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ESCOLA MUNICIPAL SÃO LUIZ: ANTES E DEPOIS DA SUA

No documento IDENTIDADES E MEMÓRIAS: (páginas 124-134)

A estrutura física da Escola Municipal São Luiz tem sido um dos pontos de discussão com mais veemência ela comunidade nos últimos anos . Entre os anos de 2019 e 2020, ocorreram muitas mudanças na infraestrutura, no quadro administrativo, pedagógico, na equipe de profissionais e nas atividades docentes. Alguns professores

afastados retornaram ao seu campo de trabalho, outros em decorrência da pandemia tiveram que se afastar. Porém, o que mais me alegra, é que essas mudanças que ocorreram na sua grande maioria são muito significativas para o melhor desempenho do trabalho escolar, como também para a comunidade em geral.

Meu primeiro contato físico com EMSL como mencionei, aconteceu em 2019 e foi impactante, fiquei me perguntando como é que um espaço de construção do conhecimento estava tão deteriorado ao ponto de sentir medo. As paredes estavam escuras, as salas quentes, o piso gasto pelo tempo, um tempo ainda presente no cotidiano dos pequenos e na lembrança dos velhos, tempo em que, para os povos que vivem no campo, bastava uma “escolinha qualquer”, para um “povo qualquer”, mesmo assim, os pais estavam ali, lutando, e esperançosos na construção de um espaço que oferecesse dignidade estudantil para os seus filhos. Encontrei também professores sedentos, resistentes e cumprindo suas funções com muita responsabilidade. Ao contrário daquele cenário tão decadente, senti o brilho e a força de cada profissional e cada pai e mãe que ali estavam presente ao depositar toda confiança por serem representados pela equipe gestora, administrativa e pedagógica.

O primeiro levantamento que fiz da EMSL no início do ano letivo de 2019, a escola atendia uma clientela de 86 alunos, todos moradores da comunidade, no turno matutino, nos níveis da Educação infantil e Ensino Fundamental I. Seu quadro de funcionários estava composto por 7 professores, 6 com formação em pedagogia, 1 com licenciatura em Educação física, 4 cuidadoras 71 aprovadas através de um processo seletivo pelo município, 1 agente de serviços gerais (ASG), 1 merendeira, 1 coordenadora pedagógica e 1 diretora, 1 vice diretora e 2 agentes administrativos, sendo a coordenadora, diretoras e agentes administrativos, atuantes nas 5 escolas do CMEECampo.

Os aspectos físicos /estruturais da escola encontravam-se bastante comprometidos. No entanto, desde anos anteriores que a Comunidade escolar e comunidade em geral solicitavam ao poder público municipal uma reforma que contemplasse a escola como um todo. Essa luta por melhoria na infraestrutura escolar da EMSL, atravessou gerações. Em algumas gestões municipais, foram realizadas pequenas reformas, como afirma o ex diretor da EMSL Antônio Carlos, de 39 anos: “as pequenas reformas que a escola recebia acontecia em período de férias do corpo discente, assim

71 Termo dado para denominar ao profissional que cuida de crianças com necessidades educacionais especiais. Esse profissional é o responsável por atender às necessidades de crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou superdotação nas escolas.

como dos professores”. Sobre a falta de infraestrutura em que se encontrava a escola, a diretora do CMEECampo, Maria Ivanilda nos relatou em reunião no dia 08 de março de 2020 e registrado em ATA:

Ivanilda afirmou que a escola não possuía estrutura física para funcionar. Falou que a escola estava tomada de cupim, conforme comprovado nas fotos, e que os cupins também vinham de um cajueiro e que ele deverá ser cortado também, que é preciso todo um trabalho para acabar com o cupim. Ainda disse que a escola tem muitos ratos conforme tem na foto e continuou relatando, que a escola estava toda rachada, inclusive que Vilmário era testemunha ocular, e que tinha uma linha na cobertura que estava em risco de cair, oferecendo risco às crianças e funcionários, que a parte elétrica estava muito precária, que inclusive deu problema na sala da professora Jucielma onde a mesma terminou a aula com a sala sem eletricidade. Afirmou que o eletricista da Secretaria de Obras (Guilherme) fazia os reparos, mas não era suficiente; o telhado (cobertura) não suportava nem mesmos chuvas pequenas como ocorreu o ano passado (2019), inundava todo o pátio, a sala de Jeane e da Professora Jucielma corria água por debaixo da porta, ocasionando a perda de diversos trabalhos de alunos que eram colocados nas paredes. Reafirmou que a escola realmente não possuía estrutura para funcionar. (ATA DA REUNIÃO PÚBLICA DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE MACAMBIRA, 2020, p. 4).

