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Em algum lugar do universo

No documento EXERCÍCIOS DE DRAMATURGIA (páginas 153-160)

Em algum lugar do universo

p. 152

O fato se passa em Minas Gerais, na cidade de Belo Horizonte, bairro centro, na esquina da avenida Augusto de Lima com rua Espírito Santo, logo em frente a pastelaria de nome fantasia Rei Pastelinho, CNPJ 01.683.443/0001-97. No semáforo, ante a faixa de pedestres, uma senhora habitante de um dos prédios da região centro sul da capital mineira carrega uma sacola repleta de vegetais SUPOSTAMENTE orgânicos comprados no sacolão próximo. Eu disse SUPOSTAMENTE orgânicos, pois há alguns meses um comerciante foi preso suspeito de vender frutas e legumes comprados no Serasa como se fossem orgânicos.

A senhora esperava o sinal abrir quando um morador de rua a abordou e pediu um trocado para comprar comida. A senhora SUPOSTAMENTE assustada vira o rosto e atravessa o sinal ainda fechado. Eu disse SUPOSTAMENTE assustada, pois dentro do organismo de alguém que toma um susto, o cérebro envia impulsos nervosos para as glândulas suprarrenais (aquelas dos rins) que descarregam na corrente sanguínea uma grande quantidade de adrenalina. SIM, A ADRENALINA!! Aquela do bungee jump ou do assalto que acelera o coração e dá sensação de aventura ou medo. Mas só que no organismo da senhora SUPOSTAMENTE assustada, o cérebro enviou impulsos nervosos para o esofago criando a sensação de... NOJO.

Duas garotas e um copo; Vômito na montanha russa; Um Cão Andaluz; Um presidente da república comendo pastel na feira; Um filme de terror trash dos anos oitenta com muita desmembração e sangue.

As cenas/imagens escatológicas citadas, embora causem nojo na grande maioria das pessoas, outras tantas sentem prazer. Apenas uma questão de neurotransmissão.

Um rapaz dentro da pastelaria presencia o fato e reflete. Cena Xis

Happy Pills

Enquanto come pastéis, Bê fala sob constantes intervenções de Á (uma pessoa, uma voz, um lapso, uma entidade...)

Bê: É cientificamente comprovado que a gordura que as pastelarias utilizam para fritar pastéis libera algumas substâncias ligadas à doenças cardiovasculares, problemas mentais e câncer.

Á: [provocativo] E qual a novidade tem nisso? O Brasil inteiro sabe que comer fritura faz mal, mas mesmo assim o que não falta é pastelaria aberta por aí. O Brasil inteiro sabe que aglomerar faz mal, mas o que não falta é lugar lotado por aí. E escuta aqui, Bê, tá metido com ciência desde quando?

O fato se passa em Minas Gerais, na cidade de Belo Horizonte, bairro centro, na esquina da avenida Augusto de Lima com rua Espírito Santo, logo em frente a pastelaria de nome fantasia Rei Pastelinho, CNPJ 01.683.443/0001-97. No semáforo, ante a faixa de pedestres, uma senhora habitante de um dos prédios da região centro sul da capital mineira carrega uma sacola repleta de vegetais SUPOSTAMENTE orgânicos comprados no sacolão próximo. Eu disse SUPOSTAMENTE orgânicos, pois há alguns meses um comerciante foi preso suspeito de vender frutas e legumes comprados no Serasa como se fossem orgânicos.

A senhora esperava o sinal abrir quando um morador de rua a abordou e pediu um trocado para comprar comida. A senhora SUPOSTAMENTE assustada vira o rosto e atravessa o sinal ainda fechado. Eu disse SUPOSTAMENTE assustada, pois dentro do organismo de alguém que toma um susto, o cérebro envia impulsos nervosos para as glândulas suprarrenais (aquelas dos rins) que descarregam na corrente sanguínea uma grande quantidade de adrenalina. SIM, A ADRENALINA!! Aquela do bungee jump ou do assalto que acelera o coração e dá sensação de aventura ou medo. Mas só que no organismo da senhora SUPOSTAMENTE assustada, o cérebro enviou impulsos nervosos para o esofago criando a sensação de... NOJO.

