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ESTADO DE CONSERVAÇÃO DO PRÉDIO OCUPADO PELO MUSEU Salvador: 2008-

LOCALIZAÇÃO DISCRIMINAÇÃO Entorno do CH CH Total Aberto 4 14 18 Fechado 2 4 6 Em implantação 1 1 2 Total 7 19 26 Fonte: Secult-Ercas/Unesco. TABELA 4.1.2.6

ESTADO DE CONSERVAÇÃO DO PRÉDIO OCUPADO PELO MUSEU Salvador: 2008-2009 Fonte: Secult-Ercas/Unesco. LOCALIZAÇÃO ESTADO DE CONSERVAÇÃO Entorno do CH CH Total Péssimo 0 2 2 Ruim 2 2 4 Regular 2 6 8 Bom 2 6 8 Ótimo 1 2 3 Não sei 0 1 1 Total 7 19 26

É importante salientar que, apesar da PEC/CAS identificar que o Museu de Arte Moderna – MAM tem um bom estado de conservação, ainda que estejam sendo realizadas obras de reparo nos prédios, esse museu apresenta espaços de exposição em condições de receber exposições nacionais e internacionais no seu salão principal, a exemplo exposições de Pierre Verger, Pierre David, e Carybé, que atraem grande quantidade de pessoas.

Espaço Multiuso e Acessibilidade

As atividades desenvolvidas no Museu, exposições temporárias, cursos, ateliers e oficinas de arte, espaços multiusos para atividades culturais, espaços para café, restaurantes, propiciam o maior de fluxo de visitantes e incentiva o retorno periódico dos citadinos a Instituição. Analisando os dados da PEC/CAS é possível constatar que existe uma preocupação dos museus com o desenvolvimento de múltiplas atividades. Das Instituições pesquisadas, vinte e duas (84,6%) apresentam salas de exposição temporária e onze museus (42,3%) apresentam salas para atividades educativas, embora apenas quatro salas desse universo estejam adequadas à utilização de equipamentos de multimídia. Outros espaços de sociabilização encontrados foram espaço para eventos – casamentos, lançamento de livros – lojas para venda de souvenires – quatorze museus (53,8%) –, espaços para café/restaurante – quatro museus (15,4%). O Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM, abriga uma sala de cinema e disponibiliza espaço para um projeto de show musical (Jazz no MAM), também promove cursos e oficinas e ações voltadas para a formação de público, como visitas guiadas e conversas com os artistas, assim cria oportunidade de debate relativo a produção de artes visuais na Bahia e no Brasil.

Atividades desse tipo, de fundamental importância para atrair o público e garantir a sustentabilidade da Instituição, estão ainda em fase de implantação nos museus soteropoltinos.

A Reserva técnica – local seguro, climatizado para guarda do acervo que não se encontra em exposição – é um aspecto crucial para o desenvolvimento da

atividade musicológica, entretanto, segundo a PEC/CAS espaço com esse destino só foi encontrado em onze instituições pesquisadas no CAS (42,3%), o que tem dificultado a instalação de exposições nacionais e internacionais nos museus, por não atenderem aos princípios de segurança e climatização do acervo.

A legislação brasileira e o código de obras de Salvador determinam que os

espaços públicos devam apresentar condições de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência e parque de estacionamento proporcional ao fluxo de visitantes. Ainda assim, a PEC/CAS registrou que apenas cinco museus pesquisados no CAS possuem elevadores ou rampas de acesso para deficientes, são esses: Museu de Arte Sacra, Museu de Imprensa da Associação Baiana, Museu Eugênio Teixeira Leal, e Museu da Santa Casa de Misericórdia, no CHS e o Museu Henriqueta Catharino/Museu do Traje, no ECHS.

Outro ponto, apontado na pesquisa, que dificulta o acesso dos visitantes aos museus é a exigüidade de estacionamentos. Apenas quatro instituições possuem vagas seguras de estacionamento: o Memorial da Faculdade de Medicina, Museu de Arte Moderna, Museu Henriqueta Catharino/Museu do Traje, Museu de Arte Sacra. Salienta-se, no entanto que, de maneira geral, é reduzido o número de vagas disponíveis nas Instituições selecionadas.

Acervo

Considerando a premissa de que o museu é uma instituição que propicia a ampliação do saber em presença de um acervo (virtual ou real) e que possibilita a pesquisa e extensão cultural dos habitantes e visitantes, a exposição e qualidade do acervo apresentado são importantes meios didáticos para o aprendizado da arte, da história e da cultura, além de instrumento de sociabilização e criatividade. Uma das tarefas dos museus, no campo educativo, é facilitar a compreensão dos valores estéticos e desenvolver o respeito pela diversidade artística. Quadros, esculturas, móveis, alfaias, expostos nas diversas salas dos museus, são transmissores de valores e de experiências que permitem uma aproximação com diferentes linguagens

culturais e o aprendizado dos valores do passado e da herança cultural legada. Este processo de aprendizagem não é passivo e receptivo, mas sim, de elaboração de significados que deve estar associado a uma troca entre o emissor e o receptor, neste sentido o projeto museográfico e a produção de publicações – catálogos, estudos específicos sobre arte e sobre o acervo - devem estar atentos as necessidades e expectativas do visitante, seja ele morador da cidade ou visitante externo. (MUSEUMS: 2001)42.

