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A área de abrangência da avaliação institucional corresponde aos quatro campi da UFRRJ: Seropédica, Nova Iguaçu, Três Rios e Campus dos Goytacazes. Abaixo, encontram-se informações sobre os campi (Quadro 1). Cabe ressaltar que a unidade do CPDA, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro, está vinculada ao ICHS, que, assim como o CTUR, está localizado no campus de Seropédica.

Atualmente, a UFRRJ possui 13 institutos, com 56 cursos de graduação distribuídos em três campi, conforme a Quadro 2. A UFRRJ possui 35 cursos de pós-graduação stricto sensu, sendo 7 de mestrados profissionais (MP), 28 de mestrados acadêmicos (ME) e 16 doutorados acadêmicos (DO), conforme Quadro 3. Além disso, existem 7 cursos de pós-graduação lato sensu (Quadro 4).

42 Quadro 1 – Informações gerais sobre os campi de Seropédica, Nova Iguaçu, Três Rios

e Campos dos Goytacazes da UFRRJ Campus Seropédica

Localização: BR-465, Km 07, s/n - Zona Rural, Seropédica - RJ, 23890-000

Área total do campus 283,634 Km2, com 131.346 m2

área construída

No de Institutos 10

No de Cursos de graduação 39 presenciais e EAD (Licenciatura em Turismo e Administração)

No total de Docentes 905 (1)

No de Discentes na graduação 11.968 (2019)

No de Técnicos Administrativos que atuam na graduação

Até o fechamento do relatório não foi possível a obtenção desta informação

Técnicos em Assuntos Educacionais (TAE) 17

Quantidade de cursos de pós-graduação stricto sensu 24 ME, 8 MP, 15 DO

Quantidade de cursos de pós-graduação lato sensu 5

No de Docentes que atuam na pós-graduação stricto sensu ou lato sensu

Até o fechamento do relatório não foi possível a obtenção desta informação No de Discentes na pós-graduação stricto sensu e lato

sensu 1930 stricto sensu; 156 lato sensu

No de Técnicos Administrativos que atuam na pós-graduação

Até o fechamento do relatório não foi possível a obtenção desta informação

No de Docentes que atuam no CTUR 65

No de Técnicos-administrativos que atuam no CTUR 28

No de Discentes do CTUR Até o fechamento do relatório não foi possível a obtenção desta informação

No de Técnicos Administrativos (total) 1.151 (1)

Campus Nova Iguaçu

Localização: Av. Gov. Roberto Silveira, s/n - Moquetá, Nova Iguaçu - RJ, 26020-740

Área total do campus 44.000m2, com 8.648m2 de área

construída

No de Institutos 1

No de Cursos de graduação 11 presenciais e EaD Administração

No total de Docentes 179

No de Discentes na graduação 5071 (2019)

No de Técnicos Administrativos que atuam na

graduação 56

No de Técnicos em Assuntos Educacionais (TAE) 1

Quantidade de cursos de pós-graduação stricto sensu 2ME

43

Quantidade de cursos de pós-graduação lato sensu 1

No de Docentes que atuam na pós-graduação stricto sensu ou lato sensu

Até o fechamento do relatório não foi possível a obtenção desta informação No de Discentes na Pós-graduação stricto sensu e lato

sensu

Até o fechamento do relatório não foi possível a obtenção desta informação No de Técnicos Administrativos que atuam na

pós-graduação

Até o fechamento do relatório não foi possível a obtenção desta informação

No de Docentes que atuam no CTUR 0

No de Técnicos Administrativos (total) 78 (1)

No de Anistiados 14

Campus Três Rios

Localização: Av. Pref. Alberto da Silva Lavinas, 1847 - Centro, Três Rios, RJ, 25802-100

Área total do campus 6390,76m2, com 5311,23 m2 de

área construída

No de Institutos 1

No de Cursos de graduação 4

No total de Docentes 77 (1)

No de Discentes na graduação 839 (2019)

