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Escala de Transtorno de Déficit de A tenção/ Hiperatividade

Os elementos que justificaram a construção da E scala foram: a) a carência de instrumentos psicológicos validados, padronizados e específicos de déficit de atenção e hiperatividade; b) o objetivo de aumentar a gama de instrumentos que possam subsidiar o diagnóstico de transtorno de atenção e hiperatividade; c) a A S P E C T O S IN S T R U M E N T A IS E M E T O D O L Ó G IC O S D A A V A L IA Ç Ã O P S IC O L Ó G IC A

necessidade de criação de programas educacionais que possam lidar adequa­ damente com crianças que tenham essas dificuldades; d) o desenvolvimento de programas preventivos, dentre outros.

O instrumento é nacional, de autoria de E dyleine B ellini Peroni Ben- czik, publicado em 2000 pela Casa do Psicólogo. O instrumento tem como objetivo avaliar a desatenção e a hiperatividade, a incidência de problemas de aprendizagem e de comportamento anti-social e os efeitos da intervenção nesses casos.

O material do teste é composto por manual, cadernos de aplicação e bloco de crivos. Q uem responde ao instrumento é o professor, com a recomendação da autora de que deve conhecer o aluno há pelo menos seis semanas. Não há outras informações sobre tempo, forma de aplicação e faixa etária.

P a r â m e t r o s P s ic o m é tric o s : A m o s t r a :

A amostra final constituiu-se de 1.011 crianças, adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 6 e 17 anos, de escolas públicas e particulares de duas cidades do interior de São Paulo. A amostra foi composta por 52% de sujeitos do sexo masculino e 46,6% do sexo feminino.

F oi realizada a análise de variância (MAN O VA) a fim de se verificar a existência de diferenças nos escores médios nos fatores da escala, e os resulta­ dos indicaram que as diferenças significativas foram para sexo, tipo de escola e série-tipo de escola.

P re c is ã o :

A precisão da escala foi verificada por meio de consistência interna, com a aplicação em 360 sujeitos. Os coeficientes Alfa indicaram correlações que va­ riaram de 0,90 a 0,97.

V a lid a d e :

Foi desenvolvida a Análise fatorial a fim de se estudar a validade de constructo. O s 49 itens da escala organizaram-se em três fatores: déficit de aten­ ção/problemas de aprendizagem, hiperatividade/impulsividade e comportamento anti-social.

E s c a la d e m a t u r id a d e m e n t a l C o lu m b ia

O C olumbia foi elaborado na tentativa de minimizar o problema da obten­ ção de estimativas adequadas da capacidade mental de crianças com paralisia cerebral ou outras disfunções que envolvam prejuízo de funções motoras ou ver­ bais. Antes de 1947, os estudos com o objetivo de adaptar ou modificar os testes de capacidade mental para o uso com esses grupos tiveram sucessos parciais. Posteriormente, após a publicação da I a E scala, observou-se que o teste era não apenas apropriado para os sujeitos do grupo, mas também para sujeitos ditos “normais”. Indicações: avaliação da capacidade de raciocínio.

O nome o riginal do instrum ento é C olumbia menta l ma turity jca le, publi­ cado por P jychologica l C orporation N. Y ., em 1954. O s autores são L ucille B lum; I rving Lorge e B essie B urgemeister. O instrumento passou por duas revisões respectivamente, em 1959 e em 1972, sendo que a última trouxe modificações importantes na escala. No B rasil, o instrumento com padronização b rasilei­ ra foi publicado em 1993 pela C asa do Psicólogo, sendo que os autores do estudo são I rai C ristina B occato Alves, J o sé Luciano D uarte e W alquíria D uarte. V ale ressaltar que, embora as informações aqui apresentadas sejam referentes ao manual da C asa do Psicólogo, o material também foi publicado pela CE PA.

