Fonte: Secult-Ercas/Unesco
Discriminação Empregos Gerados
CAS 394 Teatros Públicos 331 Teatros Privados 63 FORA DO CAS 91 Teatros Públicos 30 Teatros Privados 61 TOTAL SALVADOR 485
4.1.4 Salas de Cinema do CAS e de Salvador
Relação das Salas de Cinema Entrevistadas pela Pesquisa de Equipamentos Culturais do CAS52
Cinema Bairro Território No de Salas
Astor Centro CAS 1
Saladearte do Mam Av. Contorno CAS 1
Cine XIV Saladearte Pelourinho CAS 1
Sala de Vídeo Alexandre
Robatto Barris CAS
1
Cinema Walter da Silveira Barris CAS 1
Espaço Unibanco de Cinema
Glauber Rocha Centro CAS
4
Cine Lapa I e II Piedade CAS 2
TOTAL CAS 11
Saladearte Cinema do Museu Vitória
Fora do CAS 1
Itaigara Cineplace Itaigara Itaigara Fora do CAS 1
Multiplex Iguatemi Pituba Fora do CAS 12
Cinemark Brasil S.A
Caminho das Árvores
Fora do CAS 8
Cine Barra I e II Barra Fora do CAS 2
UCI – Cinemas Aeroclubes Boca do Rio Fora do CAS 10 Cine Ponto Alto I e II Pau da Lima Fora do CAS 2
TOTAL SALVADOR 48
Fonte: Secult-Ercas/Unesco
Seguindo a definição da Secult-Ercas/Unesco para o recorte da amostra de salas de cinema que abrangeu o conjunto desses espaços de Salvador, esse estudo irá considerar o mercado das salas de exibição visando situar os negócios do CAS. Vale salientar, também que a PEC/CAS optou por fazer apenas uma entrevista com os responsáveis por mais de uma sala de exibição quando essas estão localizadas em um mesmo espaço. Dessa maneira, foram identificados quinze espaços de exibição que abrigam quarenta e oito salas de cinema, onze localizadas no CAS.
Localização e Espaço Multiuso
Nos anos 1950 quando em Salvador residiam cerca de 500 mil pessoas, ir ao cinema era a principal atividade de lazer de seus moradores. Era a época dos
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Até abril de 2009, existiam em Salvador quarenta e nove salas de exibição. Por razões operacionais, não foi incluído nesse levantamento a SalaArtedeCinema da UFBA; as seis unidades instaladas no Shopping Paralela deverão ser inauguradas em maio de 2009.
cinemas de rua localizados no centro e nos bairros, no total existiam vinte salas de exibição disponíveis na capital, as mais concorridas ficavam no centro, com destaque para o Cine Tupi (Baixa dos Sapateiros), Cine Capri (Largo Dois de Julho), Cine Guarani (Praça Castro Alves) e Cine Excelsior (Praça da Sé). Já nesse período, os filmes americanos dominavam o mercado exibidor, ainda que os filmes europeus (franceses e italianos) e as “chanchadas” brasileiras tivessem a sua fatia de público (CARVALHO, 1999 p. 173). Na década seguinte, a produção cinematográfica local, que resultou na experiência vanguardista do Cinema Novo, veio aproximar ainda mais os soteropolitanos da sétima arte, o que resultou no crescimento da oferta de salas de cinema, sobretudo na região do CAS.
Essa circunstância não ocorreu apenas em Salvador, durante boa parte século XX, em quase todas as cidades do mundo, o cinema foi o divertimento coletivo mais importante. Até que a diversificação e a popularização do acesso aos meios eletro-eletrônicos – televisão, antena parabólica, vídeo cassete, DVD, CD, CD-Rom, Internet – impulsionaram o consumo cultural doméstico alterando o comportamento das famílias. Para sobreviver à concorrência, o cinema foi obrigado a se articular em salas múltiplas, próximas a restaurantes, livrarias, cafés, salas de jogos, lan houses. Nas cidades brasileiras, a maioria desses complexos encontrou abrigo nos shoppings centers, empreendimentos que no país acumulam a múltipla função de espaço comercial, de lazer e de sociabilidade.