No de Técnicos Administrativos que atuam na

graduação 13

No de Técnicos em Assuntos Educacionais (TAE) 0

Quantidade de cursos de pós-graduação stricto sensu Não possui Quantidade de cursos de pós-graduação lato sensu 1 (DDHL) No de Docentes que atuam na Pós-graduação stricto

sensu ou lato sensu

Vários docentes atuam em ME e DO em outros campus ou Instituições, 13 lato sensu do ITR No de Discentes na Pós-graduação stricto sensu e lato

sensu O campus ITR não possui curso

stricto sensu; 30 lato sensu (2019) No de Técnicos Administrativos que atuam na

pós-graduação 1

No de Docentes que atuam no CTUR 0

No de Técnicos Administrativos (total) 24 (1)

No de Anistiados 8

Campus de Campos dos Goytacazes

Localização: Av. Lourival Martins Beda, s/n - Parque Varanda do Visc., Campos dos Goytacazes – RJ

Área total do campus 42,49 ha, com 5.532 m2 de área

construída

No de Institutos Não possui

No de Cursos de graduação Não possui

44

No total de Docentes 0 (1)

No de Discentes na graduação Não possui

No de Técnicos Administrativos que atuam na

graduação Não possui

No de Técnicos em Assuntos Educacionais (TAE) Não possui Quantidade de cursos de pós-graduação stricto sensu Não possui

Quantidade de cursos de pós-graduação lato sensu 1

No de Docentes que atuam na Pós-graduação stricto

sensu ou lato sensu Não possui (2)

No de Discentes na Pós-graduação stricto sensu e lato

sensu 24 alunos no curso lato sensu

(2018/2019) No de Técnicos Administrativos que atuam na

pós-graduação 10

No de Docentes que atuam no CTUR 0

No de Técnicos Administrativos (total) 38 (1)

No de Anistiados 6

Este número pode sofrer modificação, devido a aposentadorias, licenças etc.

O campus Campos dos Goytacazes não dispõe de docentes no seu quadro de servidores, entretanto, criou em 2018 o curso lato sensu em “Tecnologia da Produção e Usos da Cana-de-açúcar”. O período letivo do curso foi de 02 de março de 2018 a 13 de setembro de 2019, com modalidade presencial, carga horária total de 405 horas dividido em 9 disciplinas, sendo distribuídas ao longo de 3 semestres.

Esse curso contou com a participação de 10 servidores Técnico-administrativos do CCG como docentes do curso.

Fonte: UFRRJ3, 9, 2020.

45 Quadro 2 – Cursos de graduação da UFRRJ por instituto

Legenda: Em verde - os cursos comuns aos três campi; em salmão - cursos comuns ao campus Nova Iguaçu e ao campus Seropédica; em laranja - os cursos de Educação à Distância (EAD). Fonte:

(UFRRJ12, 2021).

Instituto Multidisciplinar (IM) - Nova

Iguaçu Três Rios (ITR) Agronomia (IA) Veterinária

(IV) Zootecnia

Direito Direito Agronomia Medicina

Veterinária Zootecnia Engenharia

Florestal Ciências

Biológicas Física Direito Administração

(noturno) Ciências

Agrícolas Química Arquitetura e Urbanismo

Administração Administração Geografia Farmácia Matemática Belas Artes Administração

(diurno) Educação do

Econômicas Geologia Sistemas de

Informação Ciências

Sociais Ciências

Econômicas Educação Física Engenharia Agrimensura e

Cartografia Ciências da

Computação Gestão

Ambiental Jornalismo Administração

Pública Pedagogia Engenharia de Alimentos

Geografia Filosofia Ciências

Contábeis Psicologia Engenharia de Materiais

História História Hotelaria Engenharia

Química Letras -

Português Letras - Inglês Serviço Social

Letras - Espanhol Letras -

46 Quadro 3 – Cursos de mestrado e doutorado acadêmico e profissional por instituto da UFRRJ

Ciência Tecnologia e Inovação Agropecuária (DO)

Reitoria

Legenda: Em verde: Programas que tem ME, DO; Em salmão: Programas de ME; Em abóbora: Programas MP; Em azul: Programa de DO; Em branco: Ainda não passou por avaliação.