A aplicação do instrumento é rápida, em torno de 15 a 20 minutos, em­ bora não haja restrição de tempo, e a aplicação deve ser individual. O material consiste em manual, 92 cartões contendo figuras e formas geométricas e folha de resposta. A faixa etária indicada para aplicação é de 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses.

P a r â m e t r o s P s ic o m é tr ic o s :

A m o s t r a d a P a d r o n iz a ç ã o B r a s ile ir a :

Foi desenvolvido um projeto-piloto com o objetivo de determinar se os níveis de idade estabelecidos pelos autores do teste deveriam ser mantidos ou alterados para as crianças brasileiras. Participaram 298 crianças de 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses de escolas e creches da rede particular e pública da cidade de São Paulo. Os sujeitos foram divididos em 8 faixas etárias, de acordo com a definição dos níveis da escala americana. Os resultados indicaram que os níveis estabelecidos para a amostra americana não eram adequados para as crian­ ças brasileiras, o que levou à determinação de novos níveis.

Composição da amostra: participaram 1.535 crianças distribuídas em 13 faixas etárias, de seis em seis meses, dos 3 anos e 6 meses aos 9 anos e 11 meses, de escolas da rede oficial de ensino (escolas particulares, municipais e estaduais) do município de São Paulo.

P re c is ã o :

Foram realizados diferentes estudos para verificação da precisão, a saber: 1) precisão das metades entre os itens pares e ímpares, calculados para as 13 fai­ xas etárias. Os coeficientes foram corrigidos pela fórmula de Spearman-B rown (variando de 0,82 a 0,93, com um coeficiente mediano de 0,87). 2) teste-reteste: comparação entre os resultados do Columbia e do Matrizes progressivas colori­ das de Raven (reteste com intervalo de 7 a 11 dias). O coeficiente de precisão para as crianças de 6 anos a 6 anos e 11 meses foi superior ao obtido para as crianças de 8 anos a 8 anos e 11 meses.

V a lid a d e :

A correlação entre os dois testes (Columbia e matrizes progressivas colo­ ridas de Raven) para os dois grupos de idade (6 anos e 8 anos) foi de 0,67 para as crianças de 6 anos e 0, 56 para as de 8 anos e, 0,60 para o grupo total.

N E U R O P S IC O L O G IA H O J E

F ig u ra s C o m p le x a s d e R e y

O instrumento foi elaborado para auxiliar no diagnóstico diferencial entre debilidade mental constitucional e déficit adquirido em decorrência de traumatis­ mo craniencefálico. A técnica de cópia de figuras é bastante utilizada, tanto pelas razões econômicas quanto pela fácil aceitação da proposta.

A adaptação brasileira do instrumento tende a contribuir com o desenvol­ vimento da área de construção de testes, assim como oferece ao profissional mais uma possibilidade de instrumento com estudos nacionais. Indicações: estudo da organização vísuo-motora e da memória.

O instrumento é francês, sendo que seu nome original é T est de Copie d ’une F igure Complexe, de autoria de André Rey. A publicação original data de 1942, tendo ficado sob responsabilidade das E ditions du Centre de P sychologie A ppliquée.

A adaptação brasileira foi desenvolvida por Margareth da Silva O liveira, tendo como revisoras técnicas T eresinha R ey e Lúcia Cristina F leuiy F ranco. Foi publicado em 1999, pela Casa do Psicólogo.

T este d e c ó p ia e r e p r o d u ç ã o d e m e m ó r ia d e fig u ra s g e o m é t r ic a s c o m p le x a s

A aplicação do teste deve ser individual e, embora não haja limite de tem­ po, em média, a realização dura entre 5 e 25 minutos. A faixa etária indicada é para crianças a partir de 4 anos (não há limite superior).

O material consiste em manual, cartão de aplicação, bloco de folha de anotação, papel branco, lápis de cor, lápis preto e ficha de anotação.

