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4. Projecto SER MAIS

4.2 Destinatários

4.2.1 Escola EB 2,3 de S Lourenço – Ermesinde

A Escola E. B. 2,3 de S. Lourenço – Ermesinde é um estabelecimento de ensino público dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico dependente do Ministério de Educação. Pertence ao Agrupamento Vertical de S. Lourenço – Ermesinde. Tem a sua sede na Rua das Escolas da Costa, na cidade de Ermesinde, concelho de Valongo (imagem nº 2).

Imagem nº 2 – Escola EB 2,3 de S. Lourenço – Ermesinde (1993)

Foi criada pelo Decreto-lei nº48541 de 23 de Agosto de 1968 como Escola Preparatória de S. Lourenço e começou por funcionar em instalações arrendadas, na Rua de Porto Carreiro na mesma cidade. Possuía ainda anexos em Cabeda – Alfena, para servir alunos dessa localidade, onde se encontravam destacados alguns professores e funcionários supervisionados por dois representantes do Conselho Directivo e subdelegados de disciplina.

Passou a ter as actuais instalações a partir de 4 Janeiro de 1981. A actual designação foi-lhe conferida pela Portaria nº560-A/97 de 25 de Julho.

A Escola tem como patrono S. Lourenço que adoptou por ser orago da paróquia de Ermesinde e patrono da mesma cidade. S. Lourenço foi diácono da Igreja de Roma no séc. III onde sofreu o martírio pelo fogo.

A Escola E.B. 2, 3 de S. Lourenço ocupa dois pavilhões pré-fabricados, implantados num amplo espaço, parte arborizada e parte destinada a actividades recreativas e desportivas (ver imagens nº 3, nº 4, nº 5 e nº 6). Num dos pavilhões estão instaladas as salas de aula e no outro localizam-se os serviços e apoios. Estas estruturas, apesar de já terem feito 25 anos de existência em 4 de Janeiro de 2006, encontram-se na generalidade em razoável estado de conservação em resultado de um trabalho contínuo dos responsáveis que têm vindo a levar a cabo sucessivas obras de manutenção, adaptação e melhoramento. No entanto muitos são os problemas que vão apresentando quase diariamente, aqui e ali.

Imagem nº 3 – Entrada da Escola

Imagem nº 4 – A escola vista da placa de jogos

Imagem nº 5 – Placa de jogos

Embora a Escola disponha de muitos espaços exteriores, a inexistência de áreas cobertas, onde os alunos possam permanecer durante os intervalos e tempos livres é um dos problemas existentes. Os alunos dispõem, apenas, de um polivalente situado no edifício que não o das aulas, o qual se revela de pequenas dimensões em dias de chuva.

A Escola dispõe, desde Fevereiro de 2005, de uma nova biblioteca equipada pela rede de Bibliotecas Escolares.

Possui também duas salas equipadas com material informático, uma destinada às aulas de TIC e a outra para apoio aos alunos

Na Escola funciona o Centro de Formação das Escolas de Valongo desde 1 de Janeiro de 1999.

O actual corpo docente é constituído na sua maioria por professoras. O intervalo de idade que predomina é 30-50 anos.

A área de residência é bastante diversificada, sendo cerca de 20% da cidade de Ermesinde e os restantes da zona do Grande Porto, sendo uma pequena percentagem de locais distantes.

Em relação às habilitações profissionais a maioria dos docentes fez a sua formação profissional já no exercício da sua função docente. Os professores mais jovens possuem estágio integrado no curso.

No concernente à situação profissional, a grande maioria pertence ao quadro da Escola.

Os elementos que constituem os agentes da acção educativa, são maioritariamente do sexo feminino e a idade da maioria é superior a 50 anos. A maioria trabalha há mais de 25 anos. A maioria habita na cidade de Ermesinde.

No concernente às habilitações literárias, a grande maioria tem apenas o 4º ano de escolaridade.

O elevado número de anos de serviço, a idade e motivos de saúde são factores favoráveis ao absentismo.

A falta de formação sentida por parte dos funcionários, torna-os menos eficazes na resolução de situações que a nova conjuntura e as profundas alterações da política educativa têm trazido à vida da Escola. O “currículo oculto” dos alunos de hoje é de tal modo diversificado que só um agente da Acção Educativa com formação adequada é capaz de ajudar a encontrar a resposta mais adequada a cada situação que vai surgindo no dia-a-dia da vida escolar.

No presente ano lectivo, 2005/2006, a escola conta com 943 alunos assim distribuídos: 5º ano 337 alunos, 6º ano 325 alunos, 7º ano 110 alunos, 8º ano 73 alunos e 9º ano 98 alunos.

O corpo discente é bastante heterogéneo e em termos sócio-económicos pode ser classificado como pertencente a todos os estratos sociais.

No entanto, é de salientar que uma parte significativa dos alunos é proveniente de vários bairros sociais da cidade com problemas de integração social e onde existem ambientes familiares degradados e destruturados, dificultando a integração desses alunos no ambiente escolar. Alguns alunos têm pais ausentes por diversas razões. São crianças e adolescentes entregues a si próprias e que passam o dia todo ou na rua ou na Escola, não tendo a maioria das vezes, a noção das mais elementares regras cívicas.

Não obstante existirem casos concretos de alunos provenientes de famílias que vivem com grandes carências económicas, a verdade é que a maioria, como a prática o confirma, vive com um satisfatório nível económico ou é remediada, embora o número de alunos que beneficiam do subsídio do SASE o contradiga.

A maioria dos alunos possui um número de irmãos inferior a três e quase a totalidade vive com os pais. Uma pequena percentagem vive só com o pai ou com a mãe ou com os avós. Cerca de 20% dos alunos não vive integrado numa família tradicional.

A Escola recebe alunos provenientes de duas instituições locais de acolhimento para jovens: Instituto do Bom Pastor (raparigas) e Lar Marista (rapazes). Estes jovens são enviados, na sua maioria, para estas instituições pelo Tribunal de Menores. São alunos que em muitas situações revelam uma grande revolta e uma grande dificuldade de integração na comunidade educativa.

Existem, também, 29 alunos a beneficiarem de apoios educativos especiais (23 alunos do 2º ciclo e 6 alunos do 3º ciclo).

Este retrato do perfil global dos alunos justifica a oportunidade e acutilância do tema, já que se adivinham enormes lacunas na Educação para a Sexualidade dos alunos. Referiremos no ponto 5.2 algumas sugestões de trabalho para o futuro com estes alunos, nomeadamente com as instituições locais (Centro de Saúde, Junta de Freguesia e outras).