Fonte: (UFRRJ12, 2021; MEC6, 2021).

(IA) Veterinária (IV) Zootecnia

(IZ) Florestas (IF) Ciências Biológicas

e da Saúde (ICBS) Ciências

Exatas (ICE) Ciências Humanas

e Sociais (ICHS) Ciências Sociais

Aplicadas (ICSA) Instituto de

Educação (IE) Química

(IQ) Tecnologia (IT)

47 Quadro 4 – Cursos de pós-graduação Lato-Sensu por instituto da UFRRJ

Fonte: UFRRJ21, 2021.

Aplicadas (ICSA) Instituto de

Educação (IE) Química

(IQ) Tecnologia

(IT) PROPPG

Legenda:

Departamento de Ciências Econômicas (DeCE)

Departamento de Direito, Humanidades e Letras (DDHL) Departamento de Educação Física e Desportos (DEFD) Departamento de Educação e Sociedade (DES)

Departamento de Matemática (DEMAT) Departamento de Produtos Florestais (DPF)

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG)

48 1.4 Metodologia

O relatório integral de avaliação institucional de 2020 realizado pela CPA pretende atender a duas proposições, detalhadas nos itens que se seguem, e consolidar os objetivos do documento, de acordo com as sugestões da NT INEP/DAES/CONAES no 65/2014:

1) a confecção do relatório integral de 2020;

2) a verificação para o recredenciamento da UFRRJ.

1) Confecção do Relatório Integral de 2020

O relatório integral de 2020 é composto pelos relatórios de avaliação institucional dos anos de 2018, 2019 e 2020, em consonância com a NT INEP/DAES/CONAES no 65/2014.

O relatório de avaliação de 2018 foi realizado através de questionários enviados por e-mail às sete pró-reitoras da UFRRJ, além de análise dos resultados do ENADE, do Relatório parcial de Avaliação Institucional UFRRJ de 2017, do Plano de Desenvolvimento Institucional/UFRRJ referente a 2018-2022 e do Plano de Gestão de Risco.

Já no ano de 2019, foi realizada avaliação através de questionário aos docentes, discentes, às direções de ensino, aos coordenadores, aos chefes de departamento, além das pró-reitorias e suas extensões nos campi. Os questionários foram disponibilizados pela primeira vez no sistema SIGAA, entre os meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020, para os docentes e discentes. Já as direções de ensino, as chefias de departamentos, as coordenações, as pró-reitorias e suas extensões receberam o questionário por e-mail. Além dos questionários, foram consultados vários documentos, como o Relatório parcial de Avaliação Institucional UFRRJ de 2018, o Plano de Desenvolvimento Institucional/UFRRJ referente a 2018-2022, o Plano de Gestão de Risco e o Relatório de Gestão 2018-2019. A estrutura do relatório seguiu, além da já mencionada NT INEP/DAES/CONAES no 65/2014, a Portaria MEC 1382/2017.

Os questionários aplicados na avaliação institucional nos anos de 2018 e 2019 foram do tipo quali-quantitativo. Segundo Minayo (2001), a pesquisa quali-quantitativa

49 trabalha com fenômenos objetivos e concretos, mas também com relações humanas, a partir dos significados.

No ano de 2020 não foi utilizado questionário para avaliação institucional. Por ser um relatório integral, a CPA optou por consolidar as informações de 2018 e 2019 em 2020. Para isso, a CPA se dividiu em grupos por eixo, e cada eixo possui representantes de cada setorial (Seropédica, Nova Iguaçu e Três Rios) a fim de levantar informações junto aos diretores de institutos, diretores de campus, pró-reitorias, coordenadores e chefes de departamento. Além disso, a comunidade acadêmica foi ouvida e, a partir da análise de oratória, colhidas informações. Para o ano de 2020 também foram coletadas informações e dados referentes às atividades de ensino, pesquisa e extensão realizados durante o ano letivo de 2020.