P a r â m e t r o s P s ic o m é tr ic o s : A m o s t r a :

F izeram parte da amostra denominada F igura A 280 sujeitos, com idades variando entre 5 a 15 anos, sendo que cada faixa etária era composta por 20 sujeitos (10 do sexo masculino e 10 do feminino). N a amostra denominada F igura B, participaram 82 sujeitos, de ambos os sexos, com idades variando entre 4 e 7 anos.

Não constam estudos de validade e de precisão.

T este B e n d e r-g u e s tá ltic o

Um instrumento desenvolvido na primeira metade do século passado por L auretta B ender e posteriormente adaptado por Clawson e K oppitz.T rata-se de um teste composto por 9 cartões com desenhos em preto e branco, cujo propósito é o de se copiar o mais fielmente possível, sem o uso de quaisquer outros instrumentos. D e aplicação individual, é indicado para crianças a partir dos 4 anos, em um tempo de 15 a 30 minutos. Por meio das cópias efetuadas,

os desenhos são avaliados tomando-se como base as freqüências obtidas por crianças de diversas idades. Cada item do desenho terá uma relação entre a re­ presentação do modelo original, a adição ou a subtração de partes, a represen­ tação da forma das figuras. Pode-se realizar um levantamento das expressões mais comprometidas da representação da forma e da maneira como a criança a representa, com classificações mais ou menos dentro do esperado para a idade cronológica.

No B rasil, estudos quanto à adaptação e normatização dos desenhos es­ tão presentes representando amostras de crianças de diversas faixas etárias em diferentes estados.

E xistem vários estudos com uso do B ender em avaliações psicológicas e neurológicas representadas na literatura nacional e internacional. Permitem detectar a organicidade. A avaliação da percepção vísuo-motora é útil na com­ preensão de competências, como a linguagem, memória, orientação espacial e temporal, entre outras.

P s ic o d ia g n ó s tic o M io c in é t ic o (P M K )

O Teste psicodiagnóstico miocinético foi elaborado por M ira y López no fim da década de 30, sendo utilizado pelo autor quando já radicado no Rio de Janeiro . Sua concepção de avaliação contempla a idéia de que os movimentos musculares dos sujeitos refletem as suas características mentais e psicológicas e, sendo estes movimentos típicos decorrentes da facilidade, evidenciam assim seus traços de caráter. D esta maneira, segundo Cunha (2000), é possível ser analisado pelos traçados reproduzidos pelo sujeito. A técnica, portanto, investiga a relação mensurável entre fatores de personalidade e tônus muscular.

T rata-se de uma técnica gráfica expressiva, em que o sujeito é convida­ do a realizar sete exercícios sobre folhas cujas dimensões ocupam quase toda uma mesa especial. Assim, deverá o sujeito continuar os modelos de traçados, com e sem a visão da atividade, alternando, a pedido do examinador, as mãos enquanto desenha figuras como círculos, ziguezagues, escadas, cadeias, lineogra- mas paralelas, etc. É indicado a partir da adolescência, sem restrições quanto à escolaridade, podendo até mesmo ser aplicado na avaliação de analfabetos.

O material pode ser obtido nas E ditoras Vetor e CE PA e compreende uma mesa articulável, cadernos de aplicação, anteparos para visão, lápis preto, azul e vermelho e folhas de papel vegetal com os modelos dos traçados já impressos, para serem utilizados na correção das respostas. Administração é de forma indi­ vidual, com um tempo de até 30 minutos por sessão. A administração completa do teste inclui duas sessões, com o intervalo de 8 dias (Cunha, 2000). O pera- cionalização do instrumento: são realizadas medidas dos traçados (respostas dos sujeitos) e comparadas à tabelas específicas; a interpretação considera também os indicadores e dados qualitativos.