Duas garotas e um copo; Vômito na montanha russa; Um Cão Andaluz; Um presidente da república comendo pastel na feira; Um filme de terror trash dos anos oitenta com muita desmembração e sangue.

As cenas/imagens escatológicas citadas, embora causem nojo na grande maioria das pessoas, outras tantas sentem prazer. Apenas uma questão de neurotransmissão.

Um rapaz dentro da pastelaria presencia o fato e reflete. Cena Xis

Happy Pills

Enquanto come pastéis, Bê fala sob constantes intervenções de Á (uma pessoa, uma voz, um lapso, uma entidade...)

Bê: É cientificamente comprovado que a gordura que as pastelarias utilizam para fritar pastéis libera algumas substâncias ligadas à doenças cardiovasculares, problemas mentais e câncer.

Á: [provocativo] E qual a novidade tem nisso? O Brasil inteiro sabe que comer fritura faz mal, mas mesmo assim o que não falta é pastelaria aberta por aí. O Brasil inteiro sabe que aglomerar faz mal, mas o que não falta é lugar lotado por aí. E escuta aqui, Bê, tá metido com ciência desde quando?

Bê Ignora a provocação de Á e prossegue

Bê: O mais engraçado é que essas substâncias são bem menos nocivas que os quase 800 agrotóxicos liberados pelo governo federal brasileiro de 2018 até agora e que muito provavelmente estão presentes nos vegetais SUPOSTAMENTE orgânicos da dona assustada.

Á: Tenho certeza que isso é alguma tática pra parecer mais inteligente. Você sempre foi o mais burro de todos os lugares onde esteve, Bê.

Bê fica constrangido com a provocação de A, toma um líquido verde

claro e continua

Bê: Rodrigo! Rodrigo é o nome do morador de rua que abordou a senhora que atravessou a faixa sem nem olhar nos seus olhos. Ele costuma ficar sob a marquise de um prédio na rua Rio de Janeiro perto do Shopping Cidade.

Á: Eles [aponta plateia] viram a senhora ignorar o rapaz e nem esboçaram qualquer reação.

Bê: Praça da rodoviária, rua Tamóios perto do Elevado Castelo Branco, Rua Itambé perto do viaduto Santê e praça do Peixe no bairro Lagoinha são os locais onde a população de rua mais se concentra em BH.

Á: Sabe, Bê… não adianta fingir que se importa com morador de rua pra ver se te acham uma boa pessoa, querido. Ninguém aqui se importa com isso.

Bê e grande parte da população de BH e região não sabem, mas o nome do Elevado Castelo Branco mudou. O antigo nome foi uma homenagem a um presidente brasileiro da era militar. O elevado agora se chama Viaduto Dona Helena Greco, uma homenagem a ativista política e primeira vereadorA eleita em Belo Horizonte.

Bê também não gostou dos pastéis, porém insiste em comer os dois últimos. Ele cresceu ouvindo que não se deve desperdiçar comida com tantas pessoas passando FOME por aí.

Bê: Nas recentes eleições municipais, poucos candidatos e candidatas em Belo Horizonte elaboraram propostas pensando nas pessoas que estão em situação de rua. Até mesmo os candidatos e candidatas que elaboraram algum tipo de proposta, NÃO levaram em conta a complexidade dos fatores que fazem um indivíduo ir morar na rua como o vício em álcool e outras

p. 154 drogas lícitas ou ilícitas, a necessidade de cuidados psiquiátricos e o desamparo do estado e da família.... inclusive o prefeito eleito chegou a afirmar que uma boa ação pra um sem teto é incentivar que ele permaneça na rua.

Á: Cuidado com o que diz, Bê. Muitos aqui pensam exatamente igual ao prefeito. Vai acabar criando inimizades, cara. Você já não tem amigos.