2) Verificação para o recredenciamento da UFRRJ

A fim de facilitar o procedimento de recredenciamento da UFRRJ, a CPA optou por estruturar o relatório de 2020 a partir dos indicadores citados na Portaria MEC 1382/2017 e sua Retificação, que define o “Instrumento de avaliação institucional externa que subsidia os atos de recredenciamento e transformação de organização acadêmica nas modalidades presencial e à distância”.

2 Desenvolvimento

2.1 EIXO 1

DIMENSÃO 8 - planejamento e avaliação, especialmente os processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional

2.1.1 Evolução institucional a partir dos processos de planejamento e avaliação institucional

A avaliação institucional na UFRRJ foi balizada pela análise dos resultados do ENADE 2018, 2019 e 2020 e dos seguintes documentos: Relatórios de Avaliação Institucional UFRRJ – 2018, 2017, 2016; do Plano de Desenvolvimento Institucional –

50 UFRRJ – 2018-2022; do Plano de Institucional de Risco – Deliberação UFRRJ/CONSU no 43, de 31 de agosto de 2018; Projeto Pedagógico Institucional (PPI) – Deliberação UFRRJ/CEPE no 103, de 24 de setembro de 2019; Plano de Integridade Institucional – Deliberação UFRRJ/CONSU no 69, de 27 de novembro de 2018; Regimento do campus Três Rios – Deliberação UFRRJ/CONSU no 23, de 27 de abril de 2017; Portaria/MEC nº 1.382, de 31 de outubro de 2017; Portaria/MEC nº 1.382, de 31 de outubro de 2017, publicada no Diário Oficial da União nº 210, de 1º de novembro de 2017, Seção 1, páginas 14 e 15 (retificações); Deliberação UFRRJ/CEPE no 136 de 04 de dezembro de 2008; Portaria/MEC no. 2117 de dezembro de 2019.

Em 2018, a avaliação institucional ocorreu de forma quali-quantitativa realizada com as pró-reitorias da UFRRJ, com o objetivo de dar robustez às análises ao acrescentar informações aos dados tabulados a partir das respostas dos questionários enviados aos coordenadores, diretores, chefes de departamentos, uma vez que nem todos os questionários foram respondidos, possivelmente devido ao período de aplicação do questionário, entre dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, coincidir com férias.

Em 2018, os membros da CPA foram nomeados pela Portaria nº GR 889/2018.

No ano de 2019, a partir da Portaria GABREI nº 1539/2020 de 29/04/2020, houve reestruturação da CPA e a comissão passou a ter representantes nos três dos quatro campi, a saber: setorial de Seropédica, setorial de Nova Iguaçu e setorial de Três Rios.

Essa nova configuração possibilitou que a avaliação institucional fosse ampliada e aprofundada. E ao longo do ano de 2020 foi realizada discussões sobre o novo Regimento da CPA.

Para que se possa apresentar a evolução da UFRRJ, tendo como base os processos de planejamento e avaliação institucional no período trienal de 2018 a 2020, é preciso observar ANALÍTICA E SINTETICAMENTE a sua PRÓPRIA HISTÓRIA, que se inicia no marco de 1910, ainda no século XX, gestada por uma vocação eminentemente agrária, até o ano de 2020, já diante dos avanços tecnológicos e das mudanças econômicas, políticas e sociais do século XXI (Figura 8).

51 Figura 8 – Trajetória histórica da UFRRJ do século XX ao século XXI

Ao longo do tempo, a UFRRJ, assim como as diversas instituições de educação superior, foi sendo regulada pelas esferas governamentais, que, por sua vez, seguiram os ritos dos ciclos econômicos do Brasil, com a justificativa de impulsionar o crescimento do país. Para acompanhar o compasso desenvolvimentista global, as políticas educacionais foram sendo implementadas, delineando as atividades institucionais da educação em geral, e, em especial, a educação superior.

Na UFRRJ não foi diferente, pois, da vocação agrária às políticas de expansão da educação superior, observamos as distintas ações e reações da comunidade acadêmica a essas mudanças. É certo que houve apoios de pensadores no campo conservador para a manutenção da educação como via reprodutora de costumes, mas, tivemos também movimentos na direção progressista, em defesa da valorização da participação coletiva e de ações democráticas.