A S P E C T O S IN S T R U M E N T A IS E M E T O D O L Ó G IC O S D A A V A L IA Ç Ã O P S IC O L Ó G IC A

S iU R O P S IC O L O G IA H O J E

I n d ic a ç õ e s

Avaliação clínica da personalidade (especialmente no que se refere à agressividade, emocionalidade, extra e intratensão, tônus psicomotor, tendência à inibição ou excitação, aspectos psicopatológicos, etc.). E xistem estudos quanto à indicação de avaliação neurológica por meio do PMK há mais de 50 anos; contudo, na atualidade, o número de pesquisas e sua relação com a avaliação psicológica é quase nula.

M a triz e s p ro g re s s iv a s c o lo r id a s d e R a v e n ( R a v e n )

Considerando a vasta utilização das Matrizes progressivas, o presente instrumento foi criado para atender uma faixa etária não favorecida pelas M a­ trizes progressivas (escala geral) e, posteriormente à sua construção, foi criada a Matrizes progressivas (escala avançada), a qual obedece aos mesmos princípios das demais construções. Indicações: avaliação do desenvolvimento intelectual na escola ou em diagnósticos clínicos.

O nome original do instrumento é Cotnured progreééivej matriced, de autoria de J . C. Raven, Jo hn Raven e J . H. Court. A publicação deu-se em 1947. No B rasil, a Ia publicação foi feita em 1988, pela Casa do Psicólogo, e a 2a em 1999, pelo Centro E ditor de T estes e Pesquisas em Psicologia — CE T E PP. O s autores são os mesmos em ambos os trabalhos, excetuando-se J o sé Luciano M iranda D uarte, que participou apenas do último trabalho. Os demais autores são: Arri- go Angelini, Trai Cristina B occato Alves, E da Marcondes Custódio e W alquíria M iranda D uarte. A forma mais recente do material é resultado da adaptação de duas das sete seções do manual inglês completo.

O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente e não há li­ mite de tempo para a realização. O material consiste em manual, caderno, carta­ zes para aplicação coletiva, folha de resposta e crivo de correção. O instrumento destina-se aos sujeitos de 5 a 11 anos, deficientes mentais e idosos.

P a r â m e t r o s P s ic o m é tric o s :

A m o s t r a d a P a d r o n iz a ç ã o B r a s ile ir a :

Foi composta por 1.547 sujeitos, sendo 774 do sexo masculino e 773 do sexo feminino, levando-se em conta três critérios: idade, gênero e tipo de escola. A amostra foi sorteada entre escolares da Rede O ficial de E nsino, ou seja, entre alunos das escolas particulares e públicas (municipais e estaduais) da cidade de São Paulo. A participação na amostra de alunos desses três tipos de escolas foi proporcional ao número de crianças matriculadas em cada tipo, de acordo com os dados do Anuário E statístico de E ducação do E stado de São Paulo de 1984.

P re c is ã o :

Utilizou-se o método das metades, sendo calculados os coeficientes de correlação entre os itens pares e ímpares para cada sexo, em cada faixa etária, e para a amostragem total (fórmula Spearman-B rown variando entre 0,5S e 0,93

A S P E C T O S IN S T R U M E N T A IS E M E T O D O L Ó G IC O S D A A V A L IA Ç Ã O P S IC O L Ó G IC A

para o sexo masculino, e variando entre 0,41 e 0,94 para o sexo feminino; para a amostra total, encontrou-se o coeficiente de 0,92).

V a lid a d e :

A fim de verificar a validade do instrumento, foi estudada a diferenciação dos resultados quanto à idade dos sujeitos. A partir dos resultados apresentados, houve claramente o aumento progressivo das médias com a idade; portanto, pode-se concluir que por esse critério o teste pode ser considerado válido.

A n á lis e d e I te n s :

A dificuldade de cada item para a população paulistana foi avaliada a partir das Curvas Características dos Itens (CCI). De modo geral, as CCI são semelhantes às de Raven, embora os primeiros itens de cada série sejam mais difíceis para a população paulistana. F oram também construídas Curvas de Itens por Idade.