IMAGEM 21- EMSL antes de ser demolida em janeiro de 2020

Fonte: (ARQUIVO PESSOAL DE PAULO HERÔNCIO, 2020)

IMAGEM 22- Portão de acesso a escola antes da demolição em janeiro de 2020.

Fonte: (ARQUIVO PESSOAL DE PAULO HERÔNCIO, 2020).

IMAGEM 23 - Registro das condições sanitárias da EMSL antes de ser demolida

Fonte: (ARQUIVO PESSOAL DE PAULO HERÔNCIO, 2020)

Depois de muitas reuniões, discussões entre o poder público, a comunidade escolar da EMSL e comunidade em geral sobre a situação precária da Escola, o atual prefeito do Município de Lagoa Nova, Luciano Santos, apresentou um projeto de reforma e construção para as escolas do município e a EMSL foi contemplada para ser demolida e reconstruída por recursos próprios do município, através do processo licitatório nº 09/

2019 e processo administrativo n° 2676/2019, sob a responsabilidade da empresa

ENGESERV Comércio e serviços e transportes Ltda- CNPJ: 06.984.317/0001- 96, tendo como engenheiro civil responsável, Harllington Luiz Avelino Pinheiro, CREA – 2119126500. A obra foi avaliada no valor de 209. 739,35 (Duzentos e nove mil, setecentos e trinta e nove reais e cinco centavos). Conforme apresenta a placa contendo as informações da construção:

IMAGEM 24- Placa de prestação de conta a população

Fonte: (ACERVO PESSOAL DE PAULO HERÔNCIO, 2020).

A ordem de serviço para o início da obra da EMSL foi emitida no dia 31 de dezembro de 201972, escola foi demolida pela prefeitura em janeiro de 2020, porém, devido às chuvas em fevereiro, a construção só começou no mês seguinte, com prazo de execução para 120 dias. O ano letivo de 2020 iniciou nessa fase de transição da demolição da escola e início da construção. Oficialmente, as atividades letivas iniciaram na segunda semana do mês fevereiro e em razão da construção da dependência escolar, as crianças juntamente com o corpo docente, passaram a realizar suas atividades na Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição, localizada no Buraco de Lagoa, comunidade vizinha a

72 Dados retirados da (ATA DA REUNIÃO PÚBLICA DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE MACAMBIRA) que aconteceu em 08 de março em 2020 na associação da Comunidade Quilombola da Macambira. Ata disponível nos anexos para consulta.

Macambira. No entanto, com a determinação do Decreto estadual e municipal em decorrência da pandemia, as aulas passaram a ser realizadas de forma remota.

O projeto de reconstrução da EMSL foi realizado dentro do prazo e a escola está se preparando para receber a comunidade escolar de forma presencial com previsão do segundo semestre de 2021.

IMAGEM 25- Escola Municipal São Luiz reconstruída em 2020.

Fonte: (ARQUIVO PESSOAL DE PAULO HERÔNCIO, 2020)

IMAGEM 26- Escola Municipal São Luiz ganha pintura de bonecas Abayaomi símbolo que caracteriza a resistência do povo negro da Macambira.

Fonte: (ACERVO PESSOAL DA AUTORA,2021)

Para a realização da caracterização atual da EMSL, contamos com a contribuição da gestora do CMEECampo, realizamos entrevistas com os profissionais ativos, os ex funcionários e moradores da localidade, conhecedores da história da comunidade e da escola. Algumas entrevistas foram realizadas através do google formulários; outras pelo whatsApp , assim como tive acesso aos dados do Censo escolar 2020.

A EMSL atende a Educação Infantil (creche e pré-escola) e Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano), é uma escola considerada de pequeno porte, durante o ano letivo de 2020 atendeu um público de 86 alunos, tem como função social atender as demandas de estudantes da comunidade quilombola da Macambira e sítios circunvizinhos.

A Escola Funciona sob a direção de uma diretora, uma vice- diretora e uma Coordenadora Pedagógica. Essas, são responsáveis pelas questões pedagógicas e administrativas, realizando visitas à escola entre 3 (três) ou 4 (quatro) vezes por semana antes da pandemia. Durante o período pandêmico as visitas são realizadas de 2 (duas) ou 3 (três)vezes por semana. Em virtude das atividades escolares estarem acontecendo de forma remota, essa frequência de visitas de cunho administrativo e pedagógico realizado pela gestão e coordenação ocorrem em toda as Escolas do CMEECampo. Além das três profissionais citadas, vejamos no quadro- 2, os demais e profissionais que atuam na Escola.

