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3 1 A EMERGÊNCI A DA CI ÊNCI A DA I NFORMAÇÃO GEOGRÁFI CA

No documento MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE (páginas 90-92)

''Science m ay be described as t he art of syst em at ic over- sim plification.''

[ Karl Popper, The Observer, August 1982] Na últ im a década a Ciência da I nform ação Geográfica em ergiu com o cent ro de um a considerável at enção por part e dos m eios académ icos. É por m uit os reconhecida com o a nova Ciência da Ter r a, t al com o a Ciência Cognit iva foi, há duas décadas at rás, considerada a nova Ciência da Ment e ( David. M. Mark, 2003) . Cont udo, ainda subsist em m uit as dúvidas acerca das capacidades de t ransform ação induzidas pelos Sist em as de I nform ação Geográfica. A dissipação dest as dúvidas pressupõe, ant es do m ais, a cont ext ualização e o ent endim ent o dos fact ores que pot enciaram a sua em ergência e condicionaram a sua evolução. Por essa razão, diversos aut ores com eçaram a m anifest ar algum as preocupações acerca do est udo da Hist ória dos SI G. Com o refere Coppock e Rhind ( Coppock & Rhind, 1991) , apesar do desenvolvim ent o recent e dos SI G nas últ im as décadas “GI S is a field in wich hist ory is lit t le m ore t han anecdot al” .

Foi a part ir da década de 90 que os t eóricos sociais com eçaram a t ent ar definir os obj ect ivos daquilo que viam com o as capacidades de t ransform ação induzidas pelos SI G, t ant o em t erm os disciplinares com o num sent ido social m ais am plo. Se, para m uit os, as evoluções no processam ent o de dados espaciais e nos sist em as de im agem digit al oferecem novas oport unidades para a const rução de sociedades inform adas e abrem novas perspect ivas à dem ocracia; para out ros, est es novos sist em as de conhecim ent o t ecnológico e de sociedades inform at izadas poderão levant ar graves problem as para a liberdade individual, para a dem ocracia e para a sociedade civil em geral ( Pickles, 1995) .

Com efeit o, e com o sugere Aronoff ( Aronoff, 1989) os dados com put orizados e as t écnicas de análise est ão suj eit as ao m esm o t ipo de preconceit os e inexact idão que os rest ant es dados: «The bias ent ers in t he select ion of t he dat a t o be included, t he analyt ical m et hods t o be used, and t he way t he result s are present ed. These choices are inherent ly polit ical because t hey influence t he analysis of t he result s, t he percept ion of issues, and t he range of pot ent ial solut ions. An ast ut e use of com put ers can effect ively hide polit ical choices beneat h a cloak of m yst ifying t echnical analyses».

John Pickles ( Pickles, 1991, 1995) pr ocur ou focalizar est as quest ões num a variedade de possibilidades de int erpret ações e enquadram ent os disciplinares e, a part ir daí, fornecer exem plos que pudessem ser seguidos por out ros no sent ido de aprofundar a análise sobre os com prom issos prát icos e int elect uais e os im pact os dos SI G na sociedade act ual. Foi t am bém est e o obj ect ivo da obra de Eric Sheppard ( Sheppard, Couclelis, Graham , Harringt on, & Onsrud, 1999) Cart ography and Geographic I nform at ion Syst em s – Gis and Societ y. Proj ect os com o o levado a cabo pelo Nat ional Cent er for Geographic I nform at ion and Analysis – NCGI A, I nit iat ive 19, GI S and Societ y: The Social I m plicat ions of How People, Space, and Environm ent are Represent ed in GI S ( NCGI A, 1998) , que t eve início em Fevereiro de 1996, cont ribuíram para que o debat e em t orno de quest ões fundam ent ais ligadas ao cont ext o social de produção e aplicação dos SI G fossem discut idos.

Na sequência dest a iniciat iva, foi ident ificada com o um a das áreas priorit árias o est udo crít ico da Hist ória dos SI G, t endo sido lançado, em Set em bro de 1996, um proj ect o designado The GI S Hist ory Proj ect2 7, coordenado por

Trevor Harris e Daniel Weiner da Universidade de West Virginia . Num int eressant e t rabalho conduzido por est e Grupo, algum as das preocupações e prioridades ident ificadas foram resum idas a duas quest ões fundam ent ais:

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De que form a, novas lógicas e t écnicas de visualização específicas, sist em as de valores, form as de pensar e form as de ent ender o m undo foram incorporadas nas t écnicas associadas aos SI G e, por oposição, que out ras form as alt ernat ivas de represent ação foram post as de part e?

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De que m odo os sist em as e aplicações SI G, at ravés do seu desenvolvim ent o, difusão e análise em pírica de m odernos padrões de produção, m arket ing e ut ilização, det erm inaram níveis diferenciados de acesso à inform ação?

Nesse cont ext o foi referido que um a im port ant e via que perm it irá invest igar a nat ureza dos SI G cont em porâneos e com preender as razões pelas quais assum em as act uais caract eríst icas deve ser o est udo et nográfico dos seus desenvolvim ent os e usos recent es, sendo possível definir t rês esferas de análise de part icular relevo:

2 7 Nesse projecto foram identificadas três áreas de pesquisa com o com ponentes fundam entais de

um a história social e crítica dos SI G. A prim eira diz respeito aos precursores e às condições que favoreceram o desenvolvim ento dos SI G. A segunda refere-se às diferentes aplicações SI G em contextos culturais, políticos e económ icos diversificados. A terceira área-chave tem a ver com o desenvolvim ento da tecnologia SI G.

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Chave I nst it ucional ? Quais as inst it uições que forneceram um

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