age muito bem com todos os tipos de venenos.

E Taksa disse, Você vê aquela árvore? Você acha que se eu colocar veneno naquela árvore, você pode cura-la?

Kasyapa disse, Certamente!

Então Taksa injetou veneno na árvore com suas presas venenosa e a árvore imediatamente reduziu-se a cinzas. Taksa disse, Você pensa que seu mantra pode curar aquela árvore?

Kasyapa disse, Certamente que pode! Ele fechou o olhos, esfregou as mãos juntas por um pouco de tempo e disse o mantra, e a árvore voltou a viver novamente.

Taksa disse, Que maravilha! Nunca vi uma coisa como essa em minha vida. O que você deseja?

Kasyapa respondeu. Sou um pobre Brahmin e preciso de algum dinheiro com o qual alimentar minha família. Assim darei este mantra ao Rei. Talvez ele me dê algum dinheiro com o qual eu possa alimentar minha família.

Então Taksa disse, Bem, eu lhe darei o dinheiro agora mesmo. Se você está indo lá só pelo dinheiro, você não tem que ter este trabalho de ir por todo o caminho. Por que você não vai para casa. Aqui, tome este dinheiro e volte para sua casa.

Então Kasyapa sentou-se em meditação e viu que era o tempo do Rei deixar seu corpo de qualquer modo. Assim ele disse para Taksa, Está certo, aceitarei seu dinheiro, e ele voltou apara casa.

Era o entardecer do sétimo dia, e Sanat Kumara tinha justamente terminado a recitação do Bhagavat. Pariksit estava totalmente iluminado com a sabedoria, e ele disse, Você sabe, meu Guru, qualquer que seja a vontade de Deus, será . E eu me curvo a vontade de Deus. Se Deus deseja que eu sobreviva, eu sobreviverei; e se Deus deseja que eu deixe esse corpo, eu o deixarei. Já não tenho mais ligação ao meu próprio desejo. Eu me rendo a vontade de Deus, e aceito qualquer que seja a Vontade Divina.

Justamente então Taksa veio até a base daquela torre. Ele tomou a forma de um Brahmin e as outras cobras com ele tomaram todas as formas de Brahmins também. Eles disseram, Capitão da Guarda, gostaríamos de ver o Rei.

O Capitão da Guarda disse, Eu sinto muito, ninguém pode entrar. O Rei não verá ninguém hoje.

Então Taksa explicou ao Capitão da Guarda, Nós somos santos Brahmins, e temos estado orando pelo bem estar do Rei. Temos feito puja pelo bem estar dele, e trouxemos alguma prasada dessas oferendas. Poderia ao menos dar essas frutas ao Rei?

O Capitão da Guarda disse, Certamente. Ele pegou a cesta de frutas e a enviou ao quarto do Rei. O mensageiro disse, Rei, alguns santos Brahmins da floresta têm feito adoração para o seu bem estar, e eles enviaram alguma prasada daquela oferenda. O sol está se pondo no horizonte e você se livrará do perigo. Você gostaria de aceitar uma oferenda da prasada deles?

O Rei Pariksit disse, Eu de fato não estou com fome agora. Pegue esta prasada e divida entre os soldados. Só me deixe esta pequena maçã. Ele pegou a pequena maçã da cesta e disse, Divida esta maçã entre os ministros. Ele abriu a maça, onde ele viu uma pequena pinta. E a pinta começou a crescer a crescer até tornar-se uma lombriga. E a lombriga cresceu até tornar-se uma serpente. E a serpente cresceu até tornar-se Taksa, o Rei das Serpentes, que picou o Rei Pariksit injetando-lhe o veneno mortal, e o Rei Pariksit deixou sua vida.

No documento por Swami Satyananda Saraswati DEVI MANDIR (páginas 136-139)