T este n e u r o p s ic o ló g ic o c o m p u t a d o r iz a d o (TAVIS 2-R )

Com a introdução de testes psicológicos informatizados, a prática da avalia­ ção neuropsicológica tem sido contemplada com algumas vantagens adicionais: maior precisão na medida de resposta do paciente e das demais; menor quan­ tidade de erros de apuração e análise do examinador; e ampliação da análise de variáveis qualitativas de desempenho, além das tradicionais formas de correção automática e elaboração de repports.

O T AVIS 2-R é um instrumento de avaliação da atenção de aplicação informatizada desenvolvido no B rasil (D uchesne, Mattos & F arina, 1999). É composto de três tarefas independentes que se propõem a avaliar diferentes as­ pectos da atenção (como a seletividade, a alternância e a sustentação). Segundo Calegaro (2000), o instrumento foi projetado para atender crianças e adolescen­ tes, avaliados em diferentes amostras populacionais no país.

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RORSCHACH

O instrumento é de produção internacional, de autoria de Hermann Rorschach (1921), com um manual em português editado pela E ditora Manole Ltda.

O teste foi construído a partir de observações dos resultados dos trabalhos de outros autores, cujas manchas eram pretas. Cunha (2000) anuncia que a uti­ lização de manchas de tinta como teste psicológico teve início nos trabalhos de B inet e H enri, como proposta de estudo da imaginação visual, nos trabalhos de K erner, de 1857, e na clássica descrição de H. Rorschach das experiências de Leonardo da Vinci, ainda no século X VI. P ara ser mais objetivo nas avaliações, elaborou e desenvolveu um conjunto de classificações das respostas em termos de localização das respostas nas manchas, dos determinantes (forma, cor e movi­ mento) e do conteúdo apresentado nas respostas. O material do teste é atualmen-

N E U R O P S IC O L O G IA H O J E

te impresso na Suíça, (Hans Huber, Medicai Publisher) e nos E stados Unidos. No B rasil, as editoras CE PA e Casa do Psicólogo comercializam e fornecem as folhas para localização e descrição dos dados.

Indicação: teste de personalidade e de avaliação de aspectos funcionais, inclusive neuropsicopatológicos. Aplicação e material: o teste pode ser aplicado em crianças, adolescentes e adultos.

O teste é composto por dez cartões (lâminas) com manchas de tinta, me­ dindo 18,5 por 25 cm, dividido em cinco cartões sem cor (acromáticos) e cinco cartões coloridos (cromáticos, dois em vermelho e preto e três policromáticos).

A administração pode ser realizada de forma individual e consensual, com casais ou outros grupos, segundo Cunha (2000), não tendo definido um tempo limite para a avaliação, embora haja a tomada de diversos tempos no transcurso da aplicação. O peracionalização do instrumento: cada resposta é classificada quanto à localização, aos determinantes, ao conteúdo. Classificadas as respostas, levantam-se cálculos de freqüências e de diversos índices. E xis­ tem vários métodos, chamados de escolas para interpretação dos resultados, sendo as mais conhecidas no B rasil a de K lopfer e, ultimamente, a de E xner. Contudo, por causa da extrema complexidade do trabalho com o material e às exigências técnicas inerentes à interpretação, o psicólogo deve buscar uma especialização constante na atualização dos distintos sistemas e dos trabalhos realizados na área.

P a r â m e t r o s P s ic o m é tr ic o s n o B r a s il A m o s t r a :

Selecionaram-se 850 protocolos de Rorschach, aleatoriamente, de sujeitos normais, sendo 345 do sexo masculino e 505 do feminino. F oram testados su­ jeitos pertencentes a instituições bancárias, escolares, públicas e privadas, e de prestação de serviços. Todos tinham completado o ensino fundamental e cerca de 40% possuíam ou estavam fazendo curso superior. A faixa etária variou entre

18 a 40 anos.

E xistem estudos nacionais e internacionais quanto ao uso do Rorschach em avaliações de pacientes com neuropatias desde a década de 30.