Quadro 3 -Profissionais que atuam EMSL NÚMERO DE

FUNCIONÁRIOS FUNÇÃO SITUAÇÃO FUNCIONAL

05 DOCENTES EFETIVOS

01 ASG TEMPORÁRIO

01 MERENDEIRA TEMPORÁRIA

01 COOR.PEDAGÓGICO PERMUTADA

01 DIRETOR EFETIVO

01 VICE DIRETOR EFETIVO

02 AGENTES

ADMINISTRATIVOS

EFETIVOS Fonte: (CENSO, 2020)

É importante ressaltar que quando iniciei a pesquisa na EMSL no ano de 2019 fiz um levantamento do quadro de funcionários e o número era superior ao ano letivo de 2020, pois contava com a participação de um professor para as atividades físicas, 1 professora para a sala de leitura e 4 cuidadoras que trabalhavam com as crianças

portadoras de deficiência. Atualmente, a escola tem funcionado com 6 funcionários a menos. Uma das questões que também não podemos esquecer é que a coordenadora Pedagógica, a diretora e vice-diretora, assim como os dois agentes administrativos atuam nas 5 escolas rurais do CMEECampo, não sendo exclusivos do quadro de funcionários da EMSL. Essa mudança no quadro de funcionários aconteceu em decorrência da pandemia.

Funcionários contratados pela prefeitura municipal foram demitidos sob a justificativa de que algumas funções não seriam mais necessárias para aquele momento para tais funções.

A nova estrutura física da EMSL procurou atender as expectativas das famílias e dos estudantes. As salas são consideradas espaçosas e arejadas, os banheiros completos e adaptados p ara os estudantes com deficiência como também ganharam um pátio para recreação e uma biblioteca que vem sendo montada e organizada com muito carinho pela gestão. De acordo com os dados coletados, o espaço físico da EMSL está distribuído da seguinte forma:

Quadro 4- Espaço Físico da EMLS – 2020

Fonte: (DADOS DA PESQUISA, 2020)

A Diretora da Escola em entrevista, nos informou que a estrutura não contemplou a construção de salas voltadas para o serviço de diretoria nem de secretaria, uma vez que a documentação das escolas rurais fica na sede do CMEECampo, na Zona Urbana de Lagoa Nova. Ao ser interrogada sobre se a escola possui acessibilidade para deficientes físicos, nos informou que sim, porém, não tem uma sala de AEE (Atendimento Educacional Especializado) adequada para o desenvolvimento das atividades das crianças

ESPAÇO FÍSICO QUANTIDADE

Salas de aulas 05

Banheiros Estudantes 06

Banheiros para os profissionais 01

Cozinha 01

Biblioteca 01

Pátio 01

Depósito 01

Sala dos professores 01

Área de serviços 01

com deficiência, nem professor especialista para essa modalidade, embora a legislação através do decreto 7.61173, tenha regulamentado o Atendimento Educacional Especializado (AEE), como uma política atrelada à matrícula do aluno no ensino regular e que as instituições de ensino estejam preparadas para receber esse público estudantil.

Sabemos que o AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade para que as barreiras sejam eliminadas e assim, aconteça a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. No entanto, a equipe gestora da EMSL nos confirmou que a sala de AEE e toda sua estrutura física e pedagógica será construída nos próximos anos.

A EMSL conta com uma boa iluminação, foi bem avaliado pela companhia energética e tem acesso a água encanada através da CONISA - Consorcio Intermunicipal de Saneamento da Serra de Santana, porém, não há sistema de saneamento básico interligado a escola, fazendo uso de fossa séptica e o destino do lixo é realizado através da Coleta periódica. As salas de aulas são amplas e arejadas através da ventilação natural.

A escola recebeu cadeiras novas e quadro branco para as salas de aula, assim como a biblioteca e a sala dos professores, estão sendo organizadas com mesas, cadeiras, armários individuais para os professores, estante para livros, entre outros.

A cozinha tem pia, armário, fogão industrial, mesa, cadeiras, geladeira, liquidificador e os utensílios domésticos necessários para o seu funcionamento. Não dispõe de bebedouro refrigerado, a água oferecida para o consumo dos estudantes, é armazenada em filtros de barro. Em relação aos recursos de mídia, observamos poucas ferramentas tecnológicas necessárias para o bom desempenho do trabalho cotidiano.

Dispõe de 1 computador de mesa,1 caixa de som, 1 TV, e o acesso à internet.

A EMSL é mantida pela Prefeitura Municipal de Lagoa Nova, assim como pelo o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Os recursos do PDDE devem ser utilizados para adquirir bens e contratar serviços que contribuam para melhorias da infraestrutura física, bem como, para o desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas das escolas. Para tanto, pode ser empregado em outras finalidades, na compra do material de consumo, sendo o primeiro programa a destinar dinheiro para as escolas públicas74. A EMSL também é contemplada com o Programa Nacional de Alimentação Escolar

73 Acessar o decreto 7.611 disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm Acesso em: 10 maio. 2021.

74 Acessar o site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Disponível em:

https://www.gov.br/fnde/pt-br Acesso em: 15 maio. 2021.

