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INÍCIO DE FUNCIONAMENTO DAS BIBLIOTECAS SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO Salvador, 2008/

Fonte: Secult-Ercas/Unesco

No que se refere à natureza administrativa das bibliotecas do CAS, 14 delas, 50% são Públicas – estadual, federal ou municipal – sendo sua maioria (09), ligada a esfera Estadual, com destaque para a Biblioteca Pública do Estado da Bahia, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato e a Biblioteca de Extensão. Vale ressaltar que a Biblioteca do IPHAN (com natureza administrativa pública federal) situada no Pelourinho e a Biblioteca da Fundação Mário Leal Ferreira, situada nos Barris, (única biblioteca com natureza administrativa pública municipal no CAS) funcionam apenas para consulta de seus funcionários. Quanto à outra metade das bibliotecas do CAS, a natureza é Fundação Privada, 22%, Empresa Privada, 11%, Associação Privada, 7%, Sociedade Privada, 7% e uma é Instituição Filantrópica, 3%, a Biblioteca Madre Maria Luíza Mello do Colégio Mercês.

TABELA 4.2.1.3

INÍCIO DE FUNCIONAMENTO DAS BIBLIOTECAS SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO Salvador, 2008/09 Localização Períodos ECH CH TOTAL % 1808 - 1894 04 01 05 18 1900 - 1959 07 0 07 25 LOCALIZAÇÃO Natureza Administrativa Entorno do

CH CH Total % Pública Federal 2 2 4 14 Pública Estadual 7 2 9 33 Pública Municipal 1 0 1 3 Fundação Privada 5 1 6 22 Empresa Privada 2 1 3 11 Sociedade Privada 2 0 2 7 Associação Privada 2 0 2 7 Instituição Filantrópica 1 0 1 3 Total 22 6 28 100

1960 - 2004 09 04 13 46

NÃO SABE 02 01 03 11

TOTAL 22 06 28 100

Fonte: Secult-Ercas/Unesco

Quanto ao início do funcionamento das bibliotecas no CAS, as mais antigas datam de 1808 e 1811 – a Biblioteca Gonçalo Muniz - Memorial de Medicina, no CH, e a Biblioteca Pública do Estado no ECH, respectivamente. Das que iniciaram seu funcionamento na primeira metade do séc. XX destaca-se a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, em Nazaré, no ano de 1959. A maior parte (46%), entretanto, iniciou suas atividades a partir de 1960, como a Biblioteca de Extensão, em 1968, nos Barris, e a Biblioteca do Memorial do Banco Econômico, em 1974, no Pelourinho. Chama atenção o fato da Biblioteca do Mosteiro de São Bento informar o início de seu funcionamento em 2002, e estar subordinada a Faculdade São Bento, tendo como mantenedora o Mosteiro.

Quanto ao período de construção dos prédios ocupados pelas bibliotecas no CAS, cerca de 60% deles tem sua data de construção entre 1900 e 1999, ou seja, no século passado. Isso é bem evidente no ECH, onde 68% dos prédios ocupados pelas bibliotecas foram construídos nesse período – o prédio que a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato ocupa é de 1967, e o da Biblioteca Pública do Estado é de 1968. Entretanto, quando observamos os dados relativos apenas ao CH, três desses edifícios (50%) têm sua data de construção no séc. XVII, a Biblioteca Manoel Querino – IPAC, o Acervo Bibliográfico da 7ª Superintendência Regional – IPHAN e a Biblioteca do Mosteiro de São Bento; e um no século XIX, o da Biblioteca do Memorial do Banco Econômico; o prédio do Memorial de Medicina é de 1905.

O estado de conservação desses prédios é considerado bom por 50% dos entrevistados, e ótimo por 14% o que indica que quase 65% avaliam satisfatoriamente o local de funcionamento das bibliotecas situadas no CAS. A situação do imóvel é apontada como regular por 29% e ruim por 7%, sendo que os pontos críticos, apontados pelos que consideraram os imóveis em estado

ruim, foram “forros” e “instalações elétricas”. Destaque-se que em nenhuma biblioteca do CH foi apontado estado de conservação ruim.

Em relação aos setores existentes nessas bibliotecas, em cerca de 90% delas (25) há salas de Consulta, sendo que todas as do CH contam com esse setor59·; o setor de Pesquisa está presente em 22 bibliotecas do CAS, representando 79%, ressalte-se que quatro delas estão situadas no CH, que no universo de seis bibliotecas significa 67%; metade delas (14) possui Arquivo. Embora só a Biblioteca Julieta Amorim, do ICEIA situada no Barbalho, informe possuir sala de Leitura para jornais/revistas, 21 delas, 75%, mantêm jornais diários e/ou revistas à disposição do público para consulta. Também discos de vinil, CD, DVD, mapas, fotos.

Entre os setores existentes nas bibliotecas do CAS, pode-se ainda destacar o setor de Memória que aparece citado em nove delas, sendo que três estão no CH; Laboratórios de Restauro, presentes em seis, estando quatro no ECH e dois no CH. O setor Infantil aparece em cinco bibliotecas, sendo apenas uma no CH e quatro no ECH; nessas mesmas quantidades e locais, Auditório Climatizado e Infocentro. Apenas A Biblioteca Pública do Estado, no ECH, conta com setor de Braile.