Bê: Vocês sabiam que o fechamento de parques e espaços públicos devido à pandemia de COVID-19, o que mais a população em situação de rua sente falta (além da comida, claro) é água? Sim, água pra beber. Eles utilizavam o parque municipal e os prédios públicos pra abastecerem as garrafas pet ...

Á: Na próxima você tenta fazer um post no Twitter. Vai continuar sendo ignorado, mas conseguirá algumas curtidas pra inflar um pouco o seu ego que anda em baixa nos últimas anos.

Bê: O mais irônico é o Brasil ser considerado a grande caixa de água potável do mundo…. Por quê está agindo assim comigo, Á?

Á: É pra te proteger, meu bem. Eles vão te julgar, eles já estão te julgando, eles sempre vão te julgar.

Bê: Não!

Á: [explicativo] Eles te julgam por tudo e nunca se importam com o que vai sentir. Sempre perguntam se está tudo bem, mas no fundo nem se importam.

Bê contempla por um instante o gosto ruim do lanche.

Bê: Estou tentando acreditar que eles não são assim.

Á: Bê, pensa comigo. Eles falam que errar é humano e normal, mas se você errar... te julgam. Se você faz alguma coisa boa pra alguém, o que eles dizem?

Bê: Como assim?

Á: Se você faz algo de bom, o que as pessoas falam? Bê: Parabéns?!

drogas lícitas ou ilícitas, a necessidade de cuidados psiquiátricos e o desamparo do estado e da família.... inclusive o prefeito eleito chegou a afirmar que uma boa ação pra um sem teto é incentivar que ele permaneça na rua.

Á: Cuidado com o que diz, Bê. Muitos aqui pensam exatamente igual ao prefeito. Vai acabar criando inimizades, cara. Você já não tem amigos.

Bê: Vocês sabiam que o fechamento de parques e espaços públicos devido à pandemia de COVID-19, o que mais a população em situação de rua sente falta (além da comida, claro) é água? Sim, água pra beber. Eles utilizavam o parque municipal e os prédios públicos pra abastecerem as garrafas pet ...

Á: Na próxima você tenta fazer um post no Twitter. Vai continuar sendo ignorado, mas conseguirá algumas curtidas pra inflar um pouco o seu ego que anda em baixa nos últimas anos.

Bê: O mais irônico é o Brasil ser considerado a grande caixa de água potável do mundo…. Por quê está agindo assim comigo, Á?

Á: É pra te proteger, meu bem. Eles vão te julgar, eles já estão te julgando, eles sempre vão te julgar.

Bê: Não!

Á: [explicativo] Eles te julgam por tudo e nunca se importam com o que vai sentir. Sempre perguntam se está tudo bem, mas no fundo nem se importam.

Bê contempla por um instante o gosto ruim do lanche.

Bê: Estou tentando acreditar que eles não são assim.

Á: Bê, pensa comigo. Eles falam que errar é humano e normal, mas se você errar... te julgam. Se você faz alguma coisa boa pra alguém, o que eles dizem?

Bê: Como assim?

Á: Se você faz algo de bom, o que as pessoas falam? Bê: Parabéns?!

Á: Errado! falam que você não fez mais que sua obrigação.

Bê respira fundo de forma reflexiva

Á: Eles dizem que vivem uma democracia, mas se você discordar deles… te julgam.

Bê: Para, Á. Vai constranger o público.

Á: Tadinho, sempre pensando em agradar os outros. Mal sabe você que eles vão se reunir com os amigos na casa de alguém, vão jogar o seu nome no Google, olhar o seu salário no portal da transparência, comentar tudo sobre você, como sua inflexão é forçada, de como dá um texto parecendo um espetáculo infantil e de como se veste igual a um hippie da Praça 7. Vão até criar um grupo no Whatsapp pra falarem mal exclusivamente de você.