(PNAE). Os recursos financeiros provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados no orçamento da União. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realiza transferências financeiras para a prefeitura do município. A prefeitura faz a execução dos recursos, ou seja, a compra dos produtos e repassa para as escolas.

Um ponto bastante positivo observado é a forma como os órgãos competentes pela merenda escolar tem desenvolvido tal função. Ao questionar como a alimentação escolar é oferecida nas escolas do município e quais os cuidados que a secretaria de educação tem em selecionar o cardápio de acordo com os hábitos alimentares das comunidades a gestora Ivanilda, respondeu:

A comunidade escolar não participa da escolha do cardápio, a escolha é feita apenas por representantes do Conselho (CAE)75. Porém, segundo a nutricionista responsável, busca obedecer aos hábitos alimentares de acordo com a realidade de cada escola do CMEECampo. E em especial os alunos da comunidade quilombola, aplica-se o desjejum, o lanche e é oferecido o almoço, seguindo o que estabelece a legislação.

(IVANILDA76, 2020)

Buscando compreender sobre o Programa de Alimentação Escolar da EMSL, realizei uma entrevista com Tatiana Victor de 42 anos, nutricionista responsável por atender as escolas da zona rural do município de Lagoa Nova, e nos esclarecer sobre as peculiaridades do cardápio dos estudantes da escola e como está organizado todo trabalho.

O cardápio para as escolas quilombolas é diferenciado. Ofertamos um desjejum e um lanche/ alimentação (tipo um almoço). Respeitamos os gostos e hábitos dos estudantes quilombolas, como a oferta de cuscuz com leite e açúcar; feijão macassar com fubá e charque, mucunzá doce (eles só consomem com açúcar). Ofertamos uma variedade de frutas, como maçã, uva, melão, porém, o melão não é bem aceito. O recurso para esse fim é oriundo do governo federal através do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e pelo PNAE (O Programa Nacional de Alimentação Escolar), entretanto, há uma contribuição da prefeitura para poder cumprir as recomendações nutricionais exigidas. Os gêneros alimentícios são entregues semanalmente obedecendo um cardápio prescrito pelo nutricionista.

Realizo visita semanais, dialogo com as crianças e os professores que atuam na escola e oriento as merendeiras, assim, realizamos um trabalho voltado para a educação nutricional estimulando hábitos saudáveis. Durante o ano letivo de 2020, em razão da pandemia, entregamos kits alimentação mensal, seguindo as recomendações do

75 O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) é um órgão colegiado de caráter fiscalizador, permanente, deliberativo e de assessoramento, instituído no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, Cuja função, é zelar pela concretização da alimentação escolar de qualidade, por meio da fiscalização dos recursos públicos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

https://www.fnde.gov.br/programas/pnae/controle-social-cae/sobre-cae Acesso em : 10.05.2021.

76 Entrevista realizada em outubro de 2020

CECANE (Centro colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar).

(IVANILDA, 2021) 77

E importante considerar que a ação da Secretaria Municipal de Educação de Lagoa Nova, através da nutricionista Tatiana Victor, vem cumprindo ao que se refere a alimentação escolar quilombola. De acordo com o documento final da Conferência Nacional de Educação -CONAE (2010) a União, Estados, Distrito Federal e Municípios deverão assegurar a alimentação escolar respeitando a cultura alimentar do grupo, observando os cuidados com o meio ambiente e a geografia local.

Sobre a alegria de ter a EMSL reconstruída, Márcia Araújo em entrevista a sala de leitura78 em 24 de maio de 2021, afirmou: “o principal objetivo da nova escola é gerar questões e reflexões de identidade cultural”. A ex funcionária Maria Inês dos Santos Silva de 43 anos, que trabalhou durante 12 anos como secretária escolar, professora da sala de AEE (Atendimento educacional especializado) e alguns meses na sala regular, afirma:

A construção da escola era um sonho da comunidade em geral sei que estão muito felizes pela realização. A escola antiga tinha passado por reformas, mas não foi suficiente, pois era muito antiga. Vai melhorar muito pra realização dos projetos propostos, durante o período que trabalhei foram desenvolvidos belíssimos projetos a nossa equipe não media esforços pra realizar, pedia apoio a quem podia ajudar e com isso, as crianças e os pais ficavam muito felizes. (SILVA79, 2021).

De modo geral, a nova estrutura da EMSL vem sendo muito bem acolhida pela comunidade, esse era um projeto que há muito tempo não saia do papel, foram necessários muitos pedidos de socorro, muitas reuniões, solicitações através de ofícios para que fossem ouvidos. Essa foi uma luta coletiva, e a inciativa partiu do povo da Macambira em comum acordo com os representantes da associação quilombola e o CMEECampo.

No documento IDENTIDADES E MEMÓRIAS: (páginas 124-134)