Podemos verificar que as instituições entrevistadas atendem parcialmente, a essa prerrogativa, visto que apresentam um pequeno número de pesquisas e publicações. Seus acervos, na maioria das vezes, se encontram distribuídos de maneira não atrativa, sem legendas e ainda não ultrapassaram a fase de “armazenamento”, esperando que o visitante despretensioso o aprecie as “raridades” que ali estão preservadas para a posteridade, sem qualquer atrativo ou informação que permita a interação entre o passado e o presente. Em visita realizada a diferentes instituições museológicas no CAS, é possível perceber que principalmente nos museus de pequeno porte, os acervos estão distribuídos de forma aleatória, sem legendas ou informações para os visitantes, em espacial o turista estrangeiro; também faltam iluminação e suporte adequado aos objetos.

Entretanto, é imprescindível destacar os projetos museográficos de exposições permanentes do Museu de Arte Sacra, do Museu Afro, do Museu Abelardo Rodrigues e a variedade de projetos museográficos do Museu de Arte Moderna que têm atraído um grande número de visitantes nas exposições temporárias patrocinados pelo Governo do Estado ou em parceria com a iniciativa privada.

Outros fatores observados na visita aos museus foram: repetição temática dos espaços, sobretudo os localizados no CHS, o que se supõe influencie no baixo fluxo de visitação; os pequenos museus não possuem objetivos claros quanto ao enquadramento temático, ainda que diverso, o acervo não apresenta organização temática ou temporal por sala ou espaço de exposição; ausência

42 MUSEUMS & GALLERIES COMMISSION. Planejamento de exposições; tradução de Maria Luíza

de definição de público-alvo, o que influencia na adequação dos textos e linguagem utilizada.

A PEC/CAS identificou que em relação ao acervo, 87,8% dos museus são históricos e/ou artísticos, com relevo para peças sacras – esculturas, quadros, alfaias, mobiliários –, mobiliário e arte visual; quanto a arte contemporânea o destaque é a coleção permanente do MAM.

Tabela 4.1.2.7

TIPO DE ACERVO NOS MUSEUS DO CAS43

Salvador: 2008/2009

MUSEUS/ ACERVO Arte Sacra Arte

Decorativa Vestígios Arqueológicos e Documentos Artes Visuais Alfaias Vestuários CENTRO HISTÓRICO Arqueologia e Etnografia x x x x

Casa Ruy Barbosa x x x

Memorial da Faculdade de Medicina x x x x Imprensa da Associação Baiana x x x Museu Tempostal x Museu do Carmo x x x x x Museu da Cidade x x x x x Museu da Catedral x x x x Afro-brasiliero x* x x x

Udi Knoff de Azulejaria x x

Memorial da Câmara Municipal de Salvador

x x x x

Abelardo Rodrigues x x x

Museu São Bento x x x x x

Museu Arte Sacra x x x x

Venerável Ordem Terceira do Carmo

x x x x x

Eugênio Teixeira Leal x x x x

Museu da Misericórdia x x x x x

Casa do Benin x x x x

Casa Museu Solar Santo Antônio

x x x x x

ENTORNO DO CH

Museu do Convento de Santa Clara do Desterro

x x x x x

Imagem da Cidade x x x

Henriqueta Catarino/ Museu do Traje

x x x x x

Frei Germano Citeroni x x x x x

Museu do Cacau x x

Arte Moderna da Bahia x x

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No questionário da PEC/CAS esse item possibilitou ao entrevistado a indicação de mais de uma alternativa.. O que possibilitou sistematizar as respostas nas seguintes categorias: 1 - Arte Sacra (acervo com vinculo religioso católico ou africano, imaginária, mobiliário, quadros, pinturas parentais); 2 – Arte Decorativa (móveis variados, louças, objetos de decoração); 3 – Vestígios arqueológicos e documentos (cartas, jornais, documentos particulares e públicos); 4 – Artes Visuais (pinturas, gravuras, fotografias, iconografias – antigas, modernas e contemporâneas); 5 – Alfaias (pratarias, ourivesaria); 6 – Vestuário (roupas do clero, da sociedade soteropolitana e das escarvas).

Memorial dos Governadores

x x x x x

Fonte: Secult-Ercas/Unesco. * Arte Sacra Africana

Do total do acervo, 85,5% apresenta alguma forma de registro, sendo a maioria em livros de tombo e fichas catalográficas. Apenas em 34,5% dos museus pesquisados o acervo se encontra informatizado o que impossibilita os museus de participarem da rede local, nacional e também internacional de informações museológicas. Dentre os museus, cujo acervo se encontra informatizado temos oito no CHS: Museu de Arqueologia e Etnografia, Casa de Ruy Barbosa, Museu da Cidade, Museu de Arte Sacra, Museu Eugênio Teixeira Leal, Museu da Santa Casa de Misericórdia, Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia e Casa do Benin; e um no Entorno do CHS em processo de informatização, o Museu Henriqueta Catharino/Museu do Traje. (Ver tabela 4.1.2.8).

TABELA 4.1.2.8