Teste de desem penho escolar

(TD E )

O Teste de desempenho escolar é fruto de esforços de um grupo de pes­ quisadores e foi desenvolvido e fundamentado em critérios elaborados a partir da realidade escolar brasileira, colaborando para diminuir a lacuna de instrumentos de medição psicopedagógica confiáveis e aplicáveis à nossa realidade.

O instrumento é de autoria de Lílian M. Stein, publicado em 1994 pela Casa do Psicólogo. Ainda não foram editadas novas pesquisas com o instrumen­ tal. O teste é mdicado para a avaliação do desempenho de alunos em escolas, a fim de se dimensionar quais áreas da aprendizagem apresentam eventuais difi- ::

culdades pedagógicas e/ou didáticas. O T D E é composto por três subtestes: de escrita, aritmética e leitura.

A aplicação deve ser individual e o tempo de aplicação é de 20 a 30 minu­ tos. O material consiste de manual, cinco cadernos de aplicação, uma ficka do examinador para subteste de leitura, uma ficha do examinador para subteste de escrita, um crivo de correção do subteste de aritmética e lápis. O teste é desti­ nado a alunos de I a a 6a série do ensino fundamental.

P a r â m e t r o s P s ic o m é tric o s : A m o s t r a :

Participaram como sujeitos do estudo 535 escolares que cursavam da I a a 6a série do ensino fundamental, sendo que cada série tinha, em média, um total de 90 sujeitos. A amostra foi distribuída em 6 escolas de Porto Alegre, sendo duas municipais, duas estaduais e duas particulares. E m cada escola foram testados em média 15 sujeitos de cada série (de Ia a 6a), escolhidos de forma aleatória.

V a lid a d e :

F oram desenvolvidos diferentes processos para cada um dos três subtes­ tes do TD E . P ara o subteste de E scrita, organizou-se uma lista de 45 palavras em português, com uma ordem crescente de dificuldade e, segundo o manual, adequada a escolares do ensino fundamental, e, com isso, procurou-se verificar a validade de conteúdo. A escala foi construída a partir de 981 palavras, distri­ buídas de forma não homogênea, em 91 níveis, de dificuldades ortográficas cres­ centes. Chegou-se a uma lista de 45 palavras a partir de uma técnica matemática de proporcionalidade acumulada. No entanto, após a verificação da consistência interna, a lista reduziu-se a 34 palavras.

O subteste de Aritmética, composto por cálculos aritméticos com grau de dificuldade crescente, correspondente ao conteúdo de I a a 6a série do ensino fundamental. O s itens foram compostos a partir dos conteúdos comuns em seis escolas (municipais, estaduais e particulares) de Porto Alegre - R S. O s conteú­ dos foram analisados por juizes (professores de matemática), segundo critérios de adequação, abrangência curricular e grau de dificuldade. A última versão foi ainda submetida à análise de professores especialistas do Laboratório de M ate­ mática da P UCR S.

O subteste de L eitura constituiu-se de 75 palavras da língua portuguesa, de acordo com critérios determinados, como número de sílabas, grau de fa­ miliaridade dos vocábulos, padrões silábicos e gradação dos fonemas segundo relações fonológico-ortográficas.

Todos os subtestes foram submetidos à análise da consistência interna, o que resultou na eliminação de dez itens do subteste de E scrita, sete itens do subteste de Aritmética e cinco itens do subteste de Leitura. Os coeficientes alfas variaram de 0,670 a 0,988.

Por fim, procedeu-se a uma análise MANO VA, tendo-se como dependen­ tes os escores nos três subtestes e como fatores: série escolar e tipo de escola, a

N E U R O P S I C O L O G I A H O J E

fim de verificar se o T D E tinha capacidade de discriminar entre as séries e entre os tipos de escola. Constataram-se grandes diferenças entre as séries e entre os tipos de escola, apontando que seria necessária a construção de normas por série e por tipo de escola.