Em Salvador, os cinemas de rua foram sendo sucessivamente fechados e substituídos por salas de exibição instaladas nos centros comerciais. Nesse formato restaram o popular Cine Astor (1976) e o Cine XIV SaladeArte (2002), ambos localizados no Centro Histórico. Atualmente, o Cine XIV encontra-se fechado para reforma do prédio.
Outro modelo identificado pela PEC/CAS é o de salas de cinema associadas aos espaços de cultura – museu, centro cultural, biblioteca e universidade. As duas salas mantidas pelo poder público estadual inauguraram essa alternativa, Cinema Walter da Silveira (1980, Cinema de Arte da Bahia) e Sala de Vídeo
Alexandre Robatto (1988), que dividem espaço com a Biblioteca Pública do Estado da Bahia, localizada nos Barris. Também as SaladeArte Cinema do MAM (CAS), SaladeArte Cinema do Museu e SaladeArte Aliança Francesa (Fora do CAS), integram a estratégia do grupo Cinema e Artes Produções de formar parcerias com instituições públicas (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural - IPAC, Secretaria da Indústria e Comércio, Universidade Federal da Bahia) e espaços educacionais (Aliança Francesa da Bahia) através da cessão dos imóveis para instalação das salas de exibição. Ainda que essa alternativa tenha audiência garantida entre o segmento de público mais intelectualizado, adulto e classe média, as condições físicas decorrentes da adaptação do espaço é uma limitação imposta aos clientes.
O Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha53 inaugurado em 2008 é um diferencial no conceito de cinema associado a complexos culturais. Integrado à rede nacional de exibição do Instituto Unibanco de Cinema, esse espaço é de grande importância para Salvador, por seu significado simbólico, pela possibilidade de vir a se constituir em uma alternativa de exibição para além dos centros comerciais e com isso catalisar o processo de requalificação do Centro Histórico. O conceito que norteia a organização do Espaço Unibanco – complexo de salas associado à lanchonete, livraria, café e restaurante – é o mais adequado à definição internacional de espaço multiuso de cinema.
As salas instaladas nos centros comerciais de Salvador assumem duas ocorrências – salas individuais e multiplex. Na primeira categoria, presente no CAS, está o Cine Lapa I e II (1996). Nos outros shoppings, temos o Cine Barra I e II (1990), Cine Ponto Alto I e II (1995) e Itaigara Cineplace (2003). No modelo multiplex – complexo de salas instalado num mesmo local com programação variada – não há registro no CAS, pois esse estilo de negócio se alojou na região de ocupação mais recente de Salvador. O Multiplex Iguatemi (1998) foi o primeiro a ser construído, um ano depois, o UCI Cinemas Aeroclube (1999) abre suas portas, depois de um longo intervalo de tempo, em
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O Espaço Unibanco resultou de uma adaptação do prédio do Cine Guarany, reconstruído em 1955 e decorado com a arte moderna de Caribé e Mário Cravo Júnior, depois foi denominado Cine Glauber Rocha, após da morte prematura do cineasta em 1980.
2007 surge o Cinemark Brasil, integrado ao Salvador Shopping. Para Bertini, presidente da Cinemark Holding, o modelo multiplex é a tendência e o mais viável para o setor, entretanto, essa alternativa depende da expansão do mercado de novos shoppings. No caso de Salvador, a perspectiva de instalação de mais dois novos empreendimentos – Shopping Paralela54, em conclusão, e Megacenter –, favorece a continuidade de investimento das grandes redes de exibição na cidade (GAZETA MERCANTIL, 11.07.07).
TABELA 4.1.4.1
LOCALIZAÇÃO E INÍCIO DE FUNCIONAMENTO DAS SALAS DE CINEMA