Desespero. Bê sabe que por mais dramático que Á possa parecer, no fundo ele tem um pouco de razão. O mundo não anda fácil e as pessoas muito

menos.

Bê: Estou sozinho, Á. Me ajuda, cara! estou tentando acertar, ficar em casa quieto, não sair e ser absolutamente tudo que esperam que eu seja. Sei que se me atacarem vou ter que sorrir enquanto me batem. Me ajuda, velho. Pelo amor de Deus!

Á: Já tomou o remédio hoje? Bê: Sim, já. Tomei agora pouco.

Á: [aliviado] Que bom, vai ser bom pra gente. Geralmente os remédios anti depressivos, anti psicóticos e sedativos possuem algumas substâncias que atuam no sistema nervoso central interferindo na transmissão de impulsos nervosos e melhorando os sintomas da depressão, esquizofrenia e outras doenças da mente. BÊ, TOMANDO OS REMÉDIOS DIREITINHO VAMOS SUPORTAR ABSOLUTAMENTE TUDO. O abuso sofrido aos SETE anos e que ainda nos jogaram a culpa, a mãe narcisista nos expulsando de casa por ser gay, o colega de trabalho falando que vai desenhar algo pra que a gente entenda, o porteiro homofóbico rindo quando passamos, as 8 horas de trabalho estressantes, com mais 1 hora de almoço, que na verdade é gasta na lotérica pagando conta, aí ficam 9 mais 2 horas, 1 pra ir, outra pra voltar.. o

p. 156 trânsito.. aí 9 mais 2 são 11 horas. Mas aí, Bê, a gente precisa estudar pra ser alguém na vida, né?! Aí são mais 4/5 horas diárias dedicadas aos estudos… 11 mais 5 são 16 horas. Aí tem as horas pra chegar na faculdade, aí são mais 2 horas…. 16 mais duas dá 18… mas aí tem as horas gastas resolvendo problemas burocráticos, comprar uma lembrancinha no shopping, comprar ração pro gato, ir na farmácia, psicoterapia... aí são mais 2 horas... 18 mais 2 dão 20…. mas aí, Bê, a gente precisa fazer atividade física pra ser atraente o suficiente pra que eles queiram nos foder... aí mais 1 hora por dia são 21 horas. E ainda precisamos descansar de 8 a 9 horas pra que o cérebro consiga produzir dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina suficientes, os hormônios e neurotransmissores da felicidade que vão nos dar a sensação de bem estar e alegria. 21 com mais 8 ou 9 dão 29 ou 30 horas por dia. Tá me entendendo, Bê?

Bê: [confuso] Não, acho que não.

Á: [raiva] Claro que não me entende!! Você é burro e tem Déficit de Atenção. Falou isso com o psiquiatra?

Bê: Não aguento aguento mais, Á. Quando chegar em casa quero tomar a cartela inteira... Acho vai ser melhor pra gente, não faz o menor sentido estar vivo. Estou cansado e sei que você também está.

Á SUPOSTAMENTE sente culpa. Eu disse SUPOSTAMENTE, pois Á não é do tipo de coisa que se importa com o bem estar de alguém. Na verdade Á

sentiu MEDO

Á: Acorda, Bê, Isso não resolve, cara. Inferno, umbral, purgatório, covarde…. até depois de tomar toda a cartela vão te julgar.

Bê: [explicativo] Talvez vou conseguir causar algum tipo de comoção, fazer se sentirem culpados, devolver um pouco da dor que me fizeram, provocar algum tipo de reflexão, ou quem sabe criar uma outra imagem de mim mesmo ao verem que não sou tão forte como pensam.

Á: Anjo, presta atenção. Quase 30 anos e nunca se preocuparam, cara. No máximo vão tratar o caso como o pobre coitado que não soube lidar com as “adversidades” da vida. Pensa nisso.