Acervo

Das informações sobre o número de títulos nos acervos das bibliotecas do CAS quatro se destacam por sua riqueza e especificidade, ainda que cerca de 90% das bibliotecas não disponham de seguro para seu acervo. Segue a relação dos destaques:

• Biblioteca do Mosteiro de São Bento (CHS) que conta com 600.000 títulos, entre eles livros raros – 20.000 títulos do séc. XVI ao início do séc. XX;

• Biblioteca Pública do Estado da Bahia (ECH) com 83.536 títulos, destacando-se infanto-juvenil – 6.677; livros em braile – 4.470; livros gravados – 450; e livros raros – 3.820 do séc. XVI ao séc. XXI.

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A biblioteca do IPHAN informou que não possui nenhum setor, mas faz empréstimos a seus funcionários.

• Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (ECH), com 14.070 títulos infanto- juvenis.

• Memorial de Medicina dispõe de 11.483 teses acadêmicas.

De modo geral, no ECH o exemplo da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, localizada no bairro de Nazaré, que desde 1959 vem servindo à formação de leitores por várias gerações, pois dentre as suas ações oferece projetos especiais que contemplam atividades teatrais, musicais e literárias, cursos e oficinas, exibição de filmes e brinquedoteca; e da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, situada nos Barris, que dispõe de um acervo diversificado e precioso, sendo a única no CAS a contar com acervo Braile e com Ledores60. Diferente da Biblioteca Monteiro Lobato que atende, sobretudo, o público residente no sentido norte do CAS (Nazaré, Saúde, Barbalho, Macaúbas), a Biblioteca do Estado, por estar localizada próxima ao terminal da Lapa e a diversos estabelecimentos de ensino, atende ao conjunto dos soteropolitanos.

No Centro Histórico, a Biblioteca do Memorial do Banco Econômico, no Pelourinho, também se destaca por sua estrutura, proporcionando diversas atividades como cursos e oficinas, ações educativas, apresentações teatrais e musicais a seus freqüentadores; e algumas específicas para o público infanto- juvenil como hora do conto, encontro com escritores, brinquedoteca, entre outras.

Quanto à informatização, 54% das bibliotecas (15 delas) contam com esta ferramenta (04 no CHS e 11 no ECH). Quatro bibliotecas não são informatizadas e nove estão em processo de implantação. Em relação a equipamentos de conservação e controle das condições climáticas para preservação do acervo, aparelhos como o de ar condicionado é citado em 14 bibliotecas (50%); o desumidificador é apontado 06 bibliotecas (21%); os filtros de luz em apenas 03 (11%); e o exaustor termohigômetro que aparece apenas na Biblioteca Inocêncio Marques de Goés Calmon - Memorial do Banco Econômico, no CHS.

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Fluxo de Pessoas, Divulgação e Recursos Humanos

Das 28 bibliotecas existentes do CAS, cerca de 90%, 25 bibliotecas, estão abertas ao público; duas se encontram fachadas: uma é a do Memorial de Medicina, no Pelourinho, para restauração desde 1974, quando grande parte de seu acervo foi transferido para a localidade do Canela, ficando no CHS apenas os livros antigos que estão sendo higienizados e restaurados, e a outra, em Nazaré, é a Archimedes Cumming, da SUDESB, que desde dezembro de 2008 aguarda novo local; e uma, a Biblioteca da Associação Comercial, no Comércio, está semi-aberta, em fase de reestruturação. Das que estão abertas ao público apenas uma funciona aos domingos, a Biblioteca de Extensão, e apenas nove abrem aos sábados no período da manhã. De modo geral de segunda a sexta o horário de funcionamento é das 8:00/9:00 às 18:00.

Quanto ao número médio de empréstimos/mês, das 17 bibliotecas (61%) que prestam esse serviço, destacam-se 05 estabelecimentos do ECH – sendo 04 ligadas a instituições de ensino superior, que fazem entre 1.127 e 6.671 empréstimo por mês e, além destas, a Biblioteca Pública do Estado também tem uma média mensal de empréstimo de 2.169. Entre as demais que fazem empréstimo são estas as médias: 08 fazem ente 06 e 148; e 04 variam 300 a 800 por mês.

A pesquisa de público é feita em 20 bibliotecas (71%), sendo o público principal de quase todas estudantes em 53% (15 bibliotecas); e 39% e pesquisadores (11 bibliotecas). O acesso ao acervo é direto em 15 bibliotecas, e em 06 o acesso é parcial ou restrito, ou seja, nem todos os documentos estão à disposição do público.

São doze as bibliotecas citadas em guias culturais (43%), a maioria não está indicada em nenhum guia. O veículo mais citado é a Agenda Cultural, por 05 bibliotecas, e sites por 04. Quanto a publicações, a maioria, cerca de 90% (25

bibliotecas) não edita nenhuma, as que o fazem citam folhetos, catálogos, na internet e 02 dizem editar livros. As 06 bibliotecas do Centro Histórico não editam nenhuma publicação.

Segundo as entrevistas, 02 bibliotecas informaram não ter funcionários e 01 só possuir voluntários. As 25 que forneceram dados do pessoal ocupado, mostram que, das 270 pessoas com vínculo empregatício, 102 são indivíduos com nível superior (38%); 151 com nível médio (56%); e 17 com nível fundamental (6%). Apenas 01 das bibliotecas, a da SUDESB, não tem bibliotecários em seus quadros, sendo que algumas delas contam com mais de um profissional desta área. Outras formações que são História, Arquivologia, Museologia, Administração, Filosofia, Letras, entre outras.

TABELA 5.1.4

PESSOAL OCUPADO NAS BIBLIOTECAS DO CAS