Um desses movimentos que despontou na UFRRJ, nos anos finais da década de 1980, foi a Associação de Docente da UFRRJ, representando parte do corpo docente da universidade na defesa da prática coletiva na construção de uma cultura avaliativa institucional.

Os referenciais teóricos abarcados pelo núcleo docente em questão se amparavam nas ideias também elencadas nos estudos de Guba e Lincoln (1989), que indicam a valorização das práticas avaliativas na perspectiva da negociação e da participação dialogada. Assim, imbuídos dessa compreensão, iniciou-se uma série de ações para apropriação das práticas avaliativas já em andamento nas unidades da universidade, envolvendo o tripé ensino, pesquisa e extensão.

Por mais que houvesse um discurso formal de que as políticas avaliativas direcionadas à educação superior empregadas pelo Estado no período de 1990 a 2000

Escola Superior

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2020

52 primavam pela meritocracia (SOUZA, 2002), observa-se que várias críticas foram construídas a esta interpretação. Principalmente por pesquisadores e movimentos sociais defensores da avaliação formativa, que compreende as práticas emancipatórias presentes nas ações participativas, em que o diálogo, a empatia, a valorização da diversidade e a defesa dos colegiados se mostram elementos fundantes no processo da avaliação (BELLONI, 2000).

Naquela perspectiva, a visão organizacional da educação, a lógica estabelecida coaduna com os indicadores usados pelo Estado como referenciais de avaliação, como o Exame Nacional de Cursos - “Provão” (1995) –, as Análises das Condições de Oferta (estabelecidas por comissões de especialistas) (1995), os Indicadores Globais de Desempenho (1996), dentre outras iniciativas de cunho regulatório.

Diante desse cenário de controle formal e estatutário, diversas Instituições de ensino superior, incluindo a UFRRJ, buscaram outro conjunto de valores que privilegiassem a participação da comunidade acadêmica, as singularidades institucionais, e, sobretudo, as necessidades presentes no dia a dia da universidade, em uma perspectiva que buscou incorporar os elementos da avaliação formativa.

Observou-se, então, nos idos dos anos de 1990, um movimento de aproximação da UFRRJ com a sua própria realidade, tecendo discussões e embates até se chegar a um consenso plausível sobre as matérias de Planejamento, Avaliação e Gestão na instituição. Na época, as universidades federais tinham como referencial os princípios do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – PAIUB –, a SESu/MEC (1994), que possuía elementos progressistas de valorização do coletivo por meio da sensibilização da comunidade interna da instituição (GLADYS, ROTHEN, 2008).

As etapas do PAIUB eram assim definidas:

1º - Diagnóstico, coleta e organização de informações, a partir de dados, via de regra quantitativos, existentes na instituição sobre o curso em análise;

2º - Avaliação interna, subdivide-se em autoavaliação, realizada pela comunidade acadêmica do curso, e consolidação de dados, momento em que a Comissão de Avaliação organiza resultados da autoavaliação sem emitir julgamentos de valor, com vistas à avaliação externa;

53

3º - Avaliação externa, realizada por acadêmicos de outras instituições, profissionais da área, representantes de entidades científicas e profissionais, empregadores etc. Nessa etapa organizam-se processos e encaminham-se relatórios, incluindo-se diagnóstico e autoavaliação;

4º - Reavaliação interna, a partir de todos os resultados avaliativos produzidos, propiciando uma análise com a comunidade do curso. Nessa etapa, ocorre a organização do conjunto de dados; prepara-se o relatório geral da IES, a divulgação, discussão e reflexão interna;

5º - Realimentação e difusão, que implica a reconsolidação dos dados, com o objetivo de avaliar medidas de correção ou aperfeiçoamento; na tomada de decisões, incluindo as ações a implementar, com vistas à melhoria do desempenho dos cursos e na publicação de relatório final, encaminhado à SESu/MEC e comunidade externa (PAIUB,1994, p.29- 31).