Bê toma o resto do líquido e de forma tranquila pensa em soluções. Bê é do tipo prático que pensa em soluções ao invés de criar mais problemas. Á

trânsito.. aí 9 mais 2 são 11 horas. Mas aí, Bê, a gente precisa estudar pra ser alguém na vida, né?! Aí são mais 4/5 horas diárias dedicadas aos estudos… 11 mais 5 são 16 horas. Aí tem as horas pra chegar na faculdade, aí são mais 2 horas…. 16 mais duas dá 18… mas aí tem as horas gastas resolvendo problemas burocráticos, comprar uma lembrancinha no shopping, comprar ração pro gato, ir na farmácia, psicoterapia... aí são mais 2 horas... 18 mais 2 dão 20…. mas aí, Bê, a gente precisa fazer atividade física pra ser atraente o suficiente pra que eles queiram nos foder... aí mais 1 hora por dia são 21 horas. E ainda precisamos descansar de 8 a 9 horas pra que o cérebro consiga produzir dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina suficientes, os hormônios e neurotransmissores da felicidade que vão nos dar a sensação de bem estar e alegria. 21 com mais 8 ou 9 dão 29 ou 30 horas por dia. Tá me entendendo, Bê?

Bê: [confuso] Não, acho que não.

Á: [raiva] Claro que não me entende!! Você é burro e tem Déficit de Atenção. Falou isso com o psiquiatra?

Bê: Não aguento aguento mais, Á. Quando chegar em casa quero tomar a cartela inteira... Acho vai ser melhor pra gente, não faz o menor sentido estar vivo. Estou cansado e sei que você também está.

Á SUPOSTAMENTE sente culpa. Eu disse SUPOSTAMENTE, pois Á não é do tipo de coisa que se importa com o bem estar de alguém. Na verdade Á

sentiu MEDO

Á: Acorda, Bê, Isso não resolve, cara. Inferno, umbral, purgatório, covarde…. até depois de tomar toda a cartela vão te julgar.

Bê: [explicativo] Talvez vou conseguir causar algum tipo de comoção, fazer se sentirem culpados, devolver um pouco da dor que me fizeram, provocar algum tipo de reflexão, ou quem sabe criar uma outra imagem de mim mesmo ao verem que não sou tão forte como pensam.

Á: Anjo, presta atenção. Quase 30 anos e nunca se preocuparam, cara. No máximo vão tratar o caso como o pobre coitado que não soube lidar com as “adversidades” da vida. Pensa nisso.

Bê toma o resto do líquido e de forma tranquila pensa em soluções. Bê é do tipo prático que pensa em soluções ao invés de criar mais problemas. Á

e Bê saem da pastelaria em silêncio enquanto começa aos poucos uma chuva de pílulas. Á abre um guarda chuva enquanto Bê o abraça.

Para a construção da “nova Paris”, o antigo curral Del Rey passou pela canalização dos rios e o desmatamento das áreas verdes, causando a impermeabilização do solo e graves enchentes sempre que chove na cidade. No início do fatídico ano de 2020, Belory Hills sofreu com índices pluviométricos astronômicos matando entre 50 e 60 pessoas, desabrigando centenas e afetando outras milhares… O carnaval? o carnaval aconteceu belíssimo para o desgosto das conservettes que fizeram uma campanha para que o evento fosse cancelado devido às chuvas.

Falando em Carnaval, nos últimos 10 anos o carnaval de rua em Bee Eight City cresceu assustadoramente graças aos esforços dos movimentos sociais de ocupação dos espaços públicos que lutaram contra as conservettes que durante décadas governaram e ainda governam a cidade. Num fevereiro carnavalesco, o mesmo jovem da pastelaria observa um bloco passar pela janela de um apartamento antigo no centro da cidade. Ele está só como sempre esteve.

Cena Ypslon

Quanto riso. Ó, quanta alegria!! [em processo]

Patrocínio Realização MINISTÉRIO DO TURISMO SECRETARIA ESPECIAL DA CULTURA Apoio Incentivo

No documento EXERCÍCIOS DE DRAMATURGIA (páginas 153-160)