A concepção de avaliação formativa inserida no cenário progressista defendido no PAIUB, recebeu enfrentamentos com outras iniciativas governamentais, a exemplo do próprio Exame Nacional de Curso – ENC – e de outras normativas do Ministério da Educação. O cenário que se estabeleceu entre a prática da avaliação formativa, privilegiando o coletivo, e a avaliação meritocrática (BELLONI, 2000), focada nos processos burocráticos, foi sentida também na UFRRJ à época.

Uma das repostas da UFRRJ ao longo do tempo para encontrar o caminho para a construção de sua própria cultura avaliativa, foi a realização de seminários, reuniões, fóruns e formação de comissões que pudessem estudar os fluxos dos processos, as demandas das unidades universitárias e sua vocação institucional.

Dentre tais necessidades, já havia a busca por um planejamento institucional que abrangesse a universidade em sua globalidade. Assim, ainda em 1990, houve a organização do I Seminário sobre Política de Pessoal Docente da UFRRJ. Em seguida, em 1994, CEPE da UFRRJ, acompanhando proposta da reitoria, aprovou normativa que garantiu a possibilidade de os departamentos da universidade apresentarem seus planos de trabalho com justificativas para a alocação de vagas. Esse fluxo seguiria para apreciação do referido Conselho, se somando ao trabalho da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), incumbida de elaborar critérios de pontuação com a participação da comunidade acadêmica, tornando-se, por sua vez, o primeiro

54 instrumento de avaliação de caráter institucional (RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO DA CPA, 2017).

Este movimento dialógico, tecido em um clima de cooperação institucional, resultou em outros episódios propícios ao amadurecimento de conceitos e práticas avaliativas, ainda na década de 1990, e, dentre elas, destacam-se:

▪ I Encontro Regional Sudeste da ANDIFES, com o tema “Novas Perspectivas para a Universidade Pública com vistas ao Século XXI”, em 1994;

▪ I Seminário Interno de Planejamento Estratégico, contando com o incentivo da reitoria, o apoio da comunidade e a participação de instituições parceiras, Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);

▪ proposta para a implementação de programa de avaliação de disciplinas e cursos da UFRRJ, encaminhada pelo Decanato de Ensino de Graduação;

▪ criação de Comissão Temporária de Avaliação, institucionalizada por meio da Portaria Nº 510 de 18/08/95, visando a organização de ações de sensibilização junto à comunidade;

▪ criação de Comissão Especial, composta por docentes para o aperfeiçoamento do Projeto de Avaliação Institucional da UFRRJ;

▪ criação de um fluxo de processo de avaliação dos Cursos de Graduação da UFRRJ.

Após essas experiências na década de 1990, que despertaram vigor à prática avaliativa, houve, no ano de 2002, o Primeiro Seminário de Autoavaliação Institucional de Cursos da UFRRJ, buscando consolidar as experiências até então vivenciadas. Em seguida, no período de 2003 a 2011, a UFRRJ buscou a continuidade de suas ações avaliativas em ações isoladas, mas no esforço de articulação com outros instrumentos e processos, como o Plano de Desenvolvimento Institucional da universidade (RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO DA CPA, 2017).

Na avaliação formativa, a busca pela articulação entre planejamento, avaliação e gestão se constitui uma prática, contudo, as oscilações entre distintas correstes de pensamento passaram a fazer parte do então novo sistema proposto ao processo avaliação institucional. Tratava-se do Sistema Nacional de Avaliação da Educação

55 Superior (SINAES), instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, cuja concepção inicial reconhecia a avaliação formativa como suporte basilar para o incentivo as práticas avaliativas em curso, como fora o encaminhamento do PAIUB em 1993.

Contudo, com os descontentamentos de outras correntes de pensamento, que evocavam a concepção meritocrática, o SINAES foi sendo envolvido pelo caráter regulador, tornando-se um sistema híbrido (DIAS SOBRINHO, 2010).

Atualmente, considerando os anos finais dos anos 2000, o SINAES demonstra possuir em seu escopo legal o incentivo e valorização da prática da autoavaliação

Atualmente, considerando os anos finais dos anos 2000, o SINAES demonstra possuir em seu escopo legal o incentivo e valorização da prática da autoavaliação